Tópicos | Hugo Freitas

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A regra é básica: descer o mais rápido possível um determinado percurso. A qualidade número um para o atleta é a coragem. E foi aliando essas características com o amor ao skate que surgiu o downhill.  Em Pernambuco, a Associação Pernambucana de Downhill (APED) organiza os calendários de competições oficiais e treinamentos. Tudo com segurança, diversão e muita (muita mesmo, como ressaltam os participantes) adrenalina.

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Fica fácil encontrar esses “malucos” pelas ladeiras do estado. Preferência para a Russinha, localizada no Montes dos Guararapes, em Jaboatão. Considerada o melhor local da região para a prática do downhill, a Russinha proporciona velocidades de até 90 km/h.

A partir daí fica fácil entender o motivo da alcunha que o esporte ganhou. Conhecido como fórmula 1 do skate – referência à categoria mais rápida do automobilismo -, o downhill tornou-se sinônimo de coragem. “Tem vários amantes de outros esportes radicais, mas essa modalidade é diferente. A velocidade é muito alta e é atrelada ao street skate (skate de rua) onde quase todos começaram”, explicou o vice-presidente da APED, Hugo Freitas. Isso sem antes o grupo apelar para a proteção divina. É comum ver rodas de oração (mais até do que o tradicional e importante alongamento) antes do início das competições.

Entretanto, diferente do “irmão nobre”, poucos no Brasil conseguem viver dessa modalidade. Em Pernambuco nenhum atleta tem esse privilégio. “Todos que estão aqui pagam para brincar, pagam para praticar o downhill. É questão de paixão, mesmo. Infelizmente ainda não temos muitos incentivos e patrocinadores”, destacou Gustavo Coimbra, que migrou do street para o downhill há dois anos.

Com isso, fica difícil a adesão em massa de novos praticantes. Um skate longboard básico custa R$ 300. Isso sem contar com o macacão (ou joelheira e cotoveleira) e o capacete, que são itens obrigatórios de segurança e tem preços variados.

Mesmo assim, o intuito da APED é popularizar o downhill. Os planos são ousados e, sem dúvida, com benefícios para a sociedade. “Estamos buscando o apoio do poder público para comprar o material básico e iniciar escolinhas com crianças carentes. Primeiro seria aqui na Russinha e depois iríamos para outros lugares. Assim como os outros esportes o dowhill pode ter uma função social muito importante”, prometeu Hugo Freitas.

Quem quiser ficar por dentro do calendário pernambucano de downhill basta curtir a Fan Page da APED.

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