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A ex-refém Ingrid Betancourt afirmou nesta sexta-feira que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) também deveriam ter sido agraciadas com o Nobel da Paz, concedido neste ano ao presidente colombiano, Juan Manuel Santos.

Durante entrevista à agência Associated Press em Paris, Betancourt disse que "é difícil para mim dizer isso, mas eu tenho que ser justa, mesmo que eles tenham sido meus sequestradores". Segundo ela, "eu acho que é verdade que eles se transformaram".

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Ingrid Betancourt tem cidadania francesa e colombiana. Ela fazia campanha para a presidência da Colômbia quando foi sequestrada pelo grupo, em 2002, tendo sido libertada apenas em 2008.

Santos levou o Nobel por seus esforços para acabar com a guerra civil no país, mesmo após os eleitores colombianos terem rejeitado em referendo o acordo de paz fechado com as Farc. Nesta sexta-feira, o governo de Bogotá e o grupo fecharam um acordo sobre um protocolo de trégua com a intenção de garantir a segurança dos rebeldes durante o processo de paz. Fonte: Associated Press.

Quatro anos depois do relato de seu cativeiro na selva colombiana, Ingrid Betancourt lança agora um romance, "A linha azul", que conta a história de uma heroína com um dom sobrenatural durante o período dos esquadrões da morte na Argentina.

A ex-candidata presidencial colombiana de 52 anos, sequestrada pela guerrilha das Farc de 2002 a 2008, já havia publicado "No hay silencio que no termine", relato de seu cativeiro.

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No novo livro, a trama se situa em Buenos Aires, nos anos 70. Júlia herdou do pai o dom de ver o futuro e, desde pequena, procura agir para impedir que desgraças aconteçam. A vida da protagonista muda depois do golpe militar de 1976. Simpatizantes do movimento dos Montoneros, ela e seu namorado são capturados pelos esquadrões da morte, mas conseguem escapar.

"Minha própria história me deixou sensível a das pessoas que viveram esta ditadura", explicou a autora, que se inspirou na história de uma amiga argentina.

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