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O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Jim Mattis, disse nesta terça-feira (7) que concorda "absolutamente" que o Pentágono deveria criar um novo comando dedicado ao espaço, mas indicou que ainda não está claro como se executará a ordem do presidente Donald Trump de criar uma Força Espacial completamente nova.

Em junho, Trump ordenou a criação de uma Força Espacial, afirmando que esta se tornaria a sexta divisão do exército americano, argumentando que o Pentágono necessita um serviço exclusivamente dedicado a abordar as vulnerabilidades no espaço e afirmar o domínio americano em órbita.

Espera-se que o Pentágono apresente nesta semana ao Congresso propostas sobre como tornará efetiva a ordem de Trump.

Segundo um esboço desse relatório, obtido pelo site de notícias militares Defense One, os planejadores do Pentágono estão delineando uma série de passos em direção a uma Força Espacial.

Embora a criação de um novo ramo das forças armadas requeira a aprovação do Congresso, o Pentágono propõe criar um novo "comando combatente", chamado US Space Command, que estaria dedicado ao espaço.

O enorme exército dos Estados Unidos divide o globo terrestre em comandos de combatentes, como o Comando Central no oriente Médio ou o Comando Indo-Pacífico na Ásia, de modo que o novo Comando Espacial teria o mesmo perfil destes.

Um repórter do Pentágono perguntou a Mattis se ele apoiava a criação do Comando Espacial. "Sim, absolutamente", disse Mattis. "Necessitamos abordar o espaço como um domínio de luta contra a guerra em desenvolvimento, e um comando de combate é certamente uma coisa que podemos estabelecer".

No ano passado, Mattis expressou seu ceticismo sobre a necessidade de criar uma Força Espacial separada.

Em uma carta a um congressista americano, disse que "não desejava adicionar um serviço separado que provavelmente proporia um enfoque mais estreito e inclusive paroquial das operações espaciais" e acrescentou que este criaria uma burocracia e um custo adicionais para o Pentágono.

Nesta terça-feira, no entanto, Mattis disse que o Pentágono está "em completo alinhamento com a preocupação do presidente de proteger nossos ativos no espaço", mas não deu mais detalhes sobre se apoiava a construção de um novo ramo das forças armadas.

"Estamos trabalhando nisso. Como essa organização real será - ela será adequada ao propósito, é o que eu posso lhes garantir. Mas eu ainda não tenho todas as respostas finais", disse.

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Jim Mattis, sinalizou a possibilidade de novas ações norte-americanas contra a China caso a "militarização" do Mar da China Meridional continue. Ele afirmou que Pequim estava intimidando outros na região ao colocar sistemas de armas em ilhas artificiais.

Mattis afirmou que a decisão recente do governo Trump de desconvidar a China para um exercício naval multinacional foi uma "resposta inicial" às atividades de Pequim nas ilhas. Ele afirmou ainda que a reação norte-americana foi uma consequência "relativamente pequena". "Espero que haja consequências muito maiores no futuro".

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O presidente Donald Trump, apoiando as declarações do chefe do Pentágono, disse no Twitter, em tom de ironia: "Muito surpreso que a China esteja fazendo isso?".

A dependência chinesa de sua musculatura militar para alcançar suas metas "não é uma forma de fazer colaboração de longo prazo", disse Mattis. "Há consequências que vão continuar se apresentando se a China não encontrar uma forma mais colaborativa", acrescentou.

As declarações do secretário de Defesa ocorrem num momento delicado para as relações entre Estados Unidos e China. O governo Trump está cautelosamente pedindo ajuda da China com a Coreia do Norte, ao mesmo tempo em que ameaça uma guerra comercial. Trump renovou sua ameaça de elevar tarifas a produtos chineses apenas alguns dias antes de seu secretário de Comércio chegar em Pequim no sábado para conversas.

Para Mattis, não há dúvidas quanto às intenções da China. "Apesar das alegações chinesas em contrário, a disposição de sistemas de armas está ligada diretamente ao uso militar para os propósitos de intimidação e coerção", afirmou. Fonte: Associated Press.

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