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O artista Vários Nomes deu vida a uma tela gigante a céu aberto no Edifício Guiomar, localizado na Rua Princesa Isabel, no bairro da Boa Vista, que imortaliza a essência do Frevo e presta uma homenagem às passistas Inaê Silva e Rebeca Gondim. Com a arte intitulada ‘A rua cria e a cidade dança', o megamural coloca em destaque a energia pulsante e contagiante do Frevo, símbolo inigualável da cultura pernambucana. 

A iniciativa, promovida pela Prefeitura do Recife por meio da Secretaria Executiva de Inovação Urbana (SEIURB), contou com a parceria da Tintas Iquine. A obra do artista Vários Nomes está localizada no mesmo edifício do megamural 'Naná Vasconcelos, Sinfonia & Batuques', porém voltada para a Rua da Saudade. Ela também foi inspirada pelo tema 'Recife Cidade da Música' e resulta do Edital de Credenciamento para Realização de Intervenções Artísticas em Empenas Cegas, o primeiro do gênero em Pernambuco.

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O Frevo, como manifestação cultural intrinsecamente ligada à cidade, é descrito por Nomes como "o transbordamento dos passos guiados pela música, carregando a força das ruas, becos e vielas do centro à periferia, da mesma forma que o graffiti". Nesta obra, o artista captura a essência desses movimentos, ora harmoniosos, ora caóticos, os quais refletem a sincronia entre a música, através de uma personagem que toca saxofone, e a expressão corporal, que retrata grandiosamente as passistas Inaê Silva e Rebeca Gondim. 

“É espontâneo, dinâmico, popular, regional e erudito ao mesmo tempo. É uma simbiose entre capoeira, ballet, cossaco e muitas outras formas de expressar com o corpo o sentimento provocado pela música. O compasso é acelerado, os movimentos, frenéticos. Os passos são batizados com nomes das ferramentas dos operários, representando fielmente a vibração do povo que o criou”, completa Nomes. O mural congela um momento do ritmo expansivo do Frevo, homenageando não apenas a dança, mas também toda a energia inerente à cultura local.

A artista e letrista Bubu foi convidada para assinar as paredes laterais da empena, onde criou a tipografia que ressalta o nome da obra. "Por ser letrista e mulher, é muito difícil ocupar certos espaços, principalmente com essa estética de pixadora”, declara. Para esse megamural, Bubu trouxe uma letra mais legível, de leitura rápida e clara, mas sem deixar de lado os traços urbanos da pixação. “A escrita tem o poder de ocupar espaços, resistir ao tempo e dialogar com a cidade. Letra é história, é comunicação e ainda irá dominar o mundo das artes”, completa.

Nessa obra, os artistas Arem, Yony e FX também se encontram, deixando cada um a sua marca. Vários Nomes conta que “o processo de escolha das tintas foi totalmente orgânico, com várias camadas sobrepostas até atingir o tom ideal”. Sua assinatura, no estilo bomb característico do graffiti, fruto de sua vivência e trajetória nas ruas, é acompanhada por pixels que irrompem da escrita, criando uma atmosfera festiva que evoca a energia dos confetes. O artista compartilha que aqueles que contemplarem o megamural sob a luz do sol poderão vislumbrar o reflexo da purpurina nas bochechas das personagens, agregando um toque mágico à composição.

No último dia 05 de dezembro, completaram-se 11 anos desde que o Frevo foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco, em 2012. Para a secretária executiva de Inovação Urbana, Flaviana Gomes, o megamural é mais do que uma representação artística, é um convite para apreciar e mergulhar na cultura do Recife. “Ele está bem no centro da cidade, um lugar onde todos se encontram, tanto moradores quanto turistas. Seja para trabalhar, estudar ou passear, o coração da cidade tem essa efervescência, igual ao frevo. É uma arte que ecoará na cidade por anos a fio", enfatiza. 

EDITAL MEGAMURAIS - Ao todo foram classificados 24 projetos que retratam através da arte o tema “Recife Cidade da Música”, em que quatro deles estão concluídos e dois estão em andamento. A contratação para execução dos megamurais se dá em conformidade com a ordem classificatória dos aprovados estabelecida por meio de pontuação e depende da viabilidade técnica e liberação das empenas, bem como da disponibilidade orçamentária durante o tempo da vigência do Edital. O valor pago pelos serviços prestados é de R$ 75 mil, correspondente ao tamanho padrão da empena de 200 (duzentos) a 400 (quatrocentos) metros quadrados - ficando sob a responsabilidade do proponente credenciado a totalidade dos custos referentes ao planejamento e a execução das intervenções artísticas em empenas cegas (fachadas sem aberturas) de edifícios de visibilidade pública no Recife.

*Da Assessoria de Imprensa

Um dos principais polos do Carnaval do Recife, o Pátio de São Pedro, localizado no Bairro de Santo Antônio, foi palco de um encontro entre passistas, orquestras de frevo e maracatus nesta terça-feira (21). Na ocasião, estava a homenageada do Carnaval do Recife 2023, dona Zenaide Bezerra, que é passista desde os oito anos de idade, professora de ritmos e faz questão de perpetuar o frevo na família.

O Maracatu Pavão Dourado de Tracunhaém também levou as cores e ritmos do baque solto para colorir os ladrilhos do Pátio. Acompanhe na matéria de Caroline de Barros, com imagens de Maurício Müller e edição de Tony Vasconcelos.

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Nas roupas vermelhas e brancas, o Bloco Lírico Carnavalesco Cordas e Retalhos desfilou na cidade do Recife nesta segunda-feira (20). Durante seu cortejo, a orquestra tocou “parabéns para você” aos cantos dos foliões que acompanhavam o bloco, em homenagem à porta-estandarte, que fez aniversário recentemente.

Sandra Helena é a homenageada e faz parte do bloco há mais de duas décadas. Desfilante veterana, ela completou seu quinquagésimo aniversário no dia anterior ao desfile e agradeceu os parabéns de seus colegas.

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“É muito especial comemorar meu aniversário com eles. Cada um aqui, todos, são da minha família. Já faz muitos anos que eu faço parte desse bloco e ele faz parte já da minha vida, então é importante demais isso”, comenta.

O Cordas e Retalhos foi fundado em 1998 e é reconhecido por suas plumas das cores vermelha e branca. Pelas ruas do Recife Antigo, o bloco matou a saudade de desfilar durante o carnaval depois dos tempos de pandemia. Sandra conta como é voltar às ruas:

“Olha, é uma sensação de alegria. Porque frevo para nós é alegria, é lirismo, é vida, é pulsação. Para nós que somos brincantes, a gente espera o ano todo. E esse ano é aquilo que não foi vivido por dois anos e dessa vez a gente tá vivendo agora isso, então é uma emoção realmente grande. É diferente de outros anos”, explica.

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O Carnaval de Olinda, na Região Metropolitana do Recife, tem uma programação extensa para este domingo (19). Quem optar por brincar nas ladeiras da Márim dos Caetés, vai ter frevo, samba, maracatu e outros ritmos para embalar a festa.

Veja a programação das agremiações para este domingo de Carnaval:

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- Patusco (9h): Amaparo, 292

- Mucha Lucha (10h):  Alto da Sé

- Congobloco Batebum (10h): PRAÇA DO CARMO – FRENTE DA SEDE

- Bateria AUÊ (10h):  De Frente a Faculdade Focca         

- D’BRECK – Grêmio Recreativo Escola de Samba D’breck (10h): Largo do Bonfim

-Flor de Zíaco (10h): Rua 15 de novembro

-Bloco dos Sujos (12h): Rua 10 de novembro

- TCM MULHER DO DIA (14h):  Galpão Beer – Rua Paulino dos Santos

- Bloco Maluco Beleza (16h): RUA PRUDENTE DE MORAES – ESTAÇÃO DA LUZ 

- Clube Carnavalesco Vassourinhas de Olinda (16h): Largo do Guadalupe           

Clube Carnavalesco Misto Elefante de Olinda (17): PRAÇA DO BONSUCESSO

- Adriana do Frevo (17h): Guadalupe

- Maracatu Nação Camaleão (18h): Praça de São Pedro

 

Eclético e multicultural, o Carnaval dos Sonhos de Olinda tem atraído uma multidão para o Polo do Erasto Vasconcelos. Na noite deste Sábado de Zé Pereira (18), a grande estrela do show foi a sua majestade, o Frevo. O cantor Lenine se apresentou ao lado da Spok Frevo Orquestra e fez os foliões ferverem em frente à Praça do Carmo.
Antes deles, quem abriu a festa foi a veterana Dona Glorinha do Coco, que chegou a ser uma das candidatas na votação popular para eleger os homenageados do Carnaval de Olinda 2023. A mestra do coco de roda levou a tradição do ritmo ao principal palco da folia olindense. 

Depois dela, quem levantou a poeira foi o cantor Rogério Rangel, que também foi um dos candidatos na votação. Ele trouxe clássicos do frevo, manguebeat, ciranda e coco, colocando os foliões para dançar.
A festa continuou ao som de um encontro de pai e filho. Aos 90 anos, sendo 75 deles de carreira, o ícone do frevo pernambucano, Claudionor Germano, subiu ao palco ao lado do seu herdeiro, Nonô Germano. Juntos, eles entoaram frevos de diversas épocas. A essa altura a Praça do Carmo já estava tomada de foliões. 

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Na sequência, a festa de Momo seguiu com Dudu do Acordeon, que trouxe até um boneco gigante, o Duduzão. Ed Carlos se apresentou com o filho João e animou o público. Já Marron Brasileiro trouxe sua banda para abrilhantar a festa do Carnaval dos Sonhos de Olinda.

Programação

Neste domingo (19), o Polo Erasto Vasconcelos terá uma apresentação com uma mistura de dar gosto. Às 16h30 a festa começa com Jorge Aragão e se com: (17h40) Renatto Pires, (18h50) Quinteto do Frevo, (20h) Cordel do Fogo Encantado, (21h10) Almério, (22h20) Eddie e (0h) Otto.

Além do palco na Praça do Carmo, o Carnaval de Olinda ainda conta com outros sete pontos de animação com programação noturna. Já durante o dia, mais de 70 orquestras agitam as ladeiras do Sítio Histórico, sendo uma delas fixada na sede da Prefeitura. Para descentralizar a folia, a gestão municipal de Olinda disponibilizou outras 300 orquestras para tocar em blocos que desfilam pela cidade.

*Da assessoria de imprensa

 

Uma gargalhada solta no ar se faz orquestra quando a passista Zenaide Bezerra empunha sua sobrinha e mostra um novo passo de frevo que acabou de criar. Sem qualquer outra música, além da cadência de seu próprio corpo, Zenaide vai entrecruzando os pés em passinhos acelerados para a frente, enquanto deixa que seu corpo se arrisque contra a gravidade, pendendo para um lado e para o outro. Não é à toa, aliás, que o movimento tenha surgido da composição de Edson Cunha intitulada “Besouro Mangangá”, como era conhecido o lendário capoeirista baiano Manoel Henrique Pereira (1895-1924). Da capoeira, o frevo herdou o desejo pela liberdade. E de Egídio Bezerra, seu pai, Zenaide carrega o hábito e a autoridade de criar os próprios passos. Por sua contribuição para a dança, aos 73 anos de idade, ela se tornou Patrimônio Vivo do Recife e homenageada do carnaval de 2023, ao lado do compositor Geraldo Azevedo e de Dona Marivalda, presidente do maracatu Estrela Brilhante.

Nascida na capital pernambucana no dia 22 de março de 1949, Zenaide é recifense e começou a dançar samba de gafieira ainda na infância, em cima dos pés de seu pai. “Eu era magrinha e deixava o corpo leve. Num instante aprendi”, lembra. A prática garantiu que Zenaide carregasse em seu próprio corpo o registro vivo dos movimentos do “Rei do Passo”, alcunha que Egídio ganhou da imprensa após vencer o concurso de passistas de 1952 do programa “Ao Compasso do Frevo”, promovido pela Rádio Tamandaré. “O sucesso dele veio depois desse concurso”, atesta Zenaide.

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Realizado em um auditório na rua Barão de São Borja, no bairro da Boa Vista, a competição era empenhadamente divulgada pelo Diario de Pernambuco, que narrava suas etapas e descrevia a performance de seus participantes. “Egídio Bezerra venceu espetacularmente criando passos próprios, evoluções de sua autoria, uma coreografia nova e surpreendente que a todos empolgou", descreve a edição do jornal de 23 de novembro de 1952. A vitória no concurso deu a Egídio status de celebridade e levou os Diários Associados, à época liderados por Assis Chateaubriand, a patrocinar sua viagem para a França, com a finalidade de divulgar o frevo pernambucano. O passista se apresentou, por exemplo, com o famoso ator francês Jean Louis Barrault.

A coroa de rei da cultura popular, contudo, não era o suficiente para garantir o sustento da esposa e de seus 14 filhos. Egídio conciliava as apresentações artísticas com o trabalho de motorista particular e com outras atividades como o conserto de lanchas no Iate Clube do Recife, em que costumava se apresentar de noite. “Meu pai sabia fazer de tudo, até injeção ele aplicava. Como era pescador, criou um passo de frevo chamado ‘escama de peixe’. Os nomes dos passos que ele criava tinham a ver com o dia a dia da gente, como “cortando jaca” e “chão quente”, que, como diz o nome, pra fazer não pode deixar o pé todo no chão”, explica Zenaide.

Egídio Bezerra, “Rei do Passo”, dançando xaxado com suas filhas no Iate Clube. (Katarina Real/Acervo Fundaj)

Em seu ambiente doméstico, Zenaide recebia as influências das danças populares praticadas por Egídio nas ruas do Recife, como o coco e o xaxado. “Meu pai nunca levou a gente para carnaval, não deixava a gente sair com ninguém fora ele. Quando a gente ia se apresentar era em clubes, ele saía num carro, com dez passistas, levava todo mundo pra lanchar e depois deixava todas em casa. Acho que ele estava certíssimo”, lembra Zenaide.

O professor do curso de Dança da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Arnaldo Siqueira chama atenção para a tensão entre classes que marcou a prática do frevo no século passado, quando uma série de modernizações transformou a cultura e a organização urbana do Recife. “Em seu livro ‘Festas: Máscaras do Tempo’, Rita de Cássia debate a dinâmica social do frevo a partir das representações das instituições de trabalho. Os blocos de rua, como Vassourinhas e Lenhadores, são organizados pela classe trabalhadora. São as pessoas comuns, negras e periféricas que vão gerar o frevo. Por outro lado, o carnaval nos clubes, como Português, Internacional e Náutico, era promovido pela elite canavieira rural que havia migrado para a capital e tinha inspiração europeia”, comenta.

Egídio Bezerra dançando no Iate Clube. (Katarina Real/Acervo Fundaj)

Se as ruas eram espaço de brincadeira, os clubes funcionavam como espaço de trabalho para os passistas. “Os clubes eram financiadores dos carnaval e, na promoção dessas festas, tinham toda uma dinâmica de pagamento e sustentabilidade. Assim, os artistas tinham remuneração garantida pelas apresentações, como hoje também acontece em alguns blocos de rua, que contratam grupos de passistas”, ressalta o professor.

Pedagogia do afeto

Com o objetivo de difundir os ensinamentos do pai, Zenaide criou o Grupo Folclórico Egídio Bezerra, com aulas de dança aos sábados, das 9h às 11h. O espaço de estudos é a sala de estar da casa da passista, que afastou alguns móveis para improvisar um salão de dança, aberto aos jovens da comunidade e a seus filhos e netos. “Não cobro nada, só peço para que eles não se esqueçam que aprenderam a dançar comigo, assim como eu digo a todo mundo que aprendi o que sei com meu pai. Quando vem o carnaval, a prefeitura contrata o grupo e chamo os que já aprenderam, eles ganham um dinheirinho”, comemora.

Zenaide Bezerra e suas alunas de frevo, que integram o Grupo Folclórico Egídio Bezerra. (João Velozo/LeiaJá Imagens)

Aluna de Zenaide desde os 16 anos de idade, a passista Emanoelle Santos da Silva, de 22 anos, soube das aulas de frevo através de seu padrinho. “Os dois são parentes. Depois que comecei, mudou muita coisa na minha vida, principalmente a maturidade que ganhei. Ela pega muito no pé, mas é uma ótima professora”, coloca. Mãe de dois filhos, um deles com apenas dois anos de idade, a passista precisou interromper os estudos e se afastar da frevo temporariamente. “Estou voltando a dançar, mas ainda ando muito travada. Também fiz um curso de socorrista e quero procurar um emprego. Até lá, o frevo é quem vai aliviando meu estresse”, acrescenta.

Boa costureira, Zenaide faz questão de elaborar os figurinos do grupo, tudo a seu gosto. Coreógrafa, ela é rígida em relação ao comportamento dos passistas e preza que as apresentações corram estritamente de acordo com suas determinações. “Para mim, o passista tem que ser comportado, me atender. Eu quero, vai ter que ser assim. Se eu deixar ele fazer o que quer, não vai dar certo”, comenta. Apesar disso, ela defende que o passista deve escolher qual frevo quer dançar. “Eu escuto o frevo e vou desenhando ele dentro de mim. Tem que escolher a parte da música que você gostaria de dançar, que batesse dentro do seu coração. O bom é isso. Para eu dançar um frevo que não gosto, canso muito, porque tô fazendo uma coisa que não é minha, sem empolgação. Marido chato, a gente bota pra correr”, brinca.

Divorciada, ela vive da própria aposentadoria, conquistada após anos de trabalho como professora de dança do Estado. “Gosto de morar sozinha porque saio de casa, volto e está tudo do jeito que eu quero”, dispara. Apesar do gosto pela convivência consigo mesma, sua rotina sempre acaba atravessada por algum filho, neto, bisneto ou aluno que a visita. Entre diálogos e interações, surge algum passo de frevo e, em seguida, uma recomendação. “Quando meu pai morreu, mandei chamar todo mundo e levantei o grupo. Botei minhas irmãs e filhos, até o que chorava pedindo pra não dançar. E hoje ele é meu melhor passista”, comemora.

Para o professor Arnaldo Siqueira, o esforço de Zenaide em repassar os ensinamentos de seu pai exemplifica a forma como se dá a transmissão de conhecimento na cultura popular. “É um processo que ocorre através da prática, do contato. No campo da ancestralidade, mestres como Egídio ou Salustiano sabem que é importante a relação geracional na prática dessas tradições. Zenaide fez a mesma coisa com os próprios filhos”, elucida. Siqueira também reforça importância da escolha da passista como uma das homenageadas do carnaval. “É um ato que reconhece a expressão do frevo através da pedagogia. Durante sua vida, Zenaide dedicou-se não apenas ao ensino do frevo, como das danças populares em geral. É uma mulher negra fomentadora do frevo a partir da pedagogia”, comemora.

Maestro Spok é figurinha carimbada no Carnaval de Pernambuco, há quase duas décadas. Só no Recife, o homem comanda o baile municipal e o orquestrão do frevo, que encerra oficialmente a festa no Marco Zero. A pandemia da Covid-19 deixou o músico afastado de tudo. No entanto, o período de isolamento também lhe trouxe inspiração. Numa rápida conversa com o LeiaJá, nesta segunda-feira (13) - prestes a entrar num ensaio que duraria das 18h às 1h - Spok falou do retorno à folia, de novos projetos, do mestrado recém iniciado e de uma nova geração ‘interessada em compreender o frevo'.

LeiaJá - Como foi ficar esses dois anos sem Carnaval? Imagino que você teve prejuízos, mas esse tempo serviu para ideias novas?

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Spok - Foi dificílimo para todo mundo, principalmente para o universo artístico. Mas eu tenho que dizer que eu consegui encontrar “alguns sabores”, repensar muita coisa dentro do meu universo artístico, compor várias coisas, pensar vários projetos. Principalmente, o olhar para minha família, esse foi o principal sabor que eu encontrei nessa situação difícil. Nunca estive tão perto dos meus filhos, meu bebê hoje está com quatro anos, então acompanhei tudo com ele. As importâncias mudaram na minha vida.

LeiaJá - Você comanda vários eventos no Carnaval do Recife há quase duas décadas, como manter a orquestra afiada?

Spok - Tentar mantê-la viva é tentar produzir sempre alguma coisa. Mas, no Carnaval, com a quantidade de trabalho que aparece, a gente consegue dar uma atenção suficiente a ela. O Carnaval possibilita a saúde de vários grupos artísticos e musicais.

LeiaJá - Você acha que tem uma nova geração aí para manter o ritmo ativo?

Spok - Eu, sem nenhuma arrogância, fico feliz em fazer parte de uma geração que colaborou para que o frevo continuasse saudável. Ver, hoje em dia, uma nova geração interessada em compreender, estudar e pesquisar o frevo, fico muito feliz. Ver vários trabalhos de mestrado, doutorado, envolvendo o universo do frevo me deixa alegre. E eu faço parte de uma geração que instigou tudo isso. Ver o frevo hoje, por exemplo, na academia, também é um grande sonho. Tanto que, depois de velho, ano passado, terminei minha licenciatura, que eu nunca estudei, né. Gostei tanto de estudar que fiz meu pré-projeto, passei no mestrado e já terminei meu primeiro semestre. Vou começar o segundo agora, esse mês já tenho aula.

LeiaJá - Quem você indicaria da nova geração do frevo para as ficarem ligadas?

Spok - Difícil indicar nomes, porque tem muita gente fazendo bons trabalhos, tanto no instrumental, como no poético, no melódico, no rítmico. Mas se eu for indicar um, tem a Orquestra Malassombro, que cabe de tudo dentro, poesia, melodia e janelas abertas para novos jeitos de se fazer. Se eu for falar de um músico, fico com medo de esquecer alguém, e tem vários incríveis e geniais.

LeiaJá - Quais são os projetos futuros?

Spok - Meus projetos futuros são presentes já. A gente está aí dividindo um trabalho com Lenine, vamos fazer três shows agora no Carnaval. Acabamos de fazer uma parceria com Daniela Mercury e ela ficou bastante empolgada. Falei pra ela: ‘Vamos unir os carnavais. Tem um lance da percussão baiana que é espetacular’. Tem outras coisas também, mas não gostaria de tocar no assunto agora porque são coisas que ainda vou comentar. O negócio é não parar de produzir.

Nesta quinta, 9 de fevereiro, é comemorado o Dia do Frevo. Dança pernambucana que, já dizia Capiba, “terra nenhuma tem”. Apesar da data comemorativa, em Pernambuco se dança frevo todo dia e sempre é momento para celebrar esse ritmo frenético que não deixa ninguém parado. 

Às vésperas do Carnaval, o LeiaJá dá uma ajudinha para aquele folião que quer fazer bonito com o passo no pé nos dias de folia trazendo uma lista de serviço com algumas escolas e eventos que ensinam a dança pernambucana. Confira. 

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Aulão em Olinda

Nesta quinta (9), o Mestre Wilson Aguiar ministra um aulão de frevo no Mercado Ribeira, Sítio Histórico de Olinda. Serão duas horas de frevo no pé, das 15h às 17h. O evento é gratuito. 

Paço do Frevo

Também nesta quinta (9), o Paço também irá oferecer sessões especiais das “Vivências de dança”, aulas de curta duração para quem quer cair no passo, nos seguintes horários: 15h, 15h40, 16h20, 17h. O acesso é gratuito.

Escola Municipal de Frevo do Recife

A Escola Municipal de Frevo fica na Rua Castro Alves, nº 440, Encruzilhada. Para esclarecimentos e mais informações sobre os cursos, estão disponíveis o telefone (81) 99488-6094 (ligação ou WhatsApp) e o e-mail escoladefrevodorecife22@gmail.com.

Brincantes das Ladeiras

Com o objetivo de resgatar e estimular o genuíno frevo de rua, o grupo Brincantes das Ladeiras promove aulas na Praça Laura Nigro, Sítio Histórico de Olinda, aos sábados, a partir das 15h30. Informações pelo (81)99202-1985, ou no Instagram @brincantesdasladeiras.

Frevo Capoeira e Passo

Comandado pelos mestres Carlos Loy e Tonho das Olindas, o grupo, com mais de 30 anos de história, ensina, além do passo, os conceitos históricos do frevo. As aulas acontecem nas segundas e quartas, a partir das 19h, no Varadouro,, Olinda. Informações pelo Instagram @frevocapoeiraepasso_olinda



 

Entre os dias 7 e 12 de fevereiro, o Recife conta com uma programação de prévias. Para quem está saudoso da folia, não faltarão opções entre terça e domingo. Entre os grandes destaques da semana, o Classic Hall sediará a volta do Baile Municipal que, em sua 57ª edição, trará ao palco nomes como Daniela Mercury, Marina Sena e Geraldo Azevedo, além de Marron Brasileiro, Spok Frevo Orquestra, André Rio, Nena Queiroga, Almir Rouche, entre outros ícones do Carnaval recifense.

O valor dos ingressos é o mesmo da última edição do baile: R$ 50,00 (pista) e R$ 600,00 (mesa para quatro pessoas), confirmando o Baile Municipal como a programação mais acessível e democrática entre as prévias na cidade. Os ingressos já estão à venda, no próprio Classic Hall, pelo site https://www.bilheteriadigital.com e nos pontos físicos do serviço, nas lojas Esposende dos shoppings Recife, RioMar e Tacaruna.

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Programação gratuita

Antes do esperado Baile, ao longo da semana, a população poderá desfrutar de quinze eventos gratuitos e abertos ao público. Entre os destaques, a celebração do Dia do Frevo, no dia 9 de fevereiro, quando a Prefeitura espalhará clarins e passos por toda a cidade para celebrar os 10 anos do Frevo como Patrimônio da Humanidade. Ao longo da manhã, em dez pontos da cidade, recifenses e turistas poderão conferir de pertinho atrações como Clubes de Boneco, Blocos líricos, Orquestras de Pau e Corda, Orquestras de Frevo, Troças e Clubes e grupos de passistas, em pequenas formações, celebrando o aniversariante.

Também nesta semana, entre as novidades, haverá ensaio e Encontro de Afoxés no Pátio de São Pedro. As agremiações irão se reunir no Pátio de São Pedro nos dias 10 e 12 de fevereiro. No dia 10 acontece o ensaio para o Ubuntu, cerimônia que abençoa o Carnaval e que acontece no dia 16 de fevereiro, quinta da semana pré. No dia 12, acontece a primeira etapa do Encontro de Afoxés com 13 agremiações no Pátio de São Pedro.

A tradicional reunião ocorre anualmente no Pátio do Terço no domingo de Carnaval, que este ano cai no dia 19 de fevereiro, quando acontece a segunda parte do encontro. A semana de prévias se encerra no domingo com atrações como o Palco Frei Caneca, quando a Praça do Arsenal se torna vitrine das sonoridades que permeiam a emissora pública municipal, com uma programação que promete embalar todos os amantes da boa música a partir das quatro da tarde.

 

7 - Terça-feira

19h - Terça Negra Especial de Carnaval - Pátio de São Pedro

Afoxé Aféfé Lagbará 

Abê Odô Lofé 

Orquestra Yoruba 

Trans Coco 

Marcelo Santana

 

19h - Concurso de Fantasias - Clube Português do Recife

Mantendo a tradição dos desfiles de fantasias, o concurso vai eleger os três primeiros colocados nas categorias Originalidade e Luxo. No total, participam 33 candidatos e os vencedores desfilaram no Baile Municipal, que irá fazer ferver os salões do Classic Hall no dia 11 de fevereiro.

8 - Quarta-feira

19h - Acerto de Marchas - Pátio de São Pedro

 

- Bloco Flor Do Tamarindo 

- Bloco Compositores E Foliões 

- Bloco Edite No Cordão 

- Bloco Das Flores 

- Bloco Lírico Sempre Feliz 
 

19h - Ensaio Tumaraca - Maracatu Estrela Dalva - Rua Pinheiro, 02, Bairro de São José/Joana Bezerra (Próximo à Delegacia) 

O evento aberto ao público integra a série de ensaios nas comunidades e na rua da Moeda para afinar os tambores para o espetáculo Tumaraca - Encontro das Nações
 

09 - Quinta-feira - DIA DO FREVO

Na quinta-feira, a partir das 7h, a Prefeitura do Recife espalhará clarins e passos por toda a cidade para celebrar os dez anos de patrimonialização do Frevo. Ao longo da manhã, em dez pontos da cidade,turistas e munícipes poderão conferir de pertinho atrações como Clubes de Boneco, Blocos líricos, Orquestras de Pau e Corda, Orquestras de Frevo, Troças e Clubes e grupos de passistas, em pequenas formações. A ação visa promover o encontro do Recife, em seus cenários cativos e cotidianos, com uma de suas mais importantes e ancestrais tradições culturais. Os locais serão divulgados em breve.
 

19h - Acerto de Marchas - Pátio de São Pedro

 

- Bloco Flor Do Eucalipto De Moreno 

- Bloco Flores Do Capibaribe 

- Bloco Lírico Eu Quero Mais 

- Bloco Verde Linho 

- Bloco Lírico Pierrot De São José 
 

19h - Ensaio Tumaraca - Maracatu Nação Estrela Brilhante - Rua Severino Bernardino Pereira (em frente ao Caldinho do Biu) - Alto José do Pinho 

O evento aberto ao público integra a série de ensaios nas comunidades e na rua da Moeda para afinar os tambores para o espetáculo Tumaraca - Encontro das Nações
 

10 - Sexta-feira

18h - Ensaio de Afoxés para o Ubuntu - Pátio de São Pedro

O axé dos afoxés, candomblé levado às ruas, vai marcar presença no Pátio de São Pedro em ensaio que antecede o Ubuntu, cerimônia de lavagem da Boulevard da Rio Branco e que reunirá 24 afoxés no dia 16 de fevereiro, quinta da semana prévia. A partir das 18h as agremiações estarão reunidas no Quartel General do Carnaval para mostrar toda a sua beleza e tradição.


 

19h - Ensaio coletivo Tumaraca - Encontro das Nações - Rua da Moeda

A partir das 19h, Maracatu Nação Aurora Africana, Maracatu Nação Xangô Alafin, Maracatu Nação Estrela Dalva e Maracatu Nação Estrela Brilhante do Recife marcam presença na rua da Moeda. Em palco, os mestres de cada Nação farão uma autorregência para ensaiar os detalhes do espetáculo Tumaraca - Encontro das Nações, que acontecerá no dia 16 de fevereiro no Marco Zero e fará um tributo ao RecBeat, com participações especiais de Gilmar Bola 8, Gabi da Pele Preta e Sandra de Sá.
 

18h - Pré-AMP - Cais da Alfândega

 

11 de fevereiro - sábado

 

Baile Municipal do Recife - 19h

Em sua 57ª edição, o baile terá como atrações Daniela Mercury, Marina Sena, Geraldo Azevedo, Bia Villachan e Marrom Brasileiro, entre outros. O valor dos ingressos é R$ 50,00 (pista) e R$ 600,00 (mesa para quatro pessoas) e estão à venda, no próprio Classic Hall, pelo site https://www.bilheteriadigital.com e nos pontos físicos do serviço, nas lojas Esposende dos shoppings Recife, RioMar e Tacaruna.


 

Pré-AMP - Cais da Alfândega - 18h

 

12 de fevereiro - Domingo

16h - Palco Frei Caneca - Praça do Arsenal

No domingo o Arsenal se torna vitrine das sonoridades que permeiam a Frei Caneca, emissora pública municipal, com uma programação que promete embalar todos os amantes da boa música a partir das quatro da tarde
 

17h - Pré no Reggae - Cais da Alfândega
 

17h - Encontro de Afoxés - Pátio de São Pedro

 

*Da assessoria de imprensa

A Escola Municipal de Frevo do Recife está promovendo uma oficina de férias e carnaval chamada "EVOÉ: a dança e o corpo livre". A oficina conta com cursos gratuitos de dança com mais de 500 vagas.

No período de prévias carnavalescas, a proposta é que os mini cursos de nível avançado, médio e iniciante tragam valorização à dança culturalmente pernambucana. As turmas irão trabalhar com faixas etárias e temáticas. A faixa etária infantil é dos 05 aos doze anos, a adolescente é dos 13 aos 17 e acima dos 18 se categoriza na faixa de adulto. 

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Já as temáticas contam com a “Roda de Frevo”, um curso de nível iniciante que ajuda na criatividade e no encorajamento do passista. O nível intermediário "Pisando em Brasa" é um curso que promove a reflexão sobre a dança do frevo, nas questões históricas, sociais e culturais. O “Tecno frevo” é o curso para o nível avançado e trabalhará com ferramentas tecnológicas para criação na dança do frevo para refletir as perspectivas corporais.

As matrículas estão abertas até o dia 8 de janeiro e as aulas estão previstas para começar no dia 11 de janeiro e vão até o dia 10 de fevereiro. Para participar, os interessados podem acessar o Conecta Recife e fazer sua  inscrição.

Nesta sexta-feira (30), o Paço do Frevo antecipa o Réveillon e anima o Bairro do Recife com a 8ª edição do Réveillon do Paço, um momento para dar as boas-vindas ao ano de 2023 e mais uma oportunidade para celebrar os 10 anos do título do Frevo como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, concedido pela Unesco. Ao meio-dia, a Spok Quinteto e convidados especiais, como Erica Natuza e Ciel Santos, abrem o novo ciclo com a festa gratuita no palco ao ar livre, na rua, em frente ao Paço e à Praça do Arsenal. 

Na ocasião, com um ato simbólico, também haverá o pré-lançamento do livro “Frevo Vivo”, um projeto do Paço com edição da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), que terá lançamento oficial em fevereiro do ano que vem. No ato de pré-lançamento, nesta sexta (30), o livro digital será disponibilizado ao público. A obra ilustrada, organizada pelo jornalista e pesquisador José Teles, traz os artigos de 11 autores convidados, reunindo diversas temáticas em torno da multiplicidade frenética do Frevo, provando que o gênero vai muito além da sazonalidade do Carnaval e da circunscrição geográfica das massas urbanas do Recife. 

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Numa apresentação para todas as idades, além de Erica Natuza e Ciel Santos, a Spok Quinteto receberá no palco nomes como Clara Torres, Luana Tavares e Vinícius Barros. Juntos, eles farão um show com muito Frevo num repertório que mistura a tradição com a nova geração.

Quem for ao evento, poderá conferir também a exposição de longa duração “Frevo Vivo”, lançada no último dia 20 de dezembro. A novidade renovou a ala térrea do Paço, apresentando o Frevo em constante transformação, com uma linha do tempo reformulada, além de uma cartografia sonora do Frevo e uma vídeo-instalação inédita (saiba mais aqui sobre a exposição).

“O ano de 2022 foi bastante desafiador, ainda com as restrições da pandemia e depois com as fortes chuvas, que nos obrigaram a fechar as portas em alguns dias para cuidar da casa e dos nossos. Mas, com planejamento, gestão, apoio dos parceiros e principalmente dos visitantes e da comunidade do Frevo, estamos encerrando esse ciclo com outra realidade”, comemora Luciana Félix, diretora do equipamento cultural. 

“Com um Paço que, para celebrar os 10 anos do título do Frevo como Patrimônio da Humanidade, abriu uma nova exposição de longa duração, voltou com os cursos regulares da Escola Paço do Frevo, realizou todas as programações previstas na dança, na música, na educação e no centro de documentação, além da volta do nosso querido Arrastão do Frevo, mostrando que o Frevo pode e deve ser contemplado e vivido o ano inteiro”, complementa. Atingindo o número de 100 mil visitantes em 2022, a equipe do museu espera celebrar essa e todas as outras conquistas no Réveillon do Paço.

Maestro Spok reforça o convite: “Será muito importante dar início às festividades do Carnaval 2023 com o Réveillon do Paço, aberto, na rua, depois dos momentos tão difíceis que vivemos, de restrições por causa das fases mais graves da pandemia. O Paço é a casa da nossa música, nossa história, nossa alma, é onde todos moram, onde está a magia de todo o nosso espírito e do nosso Carnaval. A apresentação do dia 30 será um grande encontro para dar as boas-vindas a 2023 com gente que trabalha, pesquisa, estuda e produz o Frevo com muito amor, com músicos, bailarinos e fazedores”.

LIVRO “FREVO VIVO” 

No dia 30, durante o Réveillon do Paço, haverá o pré-lançamento do livro “Frevo Vivo”. Na sequência, ele estará disponível digitalmente para a sociedade. A obra reúne 11 artigos escritos por pessoas ligadas ao Frevo, com abordagens e visões diferentes sobre os diversos aspectos que envolvem o gênero, além de uma apresentação do organizador da edição, o jornalista e pesquisador José Teles, e textos de Luciana Félix e Ricardo Piquet, diretor presidente do IDG - Instituto de Desenvolvimento e Gestão.

O livro “Frevo Vivo”, assim como a exposição de mesmo nome, mostra que o Frevo se expande e se recria tecendo novas narrativas, poéticas, estéticas e amplificando territórios de memórias e afetividades. O título traz vozes de autores e autoras que, em suas próprias vivências, confirmam que “o Frevo não convida, arrasta”. Entre os temas, estão as mulheres e o Frevo, o Frevo como uma dança urbana negra e histórias do Frevo e de terreiros no Carnaval.  

Abordando artes, música, dança, fotografia, artes plásticas, cultura e instituições, os 11 nomes que participaram do livro são: Eduardo Sarmento, Mário Ribeiro, Rebeca Gondim, Carmem Lélis, Júlio Vila Nova, Jefferson Figueirêdo, Amilcar Bezerra, Maestro Spok, Valéria Vicente, Leilane Nascimento e Nicole Costa. A seleção e curadoria de imagens é de Eric Gomes.

Segundo Teles, os artigos trazem temas diferentes, mas que convergem, que analisam, comentam ou historiam o Frevo, o passo ou as agremiações dessa manifestação popular profundamente identificada com o Recife, onde o Frevo começou a ser formatado por volta da última década do século 19. Ele lembra que, ao longo de todos esses anos, o Frevo teve momentos de glória, de altos e baixos, de ostracismo, mas nunca deixou de evoluir e se desenvolver absorvendo novos elementos. Por isso o Frevo é vivo.

"O livro 'Frevo Vivo' é um espelho do que o Paço do Frevo vislumbra como caminhos a serem percorridos pelo Frevo como Patrimônio Imaterial da Humanidade: uma manifestação cultural que, muito além do Carnaval, amplia seu alcance a territórios vários - o da festa, das periferias, das mulheres, das populações negras, da diversidade de corpos, das religiosidades e crenças, das suas potencialidades incontáveis. É uma honra podermos reunir tantos e diversos amantes do Frevo numa publicação com edição da Cepe e organização de José Teles", comenta Luciana Félix, diretora do museu.

"É uma honra e uma alegria para a Cepe participar das homenagens aos 10 anos de elevação do Frevo como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco. A homenagem é muito justa e atesta a força da cultura de Pernambuco no Brasil e no mundo. O Frevo é um ritmo único, que tem no Paço um dos seus mais importantes pólos de preservação. O livro contribui nesse sentido e a Cepe se sente ainda mais favorecida de ser incluída nesse grande esforço cultural", afirma Ricardo Leitão, diretor presidente da Cepe.

 

*Via Assessoria de Imprensa. 

No mês da comemoração dos 10 anos do reconhecimento do Frevo como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco, o Paço do Frevo celebra a data atualizando parte da sua exposição de longa duração, construída de forma coletiva por diversos colaboradores e colaboradoras locais. Desde a inauguração do Centro de Referência em Salvaguarda do Frevo, há oito anos, a exposição não era atualizada. Aberto ao público, a partir das 18h, o evento de lançamento contará também com palco de apresentações. O ponto alto será a volta do Maestro Duda aos palcos depois de um tempo afastado por problemas de saúde.

Com patrocínio do Instituto Cultural Vale, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, a exposição intitulada “Frevo Vivo” dará as boas-vindas aos visitantes mostrando que o Frevo não é apenas um museu de memórias do passado. Pelo contrário, ele segue vivo, inquieto, pulsante e em constante transformação, nos corpos, na cidade e no mundo, 365 dias por ano. Quem entrar no Paço do Frevo a partir de 20 de dezembro vai encontrar o piso térreo diferente – e com inéditas surpresas.

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Dando visibilidade a personagens e pontos de vista até então menos presentes, a exposição “Frevo Vivo” conta a história do Frevo destacando as mulheres, a negritude, as crianças e personagens essenciais dentro da comunidade frevística, como os artesãos e as artesãs, além de produções e registros da atualidade. Também apresenta duas instalações inéditas: uma cartografia sonora do Frevo e uma vídeo-instalação. As novas intervenções irão substituir a linha do tempo atual e também irão ocupar os espaços do hall de escada e do Centro de Documentação.

“Frevo Vivo” une tradição e inovação ao reverenciar o Frevo como patrimônio vivo, reunindo composições, manifestações e registros da atualidade sem esquecer as raízes. Os visitantes vão encontrar reformulada a já conhecida linha do tempo, que agora destaca a história através de um recorte de fatos e temas pouco visibilizados, mas fundamentais para que o Frevo se tornasse a potência que é. 

Tudo isso será apresentado numa cronologia mais fragmentada, construída de forma não linear, com um jogo de perguntas e respostas – característico do Frevo-de-Rua –, como, por exemplo, “Como vai soar o Frevo daqui a 100 anos?“, “Festa e fé, como se misturam?” e “Quem pinta e desenha o Frevo?”. As datas são apresentadas através de temáticas sociais e históricas, num ambiente imersivo, com trilha sonora e uma nova materialidade. 

A inspiração para trazer novas perspectivas foi a fragmentação da sombrinha de Frevo em triângulos abstratos. Com base nessa ideia, o hall da escada ganhou uma escultura construída de sombrinhas brancas fragmentadas feitas por Mestre Wilson, referência na dança e no artesanato. Ele é uma das tantas pessoas que compõem a pluralidade da comunidade do Frevo presentes nessa atualização da exposição de longa duração, com os diversos corpos e os setores que constroem o Frevo. Além do Mestre Wilson, há nomes como a performer Inaê Silva, a costureira Goretti Caminha, a passista Adriana Frevo e o Clube Lenhadores de Paudalho.

“O Paço do Frevo reafirma o seu lugar de encontros, da reverência à história e à tradição, dialogando com a efervescência e a criatividade que traçam futuros. O Frevo não apenas está muito vivo, ele é assim, de sempre e para sempre, de ontem e de hoje, sendo o mesmo e tantos a um só tempo. Uma perene e vibrante expressão da cultura, dos corpos, das identidades, dos pertencimentos e, podemos dizer, dos sonhos que nos fazem quem somos”, diz o secretário de Cultura do Recife, Ricardo Mello. 

Para a diretora do museu, Luciana Félix, “A exposição Frevo Vivo cumpre a missão institucional do Paço do Frevo de olhar, como centro de referência em salvaguarda, o que acontece no dia a dia, as pautas urgentes e os debates profundos que cercam a cultura popular, olhando e valorizando as tradições ao mesmo tempo em que está atento ao que emerge do cotidiano. Essa é, portanto, uma expografia que não veio pronta, mas que passou por várias etapas de reflexão sobre os anseios da comunidade frevística nos oitos anos de existência do Paço”. 

“Como forma de celebrar os 10 anos do Frevo como patrimônio imaterial pela Unesco, valorizando essa pluralidade e os processos colaborativos, o Paço também entrega à sociedade, neste mês de dezembro, um Novo Plano Museológico. Ao longo de todo o ano, ouvimos as diversas comunidades que compõem o Frevo e também o público para entender as funções do equipamento cultural e as ações que devem ser priorizadas para os próximos cinco anos”, complementa Luciana.

ABERTURA -  A noite do dia 20, que abre às 18h com a visitação da nova mostra para o público, ocupará também a frente do Paço com um palco de atrações gratuitas. Às 19h, a passista, pesquisadora e professora de dança Rebeca Gondim ilustra debates sobre a representatividade e diversidade no Frevo com a performance “Virada no mói de coentro”, que se debruça sobre a história oficial que foi contada em muitos livros sobre o Frevo, o passo e o Carnaval e questiona a invisibilidade das mulheres negras e a resistência feminina.

Às 19h30, será apresentada a performance “É de fazer tremer: corpos negros no encontro dos tempo”, experiência que entrelaça a dança e a música, o passo e o som em diálogo, composta pelas artistas Bárbara Regina, Neris Rodrigues, Vilma Carijós e Orun Santana. 

E, em grande retorno aos palcos, às 20h, o compositor e regente Maestro Duda reencontra o público depois de um longo período de recuperação de problemas de saúde. Maestro Duda ou Mestre Duda, o José Ursicino da Silva, nasceu em Goiana, interior de Pernambuco, em 23 de dezembro de 1935. Gênio da composição e do arranjo, é autor de choros gravados por Severino Araújo e Oscar Miliani, sambas gravados por Jamelão, músicas para o Quinteto de Sopros e o Quinteto de Metais, banda e orquestra, recebeu o prêmio de melhor arranjo de música popular brasileira em 1980, em concurso promovido pela Globo, Shell e Associação Brasileira de Produtores de Discos. Foi homenageado do Carnaval Multicultural do Recife em 2011 e traz como marca a experimentação de novos arranjos de músicas que marcaram época no Carnaval pernambucano.

INEDITISMO - A exposição “Frevo Vivo” inclui instalações inéditas. Uma delas é a “Cartografia Sonora do Frevo: o Frevo Pulsa na Cidade”, produzida pela 9 Oitavos, que convida pernambucanos e turistas a descobrirem o Frevo que vive na capital e também no interior do Estado. Inclui seis agremiações e iniciativas fora da Região Metropolitana do Recife, a exemplo do projeto Sertão Frevo, expoente no ensino e na difusão do Frevo em Serra Talhada, e a Orquestra Curica, de Goiana, na Zona da Mata Norte, que é patrimônio vivo de Pernambuco.

O mapa sonoro tem 20 pontos de escuta e reúne fragmentos de sons, vozes, ritmos e performances captados em lugares emblemáticos. No meio da instalação, representando a pulsação do Frevo, há uma escultura feita a partir de instrumentos típicos do ritmo, com uma iluminação especial.

Outra novidade é a vídeo-instalação inédita “Todo Mundo Freva”, que convida o visitante a desenvolver passos com o auxílio de uma projeção que demonstra alguns desses movimentos. Produzida pelo coletivo de VJs Retinantz, a experiência mostra que todo mundo pode frevar, afinal é do espaço que se dá ao corpo que emana o Frevo. A dança do Frevo – ou o passo – ficou mais conhecida pela força e agilidade dos passos acrobáticos e complexos executados por passistas experientes. Porém, nos últimos anos, passistas e foliões vêm desafiando essa imagem tradicional e propondo formas contemporâneas de dançar, sentir e brincar o Frevo.

Na sequência, na sala contígua intitulada "No Frevo Não é Tudo Igual", de 20 m², os visitantes poderão mergulhar num ambiente sonoro para curtir uma experiência potente e única de ouvir Frevo numa alta qualidade de reprodução que permite sentir a frequência e os graves, com uma seleção feita pelo curador musical Rafael Marques. O espaço também será dedicado a explicar, de forma didática, a diferenciação entre Frevo-de-Rua, Frevo-Canção e Frevo-de-Bloco.

"Frevo Vivo" foi construída com recursos de acessibilidade comunicacional de forma a inserir pessoas com deficiência sensorial no museu. Traz audiodescrição através de uma visita guiada gravada para as pessoas com deficiência visual - e para elas, o piso podotátil colabora com a mobilidade. Para o público surdo ou ensurdecido, vídeos em Libras poderão ser acessados via QRcodes e os sons da instalação “Cartografia Sonora do Frevo” estarão disponíveis por meio de legendas descritivas. O conteúdo foi realizado pela Com Acessibilidade Comunicacional, que conta com consultoria de pessoas com deficiência e teve apoio da equipe do Educativo do Paço.

O projeto arquitetônico é da Casa Criatura, espaço no Sítio Histórico de Olinda que reúne design, arquitetura e cultura com propostas sustentáveis. A identidade visual da exposição “Frevo Vivo” é de Luciana Calheiros, do Grêmio Lítero Recreativo Cultural Misto Carnavalesco Eu Acho é Pouco e consultora do Paço.

SERVIÇO

Inauguração “Frevo Vivo”

Terça, 20 de dezembro

18h: visitação da “Frevo Vivo”

Palco com atrações gratuitas:

19h: performance “Virada no mói de coentro”

19h30: performance “É de fazer tremer: corpos negros no encontro dos tempo”

20h: Maestro Duda

Acesso gratuito

 

*Via assessoria de imprensa. 

Luzinete Show preparou uma surpressa para os fãs. Para homenagear o Galo da Madrugada, a cantora relançou o frevo Canta Meu Galo. O projeto chegou a ser lançado durante a pandemia da Covid-19, mas Luzinete deixou a canção guardada para celebrar o retorno da folia pernambucana em 2023.

"Essa música já estava pronta há muito tempo e gravei em 2018 com músicos de Carpina, minha terra. Tenho um grande carinho pelo bloco, já puxei muito cantando com a Orquestra de Frevo do Maestro Moraes, Maestro Formiga, Ed Carlos e Almir Rouche, entre outros. São muitas histórias incríveis e de muita ligação com o frevo", contou.

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A história de Luzinete Show com o Galo da Madrugada está ligada desde 2015, quando ela investiu no seu primeiro álbum de frevo. Acompanhada da Orquestra Luzinete Show, o disco abriu caminhos para a cantora animar o maior bloco carnavalesco do mundo em diversas apresentações.

Nome forte no cenário da cultura do Estado, Luzinete já foi homenageada como artista da terra pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). A honraria foi concedida em 2018.

Confira ao vídeo da música Canta Meu Galo:

O frevo vai tomar conta das ruas do Sertão do Pajeú. O Bloco Magia do Frevo promove, a partir desta quinta-feira até domingo, um verdadeiro arrastão de folia, em Serra Talhada, com bonecos gigantes, passistas e orquestras de frevo, e trio elétrico. Durante o evento, também haverá aulão para quem quiser aprender a dançar frevo, além de desfile de Caboclos de Lança.

Em cada um dos quatro dias de evento, o cortejo do bloco vai sair do Posto VISA, às 17h, na Avenida Miguel Nunes de Souza, no bairro São Cristóvão; e a apoteose será na Pracinha Lampião. Segundo a organização, quem quiser brincar com o abadá do bloco, basta buscá-lo, das 15h às 19h, nas lojas do Atacadão.

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Além do fervor da música e das danças típicas do carnaval olindense, os moradores e turistas de Serra Talhada poderão contemplar uma exposição de sombrinhas de frevo, outra de fotografias de frevo na Estação do Forró, além de participar de oficinas culturais de dança, pintura de rosto, adereço de cabelo, fantasias de papel e artesanato (decoração de sombrinhas de frevo) nos CRAS de Vila Bela e Mutirão.

De acordo com a diretora executiva do bloco, Rosana Almeida, este já é o terceiro ano consecutivo de realização do evento. Promovendo a salvaguarda do frevo, o Bloco Magia do Frevo atrai cada vez mais gente.

Segundo Rosana Almeida, neste ano, o objetivo é levar a Magia do Frevo para além das ladeiras de Olinda, realizando o evento junto ao Encontro Nordestino de Xaxado. “Traremos cinco bonecos gigantes vestidos de Lampião e Maria Bonita, mais três trajados de cangaceiros, apresentando, além da magia do carnaval pernambucano, a história da região. Faremos um cortejo cultural com trio elétrico, caboclos de lança, orquestra e passistas de frevo. Será um prazer imenso poder reverberar positivamente a nossa cultura na cidade”, disse.

No próximo sábado (12), a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) realizará a cerimônia do II Concurso Nordestino do Frevo em um evento aberto ao público. Com a participação de blocos líricos, maracatus, do homenageado desta edição, o compositor Getúlio Cavalcanti, e a apresentação das músicas vencedoras, o frevo e seus artistas serão celebrados no campus Gilberto Freyre da Fundaj, em Casa Forte.

O concurso que nasceu durante a fase mais aguda da pandemia de Covid-19, em 2021, tem agora a chance de celebrar o frevo como deve ser: com um grande carnaval.

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"Estamos muito felizes com a oportunidade de celebrar a culminância desse concurso com uma grande festa aqui em nossa Casa. Compartilhar com a população as composições reconhecidas pela nossa comissão julgadora cumpre com a finalidade do concurso, que é  fomentar a produção cultural da região Nordeste e fortalecer o frevo, ritmo tão nosso que carrega o título de Patrimônio Imaterial da Humanidade", celebra o Presidente da Fundaj Antônio Campos.

A cerimônia começa às 16h, no hall do Museu do Homem do Nordeste (Muhne), com o lançamento do livro Ao Compasso do Frevo. Com selo da Editora Massagana, a publicação reúne a história das composições e dos artistas premiados na primeira edição do concurso, com destaque para o homenageado do certame, o Maestro Duda.

A versão física do álbum com as dez composições vencedoras do I Concurso Nordestino de Frevo, gravado no início deste ano sob a direção musical de Nilson Lopes, também será apresentada ao público. Para eternizar o momento, a atriz Melissa Beatriz de Lima declamará o poema É Assim Que o Frevo É, escrito por Noel Tavares, um dos vencedores da categoria Frevo de Bloco nesta segunda edição do concurso.

Por volta das 16h30, o homenageado deste ano, o compositor e intérprete Getúlio Cavalcanti, sobe ao palco montado no jardim do Muhne para contagiar os foliões com seus frevos clássicos, que marcaram e ainda marcam os nossos carnavais.

Dono de uma obra que atravessou décadas e gerações, Getúlio foi o vencedor da categoria Frevo de Bloco na edição passada do certame com a composição É Fantasia. Seus 60 anos de carreira artística serão celebrados com a entrega do troféu de homenageado do II Concurso Nordestino do Frevo.

A folia continua com a apresentação dos blocos líricos Eu Quero Mais, Cordas e Retalhos, Bloco da Saudade e Boêmios da Boa Vista. Em seguida, começa a entrega dos prêmios e as apresentações das composições vencedoras de 2022. Apresentam-se, nesta ordem, os selecionados nas categorias de Frevo de Bloco, Frevo Livre Instrumental, Frevo Canção e Frevo de Rua. Dentre as canções apresentadas, a comissão julgadora escolherá os ganhadores dos prêmios de Melhor Intérprete e Melhor Arranjo.

Durante a deliberação do júri, o público vai aproveitar a apresentação do Maracatu Rural Cruzeiro do Forte, que chega à Fundaj para abrilhantar a premiação com um grupo de 40 integrantes. Após esse momento cultural, os vencedores serão anunciados e sobem ao palco para receber seus troféus. Ao todo, serão destinados R$ 92 mil para os músicos.

O valor total será dividido entre os vencedores das 12 categorias, com variação de R$ 4 mil a R$ 10 mil, dependendo da colocação e do segmento. Além disso, a Editora Massangana também lançará o livro referente à segunda edição do concurso com as histórias dos autores e da concepção de cada uma das obras. Dez obras inéditas de compositores residentes no Nordeste foram selecionadas, sendo três para a categoria de Frevo Canção, três para a de Frevo de Bloco, três para a de Frevo de Rua e uma para a de Frevo Livre Instrumental.

Da assessoria

Nesta terça-feira (4), a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), através da Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), anunciou os vencedores do II Concurso Nordestino do Frevo. Foram selecionados 12 trabalhos, divididos em quatro categorias. Os contemplados pelo projeto terão suas obras reunidas em um álbum.

A premiação destinará aos artistas R$ 92 mil, com variação de R$ 4 mil para R$ 10 mil, dependendo da colocação e do segmento. A Editora Massangana também vai entrar na ação, lançando um livro com as histórias dos autores e da construção de cada uma das obras escolhidas.

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A iniciativa do Concurso Nordestino do Frevo homenageou nesta edição o cantor e compositor Getúlio Cavalcanti.

Confira os vencedores:

Frevo de Rua

1. Pollyanna no Passo, de Zildemar
2. Freviolando, de Renato Bandeira
3. Rua da Aurora, de Bené Sena

Frevo de Bloco

1. Coração de Vendaval, de Rogério Rangel
2. Cinzas de Quarta-Feira, de Pandora Calheiros
3. Pelas Ruas de Olinda, de Nelson Gusmão e Manoel de Jesus Tavares Oliveira

Frevo Canção

1. Procissão, de Rafael Marques e José Demóstenes
2. Aqui a vibe é outra, de Clênio Lima
3. DNA Pernambucano, de Roberto José da Silva

Frevo Livre Instrumental

1. Um Frevo pro Meu Pai, de Thiago Oliveira

A Fundação Joaquim Nabuco prorrogou o prazo de inscrição do II Concurso Nordestino do Frevo. Agora, os interessados têm até o dia 31 de agosto para inscrever suas novas composições. Atenção também para as demais datas do processo classificatório dos participantes, que seguem o cronograma inicial.

A divulgação dos pré-selecionados será no dia 16 de setembro, e a publicação dos vencedores do II Concurso Nordestino do Frevo, no Diário Oficial da União, será no dia 4 de outubro.  Ainda segundo o edital, a entrega dos prêmios aos vencedores será no dia 5 de novembro.

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Neste ano, além dos já tradicionais prêmios para os melhores frevos de rua, de bloco e canção, foi criada a categoria frevos livres instrumentais, além do retorno dos prêmios de melhor intérprete e arranjo.

Ao todo, serão R$ 92 mil em premiação, com os 12 vencedores sendo conhecidos em novembro em uma celebração especial, realizada pela Fundaj. Os inscritos precisam ser residentes do Nordeste e as músicas devem ser inéditas. As informações sobre o concurso, incluindo os novos prazos, podem ser consultadas através do edital  já disponível pelo site oficial do evento.

Todas as obras premiadas farão parte do acervo do Centro de Documentação e de Estudos da História do Brasil (Cehibra), somando-se, assim, ao maior acervo fonográfico da Região Nordeste. As histórias das composições e de seus criadores serão registradas em um livro publicado pela Editora Massangana da Fundaj, assim como o da primeira premiação.

"Ao premiar as melhores obras deste concurso, a Fundaj pretende executar políticas públicas, dentro das suas finalidades de incentivar a produção cultural  na Região Nordeste, bem como contribuir com a difusão e o fortalecimento do Frevo, manifestação artística genuinamente pernambucana que é Patrimônio Imaterial da Humanidade", diz o texto do edital.

Vale lembrar que grandes frevos da história da música pernambucana vieram dos tradicionais concursos do ritmo, que possuem uma tradição de décadas, sendo um dos mais importantes mecanismo de preservação dessa expressão cultural.

Premiação

Frevo de Rua - R$ 10 mil para o 1º lugar; R$ 8 mil para o 2º lugar, R$ 6 mil para o 3º lugar

Frevo de Bloco - R$ 10 mil para o 1º lugar; R$ 8 mil para o 2º lugar, R$ 6 mil para o 3º lugar

Frevo Canção - R$ 10 mil para o 1º lugar; R$ 8 mil para o 2º lugar, R$ 6 mil para o 3º lugar

Frevo Livre Instrumental - R$ 10 mil para o 1º lugar

Melhor Arranjo - R$ 6 mil para o 1º lugar

Melhor Intérprete - R$ 4 mil para o 1º lugar

*Da assessoria

A Fundação Joaquim Nabuco lança, na próxima segunda-feira (18), às 18h, no Cinema do Museu, o II Concurso Nordestino do Frevo. O lançamento da premiação contará também com as apresentações do livro No compasso do frevo, pela Editora Massangana, com a história das músicas e dos compositores vencedores da primeira edição, do álbum com as músicas vencedoras daquele certame, e do site oficial do concurso, em breve no ar. Aberta ao público, a cerimônia terá a apresentação do compositor Getúlio Cavalcanti, homenageado nesta segunda edição.

Neste ano, além dos já tradicionais prêmios para os melhores frevos de rua, de bloco e canção, foi criada a categoria frevos livres instrumentais, além do retorno dos prêmios de melhor intérprete e arranjo. Ao todo, serão R$ 92 mil em premiação, com os 12 vencedores sendo conhecidos em novembro em uma celebração especial, realizada pela Fundaj. Os inscritos precisam ser residentes do Nordeste e as músicas devem ser inéditas. O edital e o link para inscrições serão disponibilizados em 19 de julho.

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Os compositores terão até 22 de agosto para participar. As obras premiadas farão parte do acervo do Centro de Documentação e de Estudos da História do Brasil (Cehibra), somando-se, assim, ao maior acervo fonográfico da Região Nordeste. As histórias das composições e de seus criadores serão registradas em um livro publicado pela Editora Massangana da Fundaj, assim como o da primeira premiação.

"Ao premiar as melhores obras deste concurso, a Fundaj pretende executar políticas públicas, dentro das suas finalidades de incentivar a produção cultural  na Região Nordeste, bem como contribuir com a difusão e o fortalecimento do Frevo, manifestação artística genuinamente pernambucana que é Patrimônio Imaterial da Humanidade", diz o texto do edital.

"Receber essa homenagem da Fundaj, instituição que tão bem a cultura pernambucana e brasileira, é um reconhecimento de um trabalho de 60 carnavais. Eu tive a glória de ser finalista de todos os concursos que participei, vencendo 30 dos 43 dos quais concorri", afirma Cavalcanti.

O músico destaca que concursos como o da Fundaj são uma grande oportunidade para veteranos e novos compositores, dignificando o frevo e dando continuidade ao seu legado. "A Fundação está dando essa chance de serem mostrados grandes trabalhos", conclui.

Categorias do Concurso Nordestino do Frevo:

Frevo de Rua - R$ 10 mil para o 1º lugar; R$ 8 mil para o 2º lugar, R$ 6 mil para o 3º lugar

Frevo de Bloco - R$ 10 mil para o 1º lugar; R$ 8 mil para o 2º lugar, R$ 6 mil para o 3º lugar

Frevo Canção - R$ 10 mil para o 1º lugar; R$ 8 mil para o 2º lugar, R$ 6 mil para o 3º lugar

Frevo Livre Instrumental - R$ 10 mil para o 1º lugar

Melhor Arranjo - R$ 6 mil para o 1º lugar

Melhor Intérprete - R$ 4 mil para o 1º lugar

Da assessoria

A partir desta terça-feira, 30 de novembro, o Paço do Frevo amplia o seu horário de funcionamento e passa a abrir de terça a sexta-feira, das 10h às 17h, e sábado e domingo, das 11h às 18h. A mudança de horário dá continuidade à retomada progressiva das atividades presenciais do museu.

Durante o mês de novembro, o Centro de Referência em Salvaguarda do Frevo contou com ações em formato híbrido (online e presencial), com público reduzido para garantir os cuidados necessários ao combate da pandemia do Covid-19.

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Com o avanço da vacinação e do Plano de Convivência do Governo de Pernambuco, o Paço do Frevo amplia o seu horário para que o público tenha mais oportunidades de visitar o espaço e conhecer melhor a história do ritmo pernambucano Patrimônio da Humanidade. Porém, o momento ainda pede cautela e o uso de máscaras segue sendo exigido durante toda a permanência do visitante no equipamento cultural. Nas terças-feiras a entrada é gratuita, enquanto que nos demais dias da semana o valor do ingresso para visitar o museu é de R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)

Paço do Frevo 

O Paço do Frevo é reconhecido pelo IPHAN como centro de referência em ações, projetos, transmissão, salvaguarda e valorização de uma das principais tradições culturais do Brasil, o frevo. Patrimônio imaterial pela UNESCO e pelo IPHAN, o frevo é um convite à celebração da vida, por meio da  ativação de memórias, personalidades e linguagens artísticas, que no Paço do Frevo encontram seu lugar máximo de expressão, na manutenção de ações de difusão, pesquisa e formação de profissionais nas áreas da dança e da música, dos adereços e das agremiações do frevo.

Ao longo de sete anos, recebeu mais de 700 mil visitantes, teve mais de 5 mil alunos formados em suas atividades e promoveu mais de 600 apresentações artísticas, em atividades presenciais e virtuais, que incluem denso engajamento de seus mais de 60 mil seguidores nas redes sociais.

O Paço do Frevo é uma iniciativa da Fundação Roberto Marinho, com realização da Prefeitura do Recife e gestão do Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG). O projeto conta com o patrocínio do Itaú, da Uninassau e da White Martins, apoio cultural do Itaú Cultural e apoio do Grupo Globo e do Ministério do Turismo, por meio da Lei de Incentivo à Cultura. 

HORÁRIO DE VISITAÇÃO A PARTIR DE 30 DE NOVEMBRO

Paço do Frevo (Praça do Arsenal da Marinha, s/n, Bairro do Recife)

Terças a sextas-feiras, das 10h às 17h;

Sábados e domingos, das 11h às 18h;

Entrada gratuita às terças-feiras

De quarta a domingo, o ingresso para a entrada no Paço do Frevo custa R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).

 

*Via Assessoria de Imprensa

Nesta terça (16), o presidente do Clube de Alegoria e Crítica O Homem da Meia-Noite, Luiz Adolpho, falou, durante coletiva de imprensa online, sobre o Carnaval 2022 do gigante, que está prestes a comemorar seus 90 anos. Salientando a preocupação e os cuidados em relação à crise sanitária que persiste, o diretor da agremiação revelou que, no próximo ano, o calunga mais esperado da folia pernambucana vai dividir as honras com o ritmo maior da festa sob o tema ‘Ferver - uma homenagem ao nosso frevo’.

Além do tema do nonagésimo ano do bloco, o presidente Luiz Adolpho anunciou os homenageados da festa. O cantor Almir Rouche, o maestro Spok, o grupo de dança Guerreiros do Passo, a passista Adriana do Frevo e o museu Paço do Frevo. Os cinco estiveram presentes durante a coletiva, e falaram sobre a emoção de receber a honraria de um dos maiores clubes carnavalescos de Pernambuco. 

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Adolpho também garantiu que, como de costume, o calunga terá uma roupa nova em 2022, confeccionada pela artista visual, designer gráfica e ilustradora pernambucana Joana Lira. Ela deu uma pequena mostra do que será o figurino do Homem da Meia-Noite e exibiu uma gravata em formato de borboleta, segundo ela, “símbolo de renovação”. “Tem todo um lado emocional meu, pessoal, de foliã, sou aquela que tem febre antes do Carnaval, que chora. Acho que diante todas as dificuldades que estamos passando e com esse tema cheio de vivacidade, a gente sonha em ferver com esse gigante, a ideia é a esperança da gente poder ferver juntos logo mais, assim que for possível”, disse. 

A celebração do 90º aniversário do calunga contará, ainda, com novos espaços na sede do bloco, localizada no bairro do Bonsucesso, em Olinda. Os foliões poderão visitar uma galeria de arte com peças de artistas pernambucanos e um guarda-roupa com os figurinos antigos usados pelo calunga, a partir do dia 18 de novembro. Também será inaugurado o Espaço Afetivo do Homem da Meia Noite, no Shopping Patteo de Olinda, a partir de dezembro. Já no dia 2 de fevereiro de 2022, uma comemoração especial dos 90 anos do Homem da Meia Noite contará com uma festividade para a entrega da roupa. 

No último mês de setembro, quando o maior bloco de Carnaval do mundo, o Galo da Madrugada, anunciou os primeiros detalhes para um possível desfile em 2022, Luiz Adolpho afirmou não vislumbrar uma saída do Homem da Meia-Noite no próximo ano. Durante a coletiva nesta terça (16), ele voltou a falar com prudência sobre a realização do próximo ciclo carnavalesco. “De alguma forma estaremos juntos nesses 90 anos. Só nos resta esperar, aguardar dias melhores. Na incerteza que o tempo trás, vamos seguir em frente dentro do que for possível. 



 

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