Os habitantes da capital ucraniana, Kiev, serão privados de água quente desta segunda-feira até outubro, pelo menos, por causa da crise econômica e do corte do gás russo.
"Todas as centrais térmicas cortaram o fornecimento de gás em 4 de agosto", afirmou a empresa privada Kievenergo, controlada pelo homem mais rico da Ucrânia, Rinat Akhmetov, que tem o monopólio da calefação em Kiev, cidade com três milhões de habitantes.
Todos os verões, durante duas ou três semanas, a cidade fica sem água, mas este ano a medida será prolongada até outubro, avisou, por sua parte, o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko.
Em meados de junho, a Rússia cortou o fornecimento de gás para a Ucrânia, que se nega a pagar o aumento de preço exigido por Moscou depois da queda, em fevereiro, do regime pró-russo de Viktor Yanukovytch e a chegada ao poder dos pró-ocidentais.
"Somos obrigados a renunciar à água quente no verão para guardar gás nas reservas para o inverno. Espero que os habitantes da cidade entendam isso", afirmou Klitschko, ex-campeão mundial de boxe que foi um dos líderes do movimento de protesto pró-europeu.