Tópicos | José Carlos Feitosa Barreto

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Gratidão, é assim que Lucas Lyra, torcedor do Náutico, baleado antes de uma partida em 2013, descreve seu sentimento ao saída do Real Hospital Português, três anos e quatro meses internado. Em coletiva realizada nesta segunda-feira (29), na sala de convenções do Real Hospital Português, o jovem de 22 anos comentou os dias em que ficou no hospital, sempre agradecendo a Deus, aos médicos e até à imprensa.

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"Graças a deus, eu estou aqui bem, feliz com a emoção de poder deixar o hospital, grato a todos que rezaram por mim e que cuidaram da minha situação. Estava com saudade de casa, de poder ficar com minha família lá. Estou ansioso para poder voltar a estudar. Não posso agora porque estou aposentado e tratando uma catarata, mas assim que estiver recuperado, quero estudar. Me tornei uma pessoa melhor, mais grata, com alegria de viver, não foi uma tragédia que me ocorreu, foi um milagre", contou.

Passado o período de internação, a busca da família é por justiça. A audiência, em que o segurança da empresa de ônibus Pedrosa, José Carlos Feitosa Barreto, é réu, ainda não tem data marcada. O acusado pelos disparos ficou apenas dez dias preso, por ter se apresentado à polícia, e segue aguardando julgamento em liberdade. José Carlos irá a júri popular.

"Agradecemos muito a vocês, da imprensa, por ajudar a ecoar nosso grito, pois seria só mais um caso esquecido. Nós gritamos por justiça e vocês fizeram que ecoasse. O fato de termos perdoamos ele não quer dizer que apoiamos a impunidade. Ele atirou para matar, por trás, sem chances de defesa para o meu irmão e precisa ser julgado por isso", afirmou a irmã do paciente, Myrella Lyra. 

Lucas, que esteve com a vida por um fio, deixa o hospital com marcas que vão sempre o recordar do ocorrido. Parte de seus movimentos no lado direito do corpo seguem comprometidos, mas em tratamento. Mas a alegria de ter sobrevivido o dá forças para seguir adiante rumo a recuperação total de sua rotina. Ao LeiaJá, contou que esteve assistindo aos jogos do Náutico pela televisão.

"Tenho muita saudade das partidas. Mas agora, com o que me aconteceu, estou com receio de voltar ao estádio. Não pelo jogo em si, mas por questão de dificuldade com transporte e a própria estrutura, fica complicado. Até venho assistindo alguns jogos no hospital, quando faz gol comemoro e quando toma fico arretado", brincou.

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Entenda o caso

Em fevereiro de 2013, momentos antes de uma partida entre Náutico x Central, pelo Campeonato Pernambucano, integrantes das torcidas organizadas Jovem (Sport) e Fanáutico (Náutico) se enfrentaram na avenida Rosa e Silva. Em frente ao portão do estádio, e de costas para um ônibus, onde estavam os torcedores do Sport, Lucas de Freitas Lyra, na época, com 19 anos tomou um tiro na nuca. O disparo teria sido efetuado pelo segurança da empresa de ônibus Pedrosa, José Carlos Feitosa Barreto. Lucas foi levado ao Hospital Agamenom Magalhães e transferido ao Hospital da Restauração, onde passou por seguidas cirurgias e depois ao Real Hospital Português, onde ficou sendo tratado até o momento. Foram três anos e quatro meses de recuperação, mas o torcedor ainda vai precisar fazer fisioterapia para voltar a andar. No momento, Lucas consegue falar, mas tem dificuldade para mexer o lado direito do corpo. O acusado irá a júri popular, mas segue em liberdade enquanto que a audiência ainda não tem data.

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