Tópicos | jogos ilegais

Condenado a 39 anos de prisão e ainda respondendo outros processos, o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, prestou depoimento na tarde desta segunda-feira (18) na Divisão Especial de Repressão ao Crime Organizado (Deco), de Brasília, no inquérito que apura o esquema de exploração de jogos ilegais no Distrito Federal e cidades do entorno. O esquema foi desmantelado entre agosto de 2012 e março deste ano e Cachoeira apresentou-se espontaneamente para negar que tenha qualquer relação com os negócios dos contraventores detidos, segundo explicou o advogado, Cleber Lopes.

Cachoeira recorre em liberdade. Na saída do depoimento, ele não quis falar com a imprensa, mas Lopes, que representa o escritório do advogado, Nabor Bulhões, informou que o cliente estava preso quando foi desencadeada a Operação Jackpot, que investigou o esquema de jogos ilegais no DF e fez questão de se antecipar a uma eventual convocação, diante de especulações de que estaria por trás do negócio.

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Investigado pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, Cachoeira foi condenado, em dezembro passado, a 39 anos de prisão por corrupção ativa, peculato, violação de sigilo e formação de quadrilha. Ele ficou preso preventivamente na maior parte do curso da investigação, a partir de 29 de fevereiro, mas foi solto em 21 de novembro, beneficiado por alvará da Justiça Federal.

O senador Demóstenes Torres (sem partido –GO) depõe neste momento na Comissão de ética do Senado sobre a sua relação com o contraventor Carlinhos Cachoeira. No início do seu depoimento Demóstenes diz ser “vítima da maldade”, alega que as informações divulgadas tem “muita maledicência”, com intuito de “enxovalhar” sua reputação. Para ele, esta é a “campanha mais orquestrada da história do Brasil”.

De acordo com o senador, um exemplo, é a compra do apartamento em que mora com a família. “O meu apartamento foi comprado, parte, com um dinheiro, legal, da conta da minha mulher. Foram pagos R$ 600 mil e outros R$ 800 mil financiados, os quais eu pagarei até completar 80 anos”, alega. 

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“Se eu estou aqui hoje é porque eu quero dar explicações a sociedade, a minha família, aos senhores... Se eu estou aqui é porque eu readquiri a fé”, diz o senador que também garante que pensou nas “piores coisas”, inclusive em renunciar seu mandato de senador.

Demóstenes fez questão de ler as declarações feitas contra ele por delegados e procuradores contidas nos autos do processo. Segundo o senador, as acusações “raivosas” serão rebatidas por ele durante o depoimento e que já estão “desmentidas” nos autos. “Eu jamais tive alguma ligação com os jogos ilegais”, defende-se Demóstenes.

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