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Na manhã desta segunda-feira (10), o ministro da Defesa, Raul Jungmann, e o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, assinaram um protocolo de cooperação para desenvolvimento da Indústria de Defesa no Estado. Isto significa que Pernambuco abre as portas para as empresas desenvolvedoras de produtos como armas, munições, hardwares e softwares voltados a segurança. 

Segundo o ministro, o panorama da indústria de defesa no Brasil faturou R$ 209 bilhões, em 2014, e equivale a 3,7 do PIB do país. Além disso, gera mais de 40 mil empregos diretos e 130 mil indiretos. “O protocolo visa melhorar o ambiente de negócios em Pernambuco para a indústria de defesa. É uma indústria de alta tecnologia que implica em elevar os níveis de produtividade e inovação”. Ele afirma que o Brasil está entre os dez maiores fabricantes na indústria de defesa do mundo. 

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Jungamann ainda explica que há duas fábricas querendo se instalar no Estado, inclusive a multinacional Companhia Brasileira de Cartuchos – fabricante de munições e armas. “Além desses interesses há o caso da Marinha que lançou edital pedindo propostas para a fabricação de quatro novas corvetas – navios de guerra – que representam um pacote de 1.800 bilhão de dólares e Pernambuco está bem posicionado para competir pelo seu polo naval”.

Ele ainda explica que esteve em negociação com o ministro da integração nacional, Helder Barbalho, a fim de que o “Fundo Constitucional do Nordeste incorpore dentro das suas possibilidades de financiamento essa base industrial de defesa, então estaremos promovendo a descentralização dessas indústrias para o nordeste”. No Brasil, essas empresas estão concentradas no sudeste. 

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Outro ponto apresentado como fortalecimento das chances de que essas indústrias tenham interesse pelo Estado é a existência de um polo tecnológico. “Essas empresas vão produzir equipamentos voltados para a defesa, assim como tecnologia de ponta como hardwares e softwares e trazem empregos de grande valor agregado e têm efeito para trás e para adiante sobre a economia”. Ele ainda conclui que foi aberta, juntamente com o BNDES, a primeira linha de crédito para exportação desses produtos.  

O Ministério da Defesa pretende estender esse modelo de protocolo de cooperação para os demais estados do Nordeste, por meio dos fundos constitucionais.

Panorama em Pernambuco

Diante do cenário de insegurança no Estado, o governador Paulo Câmara informou que trabalhos são realizados no sentido de diminuir o índice de violência. “Nossos trabalhos de segurança são permanentes, diários. A gente está nesse trabalho muito sério com todas as polícias, Secretaria de Defesa Social, justamente para buscar que os resultados melhores, para que a gente tenha menos homicídios, menos roubos e furtos e que a sensação se insegurança que hoje é muito alta, diminua”.

Ele ainda acrescenta que, “inclusive, estamos em bastante contato com o Ministério da Defesa porque ele pode nos ajudar muito na proteção das fronteiras, principalmente para evitar que drogas e armas entrem no nosso país”. 

Diante do acordo firmado nesta segunda, Câmara explicou a intenção do governo em relação ao recebimento destas empresas. “Hoje assinamos o protocolo com o Ministério da Defesa na busca de atração numa área que o Brasil está iniciando o seu aprimoramento. Pernambuco vai se colocar como um Estado capaz de receber indústrias para o fortalecimento da soberania a partir da instalação dessas empresas aqui”. 

Sobre a ampliação de empregos, Paulo Câmara comenta que “é do nosso interesse que empresas mundiais se instalem em Pernambuco, que gerem emprego e renda”. Para isso, segundo o governador, o Estado fará programa específico de capacitação de mão de obra. 

Ainda não há local para a instalação dessas empresas e os incentivos dados a elas serão discutidos. O governador não deu mais detalhes, afinal, explicou existirem cláusulas de confidencialidade. 

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