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O Instituto Volpi, que prepara o catálogo raisonée do pintor Alfredo Volpi e controla o acervo do artista nas mãos de particulares e museus, registra um número expressivo de telas extraviadas ou roubadas: são 48 obras de tamanhos e temas diversos que cobrem quase todos os períodos de sua produção, das paisagens realizadas nos anos 1940 às "fachadas" dos anos 1970, passando por retratos, naturezas-mortas e as populares "bandeirinhas" que identificam imediatamente sua autoria.

Dos oito trabalhos de Volpi roubados da residência de um colecionador nos Jardins, em 2011, cinco foram recuperados. Restam três obras de tamanho pequeno, ainda não encontradas: uma fachada em que predomina o preto e o vermelho, uma têmpera sobre papel colado sobre cartão, tela metafísica que traz uma melancia sobre a mesa e um manequim, e uma terceira têmpera com bandeirinhas rosas, azuis e amarelas.

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Considerando o valor de uma outra tela com bandeirinhas de Volpi, roubada no ano passado da residência da herdeira do ex-ministro Oscar Pedroso Horta, o valor de cada uma dessas três têmperas ainda desaparecidas deve girar em torno de US$ 300 mil. As recuperadas pelo delegado Marco Aurélio Batista, de tamanho maior, são mais valiosas, excetuando-se um pequeno estudo sobre cartão que retrata uma sereia. Uma tela de Volpi alcançou num recente leilão o valor de R$ 2 milhões, o mesmo que os ladrões pediam pelas telas roubadas.

"Hoje é muito difícil que um ladrão consiga vender obras como essas para galeristas e casas de leilão, pois o Instituto Volpi mantém uma relação muito estreita com todos os segmentos do mercado, além de expor em seu site as imagens das telas roubadas", diz o diretor do instituto, Pedro Mastrobuono. Na coleção de sua família, que tem diversas obras importantes de Volpi, há, até mesmo, a tela original (um óleo sobre lona) com a sereia esboçada na têmpera sobre cartão recuperada pela polícia. Os ladrões levaram a tela de Ivan Serpa no lugar de um Volpi, que foi trocado de parede na casa do colecionador uma semana antes do roubo.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um quadro do pintor Alfredo Volpi (1896-1988) foi considerado de autoria "duvidosa" e retirado de um leilão da casa de arte nova-iorquina Phillips, que vai acontecer no dia 23, às 16h. Segundo noticiou o jornal O Globo, o questionamento da autenticidade do quadro Sem Título, de 1970, foi levantado pelo Instituto Volpi, de São Paulo, que estranhou o fato de ser uma têmpera sobre papel timbrado.

Conforme o Instituto Volpi, se houvesse material do artista em papel timbrado, seria datado da década de 1950, já que nos anos 1970 o pintor se dedicava à pintura em tela tradicional. A mesma casa de leilões já tinha vendido um quadro de Volpi no ano passado, Fachada, de 1970, por US$ 92,5 mil (cerca de R$ 180 mil). O instituto catalogou cerca de 300 obras de autoria questionável de Volpi em circulação e estima que a série em papel timbrado proceda de um mesmo lugar, Petrópolis (RJ).

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"Não posso dizer que é falsa porque, pela lei brasileira, implicaria dizer que alguém é falsário. Mas vejo isso com os mesmos olhos de quem vê uma nota de R$ 3", disse ontem (15) Marco Antonio Mastrobuono, presidente do Instituto Volpi. Segundo ele, a casa de leilões foi alertada por e-mail. Mastrobuono diz que a composição da pintura é a segunda coisa "chocante" do quadro, já que Volpi não usara a temática em papel. "A chance disso ser Volpi, meu amigo, é zero!".

Representantes dos herdeiros do pintor, no entanto, não ficaram satisfeitos com a intervenção. "A pessoa, à distância, emitir um parecer? Me pareceu completamente descabido", disse o advogado Salvador Ceglia Neto, que representa a única filha legítima de Volpi, Eugênia Maria Volpi. Segundo Ceglia Neto, o Instituto Volpi "tem cometido toda sorte de desmandos" em seu trabalho de catalogação da obra do artista. A família questiona no Tribunal de Justiça decisão de uma juíza que autorizou a atuação do instituto.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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