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O filme do Coringa chega às telonas no mês de outubro, um dos longas que já é super aguardado pelo público. Protagonizado por Joaquim Phoenix, o filme já é alvo de elogios e também de algumas críticas, como promover o comportamento incel, por exemplo. Mas será que é possível a ficção estimular esses distúrbios?

Para a psicanalista Andrea Ladislau, filmes com temática violenta não estimulam o comportamento incel. Os distúrbios, na maioria das vezes, estão relacionados com traumas vividos na infância e ao longo da vida. “Analisando a personalidade do personagem, ele apresenta muitos outros distúrbios emocionais que não seriam esses os motivos para classificá-lo como incel, ao ponto de influenciar pessoas”, declara.

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O comportamento incel é identificado em homens heterossexuais que acreditam que são incapazes de encontrar uma parceira. Desta forma, isolam-se, o que os classifica como “celibatários involuntários”, termo que, no idioma inglês, dá origem ao nome do transtorno. “Eles acreditam que são pessoas legais e por isso têm direito de receber carinho, amor e sexo. Em seu imaginário, acreditam que homens bons devem ser servidos e cuidados pelas mulheres. Por não se aceitarem como são, odeiam as pessoas sexualmente ativas”, explica a psicanalista Andrea Ladislau.

Esses homens se reúnem em grupos pela internet, onde discutem sobre a solidão, reforçam o ódio por pessoas sexualmente atraentes. Para eles, essas pessoas são culpadas por eles  estarem sozinhos, não serem amados e desejados. “Na maioria, esses homens sofrem outros distúrbios associados como a fobia social, depressão, problemas sexuais e ansiedade generalizada, além de uma severa baixa autoestima” afirma Andrea.

As pessoas com comportamento incel são agressivas pela impaciência, por não conseguirem conviver com o restante da sociedade e não tere o que desejam. Segundo a especialista, a fobia social faz com que eles demonstrem essa ansiedade generalizada, desconfiando de tudo e de todos.

O tratamento para quem sofre com o transtorno reúne tratamento psicoterápico e psiquiátrico. O foco no tratamento é ajudá-los a se sentir encorajados e a superar as frustrações, decepções e desapontamentos. “Com o tratamento, eles devem ser reintegrados aos poucos na sociedade, à medida que conseguirem ganhar auto confiança, perdendo o medo de se relacionar e entendem que não se obriga ninguém a amar o outro”, conclui Andrea.

 

 

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