Tópicos | Linguagens e códigos

Na prova de Linguagens do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), os estudantes terão o desafio de responder questões de língua portuguesa, língua estrangeira - que pode ser inglês ou espanhol - artes e educação física, além de assuntos complementares que estarão inseridos nos enunciados, como cultura e temáticas sociais.

Ao LeiaJá, a coordenadora e professora da escola Poliedro, Maria Catarina Bozio, explica o perfil dessa etapa. “A prova de linguagens do Enem trabalha, habitualmente, com interpretação de textos das mais variadas naturezas: textos literários, jornalísticos, publicitários, imagens, versos, quadrinhos, etc. Contudo, não é raro que a parte interpretativa seja permeada de questões mais teóricas e até mesmo conteudistas.”

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Ela destaca a importância da interpretação textual: “Vale ressaltar, inclusive, que o domínio da interpretação de textos não é cobrado exclusivamente na prova de Linguagens e que essa habilidade será demandada também nas demais provas do exame que exigem leitura atenta dos textos-base para as questões, dos enunciados e das alternativas.”

O Poliedro realizou um levantamento das últimas provas do Enem para verificar quais são os assuntos mais recorrentes e importantes na área Linguagens. Confira abaixo:

Língua Portuguesa: preceitos básicos dos estudos literários e Tendências contemporâneas, que representam 14,3% das questões cada. Em terceiro está o modernismo no Brasil e a pontuação, com 9,5%, ambos.

Interpretação de texto: os estudantes devem estar atentos a Tipologia textual e gêneros discursivos, que corresponde a 29,6% da prova. Em segundo lugar, está a textualidade, coesão e coerência; e a relação da linguagem e os efeitos nos sentidos, com 13,0%, cada um.

Língua inglesa: a interpretação de textos representa 60% das perguntas. Aspectos gramaticais correspondem a 10%, apenas.

Língua espanhola: a interpretação de textos representa 80% das perguntas.

Artes: o assunto mais recorrente é o de Múltiplas Artes, que compõem 40% do teste e arte contemporânea com 33,3%. 

Educação Física: fique atento ao tema Influência da Mídia no Corpo, que abrange 33,3% do exame, além de como o corpo é visto pela sociedade, com 22,2%.

De acordo com a professora Catarina, além de estudar esses conteúdos mais recorrentes para fazer uma boa prova de Linguagens e Códigos, é preciso criar estratégias de leitura para textos longos, pois há uma recorrência de questões contextualizadas. Veja a dica da docente:

“Nesses textos extensos é imprescindível se atentar ao verbo de comando do enunciado, isto é, ao que é pedido na questão de modo que a leitura do texto seja mais eficiente e otimizada para buscar a informação demandada. Além disso, é necessário estar atento a alternativas que se mostrem próximas em conteúdo, buscando identificar aquela que melhor se adeque ao enunciado”, explica. 

Para finalizar, a professora deu sua recomendação sobre quais temáticas priorizar no estudo para a prova de Linguagens.  “Dentro da temática de interpretação de textos, vale destacar o estudo das tipologias textuais e dos gêneros discursivos, as relações de linguagem e sentido, a intertextualidade e a interdiscursividade, a objetividade e a subjetividade, bem como as funções da linguagem."

No âmbito das artes (literárias, visuais e cênicas), Catarina destaca que é recorrente a reflexão sobre a produção e a recepção dessa produção artística visando a valorização da pluralidade cultural. Além disso, ela destaca a importância dos candidatos encontrarem táticas de estudos mais eficientes: 

“A estratégia mais assertiva de preparação é o contato com questões similares (simulados) ou aplicadas em anos anteriores da prova do Enem, de modo a criar um repertório prévio de como as questões são organizadas e estimular a relação com aspectos teóricos já dominados pelo estudante ao longo de sua experiência escolar ”, finaliza.

No universo das linguagens e códigos, o Enem irá explorar assuntos relacionados à literatura, arte, língua estrangeira e língua portuguesa. No mesmo dia, os inscritos farão uma redação.

Em literatura, a professora Ericka Costa comenta que existe uma forte tendência do exame cobrar dos alunos conhecimento sobre autores. “No ano passado, Patativa do Assaré caiu, no ano de seu centenário. Neste ano, temos um poeta centenário que é o Mário Mota. Nele, são trabalhados elementos como a coloquialidade, trazendo uma linguagem prosáica - conversa do autor com o autor”, explica. De acordo com a professora, textos literários poderão ser associados a fatos atuais. “Geralmente, o Enem trabalha com textos do modernismo. Então, podem pegar um texto de Manoel Bandeira, por exemplo, e associá-lo a alguma coisa que aconteceu recentemente. Isso é o que chamamos de intertextualidade”, acrescenta. “É bom que os feras saibam um pouco sobre a biografia dos autores, movimentos literários e o contexto histórico. Isso vai facilitar muito”, conclui.

Em língua portuguesa, o professor Vicente Santos comenta. “O Enem é uma avaliação que não privilegia muito o aspecto conteudístico. Logo, o aluno que sabe raciocinar e interpretar levará vantagem. Cobra-se, normalmente, a interpretação de textos verbais e não verbais. É comum haver questões que trazem gráficos, que deverão ser bem entendidos pelo candidato. A linguagem tecnológica, o conhecimento da informática, também será cobrado no exame”, adianta.

Já em línguas estrangeiras, o estudante terá que ter um bom domínio de texto, como afirma o professor de inglês Geraldo Baracho: "Espera-se que a prova do Enem venha buscar do aluno a compreensão textual, com o uso de tirinhas, entre outros".  Ainda de acordo com professor, a gramática não deve ser deixada de lado. "O aluno precisa estar ligado na estrutura do texto, como tempos verbais, discursos indireto, comparativo e superlativo e o uso de preposições", explica. "Além disso, o aluno precisa estar antenado nas questões de meio ambiente, violência, globalização e questões", conclui Geraldo. "É importante que o aluno, quando for fazer a prova de língua estrangeira, vá com um olhar amplo, pois os aspectos gramaticais e estruturais estarão sempre contextualizados”, acrescenta a professora de espanhol e redação, Vládia Medeiros.

Para a redação, ela adianta. "Esperamos que o tema esteja relacionado à realidade brasileira, o âmbito social, cientifico e político. É importante que o aluno perceba que ele tem que se posicionar nessa redação, mostrar seu ponto de vista".

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