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A Organização Mundial de Boxe (OMB) revisará a pontuação da luta pelo título dos meio-médios entre Manny Pacquiao e Jeff Horn depois de uma polêmica vitória por decisão unânime concedida ao pugilista australiano, ainda que não haja planos de mudar o resultado, informou a entidade.

A OMB respondeu, assim, a uma solicitação de uma agência do governo filipino para revisar o resultado da luta do último fim de semana depois que Pacquiao declarou que a decisão contrária a ele foi injusta.

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A Junta do Esporte e do Lazer das Filipinas disse que fez a sua solicitação com o intuito de proteger a integridade do boxe, e mencionou possíveis erros do árbitro e dos juízes. Mas a OMB reiterou que só haverá esperança de revogar a decisão dos juízes se ficar provado que houve fraude.

"Eu ficaria muito grato se a junta puder fornecer qualquer evidência que indique fraude ou violação da lei", disse o presidente da OMB, Francisco Valcarcel, em uma carta para a agência filipina. "O objetivo desta revisão é poder dar aos fãs a certeza de quem foi o vencedor da luta, mesmo que não tenhamos o poder para reverter a decisão dos juízes".

Valcarcel disse que cinco juízes anônimos irão rever a luta e darão suas próprias pontuações aos rounds. "Então, vamos tabular os resultados para determinar claramente quais rounds cada lutador venceu com uma escala baseada na média de 60, 80 e 100%", disse Valcarcel. "Isso significa que três dos cinco juízes têm que estar de acordo para determinar qual lutador ganhou o round".

Os três juízes concederam a vitória a Horn, com dois deles dando a pontuação 115 a 113 e outro definindo o resultado como 117 a 111. E Valcarcel defendeu o trabalho deles. "Os juízes que participaram dessa luta são todos profissionais, são distintos, honestos e seres humanos honrados", afirmou.

Manny Pacquiao pediu a Organização Mundial de Boxe (OMB) para que aceite a petição das autoridades esportivas das Filipinas e revise a sua derrota na luta pelo título dos meio-médios contra o australiano Jeff Horn, alegando que não deseja ver a indústria do boxe "morrendo por uma decisão injusta e oficialista".

Embora Pacquiao declarou inicialmente ter aceitado a derrota para Horn, que conquistou o seu primeiro título na "Batalha de Brisbane", ele disse nesta quarta-feira que como boxeador e senador nas Filipinas "tenho a obrigação moral de manter a esportividade, a verdade e a justiça aos olhos do público".

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Pacquiao citou uma petição da Junta do Esporte do Lazer das Filipinas ao presidente da OMB, o porto-riquenho Francisco Valcárcel, para uma revisão completa da atuação do árbitro e dos juízes. Ele acrescentou que a organização deve tomar medidas "para evitar acabar com o interesse das pessoas no boxe".

Em sua carta de 3 de julho a Valcárcel, o presidente do órgão filipino, Abraham Kahlil Mitra, e outros dois dirigentes expressam sua preocupação por "possíveis erros do árbitro e dos outros três juízes da luta".

"Solicitamos uma análise aprofundada da OMB dos possíveis erros do árbitro, nos quais não foram feitas algumas reduções e sobre os juízes em sua decisão, que causou opiniões díspares sobre sua objetividade", indicou o comunicado.

Os treinadores de Pacquiao criticaram o árbitro por não ter feito mais para deter ou penalizar algumas ações de Horn, como cabeçadas e uso indevido dos braços para segurar o filipino. Além disso, mencionaram estatísticas que mostraram que Pacquiao, que sofreu dois cortes no rosto por cabeças, acertou o dobro de golpes.

Os três juízes da luta concederam a vitória a Horn, com um 117 a 111 e dois 115 a 113. Pacquiao possuía no contrato uma cláusula de revanche, o que poderá ocorrer até o final do ano.

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