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O LeiaJá publicou, nesta quarta-feira (26), o especial Fome à Brasileira que aborda a problemática nacional. São 33 milhões de pessoas passando fome no Brasil, convivendo com o mais grave grau de insegurança alimentar. É importante lembrar que por trás de cada número existem pessoas que dormem e acordam sem saber o que irão comer e dar para os seus.

As cinco reportagens deste especial abordam o drama vivido por famílias da comunidade do Coque, além de temas como desnutrição infantil, desperdício de alimentos e insegurança alimentar, na tentativa de explicar ao leitor como o desmonte das políticas públicas, a piora da crise econômica que provocou o aumento das desigualdades sociais e a pandemia da Covid-19 impactaram e resultaram na fome, que está cada vez mais presente nos lares das famílias brasileiras.

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As reportagens são de Jameson Ramos, Alice Albuquerque e Victor Gouveia; as imagens de Rafael Bandeira, Júlio Gomes e Chico Peixoto; a arte gráfica é de Felipe Santana e a supervisão de conteúdo de Victor Hugo. O webdesign é de Chico Peixoto e a edição de Giselly Santos e Damares Romão.

Na manhã desta sexta-feira (11), um incêndio se espalhou em três residências na comunidade do Coque, na área Central do Recife. De acordo com o Corpo de Bombeiros, não houve feridos.

A corporação foi acionada por volta das 5h10, no endereço na Avenida Beira Rio, próximo a escola Novo Mangue. Duas viaturas de combate a incêndio e uma de comando operacional foram enviadas.

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A ocorrência está na fase de rescaldo, informou.

Um acidente ocorrido no último sábado (16), na Favela do Papelão, localizada no bairro do Coque, no Recife, durante uma festa que celebrava o Dia das Crianças, feriu gravemente uma criança de oito anos. A menina foi socorrida pelos próprios moradores e levada, posteriormente, ao Hospital da Restauração (HR). Segundo um dos realizadores do evento, ela foi submetida a uma cirurgia na madrugada deste domingo (17) e está intubada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do HR.

De acordo com Jonata Bruno, enfermeiro e um dos responsáveis pela festa, a criança foi operada, nesta madrugada, para “estancar a hemorragia e (para) a colocação de um fixador externo na região da bacia”. Em entrevista ao LeiaJá, pelo telefone, ele disse que a menina está internada na UTI do HR, intubada, e que os médicos aguardam a estabilização do quadro de saúde dela para definir os próximos tratamentos. 

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Jonata relatou, ainda, que na manhã deste domingo (17), duas viaturas da Polícia Militar chegaram ao local onde ocorreu o acidente para uma espécie de patrulha. “Veio uma reportagem pra cá agora de manhã e a comunidade se juntou aqui no local, aí chegou dois camburões (e estão aqui) até agora”. Pelos stories do Instagram, o jovem compartilhou as imagens do policiamento.

Procurada pelo LeiaJá, a PM afirmou, através de sua assessoria de imprensa, tratar-se de um patrulhamento normal na região. "A Polícia Militar de Pernambuco esclarece que o policiamento na Comunidade do Papelão é realizado pelo 16º BPM. O patrulhamento citado na demanda faz parte das rondas e abordagens que é feita, diariamente, na região". 

Reprodução/Instagram

Comunidade quer respostas

Segundo Jonata, os moradores da comunidade estão bastante revoltados com o ocorrido. Ele contou que foi o primeiro acidente envolvendo as placas do muro da Estação do Metrô de Joana Bezerra, porém, disse que no passado já houveram outros incidentes, quando policiais militares foram atingidos por um metrô na mesma imediação. O enfermeiro afirmou que os moradores vão se reunir ainda neste domingo (17) para definir um possível ato de protesto.

A partir desta terça-feira (4), o Centro Comunitário da Paz (Compaz) Dom Helder Câmara, na comunidade do Coque, área Central do Recife, realizará atendimentos do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor de Pernambuco (Procon). O órgão divulgou um site para agendamentos.

Para obedecer aos protocolos sanitários da Covid-19 e evitar aglomerações, o Procon Recife disponibilizou o site procon.recife.pe.gov.br para que os interessados se cadastrem. O período de atendimento é de segunda a sexta, das 8h às 13h.

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Neste domingo (3), o prefeito do Recife João Campos (PSB) se reuniu com seu secretariado para definir as primeiras ações do seu governo. A reunião foi realizada no Centro Comunitário da Paz (Compaz) Dom Hélder Câmara, no bairro do Coque, área central da cidade, e contou com os 18 secretários recém-empossados. O objetivo era iniciar o planejamento para os 100 primeiros dias da gestão.

Em seu perfil oficial no Instagram, o prefeito compartilhou alguns momentos da reunião e explicou as motivações para o compromisso marcado apenas dois dias após sua posse e no dia seguinte à posse do secretariado. “A reunião é no domingo e não é por acaso. É para apresentar ao Recife a forma que vamos trabalhar. Pegados no serviço, de manhã, de tarde e de noite”. 

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Além disso, Campos explicou a escolha do local para o encontro com os secretários e citou Dom Hélder como inspiração para o trabalho proposto aos secretários e secretárias. “Eu tenho certeza que começar o nosso governo podendo reunir o nosso time aqui no Coque, que talvez seja um dos retratos mais fortes da desigualdade da nossa cidade, mostra que a gente não tem medo de enfrentar o desafio e a gente tem que ir para cima dele. Dom Hélder dedicou sua vida aos mais pobres. Lutou também pela redução das desigualdades e pelo acesso à moradia. E essa também vai ser a luta desse time diariamente”.  

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Moradores da área central do Recife em breve poderão frequentar o novo Compaz Dom Helder Câmara, que abre o cadastramento para a população a partir desta quarta-feira (18), no Coque, na Ilha Joana Bezerra. A previsão é que a quarta “Fábrica de Cidadania do Recife” passe a funcionar em dezembro, após a conclusão dos registros dos usuários. As atividades desenvolvidas no local são gratuitas.

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O espaço terá piscina, quadra poliesportiva, Dojô para artes marciais, sala Mãe Coruja, Espaço do Empreendedorismo, Estúdio de Rádio, TV e Fotografia e uma série de outros serviços de cidadania, cultura, esportes e lazer, seguindo o modelo que já compõe as unidades do Compaz. 

A Prefeitura do Recife ainda não divulgou o quadro programático do Dom Helder Câmara, mas já é possível sinalizar as atividades de interesse através do cadastro. Os bairros diretamente beneficiados, no raio de 1km, pela nova iniciativa são Ilha do Leite, Cabanga, Ilha Joana Bezerra, São José, Coelhos e Paissandú.

Para o cadastramento, o equipamento vai funcionar de terça a sexta, das 8h às 20h, e aos sábados das 8h ao meio-dia. Serão atendidas 60 pessoas por dia, com distribuição de senhas, sendo 20 pela manhã, 20 à tarde e 20 à noite, para evitar aglomeração, como medida preventiva para a covid-19.

Para se cadastrar no Compaz Dom Hélder Câmara, assim como nos outros Centros Comunitários da Paz, é preciso levar RG ou certidão de nascimento, CPF e comprovante de residência. Para cadastro de menor de idade é preciso que o responsável também se cadastre. O cadastro é feito na recepção de cada local.

Segundo a prefeitura, a obra teve investimento total de R$ 7 milhões, sendo R$ 5 milhões da PCR e R$ 2 milhões do Governo do Estado. Também estarão disponíveis CRAS, serviço de mediação de conflito, PROCON, Sala da Mulher, atendimento psicológico gratuito e um auditório com capacidade para 100 pessoas.

Cerca de 40 profissionais de Educação Física participam, até esta quinta (14), no Recife, de uma capacitação com metodologia desenvolvida pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e chancelada pela FIFA. A atividade marca o início do projeto Gol do Brasil, que usa o futebol como ferramenta de promoção da educação e da cidadania, e é fruto de parceria da CBF com a Prefeitura do Recife e a Federação Pernambucana de Futebol (FPF). As aulas teóricas foram ministradas na FPF e a parte prática aconteceu na quadra de hóquei do Sport. 

O Recife é a primeira capital do Nordeste a receber o Gol do Brasil, que foi lançado na cidade na terça-feira (12). Após a capacitação, quatro dos profissionais serão selecionados para ministrar as aulas às 240 crianças e adolescentes participantes do projeto, que tem o objetivo de construir um futuro melhor para os alunos, além de incentivar e democratizar o acesso à formação esportiva no futebol. As aulas estão previstas para fevereiro, no campo do União da Macaxeira. 

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“Inicialmente disponibilizamos para os profissionais um material online para capacitação à distância e fizemos agora a parte presencial. O foco é o ensino das habilidades de vida preconizadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e como colocá-las em prática”, explica o coordenador técnico da CBF Social, Bruno Rosell. Na tarde desta quinta-feira (14), o trabalho continua com uma palestra sobre a inclusão da pessoa com deficiência e um bate-papo sobre como atuar em áreas marcadas pela vulnerabilidade social. 

A próxima etapa acontece no início do próximo ano e consiste de uma aula inaugural num festival para 100 crianças. “Nesse evento os professores colocarão em prática o que aprenderam e receberão os certificados de conclusão”, completa Bruno. 

Para a professora Madalena Ribeiro, que trabalha com esportes na Escola Municipal Costa Porto, no Coque, a metodologia aplicada tem tudo a ver com a realidade do cotidiano. “O que estou aprendendo aqui fortalece muito a minha prática de ensino e vai me ajudar a agregar conhecimentos para aplicar no dia a dia da escola. É um método muito bom”, destaca.

*Da assessoria

A base da carrocinha é de ferro e na rodagem são três pneus que dão movimento ao meio de transporte. Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens

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É por volta das 12h20, de segunda a sexta-feira, que o trabalho de Gervânio Ronaldo do Nascimento, de 50 anos, tem início. É assim há pelo menos quatro anos, desde que decidiu transformar uma carcaça de ferro velho em um meio de transporte manual para levar crianças “ao caminho da escola”, como ele mesmo diz. O ponto de encontro é na esquina da Rua Cabo Eutrópio com a Rua Interlândia, no bairro Ilha Joana Bezerra, onde fica localizada a comunidade do Coque.

É lá que após o almoço as crianças começam a chegar aos poucos e já vão se acomodando no transporte escolar inventado por Ronaldo, que cobra R$ 1,50 por dia para levar e buscar os alunos à Escola Municipal Almirante Soares Dutra, no bairro do Cabanga. O percurso é de um quilômetro e dura aproximadamente 20 minutos. 

Longe de ser um um veículo escolar motorizado, como os ônibus, kombis ou até peruas, a carrocinha de Ronaldo é movida pela força dos braços, pernas e o sonho de colocar as crianças para estudar. A base da carrocinha é de ferro e na rodagem são três pneus que dão movimento ao meio de transporte. Revestida de madeira e coberta com adesivos e desenhos amarelos feitos sob medida, a criação do morador do Coque faz sucesso por onde passa, arranca olhares de curiosos e é a alegria das crianças, transportadas todos os dias de aula. 

Longe de ser um um veículo escolar motorizado, como os ônibus, kombis ou até peruas, a carrocinha de Ronaldo é movida pela força dos braços, pernas e o sonho de colocar as crianças para estudar. Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens

Mas, apesar da ideia ter se tornado a fonte de renda de Ronaldo, não era esse o objetivo inicial. Ele conta que comprou a carcaça de um familiar por apenas dez reais. “Não tinha nada, era só a estrutura de ferro. As pessoas reclamavam e me mandavam jogar fora chamando de lixo. E eu lembro que dizia, jogo nada, isso ainda vai ser uma grande coisa”, contou Gervânio Ronaldo, em entrevista ao LeiaJa.com.

Ainda que ele não sabia exatamente o que fazer, tinha em mente que construiria um brinquedo para levar os seus netos à escola porque eram muitas crianças e era sempre um perigo ao atravessar as avenidas. “Enquanto eu não colocava em prática, muitas pessoas queriam comprar porque ela ficava amarrada em um poste na rua, mas eu não conseguia vender, era como se tivesse algo maior que me impedisse”, relembrou Ronaldo, que também já trabalhou como palhaço, principalmente animando festas infantis. 

Formato antigo da carroça escolar de Ronaldo. Foto: Arquivo Pessoal

O sonho de reformular a carrocinha passou a se tornar realidade quando ele mandou soldar a ferragem e ganhou de presente pneus e o rolamento do pai do cantor recifense Sheldon Ferrer. No início do ano letivo, em fevereiro de 2015, Ronaldo começou a levar seus netos ao colégio. A carroça ainda era muito simples. A estrutura de ferro comportava os bancos de plástico para acomodar as crianças. Eram de quatro crianças e a repercussão durante o trajeto já era grande. 

Poucos meses após colocar o brinquedo em prática, muitas mães abordaram Ronaldo para contratar o serviço de transporte escolar. As razões eram diversas, mas em geral, a maioria precisava trabalhar e não tinha tempo para levar as crianças ao colégio. “Eu fiquei muito na dúvida se queria aquele compromisso. Mas a vontade de ajudar essas mães foi maior. Muitas vezes essas crianças não têm pai e como não há ninguém para fazer esse transporte, elas acabam não indo à escola. Eu sei disso porque meus pais não me levaram, também”, explicou Ronaldo, que cursou somente até a segunda série. 

Como a brincadeira se tornou um empreendimento, Ronaldo decidiu aperfeiçoar o carrinho. Com a ajuda do marceneiro chamado Fabinho, segundo ele, o melhor do Coque, a carroça ganhou até janelas, como se fosse um ônibus escolar. “No início cobrava 1 real por dia. As pessoas me chamavam de velho besta porque eu carregava peso por pouco dinheiro. Mas eu gosto e se eu não saio com ela, fico triste”, disse. 

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Conhecido por muita gente no bairro, Ronaldo garante ainda que não pretende expandir o negócio, apesar de outras mães solicitarem novas vagas no transporte. Ele não quer contratar outras pessoas e construir novas carroças, justamente porque é feliz com a simplicidade do que faz. “Eu sei que faço a diferença na vida de muitas pessoas e contribuo de alguma forma com a educação desses meninos, mas por enquanto, do jeito que está, sou grato e feliz”, comentou Ronaldo. 

Atualmente, o empreendedor leva todos os dias treze crianças, incluindo os seus netos. A maioria embarca na primeira viagem, pontualmente às 12h20. O restante é transportado depois por conta do atraso, já que ele garante a pontualidade. A faixa etária varia entre crianças de seis anos até dez. 

O foco de seu trabalho é só no transporte escolar, mas houve um tempo em que ele também utilizada a carrocinha para oferecer passeios nos fins de semana. Os sábados e os domingos de Ronaldo também eram preenchidos com o barulho da criançada no Tour pelo Coque. “Eu levava os meninos para passear pelo bairro, a carroça tinha iluminação de tudo.  Eles adoravam, mas eu ficava com muito medo da violência no bairro e temia que uma criança se machucasse. Por enquanto, os passeios não acontecem mais”, lamentou. 

Mas, é na passada firme, com olhares atentos e ouvidos aguçados que Ronaldo empurra todos os dias um pouquinho de sua felicidade. “Não quero motor, vou mover apenas com força física e do coração. Meu único desejo é transformá-la no formato de uma kombi, eu vi uma no shopping assim e já passei o modelo para o marceneiro”, destacou. 

A Orquestra Criança Cidadã dos Meninos do Coque realiza sua primeira apresentação oficial em 2019 no próximo sábado (23), às 18h30, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife. O concerto acontece na Igreja Batista Emanuel e apresenta as obras dos compositores alemães Johannes Brahms e Ludwig van Beethoven.

Com regência do maestro Nilson Galvão Jr., o concerto tem início com a obra ‘Abertura acadêmica festiva, op. 80’, de Brahms e segue com ‘Sinfonia nº 6 em fá maior, opus 68’, mais conhecida como ‘Sinfonia pastoral’, de Beethoven.

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Convidados pelo Consulado Geral da República da China no Recife, os integrantes da Orquestra Criança Cidadã viajam ao gigante asiático em agosto deste ano, para participar do 11° Festival Internacional de Arte Folclórica da China. A comitiva da Orquestra contará com o Maestro Spok, que será o solista dos números musicais, e de seis passistas selecionados para o evento.

Serviço

Orquestra Criança Cidadã - Primeiro Concerto Oficial da Temporada 2019

23 de março | 18h30

Igreja Batista Emanuel (R. Maria Carolina, 500, Boa Viagem, Recife)

As Casas de Justiça e Cidadania (CJC), dos bairros do Coque, na área central do Recife, e do Bongi, na Zona Oeste, estão com inscrições abertas para casamentos coletivos. As cerimônias gratuitas estão previstas para maio. Para os casais do Coque, o prazo de inscrição das até o dia 26 de abril. Já os noivos do Bongi devem procurar o serviço até o dia 12 de abril.

O casamento coletivo da CJC do Bongi também engloba moradores de Afogados, San Martin, Ipsep, Mustardinha, Jardim São Paulo, Areias, Estância e Jordão. Os interessados devem comparecer à unidade, na Rua Acajutiba, 43, com testemunhas. Os noivos devem apresentar Certidão de Nascimento original e cópias da Carteira de Identidade, CPF e comprovante de residência, que deve estar cadastrado no nome do casal ou dos pais. Caso alguma das partes seja divorciada, deve ser apresentada também a via original da Certidão de Casamento constando a averbação do divórcio. Para as duas testemunhas, são necessárias cópias da carteira de identidade e do CPF.

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Para o casamento coletivo do Coque, os mesmos documentos devem ser levados no endereço Rua Cabo Eutrópio, 178, Ilha de Joana Bezerra. Poderão participar noivos dos bairros do Cabanga, São José e Ilha de Joana Bezerra. As cerimônias vão acontecer no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, Ilha Joana Bezerra, no Recife, em data a ser confirmada. Informações podem ser obtidas através dos telefones 3181-9311, no Coque; e 3181-9080, no Bongi.

 

Entre os dias 29 e 30 de novembro, às 9h, a Biblioteca Popular do Coque realizará a II Festa Literária do Coque. A comunidade do Coque é uma região do Recife que tem um dos menores IDH do município e da Região Metropolitana. Sendo assim, a festa literária vem para trabalhar a cultura em todas as suas vertentes, mas mantendo a literatura como foco.

Este ano, o terma será "II Festa Literária do Coque - entre mitos, lendas e assombrações". Será abordado no evento as assombrações do Recife e os medos que cercam todo o imaginário proporcionado pela literatura. Mesas temáticas e oficinas irão envolver as escolas públicas e privadas da comunidade, além de oficinas e mediações de leituras.

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Com uma tenda armada na Praça Ator Barreto Júnior para as contações de histórias, a festa literária será descentralizada. Na sexta-feira (30), às 16h, a programação será encerrada com o lançamento da Revista Literatura e Arte no Ciclo da Alfabetização v. 2, em que a Biblioteca Popular do Coque fez parte, desenvolvendo rabalho junto as escolas da comunidade. Mais informações no telefone (81) 99725-6703.

*Da assessoria 

Um protesto está bloqueando os dois sentidos da avenida Agamenon Magalhães, no Recife. Pneus foram queimados na via, por moradores do bairro do Coque. O motivo da manifestação é a prisão do jogador de fuebol Éverton Heleno.

O atleta foi detido em agosto, acusado de roubo de celulares. De acordo com os manifestantes, Éverton teria direito a uma audiência de custódia, mas teve o direito negado pela justiça. A página de Facebook Agentes Comunitário do Coque fez uma transmissão do protesto.

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A discriminação faz parte do cotidiano da periferia do Recife. É o que indica um estudo do Instituto de Pesquisas UNINASSAU, realizado em parceria com o LeiaJá.com e o Jornal do Commercio. 

A pesquisa foi realizada de forma qualitativa, ou seja, não traz números, mas uma análise a partir dos discursos. Cerca de 40 pessoas das classes C e D dos subúrbios da capital pernambucana foram colocadas ao redor da mesa e instigadas a conversar sobre diversos temas, entre eles, a discriminação sofrida.

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Partindo do relato dos pesquisados, é possível perceber vidas que foram vítimas de situações preconceituosas e delas não se esqueceram jamais. É o caso, por exemplo, de Jaciene Mendes, do Córrego do Jenipapo, Zona Norte do Recife, que quando trabalhava num mercadinho ouviu de um suposto juiz que “essa menina é muito imbecil” enquanto ele passava as compras na esteira. Provavelmente, para o juiz, aquele acontecido não ficou mais do que um minuto em sua mente. Ela, que hoje é dona de casa, continua guardando a lembrança com frescor.

Para o músico Ridivaldo Procópio, crescido no Coque, área central do Recife, o mais comum é ser seguido em lojas. “Você é perseguido na loja. Você está sempre sendo vigiado. O que indica que você é um assaltante?”. 

O mesmo tipo de situação embaraçosa foi citado por outras pessoas na pesquisa qualitativa. Casos de gente pobre que chegou em uma loja de sapato ou de roupa e ninguém aparecia para atender ou encarava desconfiado. Ou a jovem que levou o filho numa clínica dermatológica e percebeu o olhar torto das pessoas no ambiente por não se trajar como as mesmas. “Pobre não pode ir ao dermatologista?”, ela indagava.

Responsável pela pesquisa, o cientista político Adriano Oliveira percebeu que os pesquisados de todas as idades se dizem vítimas de preconceito, mas que para os mais novos “você é o que tem”. “Os jovens relatam que em determinados bairros e locais, se você não estiver bem vestido, o outro lhe olhará com indiferença. Por isso, é necessário estar bem vestido para não ser discriminado. Portanto, a discriminação social, advinda do consumo, expressa conflito de classes”, ele analisa. 

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A noite desta quinta-feira (22) será de muita música e solidariedade no 'Natal Sem Fome', promovido pelo cantor de brega Sheldon Férrer e seus convidados. A proposta é arrecadar alimentos para a comunidade do Coque, na área central do Recife. A entrada custa 1kg de alimento não perecível. Além de Sheldon, o público poderá curtir show dos MCs Tróia, Cego, Tocha, Dadá, Boco, entre outros. 

Pelo Facebook, o cantor convidou os fãs para acompanhar o show no local onde deu os primeiros passos na carreira profissional. "Será um grande dia para a comunidade onde eu cresci, onde me eduquei". Entre as atrações estão Wagner Pressão, Oxato, Calixto, Roginho, Dread, Matheus, Shevchenko & El Loco, além dos MCs já citados. O início da apresentação está marcado para as 21h.

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O JC publicou uma preciosa série: História das Eleições do Recife. Fidelidade aos fatos e rigor analítico revelam, às vésperas das eleições municipais, a evolução histórica de uma cidade que, embora mantenha seus encantos naturais, sofre as dores de uma urbanização caótica e desafiadora para a gestão pública.

Com o título “Nos ventos da abertura política”, a matéria (edição, dia 17) foi ilustrada, por ocasião da minha visita ao Coque, por uma foto em que recebi uma rosa das mãos de uma mocinha. O gesto me tocou profundamente. Em meio às condições sub-humanas, meus olhos viram que barraco não é abrigo; o sol é brasa; a chuva é castigo; a lama é pasto que reclama a criança em corpo de anjo. A rosa falou.

Aquele Recife não era totalmente desconhecido do menino suburbano, criado na paisagem social miscigenada da Torre, Zumbi, Cordeiro; nos campos do Arte da Torre, da Campina, do Campo do Mecânica, onde pobres e remediados, estudantes, operários e desocupados, alheios à luta de classes, buscavam, em peleja meritocrática, o gol consagrador do futebol vitorioso.

Curioso: havia os muito pobres, porém a face da miséria era gestada nos humildes mocambos de taipa para depois se agravar, sobrenadando nos mangues, em barracos, palafitas e desenhando, atualmente, o contraste assustador entre a imponência da verticalidade arquitetônica e as periferias de todas as carências.

Quando Prefeito biônico, saí às rua e não busquei, apenas, legitimidade política: atendi um imperativo de consciência do peladeiro e caçador de goiamum que viu de perto as desigualdades sociais. E a presença, como governante, era uma denúncia social e claro compromisso com as políticas públicas que coloquei em prática.

Lá no Coque, foi instalado um dos 28 barracões da Prefeitura, em bairros periféricos, que realizavam obras de urbanização e assistência social, inclusive, de onde saiu o então estudante de medicina Eduardo Simões que, tocado por aquela tragédia social, é, hoje, PhD em saúde pública, professor nos EUA e uma das maiores autoridades mundiais sobre o assunto.

Jamais esquecerei: a oferta da rosa veio sem os espinhos da vida sofrida. Na inauguração do Centro Médico Ermírio de Moraes, na gestão Roberto Magalhães, uma bonita jovem, vestindo a brancura impecável de enfermeira, aproximou-se e falou baixinho: “Eu sou a menina que lhe deu a rosa quando o senhor esteve no Coque”. A rosa sorriu.

Nesta terça-feira (12), os alunos da rede municipal de ensino do Recife irão entrar no clima das Olimpíadas do Rio 2016. Com a temática “Olimpíadas 2016: o esporte como ferramenta de inclusão social”, os estudantes da Escola Municipal José da Costa Porto, na Ilha Joana Bezerra, no bairro do Coque, irão participar do Projeto Estudante Protagonista do Mês, que consiste em levar às unidades de ensino discussões sobre combate ao mosquito Aedes aegypti, bullying, preservação do meio ambiente e, agora, assuntos relacionados às olimpíadas.

A ação propõe incentivar a prática de esportes como um meio de cuidado com a saúde, trabalho em equipe e desenvolvimento pessoal. A programação conta com desfile de tocha olímpica, apresentações de dança e música contando a história das olimpíadas, além de luta greco-romana, arremesso de peso, corrida, ginástica rítmica, taekwondo e outras atividades. 

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Durante este mês, os estudantes também puderam aprender sobre regras de diversas modalidades esportivas e foram incentivados a observar a superação dos atletas com deficiência envolvidos nas atividades esportivas.

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Nos dias 26 e 27 de maio, a comunidade do Coque, na Ilha de Joana Bezerra, Região Central do Recife, recebe o projeto Cinema Itinerante Ultragaz Cultural, desenvolvido pela Cepar Cultural (SP). A iniciativa já circulou pelas cidades de São Paulo, Campos do Jordão, Goiânia, Belo Horizonte, Salvador, Aracaju, Fortaleza, Belém, São Luiz e João Pessoa. Os moradores vão poder assistir aos filmes em uma carreta, com 89 lugares, criada para as exibições dos filmes.

No Recife, a carreta ficará estacionada em frente à Rua Marthin Luther King (Coque), ao lado do campo de futebol. Serão dois dias de projeto com cinco sessões gratuitas com direito a pipoca e refrigerante, sendo quatro reservadas para as escolas e instituições e a última sessão, às 19h, aberta à comunidade local. Para assistir à última sessão, é necessário retirar ingresso no local meia hora antes.

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“Há 15 anos o Ultragaz Cultural leva cultura e educação a todas as regiões do País, especialmente à população que menos tem acesso a atividades deste tipo. Isso faz parte do nosso compromisso de sustentabilidade”, afirma Daniela Gentil, gerente de sustentabilidade da Companhia Ultragaz. A infraestrutura interna inclui dois banheiros e snack bar com dispenser para refrigerante e pipoqueira, além de saídas de emergência que atendem a todas as exigências de segurança.

Programação

Quinta-feira (26)

8h- Os Pinguins de Madagascar

10h- Frozen

13h30 - Detona Ralf

15h30 - Malévola

19h - Rio 2

Sexta-feira (27)

8h - Universidade de Monstros

10h - Festa no Céu

13h30 - Minions

15h30 - Eu e meu Guarda-Chuva

19h - A menina que roubava livros

Cinema Itinerante Ultragaz Cultural

Quinta (26) e sexta-feira (27), a partir das 8h

Haverá sessão aberta à comunidade local (retirar ingresso com meia-hora de antecedência)

Rua Marthin Luther King – Ilha Joana Bezerra - Recife/PE (próximo ao campo de futebol)

Um incêndio atingiu cinco barracos na comunidade do Coque, no bairro de Joana Bezerra, área central do Recife, na tarde desta terça-feira (16). As chamas atingiram uma área de 40m², destruindo quatro barracos totalmente e um deles parcialmente.

Segundo o Corpo de Bombeiros, não houve vítimas. Dentre os itens incinerados estão camas, geladeiras, TVs, guarda-roupas, sofás, fogões e alguns eletrodomésticos. Foram utilizados dez mil litros de água para combater o fogo. 

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Mais de 160 pedras de crack e 41 pequenos papelotes de maconha. Esse era o material que uma criança de 10 anos carregava em uma mochila, na comunidade do Coque, na área central do Recife. Policiais militares identificaram a atitude suspeita do garoto e o questionaram. O menor, então, informou que sua avó, Severina Martins Barreto, de 57 anos, mandou ele entregar aquela mochila a outra pessoa na comunidade.

Os policiais foram até a residência do menor e deram voz de prisão à avó, bem como à mãe da criança, Taciana Lins Silva, 20 anos. As duas foram conduzidas para a Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente, junto com a droga apreendida. Aberto o protocolo de investigação, identificou-se que o pai do garoto, Gilvan Barreto, está com um mandado de prisão. A criança, segundo a PM, foi levada para a casa de outros familiares. 

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A Avenida Antônio de Goes, no Pina, Zona Sul do Recife, se encontra interditada por um protesto realizado por moradores do entorno. De acordo com testemunhas, a população está se mobilizando em favor de um morador que foi preso no último final de semana, porque teria roubado uma menina na comunidade do Coque, na área Central do Recife. Os protestantes afirmam que a própria vítima chegou a dizer que não havia sido roubada pelo rapaz em questão. 

Alguns pneus foram queimados na avenida, segundo testemunha, “para dar visibilidade ao caso”. A equipe de batedores da CTTU, a Polícia Militar e os bombeiros foram acionados para conter a confusão no local, mas o trânsito continua parado até o momento. O protesto deve seguir até o Coque.

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