Tópicos | Jeff Alan e Abròs

Um dos cartões postais mais visitados do Recife, a orla de Boa Viagem, na Zona Sul da capital pernambucana, está ganhando novo colorido. A segunda edição do projeto Salva-Arte: Cores Inclusivas convocou seis artistas locais para repaginar os  postos salva-vidas dispostos ao longo da praia. As intervenções vão homenagear ritmos musicais do Estado e, além de apreciar as pinturas, o público poderá, também, ouvir playlists criadas especialmente para cada uma das obras. 

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Os postos salva-vidas da orla de Boa Viagem datam de 1940. Foto: Arthur Souza/LeiaJáImagens

O Salva-Arte foi criado em 2015, pelo publicitário Wellington Ferraz, com o objetivo de dar nova cara aos postos salva-vidas de Boa Viagem, equipamentos arquitetônicos projetados em 1940. Em parceria com a Nuvem Produções, as seis unidades ganharam novas cores ainda naquele ano. “Era um resgate da história recifense, já esquecida por uma grande parte da população, principalmente as novas gerações”, explica, em entrevista exclusiva ao LeiaJá,  a produtora Claudia Aires, diretora da Nuvem.  

Agora, o projeto volta com patrocínio da Copergás e apoio da Prefeitura da Cidade do Recife e a participação de seis artistas locais. Para a empreitada, que nesta segunda edição tem como tema ritmos tradicionais da cultura pernambucana - frevo, ciranda, maracatu, coco de roda, brega e manguebeat -, foram escalados nomes que, segundo Cláudia, pudessem  “com os seus trabalhos, retratar o espírito dessas manifestações culturais”. As intervenções começaram na última quinta (16) e a previsão é que os seis postos sejam entregues na próxima segunda (27). 

Jade Mota pintou o coco de roda. Foto: Arthur Souza/LeiaJáImagens

Além disso, a iniciativa buscou por uma convocatória mais inclusiva, abrindo espaço para minorias representativas da cidade e novos talentos da cena recifense. Sendo assim, assinam as obras Ianah Maia, Max Motta, Jota Zer0ff, Jade Matos, Jeff Alan e Abròs. “Tecnicamente, pintar um posto salva-vidas desses, que tem em média 8m de altura, e em 3 dias, não é uma tarefa simples. A curadoria, dessa etapa, foi feita baseada na experiência e capacidade de cada artista em executar o trabalho em um prazo tão exíguo”, diz Cláudia.

A música também tem destaque especial dentro do projeto. Além de dar mote para as intervenções artísticas, cada posto vai receber uma placa explicativa e um QR code que, quando acessado, levará o visitante a uma playlist com músicas do gênero. A curadoria musical ficou à cargo da própria Cláudia, que também atua como DJ sob o alter ego de Claudinha Summer, e do  DJ e agitador cultural recifense Evandro Q? (Iraq Club). “A curadoria foi baseada tanto em obras tradicionais dos ritmos propostos quanto em releituras mais contemporâneas dos mesmos. É uma verdadeira viagem musical e geracional”. 

Max Motta ficou como maracatu. Foto: Arthur Souza/LeiaJáImagens


 

 

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