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O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) continuará no comando da Câmara até fevereiro de 2019. Ele foi confirmado no cargo, nesta quinta-feira (2), recebendo 239 votos ainda no primeiro turno. A votação eletrônica também registrou os votos para os outros candidatos: 105 para Jovair Arantes (PTB-GO), 59 para André Figueiredo (PDT-CE), 29 para Júlio Delgado (PSB-MG), dez para Luiza Erundina (PSOL-SP) e quatro para Jair Bolsonaro (PSC).

A candidatura de Maia chegou a ser questionada no Supremo Tribunal Federal (STF), porque o Regimento Interno da Casa impede a reeleição dentro da mesma legislatura. Maia assumiu o comando da Casa em julho de 2016, após a renúncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e sempre defendeu a candidatura, devido a ter assumido a um "mandato-tampão". Nessa quarta-feira (1º), o ministro Celso de Mello rejeitou os pedidos para que a candidatura fosse barrada e Maia oficializou a candidatura.

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Maia nasceu no Chile e é filho do ex-prefeito do Rio de Janeiro César Maia. Ele está na quinta legislatura.

A eleição dele atende aos interesses do Palácio do Planalto, que apesar de não declarar oficialmente, apoiou o nome de Maia para a presidência da Câmara e articulou a reeleição. A partir de agora, o Executivo vai trabalhar para garantir que as matérias consideradas prioritárias sejam levadas à discussão na Câmara, como as reformas da Previdência e trabalhista.

Em discurso no plenário, Maia pregou a independência do Parlamento e criticou a judicialização das decisões feitas na Casa. “Todas as nossas decisões são questionadas no Judiciário. Quando se fala em Câmara forte é preciso atuar pela Câmara forte. Nossos embates devem ser resolvidos aqui dentro, para que a gente mostre ao Judiciário e Executivo que nós exigimos respeito”.

O peemedebista defendeu também a votação na Casa das reformas trabalhistas e da Previdência, matérias consideradas prioritárias para o governo. “Que nós possamos transformar essa Casa em protagonista de reformas, para entregar em 2018 um país crescendo, com PIB crescendo”, disse. “A questão trabalhista e previdenciária vai tirar o Brasil dessa crise, nunca vista antes na história do nosso país”. Ele também defendeu a discussão de um novo pacto federativo e a reforma política, com uma nova discussão sobre o financiamento de campanhas.

“Queremos construir condições para que as centenas de projetos de Vossas Senhorias sejam votados”, sustentou ele, sobre a valorização do trabalho dos deputados. “Queremos, inclusive, começar as sessões cedo e terminar cedo”. Para Maia, ainda será preciso reformular o regimento interno da Casa “para favorecer o debate e não a um número ilimitado de questões de ordem que só atrasam a discussões”.

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