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Um grupo extremista paquistanês, o Lashkar-e-Islam, negou nesta quinta-feira qualquer ligação com um médico que ajudou os Estados Unidos a localizarem a pista do terrorista Osama bin Laden na cidade de Abottabad, onde ele foi morto por comandos especiais da Marinha do EUA em maio do ano passado. O médico em questão, Shakil Afridi, foi sentenciado por um tribunal paquistanês na semana passada a 33 anos de prisão, o que enfureceu várias pessoas nos EUA.

Afridi conduziu uma campanha de vacinação, instruído pela Agência Central de Inteligência (CIA, pela inicial em inglês), que foi uma maneira de colher amostras do sangue de bin Laden em Abottabad, na casa fortificada onde o terrorista vivia com suas mulheres, filhos e asseclas na cidade paquistanesa. Inicialmente, se acreditava que Afridi pegou 33 anos de prisão porque espionou para a CIA, mas a publicação do veredicto pelo judiciário paquistanês trouxe outra versão, o médico foi acusado de colaborar com o grupo Lashkar-e-Islam, uma organização brutal e também criminosa, fora da lei no Paquistão e que opera na região do passo de Kyber, passagem nas montanhas para o Afeganistão.

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Em breve entrevista nesta quinta-feira, o comandante do Lashkar-e-Islam, Abdul Rashid, negou que Afridi fosse adepto do grupo ou até mesmo um simples colaborador. "Nós mataremos o agente estrangeiro (Afridi) se pudermos", disse Rashid. Segundo ele, o Lashkar-e-Islam já sequestoru Afridi no passado, após moradores das regiões montanhosas terem dito que ele recebia dinheiro dos serviços secretos, mas que o médico foi solto após uma advertência. Já um parente de Afridi afirma que isso não é verdade e que o Lashkar-e-Islam sequestrou o médico por dinheiro e que ele só foi libertado após o pagamento de vultuoso resgate. O irmão de Afridi e os advogados do condenado deram uma coletiva de imprensa nesta semana e disseram que ele não fez nada errado.

As informações são da Associated Press.

A explosão de uma bomba numa região tribal do Paquistão, onde centenas de pessoas se reuniam para orações nesta sexta-feira, matou pelo menos 40 pessoas e deixou 85 feridas. Este foi o maior ataque registrado no país durante o mês sagrado do Ramadã.

O ataque aconteceu apesar do período de relativa calma no Paquistão, que sofreu numerosos ataques de insurgentes ligados ao Taleban nos últimos anos. Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pela ação, mas o Taleban e outros militantes islamitas já atacaram mesquitas antes.

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A bomba explodiu em Ghundi, vila da região tribal do Passo do Khyber, parte do cinturão tribal paquistanês. O Khyber é uma antiga base de militantes islamitas e o Exército paquistanês tem realizado várias operações com o objetivo de pacificar a região, mas obteve sucesso apenas limitado.

O Khyber também é uma região importante para os Estados Unidos e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), por ser via de transporte de materiais não-letais enviados para as forças norte-americanas no Afeganistão.

Cerca de 300 pessoas estavam reunidas para as orações na tarde de sexta-feira na mesquita sunita. Muitos estavam de saída quando a bomba explodiu, disse o administrador local Iqbal Khan. Segundo autoridades, há indícios de que a explosão foi resultado de um ataque suicida.

Imagens de televisão mostram o prédio seriamente danificado. Sapatos, gorros e tapetes de oração estavam espalhados pelo chão, manchado de sangue. Ventiladores de teto ficaram retorcidos e as pareces enegrecidas pela explosão. As informações são da Associated Press.

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