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Os Estados Unidos se mantinham em suspense em relação ao resultado das eleições presidenciais em estados-chave onde a apuração prosseguia nesta quarta-feira, em uma corrida muito disputada para se declarar um vencedor. Segue abaixo a situação atualizada em cada um deles.

Joe Biden conta, no momento, com 264 grandes eleitores e Donald Trump, com 214. São necessários 270 para conquistar a Casa Branca. Os três grandes eleitores do Alasca ainda não foram atribuídos a nenhum candidato, mas os democratas não vencem ali há décadas. A incerteza se mantém em quatro estados:

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Pensilvânia

Talvez o estado que leve mais tempo para declarar um vencedor - e que poderia decidir o resultado com 20 votos eleitorais em jogo.

Com 79% dos votos apurados no estado industrial, Trump estava à frente na noite desta quarta-feira, com 51,4%, contra 47,3% para Biden. As cédulas restantes, no entanto, devem favorecer Biden, que nasceu no estado. Segundo autoridades locais, o resultado final deve ser conhecido até sexta-feira.

Carolina do Norte

Trump parecia o favorito para ganhar os 15 votos eleitorais da Carolina do Norte, apesar de uma forte atuação de Biden, mas permanece sem folga.

Com 95% apurados no estado do sudeste, Trump tem 50,1% e Biden, 48,6%. As cédulas pelo correio enviadas antes ou no dia das eleições podem ser contadas até 12 de novembro.

Nevada

Possui seis grandes eleitores em jogo. Com 86% dos votos apurados, Biden lidera, com 49,3%, contra 48,7% para Trump.

Autoridades estaduais disseram, em um primeiro momento, que não iriam divulgar novos resultados até esta quinta-feira, antes de anunciarem que, "devido ao forte interesse pela votação em Nevada", iriam divulgar novas cifras na noite desta quarta-feira, horário local.

Geórgia

Biden teve um desempenho inesperadamente bom no estado do sudeste, que é tradicionalmente um reduto republicano, mas Trump ainda estava um pouco à frente. O estado tem 16 grande eleitores em jogo.

Com 94% apurados, Trump conta com 50%, contra 48,8% para Biden. O resultado final é esperado para a noite desta quarta-feira, horário local.

O último debate entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o candidato democrata à Casa Branca, Joe Biden, realizado nesta quinta-feira em Nashville, no estado do Tennessee, foi marcado pelas posições divergentes dos dois políticos sobre a gestão da pandemia, a imigração, a mudança climática e a indústria do petróleo.

Seguem os principais pontos que marcaram o último debate entre os dois candidatos à presidência dos Estados Unidos antes das eleições de 3 de novembro.

- A pandemia -

“O responsável por tantas mortes não deve permanecer na presidência dos Estados Unidos”, disse Biden a Trump na abertura do debate, alertando que o país enfrentará um inverno “sombrio”, em um momento em que já são mais de 222.222 mortos por Covid-19 em território americano.

Trump, que contraiu o vírus e teve que ser hospitalizado há três semanas, disse que seu governo está lutando "vigorosamente" contra a pandemia.

- Kim Jong-Un e Hitler -

O último debate dedicou uma parte importante à diplomacia e Biden aproveitou para atacar Trump por sua ligação com o líder norte-coreano Kim Jong-Un.

"Ele falou sobre seu bom amigo, que é um bandido", disse Biden, acusando Trump de legitimar a Coreia do Norte.

Trump se defendeu, respondendo que se encontrou com o líder norte-coreano três vezes e, assim, conseguiu repelir a ameaça de uma "guerra nuclear".

Ao que Biden respondeu exasperado: "É como dizer que tínhamos um bom relacionamento com Hitler antes dele invadir a Europa, o resto da Europa. Por favor."

- Um "bebê inocente" -

Trump continuou com suas acusações e exigiu que seu rival democrata explicasse à opinião pública os supostos crimes de corrupção nos negócios de seu filho Hunter Biden na China e na Ucrânia, quando Joe Biden era vice-presidente de Barack Obama (2009-2017).

"Nunca recebi um centavo do exterior em toda a minha vida", disse Biden, que costuma perder a compostura quando sua família é atacada.

Mas Trump insistiu e o acusou de ser um "político corrupto". "Não me venha com essa história de ser um bebê inocente", disse o atual presidente.

- Uma política "criminosa" -

Em troca, Biden acusou de Trump de comandar uma política "criminosa" ao separar famílias de migrantes em 2018 como parte da política de "tolerância zero" com a imigração.

A organização de defesa dos direitos humanos ACLU revelou nesta semana que ainda existem 545 menores afastados dos pais por conta da política do governo americano, que ficou em vigor por cerca de seis semanas e que precisou ser suspensa devido à onda de indignação.

“Esses meninos estão sozinhos, sem nenhum lugar para ir. Isso é criminoso”, enfatizou Biden.

Trump defendeu sua política, alegando que as crianças foram levadas para a fronteira por "coiotes", "carteis" e "pessoas más". "Agora temos a fronteira mais forte que já tivemos", acrescentou.

- Petróleo e estados-chave -

O candidato democrata se arriscou ao afirmar que, se eleito, iniciará uma transição gradual de distanciamento da dependência da indústria do petróleo.

Trump reagiu rapidamente instando os estados-balanço do Texas, Ohio e Pensilvânia a se lembrarem dessa declaração, em um momento em que o democrata parece estar liderando a corrida nesses importantes feudos para se chegar à Casa Branca.

Além disso, o presidente - que defende posições que questionam as mudanças climáticas - afirmou que os Estados Unidos têm "o ar e a água mais limpos" em anos e diminuiu as energias renováveis, como a eólica, alegando que matam pássaros.

O presidente Donald Trump inicia, nesta segunda-feira (12), uma maratona de comícios em quatro estados importantes, na esperança de recuperar o terreno perdido para seu rival democrata Joe Biden antes da eleição presidencial dos Estados Unidos em 3 de novembro.

Trump visita Flórida, Pensilvânia, Iowa e Carolina do Norte nos próximos dias, uma turnê exigente para o presidente americano de 74 anos, que diz estar "imune" à covid-19 dez dias após testar positivo para o coronavírus e interromper sua campanha à reeleição.

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Na segunda-feira à noite, o compromisso de campanha será ao ar livre no aeroporto de Sanford, Flórida.

A assessora de imprensa da Casa Branca, Kayleigh McEnany, colocada em quarentena depois de também testar positivo para Covid-19, disse que os participantes seriam encorajados a usar máscaras e desinfetante para as mãos seria disponibilizado. Mas "em última análise, neste país você tem o direito de se apresentar e expressar seu ponto de vista político", disse à Fox.

Enquanto isso, Biden, que lidera Trump por dois dígitos na média nacional das pesquisas de acordo com o site RealClearPolitics, apresentará suas propostas econômicas em Ohio.

Em uma série de tuítes matinais, o candidato da oposição foi alvo do presidente, assim como seus colegas democratas e a imprensa.

"Tantas notícias falsas! A mídia enlouqueceu porque percebeu que estamos à frente nas pesquisas que importam", escreveu ele, sem especificar a que pesquisas se referia.

"Totalmente negativo"

Para seu retorno à arena eleitoral, Trump deverá tentar estimular sua base eleitoral, gabando-se de ter escolhido a juíza conservadora Amy Coney Barrett para preencher uma vaga na Suprema Corte.

O Senado, controlado pelos republicanos, iniciou nesta segunda-feira a audiência da juíza de 48 anos, cuja confirmação, praticamente garantida, vai inclinar a mais alta corte do país para o lado conservador nas próximas décadas.

"Parece que estou imune, não sei, talvez por muito tempo, talvez por pouco tempo, talvez por toda a vida. Ninguém sabe realmente, mas estou imune", disse o inquilino da Casa Branca no domingo.

"Vocês têm um presidente imune (...) Hoje vocês têm um presidente que não precisa se esconder em seu porão como seu adversário", acrescentou, referindo-se a Biden.

Trump chegou a afirmar, em uma mensagem de áudio para seus seguidores no domingo, que deu "totalmente negativo" para o vírus, uma declaração que não foi oficializada.

A questão da imunidade à Covid-19 ainda não está clara, pois os especialistas não sabem exatamente quanto tempo ela dura ou o nível de proteção oferecido pelos anticorpos.

A afirmação sobre sua imunidade foi sinalizada pelo Twitter, por violar as regras da rede social sobre a divulgação de informações enganosas e potencialmente prejudiciais em relação à Covid-19.

Em um momento em que o número de mortos no país se aproxima de 215.000, o presidente disse que a pandemia eventualmente "seguirá seu curso". E garantiu: "As vacinas e as curas estão chegando rápido!"

Biden nos estados-chave

O magnata nova-iorquino, que constantemente apresenta Biden, de 77 anos, como um fantoche manipulado pela ala esquerda de seu partido, também deu a entender que seu rival pode estar doente.

A equipe de campanha de Biden publica os resultados dos testes que o candidato faz diariamente. Até agora, todos os testes foram negativos.

Em contraste, há menos transparência em torno do presidente americano, já que sua equipe médica se recusa a dizer quando Trump deu negativo pela última vez.

Essa postura alimenta as suspeitas de que ele não se submetia a um teste havia vários dias antes de anunciar, em 1º de outubro, que havia contraído o novo coronavírus.

Enquanto Trump se esforça para avançar, Biden está quase 10 pontos, em média, à frente de Trump nas pesquisas nacionais, e também consolidou sua vantagem em intenção de voto nos estados decisivos para a eleição.

Isso inclui os quatro estados que o presidente visitará esta semana, e que ele havia vencido em 2016 contra Hillary Clinton.

O democrata lidera por uma pequena margem em Iowa e Carolina do Norte, de acordo com o RealClearPolitics, mas lidera por vantagens mais substanciais na Flórida e na Pensilvânia, com 3,7 pontos percentuais e 7,1, respectivamente.

Referindo-se à visita de Trump à Flórida em um comunicado, Biden advertiu que o presidente carregará uma "retórica divisionista", tão perigosa quanto o que não levará: um "plano para controlar este vírus que ceifou a vida de mais de 15.000" americanos na Flórida.

"Já ajudei este país a se recuperar antes e meu compromisso com todos os moradores da Flórida é reconstruir melhor este país", acrescentou.

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