Tópicos | Favela do Papelão

Um acidente ocorrido no último sábado (16), na Favela do Papelão, localizada no bairro do Coque, no Recife, durante uma festa que celebrava o Dia das Crianças, feriu gravemente uma criança de oito anos. A menina foi socorrida pelos próprios moradores e levada, posteriormente, ao Hospital da Restauração (HR). Segundo um dos realizadores do evento, ela foi submetida a uma cirurgia na madrugada deste domingo (17) e está intubada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do HR.

De acordo com Jonata Bruno, enfermeiro e um dos responsáveis pela festa, a criança foi operada, nesta madrugada, para “estancar a hemorragia e (para) a colocação de um fixador externo na região da bacia”. Em entrevista ao LeiaJá, pelo telefone, ele disse que a menina está internada na UTI do HR, intubada, e que os médicos aguardam a estabilização do quadro de saúde dela para definir os próximos tratamentos. 

##RECOMENDA##

Jonata relatou, ainda, que na manhã deste domingo (17), duas viaturas da Polícia Militar chegaram ao local onde ocorreu o acidente para uma espécie de patrulha. “Veio uma reportagem pra cá agora de manhã e a comunidade se juntou aqui no local, aí chegou dois camburões (e estão aqui) até agora”. Pelos stories do Instagram, o jovem compartilhou as imagens do policiamento.

Procurada pelo LeiaJá, a PM afirmou, através de sua assessoria de imprensa, tratar-se de um patrulhamento normal na região. "A Polícia Militar de Pernambuco esclarece que o policiamento na Comunidade do Papelão é realizado pelo 16º BPM. O patrulhamento citado na demanda faz parte das rondas e abordagens que é feita, diariamente, na região". 

Reprodução/Instagram

Comunidade quer respostas

Segundo Jonata, os moradores da comunidade estão bastante revoltados com o ocorrido. Ele contou que foi o primeiro acidente envolvendo as placas do muro da Estação do Metrô de Joana Bezerra, porém, disse que no passado já houveram outros incidentes, quando policiais militares foram atingidos por um metrô na mesma imediação. O enfermeiro afirmou que os moradores vão se reunir ainda neste domingo (17) para definir um possível ato de protesto.

O Corpo de Bombeiros resgatou o corpo de um homem no Rio Capibaribe, no centro do Recife, na manhã deste sábado (20). Segundo informações da companheira do vítima, o rapaz tentava escapar de agressores na Favela do Papelão, na área central da cidade, quando pulou no rio e desapareceu.

As buscas foram iniciadas na tarde da sexta-feira (19), pouco após o desaparecimento. Devido à baixa visibilidade no local, mergulhadores dos bombeiros interromperam as buscas e retomaram nesta manhã.

##RECOMENDA##

A vítima tem aproximadamente 35 anos. O corpo foi encontrado nas proximidades da ponte que liga o bairro dos Coelhos à Vila Brasil. Por se tratar de uma área de difícil acesso, o corpo foi rebocado até o píer de remo do Sport.

[@#galeria#@]

Na última quinta-feira (7), várias crianças, acompanhadas de alguns adultos, abordavam com entusiasmo as pessoas que passavam pelo portão do Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, o popular Fórum Joana Bezerra, no centro do Recife. Na mão, meninos e meninas traziam folhas rasgadas de caderno em que improvisaram uma carta pedindo presentes para o Papai Noel.

##RECOMENDA##

A abordagem costuma ser feita por apenas uma criança. Caso o abordado pare para ouvi-la, começam a surgir pequenos de todos os lados, com os papeis em mãos. “Pega a minha cartinha também, tio”, pedem incessantemente.

Questionada, uma mulher que estava com as crianças disse que é comum se juntarem para fazer esse tipo de ação. Eles são da Favela do Papelão, localizada por trás da Estação Central do Metrô, no bairro de São José. O local para entregar as cartas ao “Papai Noel” provavelmente foi escolhido devido ao aspecto de muitos que frequentam o espaço, com grandes carros, ternos, belos vestidos e sapatos sociais. 

As cartas são redigidas com letras bonitas, indicando que foram feitas pelos próprios pais. Entre as solicitações está a de Kauã, que pede uma bola de futebol e, se possível, uma cesta básica. Camili Vitória, de dois anos, pede uma boneca bebezão. Na carta dela está escrito: “Moro na Favela do Papelão com os meus pais que estão desempregados e eles não têm condições de me dar um presente”. 

Já a carta de Thallysson, de seis anos, pede que o Papai Noel dê sapatos. “Eu ia ficar muito feliz se você pudesse realizar meu sonho. Minha mãezinha não tem condições de comprar!”, assinala. A pequena Hadassa, dois anos, em um pequeno papel pintado com giz de cera vermelho, diz desejar ganhar uma piscina. 

Esses são alguns exemplos de cartas, mas havia muitos outros papeis e crianças. A reportagem flagrou quando um policial militar precisou conversar com os pequenos por causa da ênfase com que abordavam todos que passavam, dificultando a saída das pessoas.

Confira a lista com os contatos de algumas cartas:

Hadassa – 98623-3656

Thallysson – 98897-8239 (Leandra, irmã) e 98434-0037 (Patrícia, avó)

Camili Vitória – 98854-5845. Endereço: Rua Vila Brasil nº 71C, bairro de São José

Kauã – 98624-2733 (Ceça) 

A Polícia Civil de Pernambuco prendeu, nesta terça-feira (30), José Severino da Silva, de 37 anos, conhecido popularmente como “Gordo”, pelo homicídio cometido contra Lidvan Batista da Silva, de 30, no dia 4 de março, na Favela do Papelão, no bairro de Santo Antônio, área central do Recife. As informações policiais afirmam que os dois eram vizinhos e na hora do assassinato o filho mais velho da vítima, de 11, presenciou o caso e jurou morte ao homem.

Segundo o delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Alfredo Jorge, Severino assumiu que atirou contra Lidvan, alegando legítima defesa, já que a vítima chegou ao local armado com um revolver calibre 12, e efetuou disparos contra o suspeito. “José afirmou na hora da cena do crime que estava fugindo dos disparos, avistou uma escopeta calibre 12 perto de sua moto e atirou contra Lidvan”, contou.

##RECOMENDA##

Ainda de acordo com o delegado, a motivação do crime teria sido uma disputa de lavagens de porcos que seria dado a Lidvan e sua família. “Nos tivemos algumas outras informações que envolvem esse crime que estão presentes no inquérito, como o caso de um terreno que o ‘gordo’ afirma que a vítima costumava usar maconha e crack, além de uma moto da marca Shineray que o Lidvan teria adquirido de Severino, e ele teria dito que o veículo era roubado. Foram por causas desses fatores e outros que eles entravam em discussões, terminando, assim, na morte do homem”, explicou o agente. 

Severino da Silva contradiz a história contada pelo delegado. “A história de lavagem de porcos é mentira, a mulher de Lidvan inventou isso, até porque o ser humano não vai viver comendo o resto do porco”, falou o homem que também afirma nunca ter discutido com a vítima. “Nunca tive nenhuma briga com ele. Acho que a raiva foi porque eu estava comprando o terreno e ele tinha inveja da minha vida”, disse. O acusado ainda contou que a vítima o jurou de morte no ato do crime e que não procurou a polícia, já que alegou legítima defesa, porque a família de Lidvan também ameaçava acabar com a vida dele. “Foi uma coisa que qualquer um faria para não morrer. O filho dele também estava armado e tentou me matar, mas não teve força para atirar”, contou o acusado.

O delegado do caso ainda falou que o “Gordo” tem passagem pela polícia por assalto. Ele foi preso quando estava trabalhando na sua carroça de caldo de cana no centro da cidade. Alfredo Jorge também informou que mais duas pessoas tiveram envolvimento com o crime, o primeiro é Maxuel Ferreira da Silva, de 25 anos, que está foragido, já teve passagem pela polícia por tráfico, além de ser cadeirante devido a uma lesão por arma de fogo. 

O segundo envolvido é o jovem, Rafael Severino da Silva, de 19, conhecido popularmente por “Careca”. “Ele já foi indiciado e responderá em liberdade, já que Rafael não apresenta nenhum requisito para ter um mandato de prisão, como ficha ‘suja’ na polícia”, explicou o delegado do DHPP. José Severino da Silva foi encaminhado para o Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, onde responderá por homicídio qualificado podendo pagar a pena entre 12 a 30 anos. 

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando