Apontado como um dos favoritos a ocupar a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF), após a morte do ministro Teori Zavascki, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Ives Gandra Martins Filho, é dono de posturas conservados e que tem causado polêmicas.
De acordo com uma reportagem publicada pela Folha de São Paulo, é de Martins Filho os conceitos de que "a mulher deve obedecer e ser submissa ao marido"; "o casamento de dois homens ou duas mulheres é tão antinatural quanto uma mulher casar com um cachorro"; e "casais homoafetivos não devem ter os mesmos direitos dos heterossexuais, isto deturpa o conceito de família".
##RECOMENDA##Membro da organização católica Opus Dei, Martins ainda é contra a descriminalização do aborto e das pesquisas com células-tronco. As posturas do presidente do TST são expostas em um artigo publicado no livro "Tratado de Direito Constitucional", organizado pelo ministro do STF Gilmar Mendes, o advogado Carlos Valder e o pai dele, Ives Gandra Martins.
Nos corredores do Planalto, o nome do presidente do TST é um dos que mais se enquadra nos requisitos que o presidente Michel Temer (PMDB) deve adotar para a escolha. Além de ser membro de uma corte superior, tem o perfil técnico e a afeição de Gilmar Mendes, principal conselheiro de Temer para o assunto.