A população que vive nas ruas está no grupo dos mais vulneráveis a contrair o coronavírus (Covid-19), já que as condições financeiras e falta de acesso aos serviços de saúde não lhes permitem tomar as medidas preventivas necessárias. Em janeiro desde ano, a Prefeitura de São Paulo divulgou o Censo da População em Situação de Rua, que registrou o aumento de 15 mil para 24 mil pessoas vivendo nas vias da capital entre 2015 a 2019.
Como medida de prevenção, a Prefeitura de Guarulhos, na Grande SP, instalou pias públicas nos locais de maior concentração de moradores de rua, como as praças Getúlio Vargas, IV Centenário e Oito de Dezembro, além do Viaduto Cidade de Guarulhos que dá acesso a rodovia Presidente Dutra. "Nesses locais, a população é assistida pelo Serviço de Abordagem Social, que distribui sabonetes e papel toalha, além de orientar sobre a necessidade de higienizar as mãos", informou em nota a assessoria de imprensa do Serviço Especializado em Abordagem Social (SDAS).
##RECOMENDA##Ainda segundo o comunicado da SDAS, nos acolhimentos institucionais da cidade foram distribuídos álcool em gel para funcionários e moradores de rua abrigados. As duas unidades do Restaurante Popular Solidariedade, que oferecem café da manhã gratuito e almoço por R$ 1 servirão as refeições em embalagens descartáveis para consumo fora das unidades. A medida foi tomada para evitar que o vírus possa ser transmitido por meio de aglomerações.
A principal dificuldade apontada pela SDAS tem sido o trabalho de conscientizar os moradores de rua a irem aos acolhimentos. Entre os motivos da recusa para ir aos abrigos estão os vícios em substâncias químicas, pendências na Justiça, entre outros.
Além do poder público de Guarulhos, outras instituições sem fins lucrativos também tem trabalahdo com o acolhimento de pessoas em situação de rua, como o Instituto Forte. Mesmo no período de isolamento, a ONG mantém serviços como alimentação, tratamentos de saúde e suporte em tempo integral.
Segundo a secretária do Instituto Forte, Keyla Reis Silva de Siqueira, atualmente, a principal dificuldade da ONG é a baixa na doação de alimentos. "Nós temos parcerias com a igreja Bola de Neve, que nos ajuda com a doação de alguns alimentos, mas, por causa da falta de cultos, a quantidade de doações caiu bastante", declara.