Tópicos | Semana de Moda de Londres

A Semana de Moda de Londres começa nesta sexta-feira (18) com cinco dias de desfiles de suas coleções outono/inverno 2022, com as ausências de Burberry e Victoria Beckham, que deixam o protagonismo para estilistas emergentes, como o espanhol Javier Aparici.

No ano passado, por volta da mesma data, o evento foi realizado em formato 100% virtual, já que os desfiles com público estavam proibidos em um Reino Unido em confinamento total por causa da pandemia da Covid-19.

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Desta vez, a programação terá 37 desfiles públicos, incluindo a presença de marcas consagradas como Simone Rocha, Molly Goddard, Roksanda, Erdem e Rejina Pyo.

Já os habituais grandes nomes da passarela londrina, como Victoria Beckham e Burberry, não estarão presentes. Esta última anunciou que fará um desfile de sua coleção outono/inverno 2022 fora do programa, em 11 de março, na capital.

Outros estilistas preferem manter o formato digital, como a rainha do punk Vivienne Westwood, que apresentará suas últimas criações em um vídeo.

Moda sustentável "made in Spain"

O jovem Aparici, de 28 anos, que deixou o setor financeiro para seguir carreira na moda, abrirá os desfiles com sua empresa de roupas sustentáveis SOHUMAN. Com sua marca de moda sustentável, ele promete uma "transparência radical".

Este espanhol de Valência começou desenhando camisetas, que se tornaram extremamente populares em 2019 no país, depois de serem usadas por competidores no programa de televisão Operación Triunfo, antes de passar para prêt-à-porter "made in Spain".

Para marcas emergentes como a SOHUMAN, a Semana de Moda de Londres representa uma oportunidade ímpar para fazer seu nome, como aconteceu com o jovem albanês Nensi Dojaka, vencedor, em 2021, do prêmio LVMH para jovens talentos.

Esses estilistas emergentes são, muitas vezes, egressos da prestigiosa escola de moda Central Saint Martins, ou estão entre os criadores selecionados pela incubadora de talentos Fashion East, cujos desfiles serão no domingo (20).

Entre os principais estilistas de moda sustentável, a britânica Bethany Williams e o irlandês Richard Malone apresentarão suas criações na terça-feira (22).

O público poderá acompanhar os desfiles, ao vivo ou gravados, pela plataforma digital lançada pela Semana de Moda de Londres em junho de 2020, em plena pandemia.

Também com a intenção de alcançar o restante do mundo, a sérvia Roksanda Ilincic apresentará um look demi-couture em forma de NFT criado pelo Institute of Digital Fashion.

"Anos muito difíceis"

Depois de ser duramente atingida pela crise sanitária mundial, a indústria da moda britânica, que empregava cerca de 890 mil pessoas em 2019, agora tenta se recuperar.

Entrevistada pela AFP, a diretora-executiva do British Fashion Council, Caroline Rush, reconheceu que foram "anos muito difíceis", durante os quais os efeitos do Brexit se somaram ao impacto do coronavírus.

A saída britânica da União Europeia, cujas consequências foram plenamente observadas em 31 de janeiro de 2020, "continua sendo um desafio para a indústria da moda, seja por tarifas, burocracia, ou vistos para pessoas trabalharem em diferentes países", explica Caroline.

Em relação à situação sanitária, o levantamento das restrições em muitos países está permitindo o retorno de um público internacional.

"Não teremos pessoas de muitos países asiáticos, que ainda não podem viajar, mas eles têm representantes no Reino Unido. Então você ainda pode fazer negócios e ver coleções", acrescenta.

Um relatório publicado no ano passado pela Oxford Economics para a Creative Industries Federation e para a Creative England afirmava que, "com o investimento certo", o setor criativo pode se recuperar mais rapidamente do que a economia britânica como um todo.

O estudo prevê que o setor crescerá mais de 26% até 2025 e contribuirá com 132,1 bilhões de libras (cerca de US$ 180 bilhões) para a economia britânica. Isso representa mais de 28 bilhões de libras a mais do que em 2020.

Limite é uma palavra que não consta no dicionário de Rihanna quando se trata de sua conta no Instagram. Depois de divulgar imagens onde aparecia fumando maconha, a última da cantora foi a divulgação de uma foto provocante. No retrato, ela aparece de costas e usando apenas lingerie e um par de botas.

Ela recentemente lançou sua coleção de roupas na Semana de Moda de Londres e ganhou os holofotes mundiais mais uma vez ao reatar seu relacionamento com Chris Brown - que chegou a espancá-la em 2009, quando ela tinha 20 anos. Nascida em Barbados, Rihanna alcançou o sucesso mundial com a canção Umbrella. Ao longo de seus nove anos de carreira, ela colecionou 10 singles na primeira posição da Billboard e o título de artista que mais vendeu músicas digitais na primeira década do século.

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Cores lisas, com uma inclinação para o rosa, incomum para esta temporada, e a mistura de materiais delicados com couro ou plástico marcaram as coleções apresentadas no último dia da Semana de Moda de Londres, com destaque para o desfile do estilista sul-mato-grossense Lucas Nascimento, ao apagar das luzes do evento londrino, enquanto o mundo 'fashion' prepara as malas rumo a Milão.

A busca por texturas marcou a coleção do brasileiro Lucas, que decidiu cruzar as fronteiras do tricô em torno do qual giraram suas criações até agora para se aventurar, com inegável acerto, no inexplorado mundo da seda e do couro.

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O estilista de 32 anos, nascido no Mato Grosso do Sul, deixou claras suas intenções logo de entrada, ao apresentar um casaco de couro, ao qual se seguiram tops e saias do mesmo material, sempre sobre suéteres de gola alta.

Suas silhuetas foram limpas e depuradas e sua paleta de cores, dominada pelo azul marinho, o marrom e o preto, incluiu pinceladas de turquesa, amarelo e vermelho escarlate, como o conjunto com aparência de pele de pêssego que fechou sua apresentação, emoldurada na passarela pelos talentos emergentes do programa NEWGEN.

Simone Rocha e Roksanda Ilincic se renderam ao rosa, em versão chiclete ou pastel, em suas propostas para o próximo outono/inverno, embora muito diferentes entre si.

A irlandesa Rocha, estrela ascendente de 26 anos, apresentou no museu Tate Modern de Londres uma coleção inspirada nas roupas de suas avós, uma chinesa e outra irlandesa, reinterpretada com atenção especial para a confecção, diante do olhar atento do seu pai, o também estilista John Rocha.

O rosa apareceu em casacos, jaquetas e vestidos superfemininos, com saias duplas ou cortes originais que concentraram o volume em um dos lados, mas os sapatos, grossos e quase planos, e os grandes laços de tule achatados na cabeça das modelos deram solenidade ao conjunto.

A estilista também apostou nas peles artificiais, lisas em amplos vestidos fechados em preto ou amarelo ou em forma de bustiê sobre camisa branca ou com estampa de leopardo, muito presente esta semana, assim como o verniz, a renda e o crochê.

Na margem oposta do Tâmisa, no elegante Hotel Savoy, também dominou o cor de rosa, embora mais claro e nas versões em plástico, tricô e tafetá, na coleção em que a sérvia Roksanda Ilincic, de 35 anos, combinou o tom com cores vivas, como o laranja ou o verde, embora não tenha faltado o vestido monocromático.

Ilincic, cujos modelos foram eleitos, entre outras, por Catherine, a esposa do príncipe William, produziu uma coleção mais feminina do que de costume, que se diferenciou pela eficaz mistura de materiais, até mesmo em doses pequenas como os colarinhos peludos que enfeitaram casacos e vestidos, sempre abaixo dos joelhos.

Por último, o espanhol Emilio de la Morena apresentou uma coleção em tons mais escuros e outonais, com sobreposição de materiais nas peças para o dia e tecidos entrecruzados que deixavam aberturas, estampas geométricas e saias com vários cortes verticais para a tarde/noite.

A Semana de Moda de Londres, a menos rentável porém mais livre das quatro passarelas que dominam o calendário internacional, se despediu esta terça-feira para dar espaço a Milão.

Com sobrancelhas espessas e pele de porcelana, ar travesso, mas decidido, a britânica Cara Delevingne se tornou, em pouco tempo, uma estrela das passarelas, e há quem a chame de "nova Kate Moss". Burberry, Issa, Topshop Unique, Matthew Williamson, Peter Pilotto... Na semana de moda de Londres, sua cidade natal, esta ruiva alta de 20 anos foi figurinha fácil nos desfiles das marcas mais famosas e hipnotizou os fotógrafos que cobriam o evento.

Nos bastidores, no burburinho após o desfile da Burberry, Cara, vestida com um look de camiseta e calça, respondeu ao assédio dos fãs e jornalistas. Sorridente e animada, brincou e posou para fotos enquanto dava as entrevistas.

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Modesta, se surpreende quando comparada a Kate Moss, seu modelo. Além da nacionalidade, ambas têm em comum terem sido descobertas por Sarah Doukas, da agência Storm, e são mais baixas que a média de suas colegas de profissão: Cara Delevingne mede 1,76m.

"Não acredito mesmo que sou como (Kate Moss), ninguém pode ser ela, é incrível", disse em entrevista à AFP. "O simples fato de ser mencionada na mesma frase que ela é assombroso, é estranho". Apesar de se considerar "sortuda de estar onde está" e mostrar visível vitalidade, a londrina, que conquistou as semanas de moda e dorme "entre duas e quatro horas por noite", acha o rimo difícil.

"Sinto falta da minha vida, minha família e de relaxar. É um dos trabalhos mais estressantes que conheço (...) Mas tudo bem, é uma boa profissão, ainda que difícil", explica Cara, de fala rápida. Nascida em uma família abastada, Cara Delevingne é filha de um corretor imobiliário e cresceu em um bairro elegante de Londres com suas duas irmãs, uma delas, Poppy, também modelo.

Contratada pela Burberry em 2010, é também um dos rostos da Chanel e desfila para as marcas mais importantes. Foi nomeada "modelo de 2012" nos prêmios do British Fashion Council, que representa a indústria da moda britânica, e é a capa da última edição britânica da revista Vogue. Para a editora da revista, Alexandra Shulman, o sucesso de Cara Delevingne se deve a sua forte personalidade. "Não é convencional, é baixa, tem um rosto original. É isso que gosto nela", explica à AFP, sentada na primeira fila do desfile da Burberry.

"Tem uma imagem e uma personalidade muito própria. Acredito que uma das coisas que a gente busca em uma modelo é que tenha personalidade e isso é bastante difícil hoje em dia. Cara parece transmitir isso", acrescentou Alexandra. "Cara é ao mesmo tempo delicada e forte", disse Yasmin Le Bon, top model dos anos 80 e 90, entrevistada pela AFP no desfile de Christopher Kane. "Não é das que se fundem com a paisagem, sempre chama atenção".

Para jovem estilista britânico Henry Holland, o sucesso de Cara se deve a sua "energia". "Quando a conhece, fica apaixonado por ela e quer trabalhar com ela uma e outra vez", se entusiasma. A modelo é amiga de Rihanna, de quem não perdeu o desfile em Londres em colaboração com uma marca de fast fashion, e a cantora britânica Rita Ora, fotografada na segunda-feira com uma camiseta em honra a "Rainha Delevingne".

Mas Cara, que se apresenta em sua conta do Twitter como um "ser humano profissional", não se conforma em ser somente modelo e acaba de fazer também sua primeira incursão no cinema junto a Keira Knightley no filme Anna Karenina (2012), de Joe Wright.

Os corações e as estampas de animais foram os protagonistas da proposta antecipada da Burberry para o próximo outono/inverno, apresentada esta segunda-feira na Semana de Moda de Londres, em um desfile que, como de habitual, atraiu muitos famosos.

As atrizes Kate Beckinsale, Freida Pinto e Melanie Laurent, as modelos Rosie Huntington-Whiteley e Olivia Palermo, a ciclista Victoria Pendleton e a diretora da edição americana da Vogue Anna Wintour foram alguns dos rostos conhecidos na primeira fila na tenda com teto de vidro erguida nos jardins de Kensington.

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Assim que começaram os primeiros acordes de uma sensual versão acústica de "Happy Together", interpretada pela jovem cantora Misty Miller, apareceram na passarela os primeiros corações, pequenos e discretos, sob uma saia translúcida combinada com top de leopardo.

A romântica estampa salpicou sutilmente o resto da coleção, em branco sobre um vestido chemisier, em marrom em uma reinvenção do icônico "trenchcoat" ou maior no ombro de um vestido, sem afetar em momento algum o estilo e a elegância da marca.

"Gostei da ideia das emoções e do amor e de fazer as pessoas sorrirem", afirmou, depois do desfile à imprensa, o diretor criativo da Burberry, Christopher Bailey.

"Gostei da ideia de levar o coração na mão, ou seja, quis colocar estas pequenas estampas de coração no desfile", acrescentou.

Embora o criador tenha usado uma paleta muito outonal, dominada pelo camel, o marrom, o vermelho escuro, o dourado, o branco e o preto, as estampas animais - leopardo, girafa, zebra e até vaca - deram às peças um toque selvagem e atrevido.

Os vestidos dominaram a coleção, com frequência ajustados com um cinto dourado, de corte simples e saia reta logo abaixo do joelho, em diversos materiais, com o couro vermelho vivo, presente no final da apresentação, enquanto o cantor Tom Odell interpretava ao vivo.

A Semana da Moda de Londres se encerrará na terça-feira, antes de passar o bastão a Milão.

Os índios navajos e suas terras ancestrais inspiraram a coleção da brasileira Daniella Helayel para o próximo outono/inverno, no segundo dia da Semana de Moda de Londres, em que a dupla anglo-brasileira Clements Ribeiro fez um inesperado giro punk.

Daniella, criadora da marca Issa London, inspirou-se nas mantas desta tribo para criar sobretudos e vestidos como o modelo cinza com o qual abriu o desfile a onipresente modelo Cara Delevingne, que, como as colegas, exibia um grande chapéu decorado com longas penas.

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As estampas geométricas, penas de águia e motivos abstratos azuis, que evocavam o curso do Rio Colorado por entre os cânions, também foram protagonistas da proposta original da estilista, nascida no Rio de Janeiro e radicada há 13 anos em Londres.

A Issa, que ganhou fama internacional por ser uma das marcas preferidas da mulher do príncipe William, Catherine, apostou em materiais tradicionais - como a pele, com a qual criou um poncho espetacular - e nas malhas de gola alta.

A paleta de cores foi um pouco mais apagada nesta coleção, em que não faltaram os vestidos longos de mangas compridas.

O vestido é a peça-chave da estilista brasileira, que promove a "elegância sem esforço, porque pode mudar o humor" de uma mulher, explicou, após o desfile.

Ainda neste sábado, o casal formado pela britânica Suzanne Clements e o brasileiro Inácio Ribeiro imprimiu um giro urbano e punk em sua coleção, em que as estampas continuaram reinando.

Renda vermelha e preta, aplicações metálicas em golas, tiras de couro fechando casacos, ankle boots pretas de bico fino decoradas com fivelas, kilts e sobreposições de saias e calças deram ares de renovação aos looks, que mantiveram a elegância.

Suzanne Clements e Inácio Ribeiro não abandonaram as estampas. Grandes flores coloridas enfeitaram vestidos, saias e blusas com fundo vermelho ou azul claro, combinados com motivos geométricos.

As flores também apareceram douradas ou na cor marrom, às vezes bordadas em modelos de noite, de linhas simples e clean, como toda a coleção, ou combinadas com estampa de leopardo.

"Clements e Ribeiro continuam sendo os mestres da combinação de estampas", publicou em sua conta no Twitter a diretora da edição britânica da revista "Vogue", Alexandra Shulman, após o desfile.

Os estilistas, casados há mais de 20 anos, apresentam suas coleções em Londres desde que deixaram a direção artística da Cacharel, em 2007.

Uma das maiores fãs da dupla é a cantora Adele, que já exibiu vários modelos da linha criada para a marca plus size Evans em cerimônias do Grammy ou Brit Awards.

Na segunda-feira, outro brasileiro, Lucas Nascimento, apresentará sua coleção dentro do programa Newgen, que promove novos talentos.

A estrela do pop Rihanna estreou na noite de sábado (16) como estilista em Londres, onde realizou sua primeira incursão no mundo da moda em uma inédita colaboração com a marca britânica River Island.

A apresentação, que não figurava no programa oficial da Semana de Moda de Londres, ocorreu em um antigo centro de correios abandonado no centro da capital britânica e foi transmitido ao vivo pela internet.

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Após quase uma hora de uma ansiosa espera, os convidados puderam finalmente ver a coleção juvenil, urbana e sexy da cantora, que chegará às lojas no dia 5 de março, em meio ao ritmo de um estridente hip hop.

A proposta, que, como muitos antecipavam, não iria revolucionar o mundo da moda, reflete o estilo provocador de Rihanna, com tops que deixavam a barriga à mostra e saias com profundas fendas.

A paleta de cores gira essencialmente em torno do preto e do amarelo, com alguns estampados florais.

Ao fim da apresentação, Rihanna foi saudar o público como qualquer outro estilista, elegante em um vestido preto com um colar de pérolas.

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