A rebelião que aconteceu na manhã deste domingo, no presídio Aníbal Bruno, no bairro do Sancho, na Região Metropolitana do Recife, resultou em dois mortos e quatro feridos. Uma dos presos que chegou a óbito foi Danilo da Silva Bezerra, de 20 anos de idade. A irmã dele, Daniela Maria Bezerra da Costa (foto destaque), estava do lado de fora do presídio, revoltada por causa da morte do irmão. Daniela chegou após o término da confusão e afirmou ter conversado com pessoas que estavam dentro do presídio no momento do levante.
“Eu quero justiça, eles não podiam ter feito isso”, disse Daniela. De acordo com ela, visitantes que estavam no presídio na hora da confusão disseram que policiais atiraram contra Danilo. “Eles meteram bala no meu irmão. Danilo estava aqui dentro há quatro meses sem merecer”, falou Daniela.
Para a irmã de Danilo, a segurança do presídio falhou, por não ter usado balas de borracha. “Não vi nada de bala de borracha. Houve erro e isso tem que ser explicado”, afirmou a mulher.
Segundo informações do secretário da Secretaria de Ressocialização do Estado (Seres), Coronel Romero Brito (foto à esquerda), no momento da confusão, alguns presos arrombaram um portão que dava acesso a um local que eles não podiam ficar. De acordo com o secretário, os envolvidos jogaram pedras contra os policiais e agentes penitenciários e por esse motivo tiveram que reagir por isso houve reação por parte da segurança. Porém, são se sabe ainda quem atirou e uma sindicância será aberta para descobrir se o tiros partiram dos policiais ou dos agentes.
Por volta das 14h, o Instituto de Medicina Legal (IML) resgatou o corpo do outro preso que morreu, Dalton Ferreira Gouveia, 28. Na saída do carro do IML, familiares gritaram protestando contra policiais e agentes, dizendo que não era mais preciso a ida do Instituto porque lá tinham presos mortos. Muitos deles afirmaram que a qualquer momento pode acontecer outra rebelião.