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A Operação Leite Compen$ado 4, deflagrada na manhã de hoje (14), concluiu que 299 mil litros de leite adulterado foram distribuídos no Paraná e em São Paulo, embalados com as marcas Parmalat e Líder. A operação começou em fevereiro, quando o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) recebeu documentação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informando que 12 amostras de leite cru, coletadas no posto de resfriamento do Laticínios O Rei do Sul, em Condor (RS), tinham formol. Odir Pedro Zamadei, dono do posto de resfriamento, foi preso.

Parte do leite impróprio foi entregue à LBR, de Tapejara (RS), empresa de laticínios que enviou 100 mil litros de leite para a unidade de Guaratinguetá (SP) e 199 mil litros para a cidade de Lobato (PR). O leite adulterado, enviado para São Paulo, foi embalado com a marca Parmalat, enquanto o que foi para o Paraná foi embalado com a marca Líder. A empresa LBR não informou o lote de produção, mas a data de fabricação é nos dias 13 e 14 de fevereiro.

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A operação é organizada pelo MP-RS, em parceria com o Mapa e outras instituições como a Polícia Civil e a Brigada Militar, que cumpriram mandados de busca e apreensão em oito municípios gaúchos, de diferentes regiões do Estado. O promotor de Justiça Mauro Rockenbach, divulgou nota na qual diz ser "inacreditável” que esse tipo de fraude tenha acontecido, depois de apurações do MP-RS para responsabilizar os fraudadores de leite. Ele suspeita que o produto tenha sido enviado para mercados de outros estados para escapar da fiscalização.

A Operação Leite Compen$ado foi deflagrada, inicialmente, em maio de 2013. Na época, as investigações concluíram que cinco empresas de transporte de leite adicionavam ao produto cru, entregue à indústria, uma substância semelhante à ureia, que tem formol na composição e é considerada cancerígena pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A empresa LBR, que responde pelas marcas Líder e Parmalat, ainda não se manifestou sobre o assunto.

Nove farmácias da Região Metropolitana do Recife (RMR) e de Limoeiro no Agreste do Estado foram fiscalizadas na manhã desta terça-feira (30). A Delegacia do Consumidor do Recife recebeu a denúncia de que os estabelecimentos estariam revendendo leites pediátricos com adulteração nos lotes e validades.

O Delegado Roberto Wanderley informou que os proprietários apagavam a data de validade com acetona e colocavam uma nova data para manter o produto nas prateleiras. “Eles usaram acetona para mudar a data de validade nos produtos infantis”, relata. A denúncia do comércio ilegal partiu da própria empresa produtora da marca. 

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A operação intitulada de Leite Seguro conseguiu, até agora, flagrar dois pontos revendendo produtos impróprios para o consumo. Os responsáveis pelas farmácias foram detidos e estão sendo autuados em flagrante na Delegacia do Consumidor. Eles serão acusados de crime contra a saúde pública que prevê pena de até cinco anos de reclusão. Até o final do dia, eles serão conduzidos para o Centro de Triagem, em Abreu e Lima, Região Metropolitana do Recife (RMR). Mais detalhes da operação ainda será divulgados.

A Polícia Federal de Minas Gerais informou hoje que um laudo pericial realizado em amostras colhidas na Operação Ouro Branco II confirmou que o leite produzido pela Cooperativa dos Produtores de Leite de Leopoldina de Responsabilidade - que produz a marca de leite LAC - foi considerado impróprio para consumo humano. A operação aconteceu em junho deste ano.

De acordo com a análise, realizada em um laboratório do Ministério da Agricultura, as amostras continham altos teores de sacarose (não natural do leite) e cloretos, substâncias que prejudicam a qualidade do leite. Conforme o documento policial, pessoas com dietas alimentares restritivas, como os diabéticos, podem ter sua saúde afetada. O cloreto também é altamente prejudicial à dieta alimentar de pessoas hipertensas.

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Os responsáveis pela empresa foram indiciados e, se condenados, responderão pelos crimes de adulteração e falsificação de substâncias ou produto alimentício, com pena que varia de quatro a oito anos de reclusão.

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