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Nesta quinta-feira (2), a pintura realizada pelo artista Michelangelo (1475-1564), no teto da Capela Sistina completa 509 anos. A pintura se consagrou como uma das maiores obras de artes da Alta Renascença (1480-1520) e foi concebida entre 1508 a 1512, por meio de uma técnica conhecida como pintura a fresco.

A obra foi encomendada pelo Papa Júlio II (1443-1513) e conta a história do mundo, desde a sua criação até o juízo final. As figuras presentes no teto não só mostram o talento de Michelangelo para com a pintura, mas também destacam seu elevado conhecimento da anatomia humana.

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O publicitário e professor de História da Arte nos cursos de Comunicação Social da Universidade Guarulhos (UNG), José Eduardo Paraiso Razuk, lembra que nesta época, os estudos sobre anatomia eram proibidos e, que de maneira subliminar, muitos analisam as pinturas da Capela Sistina como uma verdadeira aula de anatomia. “O mais fácil de perceber é o momento que mostra Deus concebendo Adão, já que Deus aparece rodeado de uma figura vermelha, onde podemos identificar que se trata de um cérebro dissecado”, exemplifica.

Segundo Razuk, essa relação entre o sagrado com os estudos anatômicos ocorre pois Michelangelo era um humanista. “Embora não possamos falar que ele era o maior pintor da Renascença, não existem dúvidas de que a obra da Capela Sistina é fantástica”, afirma.

Vale destacar que a pintura ilustra e adapta diversas histórias bíblicas, como os momentos do dilúvio protagonizados pelo herói Noé e sua arca; a história de criação e perdição de Adão e Eva; e a concepção do mundo, pelas mãos de Deus, como é visto no livro do Génesis.

Para além da pintura da Capela Sistina

Michelangelo foi um artista que deixou sua marca, não apenas como pintor, mas também como escultor. “Ao lado de Leonardo da Vinci (1452-1519), o Michelangelo foi o maior representante daquilo que foi o Renascimento nas artes”, afirma Razuk.

O professor universitário destaca que Michelangelo trouxe para o mundo das artes características como racionalidade, valorização de cultura clássica, rigores científicos, espírito crítico e o antropocentrismo (um conceito que coloca a humanidade no centro do universo). “Para ele, o que interessa não é ideia de Deus no centro, como visto no teocentrismo, e sim, uma ideia humanista”, explica Razuk.

Entre outras obras concebidas por Michelangelo, Razuk destaca as famosas esculturas “Davi” (1504); “Moisés” (1515); e a Pietà (1499), que mostra a figura de Jesus Cristo morto, no colo de Nossa Senhora. “Acredito que precisamos colocar essas três esculturas no mesmo plano, mas é importante lembrar que ele fez muitas outras”, finaliza.

O sexismo está sendo cada vez mais pauta e depois de Emma Watson desabafar é Meryl Streep quem está no centro das atenções.

Em entrevista para a revista Time Out, Meryl afirmou que não se considera uma feminista. Mas antes que conclusões precipitadas sejam tomadas, ela explica:

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- Sou uma humanista. Sou a favor de um balanço saudável.

Além de responder vários outros questionamentos na mesma linha, como o quanto se irrita quando perguntam porque ela escolhe papéis de personagens fortes - coisa que não costuma ser perguntada a homens - ela também explicou que os homens deveriam se inteirar mais das situações:

- Os homens deviam olhar para o mundo como se algo estivesse errado quando suas vozes predominam. Eles deviam sentir isso. As pessoas em agências e estúdios, assim como em conselhos parentais, precisam olhar em volta das mesas e para as pessoas que tomam decisões e sentir que algo está errado se metade dos seus participantes não são mulheres. Nossos gostos são diferentes, o que valorizamos é diferente. Não melhor, só diferente.

Mesmo com o clima de seriedade, Meryl ainda achou espaço para colocar um pouco de bom humor em suas respostas. Quando questionada se ela se sentia incomodada por saber que seu salário era menor do que de colegas de profissão homens ela simplesmente declarou:

- Ah, querida. Porque você acharia que isso é verdade?

O escritor, economista e humanista espanhol José Luis Sampedro, autor de "O Sorriso Etrusco" e referência intelectual para o movimento de protesto social 'os indignados', faleceu aos 96 anos. A informação foi divulgada pela editora Random House Mondadori, pela qual Sampedro, defensor de uma economia "mais humana e mais solidária", publicou suas últimas obras.

A viúva, Olga Lucas, disse que o escritor faleceu na madrugada de segunda-feira e foi cremado nesta terça-feira."Ele pediu para morrer sem publicidade. Quero que recordem de sua vitalidade, sua dignidade e seu espírito de luta", disse a viúva.

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Nascido em Barcelona em 1917, Sampedro era também professor, ex-senador e membro da Real Academia Espanhola desde 1990. Entre seus livros de maior destaque estão "O Sorriso Etrusco" (1985), "La vieja sirena" (1990), "Escribir es vivir" (2003) e "La ciencia y la vida" (2008).

Apesar da idade avançada, o escritor e economista virou nos últimos anos uma referência intelectual do movimento de protesto conhecido como 'os indignados' por sua defesa de uma economia "mais humana e mais solidária". Em 2011 recebeu o Prêmio Nacional das Letras Espanholas, um reconhecimento à contribuição de sua obra para a literatura espanhola atual.

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