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As famílias das vítimas do acidente do Voo 4896 da Nordeste Aviação Regional Linhas Aéreas (Noar Linhas Aéreas) se dizem mais confortadas em relação às explicações dadas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos da Aeronáutica, (Cenipa), sobre a queda do avião LET-410, em julho do ano passado. O relatório final sobre o acidente ainda não foi concluído, mesmo após um ano do acontecimento.

Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira, o presidente da Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo Noar 4896, Geison Soares, explica que existem algumas divergências no parecer do Cenipa e no que foi dito pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). “Nós saímos bastante confortados, pois vimos que eles fazem um trabalho sério. Vimos hoje uma trajetória do voo diferente da que já tínhamos visto e sabemos que a manutenção (das aeronaves) acontecia, mas não da forma que deveria. Alguns pilotos também não receberam o treinamento completo”, explicou.

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Apesar da sensação de conforto, a dor sempre é relembrada nestes momentos de reconstituição. “É você remexer na ferida. Ela sangra novamente, mas isso nos permite um maior conhecimento dos fatos. Sabemos que a responsabilidade é da Noar. Agora é um ciclo que se fecha,” afirmou, Roseane Oliveira, uma das parentes das vítimas do acidente.

O coronel Fernando Camargo (foto), que está à frente das investigações pelo Cenipa, diz que uma possibilidade para a queda do avião pode ter sido a quebra da palheta 27 que ficava dentro do motor esquerdo da aeronave. “A quebra da peça pode ter desencadeado a pane que causou o acidente, porém o relatório concluído só deve ficar pronto no final do ano”, explicou.

De acordo com a assessoria de imprensa da empresa, a operadora pretende voltar a voar, mas para isso, uma nova solicitação e novos testes devem ser solicitados à Anac. Atualmente, a empresa conta com apenas três funcionários trabalhando na área administrativa, diferente de antes do acidente, quando contava com um quadro de 100 pessoas.

Indenização – Três famílias já receberam a indenização integral e outras duas a parcial, de acordo com a assessoria de imprensa da Noar.

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