Tópicos | subúrbio

Na campanha de imunização do Recife, a invisibilidade da periferia às vistas da gestão pública foi novamente exposta com a disposição de apenas dois dos 19 pontos de aplicação em regiões de maior vulnerabilidade social. Distantes das doses, distribuídas em locais de vacinação que poderiam ser distribuídos com equidade, o limite do acesso à Saúde ultrapassa a insegurança dos bairros e a frágil condição financeira da população, sobretudo da negra, que recebeu bem menos doses que brancos e pardos.

Com 1.237.614 adultos que precisam ser imunizados, nem 31,36% do público está devidamente protegido. O Vacinômetro da campanha, o qual a Secretaria de Saúde (Sesau) informa atualizar diariamente, apesar do último registro ser da terça-feira (27), mostra que só 388.047 recifenses concluíram o ciclo vacinal com duas doses ou com a dose única da Janssen.

##RECOMENDA##

Baixa proteção aos negros

No recorte racial, o Plano Vacina Recife evidencia uma realidade largamente desproporcional. A desconfiança dos moradores de comunidades sobre um possível propósito discriminatório é apresentada na entrega do imunizante. Só 44.229 negros estão protegidos contra a Covid-19 na capital. O número é bem inferior aos 157.958 de pardos vacinados. A desigualdade é ainda maior em relação aos brancos, que representam 177.804.

Para exaltar o modo como trata a pandemia desde janeiro, o prefeito João Campos (PSB) forçou uma comparação dos índices do Recife aos de Nova York. A diferença é que, enquanto decretos de convivência com a pandemia ainda reprimem as atividades comerciais em Pernambuco, que acumulou 587.849 infectados e 18.702 óbitos na quarta (28), na metrópole norte-americana o fim das medidas restritivas foi anunciado por uma queima de fogos no dia 15 do mês passado.

Dentre a pouca oferta do auxílio municipal e a ampliação da entrega de imunizantes, uma das ações de maior orgulho da gestão é a disposição de 26 pontos de vacinação entre os oito distritos sanitários do município. Porém, sete deles são híbridos - funcionam como centros e drive-thrus - e atendem ao público da mesma região.

Na Zona Sul, apenas a Unidade Pública de Atendimento Especializado (UPA-E) do Ibura garante o imunizante aos bairros do entorno. Morador da UR-10, o quitandeiro Samuel da Silva, de 63 anos, precisou cruzar a cidade para conseguir tomar a segunda dose no bairro de Dois Irmãos, na Zona Norte.

"Foi meio contramão, mas valeu à pena ir para finalizar com a segunda dose. Tive que ir lá porque mais perto não tinha vaga", reclamou o comerciante.

Da UR-05, o feirante João Sobral, 62, conta que já deveria ter concluído o esquema vacinal. O prazo para a segunda dose expirou nessa terça e ele ainda não conseguiu o novo agendamento em nenhum centro. Para a primeira, desembolsou duas passagens de ônibus até o Geraldão, na Imbiribeira, mas ainda não sabe quando vai conhecer o sentimento de proteção. "Minha sobrinha não tá conseguindo. Só tá dizendo que não tem vaga", relatou.

Sem mais orientações no aplicativo Conecta Recife e desconectado do mundo digital, Seu João pretende ir a um posto de saúde na região para tentar marcar a dose complementar. A vizinha de bairro, Dona Lúcia de Souza, 71, já tentou informações em uma Unidade Básica de Saúde, mas saiu decepcionada sem saber ao certo o que fazer.

LeiaJá também: Periferia em depressão e a epidemia dentro da Covid-19

"A vacina não tá muito boa não porque falta muita gente até para tomar a primeira. Tem um posto ali, mas não sabem informar nada a agente e a pessoa dá não sei quantas viagens, e 'diz eles' que não sabem", criticou. "Devia botar posto de vacinação e liberar logo para o pessoal com menos de 30 anos", acrescentou a idosa.

Com a mobilidade reduzida pela idade avançada, se não fosse o filho para levá-la de carro até o imunizante, Dona Lúcia estaria exposta ao vírus no transporte público ou enfrentaria uma longa caminhada entre a infraestrutura precária e as condições geográficas do Ibura. "Ia ter que ir de ônibus ou a pé porque ninguém vinha buscar. É longe. Daqui para lá é uma tirada medronha", aponta.    

Já na Zona Norte, o Parque da Macaxeira é o principal ponto para a população das áreas de morro. Apesar de morar em Casa Amarela, o dono de um box de reparos em eletroeletrônicos no Mercado Público, Romualdo Oliveira, 61, entende que a cobertura vacinal poderia ser expandida com a descentralização da campanha. "Devia ter aqui no posto, devia ter aqui no colégio. Lugares mais próximos, né?", questionou.

Ele sente na pele outro reflexo da pandemia, a desinformação. Sem ter tomado sequer uma dose, Seu Romualdo admite certo receio pelos possíveis efeitos colaterais e certo desinteresse em participar do Plano Vacina. No mesmo Mercado, a feirante do Alto Santa Izabel, Evânia Xavier, 43, aguarda a segunda vacina e confirma que muitas pessoas estão com medo dos imunizantes por falta de conscientização. Ela cobra por mais diálogo e propõe ações educativas da Prefeitura para convencer sobre os benefícios de se imunizar contra a Covid-19.

"Tem pessoas que não querem ser vacinadas. Tá faltando informação para o pessoal que tá achando que vai tomar e vai ficar doente [...] todo mundo já tomou vacina um dia e teve reação", incentiva Evânia, que ganhou um reforço com o depoimento de Seu Samuel, "tomei a primeira e não tive reação, e a segunda também não", garantiu.

Nesse ponto, Recife e Nova York se aproximam. Com cerca de dois milhões de nova-iorquinos que ainda não foram vacinados, o prefeito Bill de Blasio tenta meios para confrontar o negacionismo. Com apenas 60% dos cidadãos protegidos com as duas doses, nessa quarta (28), o gestor norte-americano anunciou que vai pagar US$ 100, equivalente a R$ 500, para quem participar da campanha anticovid.

Inclusas nos distritos sanitários VIII e VII, o levantamento da Prefeitura informa que 51.708 aplicações de segunda dose e dose única foram realizadas na área da Macaxeira, e o total de 31.191 na do Ibura.

[@#galeria#@]

Procurada pelo LeiaJá, a Sesau não soube pontuar quais centros foram entregues em áreas consideradas como periferia, nem o porquê das áreas de morro da Zona Norte ficarem desassistidas pela campanha.

Sobre a escolha dos pontos, a Secretaria de Saúde explicou que os locais são escolhidos em centros exclusivos para evitar aglomeração, por isso não pretende utilizar as unidades de saúde. O objetivo é garantir o funcionamento dos demais serviços da rede municipal com menor risco de transmissão.

Em nota, a Sesau conta que os locais 'estratégicos' são definidos com "facilidade de acesso e com parada de ônibus próximas, contemplando tanto quem vais se vacinar a pé, quanto quem utiliza transporte público, carro, moto ou bicicleta", complementou.

Os locais de vacinação contra a Covid-19 no Recife funcionam todos os dias, das 7h30 às 18h30, mediante agendamento.

Os centros informados pela Prefeitura são:

- Sest Senat (Porto da Madeira)*;

- Porto Digital (Bairro do Recife);

- Unicap (Boa Vista)*;

- Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), em Dois Irmãos*;

- Parque de Exposição de Animais, no Cordeiro;

- Unidade de Cuidados Integrais (UCIS) Guilherme Abath, no Hipódromo;

- Compaz Ariano Suassuna, no Cordeiro*;

- Ginásio Geraldão, na Imbiribeira*;

- Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), na Tamarineira*;

- Parque da Macaxeira, na Macaxeira*;

- UPA-E do Ibura;

- UniNassau, nas Graças.

*representam pontos híbridos que atendem como centro e drive-thru.

Os locais exclusivos na modalidade drive-thru são:

- Fórum Ministro Artur Marinho - Justiça Federal de Pernambuco (Avenida Recife), no Jiquiá; 

- Juizados Especiais do Recife, na Imbiribeira;

- Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), na Cidade Universitária;

- Tribunal Regional Federal da 5ª Região, no Bairro do Recife;

- BIG Bompreço de Boa Viagem;

- BIG Bompreço de Casa Forte;

- Carrefour (Torre).

Fotos: Júlio Gomes/LeiaJáImagens

O entendimento dos moradores da comunidade do Alto do Pascoal é único: Dia das Mães é todo dia. Mas, como celebrar essa data tradicional diante de um momento tão difícil e doloroso que o mundo está enfrentando por conta da Covid-19? No bairro da Zona Norte do Recife, as pessoas podem não ter uma fórmula que sirva para todos, mas a criatividade e a vontade de demonstrar afeto trazem esperança.

Vivendo de “bicos” e com pouco dinheiro, Miguel Soares, 26 anos, pretende reunir os seus dois filhos e fazer uma homenagem virtual para a sua mãe, Lucélia Soares, 55 anos, que mora duas ruas depois da sua, mas que, por ter alguns problemas de saúde, se mantém isolada. “É muito triste ter que celebrar algo desse jeito, não é? Eu nunca imaginei que a humanidade pudesse passar por algo parecido. Eu tenho 26 anos, já tinha ouvido falar de algumas coisas que aconteceram no passado, mas jamais imaginei que pudesse vivenciar isso”, revela.

Miguel teme por seus familiares e acredita que datas como essa servem também para que as pessoas deem mais valor a simples atitudes, como um simples abraço, que para ele, nesse momento, está fazendo muita falta. “Às vezes a gente dá mais valor às coisas materiais, quer comprar, quando pode, claro, as melhores coisas e mais caras. A gente não pode esquecer que tudo isso passa e o que acaba ficando são os sentimentos”, salienta o jovem.

Já Luciana Ferreira, 38 anos, quer fazer à moda antiga. A matriarca Josefina Ferreira, 66 anos, vai receber um ‘carro de mensagens’, que hoje é considerado por muitos jovens como algo ‘cafona’, mas que, até o início dos anos 2000, era a sensação das homenagens. “Toda vez que alguém fazia aniversário, a gente chamava um carro de mensagens. Com o tempo, isso foi se perdendo e agora quando me vi sem saber como poderia homenagear a minha guerreira, lembrei que ela gosta muito dessas coisas. Acho que ela vai ficar feliz! Espero que o coração dela suporte tanta emoção, já que a gente só está se falando por telefone ou pelo ‘cobogó’ do terraço da casa dela”, explana.

Nem tudo é celebração

Os moradores do Alto do Pascoal temem por um crescimento descontrolado dos casos do novo coronavírus na comunidade. Eles opinam que o poder público não atua por lá como se empenha em bairros mais ricos do Recife. David Santos, 33 anos, revela que não tem pessoas com o novo coronavírus ao seu redor, mas acredita que, diante do crescimento dos casos, essa realidade pode mudar. Por isso, o rapz, que atua como auxiliar de cozinha, já preparou o cardápio surpresa para a sua mãe Maria Barbosa, 53 anos.

“Eu não posso ter contato direto com minha mãe e isso é o que me dói mais. Queria muito poder beijar e abraçar minha mãe, principalmente por conta do seu dia, mas como ela gosta muito do meu tempero, essa vai ser uma forma de nos abraçarmos”, diz David.

A percepção de “abandono” das comunidades mais periféricas para o combate da Covid-19 não é única. Como os coletivos já trabalham sob ausência do poder público, grupos de comunidades de Paulista, na Região Metropolitana do Recife, por exemplo, já se anteciparam.

Um dos instrumentos que os coletivos populares tiveram que produzir é o levantamento que embase suas ações e auxilie para pressionar o poder público. A iniciatica tem como objetivo impedir que os impactos do novo coronavírus nessas comunidades mais periféricas e de maior vulnerabilidade não sejam tão desastrosos.

O estudo é uma parceria entre a Rede de Coletivos Populares de Paulista (Rede Coppa), o Centro Popular de Direitos Humanos (CPDH), a Cooperativa Arquitetura, Urbanismo e Sociedade (CAUS), o Instituto dos Arquitetos do Brasil – seção Pernambuco, e a Articulação Recife de Luta. O levantamento ainda contou com a colaboração do geógrafo e professor Diogo Galvão. “A informação generalizada não vai atingir a população que não se adapta a essa informação. É essa a nossa preocupação. Como podemos auxiliar o trabalhador informal? Identificando as características físicas e estruturais de onde ele vive, a insalubridade do esgotamento sanitário de quem mora no entorno do mangue. Essa relação do ambiente físico e da falta de infraestrutura precisa ser cada vez mais mapeada, identificada, para que a gente atue de maneira diferente em cada território”, explica Diogo ao site Marco Zero.

Impacto do coronavírus no comércio

As incertezas e inseguranças causadas pela pandemia da Covid-19 devem ter afetado o comércio nas comemorações do Dia das Mães deste ano. Levantamento feito em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela que 68% dos brasileiros pretendem presentear nesta data. O número é o menor dos últimos três anos, 2017 (73%), 2018 (74%) e 2019 (78%), reflexo da crise econômica causada pela pandemia.

Os que não devem presentear na data apontam principalmente o fato de a mãe já ser falecida (62%), mas também revelam falta de dinheiro (16%) e desemprego (9%). Considerando apenas os brasileiros que vão deixar de presentear por estarem sem dinheiro, desempregados ou não por poderem encontrar a mãe, 77% apontam a Covid-19 como principal motivadora desse cenário.

A pesquisa aponta ainda que o consumidor brasileiro está cauteloso na hora de ir às compras. O percentual daqueles que esperam gastar mais ou a mesma quantia do último ano passou de 67% na pesquisa de 2019 para 40% em 2020, uma queda de 27 pontos percentuais. Por outro lado, a fatia dos que pretendem gastar menos saltou de 24% para 45%. Os motivos mais citados para a redução dos gastos referem-se ao orçamento apertado (49%), às incertezas com relação ao cenário econômico (38%) e por motivos de economia de recursos (36%). O impacto da crise gerada pelo novo coronavírus influenciou a decisão de 88% dos entrevistados como fator de retração de gastos.

Confrontos entre policiais e grupos de jovens foram registrados pela segunda noite consecutiva no domingo (19), em um subúrbio ao norte de Paris, após um controle que resultou em um motociclista ferido em meio ao confinamento pelo coronavírus.

Os incidentes começaram por volta da meia-noite em Villeneuve-la-Garenne e duraram uma hora. Grupos de jovens queimaram veículos e jogaram dispositivos de pirotecnia na polícia, que respondeu com balas de borracha e gás lacrimogêneo, segundo um jornalista da AFP.

Os incidentes se espalharam para o subúrbio vizinho de Aulnay-sous-Bois, onde a polícia afirma ter sofrido uma "emboscada" por parte dos moradores de um conjunto habitacional social, ocupado principalmente por imigrantes. Eles afirmam estarem sujeitos a duras verificações policiais.

Quatro pessoas foram detidas, disse uma fonte policial à AFP. Os distúrbios em Villeneuve-la-Garenne começaram na noite de sábado, depois que um motociclista foi ferido durante um controle da polícia.

O motociclista de 30 anos foi hospitalizado com uma perna quebrada e teve de passar por uma cirurgia depois de colidir com a porta aberta de um carro da polícia. Os moradores alegam que a porta foi aberta propositadamente pelos agentes.

Os policiais alegaram ter aberto a porta para controlar o jovem que estava em alta velocidade e sem capacete, e que quase atropelou um agente.

O homem entrará com uma queixa contra os agentes, disse seu advogado à AFP. O gabinete do promotor de Nanterre, perto de Paris, abriu uma investigação sobre o acidente e os atos de violência contra a polícia.

A França aplica um rigoroso confinamento desde 17 de março para conter a epidemia de coronavírus que matou quase 20.000 pessoas no país.

As autoridades anunciaram que as medidas de contenção começarão a ser gradualmente levantadas em 11 de maio.

Uma rara colisão de VLT em um subúrbio no sudoeste de Paris na noite desta segunda-feira (11) deixou 12 pessoas feridas, uma delas gravemente, segundo a brigada de incêndio.

Não se sabe o que causou o acidente que ocorreu entre duas estações em Issy-les-Moulineaux logo após as 21h (18h em Brasília), disse à AFP um porta-voz da operadora de transportes RATP de Paris.

"Dois veículos colidiram com passageiros a bordo. Parece que o da frente estava parado e o outro bateu nele por trás", fazendo o primeiro descarrilar, disse o porta-voz.

Uma das vítimas estava em estado crítico, enquanto outras 11 tiveram ferimentos menos graves, disse um porta-voz do serviço de bombeiros após o fim da operação de resgate.

Acidentes são muito raros na movimentada linha de VLT (veículo leve sobre trilhos) de Paris, que foi inaugurada há duas décadas.

Na madrugada desta sexta-feira (27), o “Rei de Paus” do Baralho do Crime da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-Ba), identificado como Ednelson Nascimento da Conceição, conhecido como “Mágico”, morreu em uma troca de tiros com policiais na operação “Abracadabra” em Jauá, no município de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador.

Mágico atirou nos policiais durante os cumprimentos de mandados de prisão, busca e apreensão. Durante o confronto, ele foi atingido e socorrido para o Hospital Menandro de Faria, mas não resistiu. Em posse do suspeito morto havia munições, carregador, uma pistola e maconha que foram apreendidos.

##RECOMENDA##

Segundo a SSP, Ednelson era líder de uma quadrilha ligada ao tráfico de drogas, homicídios e assaltos no Subúrbio Ferroviário de Salvador. O suspeito tinha envolvimento direto com pelo menos 30 homicídios, inclusive do soldado PM Leonildo Santana dos Santos, morto em 2012.

De acordo com a SSP, Ednelson ganhou o apelido de Mágico pela facilidade que tinha de sumir dentro do Parque São Bartolomeu, região do Subúrbio de Salvador, onde o suspeito atuava. As equipes que integraram a megaoperação "Abracadabra" foram do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), da Coordenação de Operações Especiais (COE), do Batalhão de Choque, da Superintendência de Inteligência da SSP, do Grupamento Aéreo (Graer), do Comando de Policiamento Regional BTS, da Rondesp e da Polícia Federal.

A discriminação faz parte do cotidiano da periferia do Recife. É o que indica um estudo do Instituto de Pesquisas UNINASSAU, realizado em parceria com o LeiaJá.com e o Jornal do Commercio. 

A pesquisa foi realizada de forma qualitativa, ou seja, não traz números, mas uma análise a partir dos discursos. Cerca de 40 pessoas das classes C e D dos subúrbios da capital pernambucana foram colocadas ao redor da mesa e instigadas a conversar sobre diversos temas, entre eles, a discriminação sofrida.

##RECOMENDA##

Partindo do relato dos pesquisados, é possível perceber vidas que foram vítimas de situações preconceituosas e delas não se esqueceram jamais. É o caso, por exemplo, de Jaciene Mendes, do Córrego do Jenipapo, Zona Norte do Recife, que quando trabalhava num mercadinho ouviu de um suposto juiz que “essa menina é muito imbecil” enquanto ele passava as compras na esteira. Provavelmente, para o juiz, aquele acontecido não ficou mais do que um minuto em sua mente. Ela, que hoje é dona de casa, continua guardando a lembrança com frescor.

Para o músico Ridivaldo Procópio, crescido no Coque, área central do Recife, o mais comum é ser seguido em lojas. “Você é perseguido na loja. Você está sempre sendo vigiado. O que indica que você é um assaltante?”. 

O mesmo tipo de situação embaraçosa foi citado por outras pessoas na pesquisa qualitativa. Casos de gente pobre que chegou em uma loja de sapato ou de roupa e ninguém aparecia para atender ou encarava desconfiado. Ou a jovem que levou o filho numa clínica dermatológica e percebeu o olhar torto das pessoas no ambiente por não se trajar como as mesmas. “Pobre não pode ir ao dermatologista?”, ela indagava.

Responsável pela pesquisa, o cientista político Adriano Oliveira percebeu que os pesquisados de todas as idades se dizem vítimas de preconceito, mas que para os mais novos “você é o que tem”. “Os jovens relatam que em determinados bairros e locais, se você não estiver bem vestido, o outro lhe olhará com indiferença. Por isso, é necessário estar bem vestido para não ser discriminado. Portanto, a discriminação social, advinda do consumo, expressa conflito de classes”, ele analisa. 

LeiaJá também

--> Polícia não traz sentimento de segurança para recifenses 

--> Maioria prefere político que “rouba, mas faz" 

--> Recifenses estão céticos, mas esperançosos sobre o Brasil

--> Periferia apoia políticas públicas, mas faz ressalvas 

--> Para recifenses, vencer na vida é realizar sonhos

--> Periferia recifense nutre ‘raiva’ da classe política

 

Um dos sete homens-bomba que realizaram os ataques terroristas em Paris na sexta-feira (13) passada alugou uma casa em um subúrbio ao norte de Paris poucos dias antes dos ataques, afirmou a polícia nesta terça-feira (13).

Brahim Abdeslam, que matou dezenas de pessoas no restaurante Le Comptoir Voltaire, no centro de Paris, antes de detonar os explosivos que estavam em seu corpo, tinha alugado pela internet uma casa no subúrbio de Bobigny, disse a polícia.

##RECOMENDA##

Os investigadores acreditam que os terroristas podem ter usado a casa como uma base logística para realizar os ataques em Paris. 

A mudança nos trajetos de ônibus no a partir de outubro - divulgada pela prefeitura como uma racionalização das linhas para evitar o acúmulo de ônibus vazios nas ruas - tem sido encarada com desconfiança por moradores da zona norte carioca. A alegação é de que os itinerários entre os subúrbios e a zona sul foram modificados para dificultar o acesso dos jovens pobres à orla de Copacabana, Ipanema e Leblon. Das 48 linhas, entre encurtadas e extintas, 18 faziam o trajeto até as praias.

Das 18 linhas, seis terminaram e 12 passarão a ter ponto final em Botafogo, Glória (bairros na zona sul mais afastados do trecho nobre da costa) e, principalmente, centro. É o caso do ônibus 474, que a favela do Jacaré, na zona norte, ao canal Jardim de Alah, que separa Ipanema e Leblon). É justamente do Jacaré o grupo de 150 jovens que, em agosto, foi impedido pela Polícia Militar (PM) de chegar à Copacabana, mesmo sem terem cometido delitos. A ação foi feita, segundo a polícia, porque os adolescentes estavam em "situação de risco", sem dinheiro e sem responsáveis.

##RECOMENDA##

De acordo com a Secretaria Municipal de Transportes, que deve detalhar na semana que vem a logística da retirada e modificação dos trajetos, um estudo constatou que 64% das linhas se sobrepõem. A modificação, que só termina em março de 2016, pretende tirar 35% da frota das ruas, na tentativa de reduzir os engarrafamentos e o tempo gasto nos percursos.

"O sistema de racionalização se deu a partir da constatação de que muitas linhas faziam trajetos semelhantes e circulavam com os ônibus muito abaixo da capacidade, prejudicando o trânsito e deixando o sistema desorganizado. Diante disso, a redução de linhas se tornou necessária", informou a secretaria em nota. De acordo com a nota, as mudanças não impedirão os deslocamentos entre as regiões mais pobres e mais ricas do Rio.

Os moradores que quiserem ir direto para a zona sul poderão pegar linhas que trafegam pelos túneis Rebouças e Santa Bárbara. "Estas estão mantidas", divulgou a secretaria. É o caso da 438, que seguirá transportando moradores de Vila Isabel e Catumbi (zona norte) até o Leblon.

Nem todos concordam com esses argumentos. "Interpretei como uma medida racista e segregacionista com os moradores da zona norte. Ainda mais nesse contexto que a gente teve recentemente de blitze nos ônibus. A atual gestão (da prefeitura) está interessada em fortalecer mais o que a gente chama de cidade partida", declarou o bacharel em Relações Internacionais Breno Coimbra, de 23 anos, que criou petição da internet, na plataforma Avaaz, pela manutenção dos ônibus. O movimento já havia reunido 3.536 assinaturas até 17h de quinta-feira, 17.

Morador da Abolição (zona sul), Coimbra costuma pegar a linha 457 (Abolição-General Osório, em Ipanema) nos fins de semana. A condução vai parar em Botafogo em outubro. "Eu pensaria duas vezes antes de ir, de ter que fazer baldeação. Para o pessoal que vai ter que pegar ônibus no centro, pior ainda."

No Facebook, internautas criaram uma página chamada "Não vai ter extinção de busão" e marcaram um protesto, na Candelária (centro), no próximo dia 1º.

Para José Eugênio Leal, professor de Engenharia da PUC-Rio especialista em logística de transportes, a mudança "faz sentido", mas deve ser acompanhada pela possibilidade de mais que as duas baldeações previstas atualmente no Bilhete Único Municipal.

"Realmente observa-se um excesso de ônibus na zona sul. Em diversos, locais reduzir o número de ônibus é uma medida correta, mas isso deve ser acompanhado de um bilhete único que tenha mais possibilidade de transbordo", disse ele.

O sábado de Zé Pereira (14) ficou marcado para os moradores da comunidade da Linha do Tiro, na Zona Norte do Recife. É que hoje foi a abertura oficial do polo descentralizado do carnaval 2015. No palco, a animação ficou por conta de Eduardo Moreno, Ed Carlos e Maestro Forró. Uma noite inesquecível para quem, a partir desta data, passa a contar com um espaço amplo, seguro e cheio de atrações para brincar o reinado do Momo ao lado de casa.

Dona Maria José, 50 anos, não parou de frevar um só minuto. Com a sombrinha em mãos, ela se sente orgulhosa de receber em seu bairro artistas que compõem o Carnaval da cidade e que só tinha acesso em apresentações no centro do Recife. “Eu me sinto valorizada. Me sinto importante. Estou feliz e mais animada para brincar o carnaval”, reforçou a dona de casa que estava ao lado do marido e dos dois filhos.

##RECOMENDA##

Um problema no metrô atrasa os passageiros que seguem da Estação Camaragibe para o Centro do Recife na tarde desta terça-feira (18). Segundo a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que administra o Metrorec, o intervalo das viagens passou de sete para 25 minutos.

A demora ocorre porque os trens que passam na via 2, que vem do subúrbio para cidade, foram afetados pelo problema técnico. Até às 16h desta terça, o problema ainda não havia sido solucionado e apenas uma única via do metrô funcionava. Equipes da CBTU trabalham para que a falha seja resolvida o mais rápido possível, segundo o órgão.

##RECOMENDA##

O caos no transporte público tem como centro das atenções os principais centros urbanos. Porém, o subúrbio sofre igualmente com as dificuldades geradas pela precariedade do sistema de ônibus. No bairro de Jardim Primavera, no município de Camaragibe, Região Metropolitana do Recife (RMR), os moradores reclamam principalmente dos atrasos da linha 2442- Jardim Primavera (Vale das Pedreiras) nas primeiras horas da manhã - fato que se agravou nos últimos três dias.

A linha 2442 – que sai de Camaragibe, percorre as avenidas Caxangá e Conde da Boa Vista e faz o retorno na Avenida Dantas Barreto – já é conhecida pelo seu sucateamento e por andar com veículos lotados mesmo em horários que não são de pico. Nas primeiras horas da manhã, horário de muita demanda pois as pessoas costumam ir ao trabalho e à escola, os ônibus já saem do bairro lotados, mesmo quando mantêm um tempo de espera de dez minutos. Desde a quarta-feira (10), quando os atrasos pioraram, as paradas têm ficado com a quantidade de pessoas superior ao comum, e a linha que saía do bairro lotada está saindo em modo “expresso”, queimando paradas e com usuários se espremendo nas portas. 

##RECOMENDA##

O serviço de Horários x Linha, presente no site do Grande Recife Consórcio de Transporte, informa que entre 5h30 e 6h10 deveriam sair seis veículos. Nesta sexta-feira (12), entretanto, após o ônibus das 5h35, o outro só veio passar às 6h10, seguido logo de outro, formando assim, um comboio de veículos lotados.

A diarista Lucilene Severino da Silva, de 31 anos, é uma das usuárias que tem percebido a piora no tempo de espera. “Todo dia o ônibus vai lotado, e agora está cada vez pior. Parece que nem tem fiscal lá, o que seria um absurdo. Antes vinha de 10 em 10 minutos, mas depois isso parou. Tenho que sair mais cedo para não me atrasar”, ela reclama.

Coincidentemente, o problema piorou um dia após a assembleia dos rodoviários que, em votação, decidiram não paralisar. Para o usuário André Jatobá, 36, deve haver uma relação entre estes ocorridos. “Acho que isso é uma forma de protesto porque eles não conseguiram o tíquete-alimentação que queriam, então eles estão atrasando. A comunidade deveria entrar com uma ação judicial contra a empresa (Rodoviária Metropolitana). Eles querem ser ressarcidos, mas quem é que vai ressarcir nossos atrasos?”, indaga Jatobá.

Na manhã da quinta-feira (11), ao ser questionado sobre o motivo do atraso, o cobrador da linha respondeu que não havia ônibus no terminal. “Não, simplesmente não tem”, ele respondeu após perguntarem se era devido a veículos quebrados. Hoje, um outro cobrador também foi questionado, mas preferiu não responder. 

O presidente eleito do Sindicato dos Rodoviários, Benilson Custódio, disse que desconhecia o caso, e não sabia de nenhum movimento dos rodoviários contra o valor de reajuste. Ele culpou, inicialmente, os corredores do BRT, cuja prioridade para os veículos do sistema prejudica o transitar dos ônibus comuns. Mas após manter contato com um motorista da linha Jardim Primavera (Vale das Pedreiras), identificado apenas como Aritana, Benilson confirmou que o principal motivo era a falta de ônibus. “Ele me disse que está acontecendo este atraso de 15, 20 minutos mesmo. E isto é por causa de falta de carro, tem muito carro quebrado”, disse.

Questionado sobre o que poderia ser feito, Benilson se mostrou incerto. “O que nós podemos fazer se não chega ônibus da garagem? Cabe a população e a imprensa denunciar isto”. O presidente também acredita que não há fiscais nos terminais nesse horário. Estes profissionais, segundo ele, costumam chegar depois das 6h.    

O Grande Recife Consórcio de Transporte informou que a linha 2442 – Jardim Primavera (Vale das Pedreiras) possui 12 veículos e realiza 79 viagens nos dias úteis. No horário de pico, o tempo de espera deveria variar de 15 a 20 minutos. O consórcio afirmou que fará uma fiscalização para identificar a razão dos atrasos. A Rodoviária Metropolitana disse que não houve alteração recente na linha que explicasse o transtorno.

Conforto e facilidade são cada vez mais priorizados por quem faz qualquer tipo de compras. A ideia de poder adquirir um produto perto de casa sem ter que precisar ir para o centro da cidade ou pegar um ônibus lotado, vem crescendo no pensamento e costume dos brasileiros. Por isso, é grande o número de franquias - muitaz vezes de grandes empresas - em bairros de subúrbios.

De acordo com a pesquisa do ano de 2013 feita pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), apesar do baixo crescimento do faturamento do comércio brasileiro e a redução do Produto Interno Bruto (PIB), o setor de franchising (franquias) aumentou 11,9% em comparação a 2012. Desse percentual, as franquias que mais lucram estão localizadas em subúrbios.

##RECOMENDA##

O Nordeste vem se destacado como uma importante localidade com potencial de crescimento para grandes marcas que atuam no mercado brasileiro. Em 2012, a região concentrou cerca de 14.500 pontos de venda, colocando a região na segunda colocação nacional em quantidade de franquias. Os empresários buscam explorar o conceito de comodidade nos bairros pequenos e distantes dos centros das cidades, para que seus produtos estejam cada vez mais perto de seus consumidores.

O vice-presidente da ABF, Gustavo Schifino, explica que esse crescimento vem sendo ocasionado por conta do grande consumo dos moradores de bairros menores. “Os subúrbios estão crescendo por conta da sua praticidade. É bem melhor comprar um produto que está a poucos metros de nossa casa.” Ele declara que nos últimos anos a procura de representantes interessados em abrir filiais de grandes marcas em bairros menores é bastante grande.

A maior rede de cosméticos no Brasil

 

Os tipos de franquias são divididos em vários tipos de segmentos, desses, a que lidera no Brasil é a área de saúde e beleza. Esse aumento é reflexo de um acentuado crescimento no consumo de produtos ligados à beleza e cosméticos. Os principais motivos desse avanço são por conta do aumento do poder de compra feminino. A mulher brasileira está investindo cada vez mais em sua aparência. Em 2013, o Brasil alcançou o segundo lugar no ranking mundial de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC). 

Dentro deste universo, a "O Boticário" é a empresa com maior número de franquias em território brasileiro.  Atualmente, a marca possui 3.635 lojas em todo o país. A gerente de uma filial localizada em um bairro do subúrbio recifense, que preferiu não ser identificada nesta matéria, explica como os bairristas vêm acolhendo essas franquias. “A demanda de clientes é sempre muito grande. Eles gostam de não ter que andar muito pra comprar, por exemplo, um presente pra alguém”, afirma. Ela complementa dizendo que a falta de tempo e a facilidade de acesso tem feito esse setor de propagar ainda mais.

 

Geração de empregos através das franquias

O franchising brasileiro contribuiu com a geração de mais de 88 mil novas vagas de trabalho, totalizando 1.117.171 empregos diretos e formais, segundo dados divulgados pelo Ministério do Trabalho, em 2013. No mesmo ano, o sistema de franquias chegou a 114.409 unidades, crescendo 9,4%.

Neste ano, foi estimado o aumento de 9% no total de unidades franqueadas. A criação de novas oportunidades está relacionada ao crescimento do número de franquias em funcionamento no País. 

Dicas para abrir uma franquia - Abrir uma empresa no geral requer uma série de cuidados, mas, quando se fala em abrir uma franquia, o empresário deve atentar, principalmente, na hora de escolher qual segmento quer investir e a localidade que vai montar seu estabelecimento. O vice-presidente da ABF tem três dicas de como fazer seu negócio funcionar: a primeira é que o interessado tem que ter certeza de qual setor ele quer investir. Algo que o futuro o dono se identifique em trabalhar; a segunda é nunca subestimar a capacidade de lucro do investimento. “Existe 50% de chance de dar certo ou não”. A terceira é que antes de firmar qualquer contrato, sempre é bom conhecer o mercado em que se vai investir. A última é de que o interessado deve ter uma liberdade financeira boa, para não ter problemas num futuro próximo.

Além da animação para os jogos do Brasil, os moradores do Recife também enfeitaram as ruas para assistir as partidas da seleção brasileira na Copa do Mundo. Nos principais bairros da capital, especialmente no subúrbio, é possível encontrar as cores verdes e amarelas e muita criatividade. No bairro de Água Fria, os moradores da Rua Pastor Benobil penduraram bandeirolas para unir os vizinhos durante o Mundial. 

A Rua Córrego Antônio Rodrigo, em Chã de Alegria também se preparou para curtir a Copa do Mundo. No bairro da Mangabeira, a rua mais enfeitada é Tapejara. Todos os moradores se juntaram para montar decorar o espaço para os jogos. “Reunimos o dinheiro com os vizinhos. Um deles ficou responsável por comprar as coisas e todos arrumaram a rua em um único dia. Agora, vamos aproveitar para conferir os jogos com todos”, disse dona Maria José. Os moradores também utilizaram a decoração do São João para deixar a rua ainda mais animada.

##RECOMENDA##

No Alto José Pinho, mais ruas e vielas estavam cheias de bandeiras para homenagear a seleção brasileira. As ruas Monte Orepe, Aquiras e Ubiratan são as mais coloridas. O público local juntou os enfeites que tinham em casa e montaram a rua. “Cada pessoa que tinha bandeiras, tinta e outros objetos doou para a rua e fizemos a decoração. No dia de jogos todos os vizinhos trazem suas cadeiras e torcem juntos para o Brasil”, contou Amélia do Carmo.

Depois de virar sucesso nas redes sociais e se firmar no ramo de lanchonetes suburbanas, a SuburbWay deu início a sua expansão comercial no subúrbio recifense, na tarde desta quarta-feira (2). A comerciante de hambúrgueres e salgados diversos abriu uma nova unidade, no bairro da Bomba do Hemetério, na Zona Norte da Capital Pernambucana.

A proposta da empresa continua a mesma: comercializar produtos saborosos com preços populares, com a mesma qualidade dos lanches das redes fast food conhecidas internacionalmente. De acordo com Adriano Vasconcelos, de 34 anos, um dos donos da lanchonete, a demanda da primeira unidade, localizada no bairro de Casa Amarela, também na Zona Norte, está muito grande e os próprios clientes estavam pedindo uma nova unidade. “O povo pediu. Lá (na SuburbWay de Casa Amarela) está super lotado. A idéia é expandir mais ainda”, disse Vasconcelos, ressaltando que os próximos bairros que ganharão novas SuburbWays são Jardim Paulista, Caixa D ‘ Água e Jardim São Paulo.

##RECOMENDA##

Segundo o irmão de Adriano Vasconcelos e outro responsável pela empresa, Alexsandro Vieira, 40, a expectativa é que mil clientes sejam atendidos na nova unidade. “Escolhemos o subúrbio porque o nosso foco são as pessoas. A população precisa de produto barato e de qualidade. Vamos manter o mesmo atendimento de sempre. Quem come o hambúrguer da SuburbWay com certeza volta”, completou o empresário.

Com a expansão, novos funcionários foram contratados. “Hoje nós temos seis funcionários, mas, a depender do movimento, esse número vai aumentar. Nosso negócio é bastante lucrativo”, comentou a gerente da unidade, Fátima Rodrigues, de 39 anos. A nova SuburbWay fica na Rua Arlindo Cisneiros, 234 B, na Bomba do Hemetério. O funcionamento será das 10h até a meia noite, todos os dias da semana.

De acordo com os sócios da empresa, o investimento para a abertura da lanchonete foi de R$ 50 mil. A primeira SuburbWay, a de Casa Amarela, continua funcionando a “todo o vapor”, de domingo a domingo, no horário das 15h às 3h. O local fica Rua Luiz Cezário de Melo, 185. O telefone para contato das duas unidades é o (81) 3268-3507. 

SuburbWay X Subway

A lanchonete SuburbWay chama a atenção não só pela sua proposta de comercializar saborosos sanduíches nos subúrbios do Recife. A marca da empresa também se destaca e é sempre observada pelos clientes. O motivo é que o design é semelhante a marca de outra empresa do ramo de sanduíches, porém de abrangência internacional, a Subway.

Fundada nos Estados Unidos há quase 50 anos, a Subuway mais de 1250 franquias só no Brasil, empregando mais de 3 mil funcionários. Presente em cerca de 100 países, a tem mais de 37 mil pontos de venda espalhados pelo mundo. 

Povão na rua, vizinhança sentada na frente das casas, lugar onde todo mundo se conhece. Essas são algumas características de ruas de subúrbio ou comunidades. Exatamente em um dos subúrbios recifenses, um empreendimento de lanchonete chama bastante atenção. O bairro de Casa Amarela, na Zona Norte da capital pernambucana, é o cenário da “SuburbWay – Point Burg”, lanchonete especializada em sanduíches.

A marca da empresa lembra muito uma rede de franquias que faz sucesso no Brasil com seus sanduíches, a Subway. Quem olha de relance a fachada da lanchonete de Casa Amarela, muitas vezes confunde com a famosa empresa americana. Mas, um bairro tipicamente comunitário não seria o melhor endereço para a instalação de uma franquia da Subway, que prioriza localizações mais centrais e perto de estabelecimentos comerciais diversos.

Porém, é justamente no subúrbio que o empresário Adriano Vasconcelos, de 34 anos, resolveu instalar, segundo ele, o melhor ponto de vendas de sanduíches da periferia. “Escolhi o subúrbio porque eu acho que a população é mais humilde, amiga e comunicativa. Eles dizem o que está bom e o que está ruim. Em bairros mais nobres, como Boa Viagem, as pessoas são mais fechadas”, conta o empreendedor, que desde criança é morador de Casa Amarela. Há dois meses a lanchonete funciona com o nome de SuburbWay, que de acordo com Vasconcelos, não tem nenhuma relação com a marca “Subway”, e sim, é forma de mostrar aos clientes que ali tem o melhor sanduíche do subúrbio.


A empresa caiu no gosto do povo. Em todos os horários de funcionamento, seja tarde ou noite, a lanchonete é sempre bem movimentada. A clientela aprova a qualidade dos produtos, bem como os preços. Os valores variam de R$ 3 a R$ 12, e os sanduíches possuem temperos e molhos bem especiais, que muito se assemelham aos produtos de grandes empresas do segmento. “Morei oito anos na Alemanha e conheci um amigo que vendia hambúrgueres. Quando voltei ao Brasil, consegui trazer alguns temperos que dão sabor aos meus sanduíches”, relata o empresário.

##RECOMENDA##

O estabelecimento, cercado por casas simples e por um cenário característico da periferia, é amplo e com um visual moderno, parecido com outros pontos comerciais da área. “Quase todos os dias eu como aqui. A ideia foi ótima e os sanduíches são maravilhosos”, conta a estudante Ruamma Araújo, 18, uma das clientes do SuburbWay.




Relação de amizade

Um fato que chama a atenção de quem avalia o ponto comercial é a boa relação de clientes, funcionários e patrão. Em alguns momentos nem parece que aquilo é um ambiente de trabalho, mas sim, um local onde amigos se encontram para aproveitar uma boa comida e conversar sobre assuntos diversos.

O clima agradável é fruto de uma estratégia administrativa de Adriano Vasconcelos. Com um quadro de 12 funcionários, boa parte de sua equipe é formada por moradores da própria comunidade, ou seja, os clientes são amigos dos funcionários, o que facilita a interação entre eles.

O pedido do sanduíche não termina num “simples obrigado”. A clientela conversa com os trabalhadores sobre novela, futebol, filmes, enfim, inúmeros temas, e, depois, é hora de se deliciar com os hambúrgueres. “O atendimento é maravilhoso. Conheço todo mundo que trabalha aqui. Além disso, o sabor dos sanduíches não deixa a desejar para nenhuma MC´Donalds da vida”, opina a professora Ana Conceição Araújo, que também é cliente da Suburbway.

Expansão

A ideia do empreendedor Vasconcelos tem novos rumos. O resultado da lanchonete de Casa Amarela vem sendo tão positivo que ele já está se preparando para expandir a rede. Segundo ele, número de clientes é tão bom que não é possível mensurar quantos atendimentos ocorrem mensalmente.

Aberta de domingo a domingo, das 15h às 3h, a lanchonete fica próxima ao terminal de ônibus da linha Casa Amarela/Nova Torre. Mas, essa não será a única unidade da rede “SuburbWay”.

“Vou expandir meu negócio, sempre valorizando o subúrbio. Nos próximos dois meses, novas unidades serão instaladas, uma no bairro de Jardim Paulista e outra em Jardim São Paulo”, revela Vasconcelos. Os bairros ficam na cidade de Paulista, Região Metropolitana do Recife, e na Zona Oeste da capital pernambucana, respectivamente.

Semelhança entre as marcas

Outro caso bem parecido com o da SuburbWay em semelhança com a Subway é de uma oficina de carros, no bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. O nome do estabelecimento é “Marcelinho de Ouro”, que parece ser uma alusão a outro empreendimento do ramo, só que bem mais famoso, o “Martelinho de Ouro”.

Para explicar como funciona esse processo de marcas semelhantes e se judicialmente isso é legal, a reportagem do Portal LeiaJá conversou com o publicitário Diego Rocha. Ele também é coordenador do curso de publicidade e propaganda da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau. Confira abaixo a entrevista em vídeo:

[@#video#@]

Serviço

Suburbway
Endereço: Rua Luiz Cezário de Melo, 185, bairro de Casa Amarela, no Recife.
Funcionamento: todos os dias, das 15h às 3h.
Contato: (81) 3268-3507











SALVADOR – Os ferroviários da cidade de Salvador (BA), em greve há 21 dias, realizaram na manhã desta terça-feira (27), por volta das 10h, na Estação da Calçada, uma assembléia para discutir os rumos da greve. Na ocasião, estava marcado um protesto, mas os ferroviários decidiram não realizá-lo neste momento, motivados pela esperança de que o acordo estabelecido com o governo do Estado na segunda-feira (27) seja cumprido. 

O coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Ferroviário e Metroviário da Bahia e Sergipe (SINDIFERRO), Paulino Rodrigues de Moura, espera que o problema tenha uma solução agora que a Câmara Municipal de Salvador (CMS) aprovou no último dia 13 deste mês a transferência da Central de Transporte de Salvador (CTS), de responsabilidade da Prefeitura Municipal de Salvador (PMS) para o governo do Estado da Bahia. 

##RECOMENDA##

‘’Na reunião, foi prometido pagar o salário de abril amanhã (29), o ticket de alimentação do mês de maio e o ticket alimentação já de junho, cujo o prazo seria até sexta feira (31). O vale transporte e o pagamento de maio, que já é pra vencer essa manhã, será pago no dia 05 de junho, o que está dentro da lei’’, afirmou Paulino Rodrigues sobre o acordo estabelecido ontem. O coordenador Geral do Sindiferro também afirmou que espera que a categoria consiga entrar no calendário de pagamento nos moldes dos funcionários estaduais e também tenham direito ao plano de saúde dos talhadores estatais da Bahia.

Caso o acordo estabelecido na segunda não seja cumprido e os pagamentos não forem depositados até o final do expediente bancário, uma nova assembléia será realizada no final da tarde para que a categoria discuta as medidas a serem tomadas.

Enquanto a greve não chega ao fim, 15 mil pessoas que utilizam diariamente os trens estão pagando um valor seis vezes maior ao ter que se locomover com os ônibus. Emanuel Gerônimo, morador do bairro Uruguai, no subúrbio, afirma que “os moradores estão sentindo falta dos trens, estamos sem opção, pois os ônibus não dão vez ao subúrbio por causa do preço’’.

SALVADOR (BA) - Em assembléia geral, neta segunda-feira (27), os trabalhadores ferroviários da Companhia de Transporte de Salvador (CTS) fazem manifestação nesta terça (28), às 10h, com início no bairro da Calçada, em Salvador (BA).

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Ferroviário e Metroviário dos Estados da Bahia e Sergipe (SINDIFERRO), cerca de 100 mil pessoas estão sem usar o transporte ferroviário há mais de 15 dias de greve. Os ferroviários reivindicam o recebimento dos salários do mês de abril o vale-alimentação. 

##RECOMENDA##

O Papa Francisco, que pediu aos sacerdotes que levassem a mensagem de Deus à "periferia" da sociedade, visitou pela primeira vez neste domingo (26) uma paróquia no subúrbio de Roma. Os sinos da igreja ressoaram no bairro popular de Prima Porta, ao norte da capital, na chegada do Papa, que foi recebido por centenas de fiéis.

"O Papa está no Vaticano, estou aqui como bispo de Roma", disse Francisco em uma missa realizada ao ar livre em frente à igreja dos Santos Isabel e Zacarias. "Ninguém pode compreender a realidade a partir do centro, precisar estar na periferia", declarou o Papa durante a missa na qual improvisou uma pequena lição de catequese às 16 crianças que celebravam sua primeira comunhão.

O pároco da paróquia, Benoni Ambarus, disse que sua igreja foi uma boa escolha para uma primeira visita do Papa fora do Vaticano. "Era natural que esta paróquia recebesse a primeira visita do Papa, que falou sobre a necessidade de ir para os subúrbios", afirmou.

Depois da missa, Francisco cumprimentou a multidão que aplaudia, abençoando alguns e deixando ser fotografado com um grande sorriso. Jorge Bergoglio é o primeiro pontífice latino-americano a liderar a Igreja de um bilhão de católicos em todo o mundo. Desde sua chegada ao trono de Pedro, tem se distinguido de seu antecessor Bento XVI por sua linguagem direta e sua estreita relação com as multidões.

SALVADOR -  Os ferroviários de Salvador (BA) , em greve a 15 dias, realizaram no final da manhã desta quarta-feira (22) , na Estação de Periperi, uma assembléia para discutir os rumos da greve. Na ocasião, onde decidiram pela manutenção da greve, estiveram presentes cerca de 100 pessoas, entre ferroviários  e moradores do subúrbio, que expressavam sua insatisfação com a situação.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Ferroviário e Metroviário dos Estados da Bahia e Sergipe (SINDIFERRO), desde que a responsabilidade sobre a Companhia de Transporte de Salvador (CTS) foi transferida do poder do município para o estado não houve o pagamento para os ferroviários, que reivindicam os salários de abril e o cartão alimentação/refeição de maio. Além dos categoria,  a  greve também afeta cerca de 15 mil pessoas  que utilizam do sistema ferroviário diariamente e no momento recorrem aos ônibus, que são tarifados em R$ 2,80,  pagando um valor seis vezes maior do que o valor da passagem de trêm, que custa apenas R$ 0,50 centavos.

##RECOMENDA##

 

SALVADOR (BA) - O Sindicato dos Trabalhadores em empresas de transporte ferroviário e metroviário dos Estados da Bahia e Sergipe (Sindferro) fará uma assembléia nesta terça (14), na Estação Ferroviária no bairro da Calçada, em Salvador, às 16h30, para avaliar a greve dos trabalhadores ferroviários de Salvador.

A greve dos ferroviários, teve início na quinta (9), os trabalhadores da Estação Ferroviária que liga os bairros da Calçada e Paripe, na capital baiana, paralisaram as atividades por não receber os salários do mês de abril e o cartão alimentação da Companhia de Transporte de Salvador (CTS).

##RECOMENDA##

Nesta segunda (13), a categoria compareceu a sessão da Câmara Municipal de Salvador (CMS) para pressionar pela aprovação da transferência da CTS do município de Salvador para o Estado da Bahia. “Hoje nos vamos ver quais rumos serão tomados depois da aprovação da CTS. Agora a responsabilidade é do Estado da Bahia”, afirmou Rodolfo Ribeiro. 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando