Tópicos | José Severino da Silva

Quase 500 mil quilômetros rodados por várias cidades brasileiras e 300 exemplares de livros oferecidos. Os números são robustos e mencionados com muito orgulho pelo comerciante José Severino da Silva, de 43 anos. Nascido em Garanhuns, Agreste de Pernambuco, José deixou o Estado ainda na juventude com destino a São Paulo, onde estudou até o ensino médio e, quando adulto, começou a trabalhar em livrarias. Hoje, já não tem vínculo empregatício, pois resolveu se aventurar pelo Brasil comercializando as obras de forma independente. O curioso detalhe é que sua loja literária foi criada dentro de um caminhão baú que roda o País levando conhecimento para o público e incrementando a renda principal do pernambucano.

Durante mais de 20 anos, José viveu entre livros, comercializando obras em São Paulo. A experiência, no entanto, não se resumiu à habilidade de conquistar clientes. Ele leu inúmeros autores e confessa que deu preferência aos temas da área de saúde. “Fazia tudo na loja, era também faxineiro. O contato com a leitura desenvolvi na própria livraria, pois costumava ler sempre que podia. Eu lia tudo na área da saúde, mas não entendia praticamente nada. Mas eu tinha a necessidade de entender, porque quando o cliente perguntasse, eu deveria responder de forma correta. Com o tempo, fui compreendendo alguns assuntos. Hoje, consigo explicar bem os temas dos livros”, relata o comerciante.

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Ainda em São Paulo, José começou a vender os exemplares da livraria onde trabalhava de forma itinerante. Saía em veículos e passava por pontos estratégicos oferecendo as obras, como faculdades e universidade. “Depois fiz uma pesquisa de mercado em todo o Brasil, principalmente no Nordeste, para saber quais livros eram mais solicitados pelos clientes. O que despertou o trabalho independente foi o dinheiro, porque eu já sabia que vender livros seria lucrativo, por isso deixei de ser empregado. Há onze anos, passei a vender de forma independente, no meu próprio caminhão. Hoje, trabalho do Rio Grande do Sul ao Piauí”, diz José, em entrevista ao LeiaJá.

O comerciante conta que ainda reside em São Paulo com os filhos, na cidade de Mogi das Cruzes, mas praticamente vive viajando pelo Brasil em seu caminhão, sempre em busca de vender os exemplares. Sem querer revelar sua renda, ele garante que o serviço é lucrativo, mesmo diante dos gastos com gasolina e manutenção do veículo. “Trabalho dois, três meses pelo Brasil, depois volto para São Paulo para repor mercadoria. Compro direto das editoras e por isso ofereço livros a preços acessíveis, a maioria da área de saúde. Além de fazer o que gosto, porque amo a leitura e gosto do meu caminhão, consigo sustentar a minha família. Com toda a certeza, é um trabalho que compensa”, afirma o comerciante. Durante as viagens, o vendedor diz que dorme em pousadas ou no próprio veículo. 

Para transformar o caminhão em uma livraria móvel, o pernambucano contou com a ajuda de um dos filhos. “Foi uma ideia interessante do meu filho. Isso aqui antes era uma bagunça, porque os livros ficavam jogados, e ele resolveu montar prateleiras para organizar tudo. O trabalho melhorou muito”, relembra. Confira no vídeo a seguir a rotina do vendedor que transformou um caminhão em uma livraria:

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O caminhão de José está circulando por várias instituições do Recife. Na manhã desta quinta-feira (23), ele conversou com o LeiaJá nas proximidades da Universidade Católica do Recife (Unicap), perto da Rua do Lazer, bairro da Boa Vista, área central da cidade. De acordo com o comerciante, ele deve ficar na capital pernambucana até meados de maio e promete percorrer, diariamente, diferentes faculdades e universidade. Segundo o vendedor, os preços dos livros variam de R$ 30 a R$ 800, e os descontos podem chegar a 60%. Mais informações sobre o serviço de José podem ser obtidas pelo telefone (82) 8176-0540.   

A mãe do estudante de medicina Lucas Pontual Moraes, 18, envolvido em um acidente de trânsito que resultou na morte do taxista José Severino da Silva, declarou à reportagem do LeiaJá que sua família sempre contratava o serviço do motorista que estaria conduzindo o Corolla. O veículo atingiu o táxi na madrugada deste sábado (18), na Estrada do Arraial, bairro de Casa Amarela, Zona Norte do Recife. De acordo com Silvana Alencar, o condutor Domício José do Carmo, 33, antes dessa madrugada, nunca havia se envolvido em um acidente enquanto dirigiu para Lucas. Sobre a carteira de motorista vencida de Domício, ela apenas informou que ele andava com dois documentos, o novo e o antigo, e que a polícia apreendeu o vencido.

Segundo Silvana, seu filho estava em uma festa no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife. Quando o jovem saiu do evento, Domício o pegou e no caminho acabou se envolvendo no acidente que matou o taxista de 46 anos. “Meu filho está muito abalado. Ele nunca passou por isso”, declarou Silvana. 

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A mãe do estudante de medicina também disse que Lucas está preocupado com Domício, uma vez que o taxista acabou falecendo. Nesta tarde, tanto Silvana quanto outros parentes de Lucas estão na Central de Flagrantes, no bairro de Campo Grande, Zona Norte do Recife, aguardando o filho prestar depoimento ao delegado Humberto Ramos.

Com informações de Nathália Guimarães

A Polícia Civil de Pernambuco prendeu, nesta terça-feira (30), José Severino da Silva, de 37 anos, conhecido popularmente como “Gordo”, pelo homicídio cometido contra Lidvan Batista da Silva, de 30, no dia 4 de março, na Favela do Papelão, no bairro de Santo Antônio, área central do Recife. As informações policiais afirmam que os dois eram vizinhos e na hora do assassinato o filho mais velho da vítima, de 11, presenciou o caso e jurou morte ao homem.

Segundo o delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Alfredo Jorge, Severino assumiu que atirou contra Lidvan, alegando legítima defesa, já que a vítima chegou ao local armado com um revolver calibre 12, e efetuou disparos contra o suspeito. “José afirmou na hora da cena do crime que estava fugindo dos disparos, avistou uma escopeta calibre 12 perto de sua moto e atirou contra Lidvan”, contou.

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Ainda de acordo com o delegado, a motivação do crime teria sido uma disputa de lavagens de porcos que seria dado a Lidvan e sua família. “Nos tivemos algumas outras informações que envolvem esse crime que estão presentes no inquérito, como o caso de um terreno que o ‘gordo’ afirma que a vítima costumava usar maconha e crack, além de uma moto da marca Shineray que o Lidvan teria adquirido de Severino, e ele teria dito que o veículo era roubado. Foram por causas desses fatores e outros que eles entravam em discussões, terminando, assim, na morte do homem”, explicou o agente. 

Severino da Silva contradiz a história contada pelo delegado. “A história de lavagem de porcos é mentira, a mulher de Lidvan inventou isso, até porque o ser humano não vai viver comendo o resto do porco”, falou o homem que também afirma nunca ter discutido com a vítima. “Nunca tive nenhuma briga com ele. Acho que a raiva foi porque eu estava comprando o terreno e ele tinha inveja da minha vida”, disse. O acusado ainda contou que a vítima o jurou de morte no ato do crime e que não procurou a polícia, já que alegou legítima defesa, porque a família de Lidvan também ameaçava acabar com a vida dele. “Foi uma coisa que qualquer um faria para não morrer. O filho dele também estava armado e tentou me matar, mas não teve força para atirar”, contou o acusado.

O delegado do caso ainda falou que o “Gordo” tem passagem pela polícia por assalto. Ele foi preso quando estava trabalhando na sua carroça de caldo de cana no centro da cidade. Alfredo Jorge também informou que mais duas pessoas tiveram envolvimento com o crime, o primeiro é Maxuel Ferreira da Silva, de 25 anos, que está foragido, já teve passagem pela polícia por tráfico, além de ser cadeirante devido a uma lesão por arma de fogo. 

O segundo envolvido é o jovem, Rafael Severino da Silva, de 19, conhecido popularmente por “Careca”. “Ele já foi indiciado e responderá em liberdade, já que Rafael não apresenta nenhum requisito para ter um mandato de prisão, como ficha ‘suja’ na polícia”, explicou o delegado do DHPP. José Severino da Silva foi encaminhado para o Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, onde responderá por homicídio qualificado podendo pagar a pena entre 12 a 30 anos. 

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