Tópicos | Lucas Nascimento

Cores lisas, com uma inclinação para o rosa, incomum para esta temporada, e a mistura de materiais delicados com couro ou plástico marcaram as coleções apresentadas no último dia da Semana de Moda de Londres, com destaque para o desfile do estilista sul-mato-grossense Lucas Nascimento, ao apagar das luzes do evento londrino, enquanto o mundo 'fashion' prepara as malas rumo a Milão.

A busca por texturas marcou a coleção do brasileiro Lucas, que decidiu cruzar as fronteiras do tricô em torno do qual giraram suas criações até agora para se aventurar, com inegável acerto, no inexplorado mundo da seda e do couro.

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O estilista de 32 anos, nascido no Mato Grosso do Sul, deixou claras suas intenções logo de entrada, ao apresentar um casaco de couro, ao qual se seguiram tops e saias do mesmo material, sempre sobre suéteres de gola alta.

Suas silhuetas foram limpas e depuradas e sua paleta de cores, dominada pelo azul marinho, o marrom e o preto, incluiu pinceladas de turquesa, amarelo e vermelho escarlate, como o conjunto com aparência de pele de pêssego que fechou sua apresentação, emoldurada na passarela pelos talentos emergentes do programa NEWGEN.

Simone Rocha e Roksanda Ilincic se renderam ao rosa, em versão chiclete ou pastel, em suas propostas para o próximo outono/inverno, embora muito diferentes entre si.

A irlandesa Rocha, estrela ascendente de 26 anos, apresentou no museu Tate Modern de Londres uma coleção inspirada nas roupas de suas avós, uma chinesa e outra irlandesa, reinterpretada com atenção especial para a confecção, diante do olhar atento do seu pai, o também estilista John Rocha.

O rosa apareceu em casacos, jaquetas e vestidos superfemininos, com saias duplas ou cortes originais que concentraram o volume em um dos lados, mas os sapatos, grossos e quase planos, e os grandes laços de tule achatados na cabeça das modelos deram solenidade ao conjunto.

A estilista também apostou nas peles artificiais, lisas em amplos vestidos fechados em preto ou amarelo ou em forma de bustiê sobre camisa branca ou com estampa de leopardo, muito presente esta semana, assim como o verniz, a renda e o crochê.

Na margem oposta do Tâmisa, no elegante Hotel Savoy, também dominou o cor de rosa, embora mais claro e nas versões em plástico, tricô e tafetá, na coleção em que a sérvia Roksanda Ilincic, de 35 anos, combinou o tom com cores vivas, como o laranja ou o verde, embora não tenha faltado o vestido monocromático.

Ilincic, cujos modelos foram eleitos, entre outras, por Catherine, a esposa do príncipe William, produziu uma coleção mais feminina do que de costume, que se diferenciou pela eficaz mistura de materiais, até mesmo em doses pequenas como os colarinhos peludos que enfeitaram casacos e vestidos, sempre abaixo dos joelhos.

Por último, o espanhol Emilio de la Morena apresentou uma coleção em tons mais escuros e outonais, com sobreposição de materiais nas peças para o dia e tecidos entrecruzados que deixavam aberturas, estampas geométricas e saias com vários cortes verticais para a tarde/noite.

A Semana de Moda de Londres, a menos rentável porém mais livre das quatro passarelas que dominam o calendário internacional, se despediu esta terça-feira para dar espaço a Milão.

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