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Durante a coletiva de imprensa sobre a conclusão do inquérito da morte do médico Denirson Paes da Silva, uma foto foi bem enfatizada pela Polícia Civil. A imagem é um flagra do momento em que Jussara Rodrigues da Silva Paes vê os investigadores se aproximando do poço onde estava escondido o corpo esquartejado do seu marido. Jussara e seu filho Danilo Paes Rodrigues foram indiciados por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.

A foto foi tirada por Fernando Benevides, perito da Polícia Civil. Ele desconfiava do comportamento de Jussara, que evitava chegar perto do poço. Para Benevides, a foto é um momento crucial da investigação.

“Ela [Jussara] estava sempre se negando ir próximo à cacimba. Eu tentei atraí-la para a cacimba e procurei um momento que a gente pudesse ver a expressão facial. O corpo fala”, diz o perito. “Quando a gente iniciou a retirada das plantas para abrir a cacimba, que ela chega, consegui um ângulo e fotografei. Aquela imagem fala muito, tanto que foi encaminhada para a Justiça. Naquela expressão ela está se mostrando angustiada, preocupada. Aquilo ali foi um ponto ‘x’”.

Para o investigador, o comportamento de Jussara naquele momento reforçou as suspeitas de que algo criminoso ocorrera naquela área. “A partir dali eu tive certeza que alguma coisa estaria ali na cacimba”. O chefe da Polícia Civil, Joselito Kehrle, em coletiva de imprensa, declarou também ter interpretado que a linguagem corporal da suspeita indicava culpa.  

As dúvidas do perito tiveram início ainda em uma visita anterior. Jussara sugeria constantemente que fossem feitas buscas fora do condomínio, numa área de mata, onde o médico costumava caminhar. “Eu até cheguei a comentar que iríamos sim fazer essa caminhada. Quando a gente sugeria investigar fora de lá dava para perceber que ela ficava feliz”, complementa o perito.

Como, no primeiro momento, a polícia investigava um desaparecimento, Benevides fingiu ter recebido um telefonema e começou a caminhar pelos cômodos mostrando indiferença enquanto “conversava” no celular. Enquanto caminhava pela área exterior, Benevides tentava identificar os locais com indícios de modificações recentes. As mudanças foram notadas no calçamento e no poço, onde houve o esquartejamento e onde os restos mortais foram jogados, respectivamente.

Frieza

A delegada Carmen Lúcia, responsável pelas investigações, diz ter se surpreendido com a apatia de Jussara ao descobrir que o marido estava morto. “Ela não demonstrou reação que se espera de uma pessoa que encontrou os restos mortais do ente querido”, avalia Carmen. De acordo com a delegada, a única frase que a investigada disse, em tom frio, foi “perdi meu provedor”.

Danilo, o filho de Denirson que foi indiciado, também demonstrou uma frieza que chamou a atenção da delegada. O primeiro comportamento dele foi pegar o diploma, com o intuito, acredita-se, de ficar numa cela especial quando fosse preso.

O caso - No dia 20 de junho, a esposa do médico foi até a Delegacia de Camaragibe para registrar o desaparecimento do companheiro ocorrido no dia 31 de maio. Ela alegava que o marido teria viajado e não mais voltado. A polícia começou a suspeitar de familiares pois ela demorou para relatar o desaparecimento já que o médico estava sumido há mais de duas semanas, e não havia movimentação na conta bancária dele.

Quando os restos mortais foram encontrados, no dia 4 de julho, o filho mais velho teria dito que o pai poderia ter se suicidado. O Instituto de Criminalística fez uma perícia que apontou vestígios de sangue em dois banheiros e um corredor da casa. Foi constatado ainda que o local passou por profunda limpeza e que havia sinal de arrastamento no corredor que dá acesso à cacimba. Os peritos constataram, ainda, que areia e brita foram jogadas na cacimba. .

Jussara e Danilo foram encaminhados para audiência de custódia pelo crime de ocultação de cadáver. Mãe e filho conseguiram a liberdade, mas antes que deixassem o fórum foram presos através de um mandado de prisão temporária por homicídio.

A polícia concluiu que a motivação do crime foi um relacionamento extraconjugal mantido pelo médico. A iminente separação e consequente perda do padrão de vida teriam também motivado o assassinato. 

O presidente da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), desembargador Antônio de Melo e Lima, indeferiu o Habeas Corpus (HC) que pedia a soltura de Jussara Rodrigues da Silva Paes e Danilo Paes. Mãe e filho são suspeitos de assassinar o médico Denirson Paes da Silva. Com o indeferimento do Habeas Corpus, mãe e filhos continuam presos devido a um mandado de prisão temporária pelo crime de homicídio.

Na última terça-feira (10), a Polícia Civil realizou uma coletiva divulgando que o resultado de DNA apontou que os restos mortais encontrados em uma cacimba do condomínio de luxo Torquato Castro, em Aldeia, são do médico. O corpo de Dernirson foi encontrado no último dia 4 em uma cacimba de 25 metros na área de lazer da casa em que ele morava com a família. O resultado do teste de DNA levou quatro dias para ficar pronto e foi realizado pelo Instituto de Genética Forense Eduardo Campos (IGFEC).

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Três fragmentos do corpo foram encontrados pelo Corpo de Bombeiros na quarta-feira (4) e o resto na terça-feira (10). A polícia diz não haver dúvidas de que o corpo foi esquartejado e ocultado.

O caso - No dia 20 de junho, a esposa do médico foi até a Delegacia de Camaragibe para registrar o desaparecimento do companheiro ocorrido no dia 31 de maio. Ela alegava que o marido teria viajado e não mais voltado. A polícia começou a suspeitar de familiares porque Jussara demorou para relatar o desaparecimento já que o médico estava sumido há mais de duas semanas, e não havia movimentação na conta bancária dele.

Quando os restos mortais foram encontrados, no dia 4 de julho, o filho mais velho teria dito que o pai poderia ter se suicidado. O Instituto de Criminalística fez uma perícia que apontou vestígios de sangue em dois banheiros e um corredor da casa. Foi constatado ainda que o local passou por profunda limpeza e que há sinal de arrastamento no corredor que dá acesso à cacimba. Os peritos constataram, ainda, que areia e brita foram jogadas na cacimba. Além de cloro líquido e em pastilha pra evitar a proliferação de bactérias - o que reforça a tese de premeditação.

Jussara e Danilo foram encaminhados para audiência de custódia pelo crime de ocultação de cadáver. Mãe e filho conseguiram a liberdade, mas antes que deixassem o fórum foram presos através de um mandado de prisão temporária por homicídio.

A principal linha de investigação da polícia até o momento é de que o crime tenha sido motivado por um pedido de separação feito pelo médico. Em depoimento, o caçula revelou que o pai queria se afastar da residência e que Danilo não tinha uma boa relação com o cardiologista. 

A juíza Marília Falcone, da 1ª Vara Criminal de Camaragibe, decretou a prisão temporária da farmacêutica Jussara Rodrigues da Silva Paes, 54 anos, e Danilo Paes, 23, acusados do homicídio do cardiologista e advogado Denirson Paes da Silva, 54, em Aldeia. O prazo da prisão temporária corresponde a 30 dias.

 Jussara Rodrigues da Silva Paes será encaminhada para a Colônia Penal Feminina Bom Pastor e Danilo Paes para o Centro de Triagem de Abreu e Lima (Cotel).

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Na manhã desta quinta-feira (5/7), eles participaram de uma audiência de custódia no Fórum de Jaboatão pela ocultação de cadáver de Denirson Paes da Silva. Por esse crime, o juiz Otávio Ribeiro Pimentel havia concedido alvará de soltura com aplicação de medidas cautelares. A prisão temporária poderá ser renovada por mais 30 dias.

O caso - Jussara havia prestado um boletim de ocorrência no dia 20 de junho. Ela dizia que o marido havia viajado para fora do Brasil e não teria retornado. A polícia começou a suspeitar de familiares porque ela demorou para relatar o desaparecimento já que o médico estava sumido há mais de duas semanas,  e não havia movimentação na sua conta bancária.

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