Em 16 de fevereiro de 2013, a vida do estudante Lucas de Freitas Lyra esteve por um fio durante momentos antes de uma partida entre Náutico e Central, nos Aflitos, pelo Campeonato Pernambucano. Em meio a uma confusão entre torcidas organizadas, por conta de um ônibus com torcedores do Sport que passou pela Avenida Rosa e Silva, o alvirrubro tomou um tiro na nuca e foi levado às pressas para o Hospital da Restauração. Lucas foi operado e ficou na UTI lutando pela vida com um prognóstico muito negativo. Agora, três anos e quatro meses após o ocorrido, ele vai finalmente deixar o quarto em que estava internado, já não mais na Restauração, mas no Real Hospital Português, onde ficou em tratamento por todo esse período.
Para quem tinha poucas chances de sobreviver e passou por duas cirurgias na cabeça, custeadas pelo Estado, a saída de Lucas na próxima segunda-feira (29), consciente e se comunicando, significa muito para a família que sofreu junto com o jovem de 23 anos durante a internação. Cristina Lyra, mãe, também retorna para casa, pois não conseguia ficar longe dele durante o tratamento. Em maio de 2014, o LeiaJá conversou com Cristina que contou o sofrimento de ver o filho em uma cama de hospital, vítima da violência no futebol.
##RECOMENDA##A empresa Pedrosa, onde trabalha o segurança, José Carlos Feitosa Barreto, suspeito de efetuar os disparos, custeou todo o tratamento, além de gastos com homecare e aluguel para Lucas e seus parentes. José Carlos passou dez dias preso, mas foi solto e aguarda, até o momento, júri popular em liberade. A audiência ainda não tem data marcada.