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Quatrocentos e cinquenta e três desfiles de blocos vão ocorrer no carnaval de rua deste ano, no Rio de Janeiro, de acordo com anúncio feito nesta quinta-feira (4), pela Empresa de Turismo do Município do Rio (Riotur). O número é menor do que no ano passado, quando foram cadastrados 456 desfiles.

Em entrevista à Agência Brasil, o presidente da Riotur, Ronnie Costa, disse que a redução se deve à falta de incentivo para os blocos, por parte da iniciativa privada. “Não foi por causa da infraestrutura, mas da falta de apoio e por decisão individual dos blocos.”

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Costa admitiu, inclusive, que o número de desfiles pode cair um pouco mais se as agremiações não conseguirem o nada consta das autoridades estaduais, entre as quais a Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros. Assim que receberem o aval desses órgãos, os blocos receberão autorização definitiva da Riotur para desfilar. A estimativa é que 5 milhões de foliões participarão do carnaval de rua do Rio.

Ao todo, a Riotur recebeu 698 pedidos de inscrições de blocos para desfilar, contra 613, em 2023. Após análise com todos os órgãos da prefeitura, foram definidos preliminarmente 453 desfiles. “São blocos que a gente entende que têm capacidade de desfilar”, explicou Costa.

O centro da cidade será a região do Rio com o maior número de desfiles autorizados pela prefeitura em 2024. Ao todo, serão 128 apresentações. Já a zona sul receberá 98 desfiles oficiais, de acordo com a lista preliminar da Riotur. Os bairros da Grande Tijuca, na zona norte do Rio, vão receber 60 desfiles durante o período do carnaval. Os demais bairros da região vão contar com 56 apresentações por suas ruas e avenidas. As ilhas de Paquetá e do Governador vão ter 34 desfiles oficiais. A Riotur autorizou também 27 desfiles na região de Bangu e 12 cortejos nos bairros da Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Vargem Grande e Vargem Pequena.

Os foliões também vão ter nove desfiles de diferentes blocos em Jacarepaguá, além de mais 29 nos demais bairros da zona oeste do Rio.

Megablocos

Os chamados megablocos já começam a desfilar no fim de semana do dia 13 de janeiro na Rua 1º de Março e Avenida Antonio Carlos. “Os blocos com mais de 100 mil foliões a gente levou para desfilar ali, que é o circuito dos megablocos, mais confortável para os foliões, onde o controle é mais fácil. E ali se consegue aglomerar mais gente do que nos lugares originais dos blocos do Rio”, afirmou Costa.

O número de megablocos autorizados para desfilar em 2024 é recorde, tendo subido de oito para dez. “São blocos que a gente identificou que cresceram de tamanho nos lugares onde desfilavam e achamos por bem levá-los para o circuito de megablocos”, explicou o presidente da Riotur. São eles: Carrossel de Emoções, Chá da Alice, Bloco da Gold, Bloco da Lexa, Chora Me Liga, Cordão da Bola Preta, Fervo da Lud, Bloco da Anitta, Bloco da Favorita e Monobloco. Este ano traz uma novidade, que é a volta da cantora Preta Gil, após tratamento médico, que receberá uma homenagem ao seu Bloco da Preta, durante o desfile do Bloco da Favorita.

Entre os ajustes realizados pela prefeitura carioca em 2024 para a logística da festa está o aumento dos desfiles no centro da cidade. Serão 128 este ano, contra 119, em 2023.

A programação dos grandes desfiles terá início no dia 20 deste mês, três semanas antes do carnaval, com show do Carrossel de Emoções. O período com a maior concentração de blocos será entre 7 e 14 de fevereiro, com 244 desfiles.

Veja o calendário dos megablocos:

Carrossel de Emoções - 20/1 - Sábado (três semanas antes do carnaval)

Bloco Chá da Alice - 21/1 - Domingo (três semanas antes do carnaval)

Bloco da Gold - 27/1 - Sábado (duas semanas antes do carnaval)

Bloco da Lexa - 28/1 - Domingo (duas semanas antes do carnaval)

Bloco Chora Me Liga - 3/2 - Sábado (uma semana antes do carnaval)

Bloco da Preta - 4/2 - Domingo (uma semana antes do carnaval)

Cordão do Bola Preta - 10/2 - Sábado de carnaval

Fervo da Lud - 13/2 - Terça-feira de carnaval

Bloco da Anitta - 17/2 - Sábado pós-carnaval

Monobloco - 18/2 - Domingo pós-carnaval

Infraestrutura

Ronnie Costa afirmou que, considerando a operação bem-sucedida no carnaval do ano passado e também a do Réveillon, a meta é aprimorar ainda mais para que o esquema operacional deste carnaval seja ainda melhor, tanto na segurança como para o conforto dos foliões. “A novidade que a gente traz para este carnaval é o que a gente acertou no Réveillon com as câmeras de reconhecimento facial. Drones da Polícia Militar e da prefeitura vão estar também à disposição, de modo que a gente vai conseguir oferecer um bom serviço, além de ter aumentado a oferta da infraestrutura para que os blocos possam passar com excelência.”

De acordo com a Riotur, a área médica contará com nove postos médicos espalhados pela cidade, com toda infraestrutura necessária para atendimento ao público, além de 250 diárias de unidades de tratamento intensivo (UTIs) e 1,2 mil diárias de maqueiros. A organização dessa área será dividida entre a Secretaria Municipal de Saúde e a empresa escolhida pela vencedora do Caderno de Encargos. O objetivo é não inflar o sistema público com atendimentos médicos de baixa complexidade. Em relação à hidratação dos foliões, Costa informou que foi feita uma resolução conjunta com o governo do estado e haverá pontos de hidratação espalhados pela cidade e agentes da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) distribuindo água, além de carros-pipa “para refrescar os foliões que vierem ao Rio de Janeiro para curtir o feriado que é a festa do carnaval do Rio”, disse o presidente da Riotur.

Os foliões contarão com 34 mil banheiros químicos posicionados nas áreas onde passarão os blocos, sendo 10% para pessoas com deficiência (PCDs). “Acho que é supersuficiente”, disse Ronnie Costa. Haverá serviços de limpeza, com manutenção permanente. A Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) vai disponibilizar estrutura com 15 postos de abastecimento móveis credenciados.

Na esfera da segurança pública, a Polícia Militar estará presente com dez torres de observação (período de 30 dias de atuação); cercamento para controle de acesso, com fornecimento de grades para operação de controle de acesso do público no circuito de megablocos, na região central da cidade. Também serão usados 250 detectores de metais.

A Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio de Janeiro (CET-Rio) terá 2,5 mil diárias de operadores de trânsito terceirizados, com carga horária de dez horas. Ainda no apoio à operação serão disponibilizados frascos de 120 ml de protetor solar.

Aplicativo

Para o carnaval 2024, a Riotur vai lançar em todas as plataformas digitais, a partir do próximo dia 12, um aplicativo para facilitar a vida do folião carioca e dos turistas que vierem curtir os festejos de Momo. A ferramenta vai ajudar a localizar os blocos por geolocalização. Além disso, os foliões poderão buscar informações dos blocos, desfiles e notícias relacionadas ao carnaval de rua no site oficial.

Ambulantes

A Dream Factory, empresa responsável pela produção da folia das ruas este ano, também responde pelo credenciamento dos vendedores ambulantes, que alcançaram número recorde: 15 mil. Os credenciados recebem um kit especial com colete, credencial com foto, cordão, e isopor (com capacidade para 44 litros); além de um treinamento onde os sorteados passarão por palestras obrigatórias sobre legislação básica, forma de atuação da fiscalização e sobre as vedações e obrigações dos promotores de vendas.

Seguindo o cronograma estabelecido em conjunto com a Riotur, a empresa começou a instalar ontem (3) as cercas de proteção de jardins, monumentos e canteiros de vegetação em praças e locais que estejam no trajeto dos blocos autorizados pela prefeitura. Ao todo, serão utilizados 20 mil metros lineares de cercas. A expectativa é que até o dia 7 de fevereiro todos os pontos determinados estejam prontos.

Com a chegada da Primavera no Brasil e o verão europeu, as temperaturas tendem a diminuir no país e as tendências de roupas são transmitidas nos desfiles internacionais. Durante as semanas de moda de Londres, Milão, Florença e Paris, o público foi apresentando às tendências para a primavera/verão. A personal stylist Dayane Luna cita cinco tendências para a próxima temporada. Confira a seguir. 

Quiet luxury - (luxo silencioso, em inglês) continuará em alta na temporada de primavera/verão 2024. O estilo engloba peças mais básicas e discretas, produzidas a partir de tecidos de alta qualidade, por isso, são duráveis e versáteis. 

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Blazer - Várias grifes investiram em peças com ombreiras largas e alguns modelos transpassados, com tecidos que variam em uma mistura de lã ou seda. Algumas coleções incluem gola alta, como a Bottega Veneta, e uma jaqueta com lapelas de smoking de Stella McCartney. 

Vestido branco - Os vestidos são uma grande aposta para a temporada primavera/verão como o modelo sem mangas, midi com corte reto e acinturado apresentado pela Prada e o modelo justo na parte de cima e mais solto na parte de baixo da grife Chloé, chamado de "fit and flare".

Workwear - Sem deixar o streetwear de lado, o workwear mostrou que vem com força na temporada primavera/verão 2024. Os desfiles evidenciaram o regresso desse estilo a partir de camisas com vários bolsos e calças cargo, tanto para homens quanto para mulheres. 

Alfaiataria - Com grande destaque nos desfiles da Zegna, as peças em alfaiataria foram apresentadas de forma funcional e nada óbvias, mas bastante assertivas para quem gosta desse estilo de roupa e quer estar por dentro da moda.

A Semana de Moda em Milão começou nesta terça-feira (12) e o desafio de algumas das modelos é a preparação para desfilar. Os desfiles são as expressões dos artistas nas passarelas e as modelos possuem a obrigação de demonstrar como o look final é usado no corpo. Por começarem a desfilar jovens, o processo hormonal se torna precoce e antecede alguns problemas – o ressecamento vaginal é um deles. A ginecologista e obstetra de São Paulo, Daniela Miyake, explica sobre como funciona esse processo nas mulheres e também modelos.  

Para o corpo ficar em perfeito estado de apresentação, e algumas delas desfilam quase nuas, a lubrificação não pode estar em evidência. Antes de focar no assunto das modelos, é preciso entender primeiro sobre o que significa secura/ressecamento vaginal. “É quando a gente tem uma perda ou diminuição da lubrificação natural da região íntima. Então, nas paredes vaginais sempre tem um muco mais transparente ou, às vezes, com mais cor e com cheiro característico que é produzido pelas glândulas dessa região para promover a lubrificação dessa área”, pontua Daniela.

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A causa mais importante é a falta de estrogênio (normalmente visto em mulheres na menopausa). Quando a mulher está no período da menopausa, ela tem uma produção muito baixa, quase zero, dessa fase, o que causa a diminuição desse líquido. Do ponto de vista da ginecologista Miyake, os pontos importantes para darem início a secura vaginal não apenas em modelos que são jovens, mas nas mulheres que ainda não chegaram na fase da menopausa de forma geral, são: estresse diário, atividade física intensa, infecções vaginais (como a candidíase).

Há duas outras causas também que são o aleitamento materno, endometriose e as pílulas contraceptivas porque costumam causar um espessamento dessa lubrificação e faz parte do mecanismo de ação para tratar e corrigir esse problema, a ginecologista recomenda o uso de hormônio, se necessário; e o aplicador de hidratantes vaginais duas vezes na semana.  

Ressecamento vaginal na atividade sexual 

Os lubrificantes são usados durante o ato sexual e o que os especialistas indicam são aqueles à base de água (KY, por exemplo). O ressecamento pode causar uma penetração mais dolorosa porque não desliza e não tem lubrificação natural durante a relação. Com isso, os resultados no corpo da mulher podem ser microlesões, sangramentos, queimação, ardor, coceiras e incômodo ao longo do dia.  

 

A segunda e última noite de desfiles das principais escolas de samba do Rio de Janeiro começou às 22h de segunda-feira (20) e terminou às 5h45 desta terça-feira (21). Não faltaram luxo, emoção, torcida e lamentação.

A Paraíso do Tuiuti abriu os trabalhos com uma exibição simples, mas competente e provavelmente capaz de mantê-la na elite; a Portela, alvo da maior expectativa da noite, fez um desfile histórico, mas teve um carro quebrado e problemas suficientes para impedir que ela retorne no desfile das campeãs, que reúne as seis escolas mais bem classificadas e vai acontecer no próximo sábado (25); e a partir daí seguiram-se quatro escolas que têm chances de vencer o campeonato: Unidos de Vila Isabel, Imperatriz Leopoldinense, Beija-Flor e Viradouro.

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Elas concorrem com Mangueira, Salgueiro e Grande Rio, destaques da primeira noite - mas Salgueiro e Grande Rio tiveram problemas de evolução e têm menos chances de vitória. A escola rebaixada deve sair da primeira noite de desfiles - Mocidade e Império correm riscos.

A primeira escola a desfilar na segunda noite de exibições foi a Paraíso do Tuiuti, agremiação do morro do Tuiuti, em São Cristóvão (zona norte do Rio) que exaltou o estado do Pará a partir da história da chegada dos búfalos à ilha. Penúltima colocada no concurso de 2022, a escola queria se manter na elite, e certamente atingiu esse objetivo: fez um desfile correto, em vários aspectos superior a escolas tradicionais como Mocidade Independente de Padre Miguel e Portela, que tiveram problemas com carros alegóricos e vão perder pontos por isso.

As fantasias e alegorias da Tuiuti eram simples, comparadas à oponência de Salgueiro ou Grande Rio, mas o enredo foi muito bem contado, como é praxe no trabalho da consagrada carnavalesca Rosa Magalhães, maior vencedora de desfiles na "era sambódromo", como é chamado o período a partir de 1984, quando a atual passarela do samba foi inaugurada. Rosa divide a função de carnavalesca da Tuiuti com João Victor Araújo.

O desfile começou contando a importância dos búfalos na Índia e o comércio de especiarias e outros produtos indianos com o mundo. Aí chegou ao Pará, porque no século XIX um navio saiu da Índia rumo à Guiana Francesa levando especiarias e búfalos, mas naufragou na costa brasileira e só os animais sobreviveram. Eles chegaram à ilha de Marajó e se tornaram um símbolo dela, servindo como atração turística, montaria para a polícia e fornecedores de leite, por exemplo. Tudo isso foi narrado durante o desfile, com fantasias coloridas e um samba com refrões fáceis de cantar.

O segundo desfile da noite foi da Portela, cuja apresentação era a mais esperada da noite. A escola de Madureira (zona norte do Rio), recordista de títulos no carnaval carioca (22), comemora seu centenário neste ano e contou sua própria história na avenida. A escola não era considerada grande candidata ao título, porque houve dificuldades na preparação do carnaval, mas havia expectativa de uma apresentação inesquecível e da volta no desfile das campeãs.

Mas o terceiro carro alegórico teve problemas desde o início da exibição e quebrou pouco antes da primeira cabine de jurados. Chegou a bater na grade que separa as frisas da pista, e causou a abertura de um espaço de aproximadamente cem metros na pista (que tem 700 metros). Isso vai gerar perda de pontos e tornou muito improvável que a Portela consiga voltar entre as campeãs.

De toda forma, o desfile foi histórico pelo enredo e pelas homenagens. O que não faltou foram celebridades e personagens históricos da escola, como Paulinho da Viola, Zeca Pagodinho, Marisa Monte, Diogo Nogueira, Luiza Brunet e Adriane Galisteu. Uma novidade foi um conjunto de drones que formaram no céu palavras ou expressões como "Portela", "100 anos", "Monarco" e "Clara", esta referência à cantora portelense Clara Nunes.

A terceira escola a desfilar foi a Unidos de Vila Isabel, de novo sob as ordens do carnavalesco Paulo Barros. Ele apresentou festas religiosas pelo Brasil e pelo mundo, um enredo simples, expresso em alegorias e fantasias muito luxuosas e de fácil compreensão. Foi o primeiro desfile que a escola faz sob a gestão do presidente Luizinho Guimarães, filho de Ailton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães, contraventor e um dos fundadores da Liga Independente das Escolas de Samba. Ele é figura constante nos desfiles da Sapucaí e iria desfilar junto com o cantor e compositor Martinho da Vila, presidente de honra da escola.

Mas desde dezembro Guimarães cumpre prisão domiciliar, sob acusação de ter mandado matar o pastor Fábio Sardinha, assassinado em junho de 2020. Então, restou ao filho Luizinho dedicar o desfile ao pai: "isso acaba trazendo mais motivação ainda pra poder entregar esse título pra ele. Sei que ele vai ficar orgulhoso vendo a Vila em casa", afirmou. Questões policiais à parte, a Vila fez um excelente desfile, digno dos melhores momentos de Paulo Barros, e deve voltar entre as campeãs - e talvez encerre o desfile, como campeã do ano.

A quarta escola a desfilar foi a Imperatriz Leopoldinense. Na estreia da segunda passagem do carnavalesco Leandro Vieira (ele já havia trabalhado na escola em 2020, quando a Imperatriz disputou e venceu o concurso da segunda divisão), a escola contou a morte de Lampião e a tentativa dele de ingressar no inferno e no céu. Recusado em ambos, acabou indo... desfilar na Imperatriz. A história pode soar fantástica demais, mas foi muito bem contada pela escola de Ramos (zona norte do Rio), que esbanjou luxo em fantasia e alegorias.

A Beija-Flor foi a penúltima escola a desfilar e levou um susto a poucos minutos do início de sua apresentação: o carro abre-alas sofreu um princípio de incêndio quando faíscas atingiram material inflamável. Mas o problema foi sanado antes de o desfile começar, então não causou reflexos na avenida. Apenas o susto de um integrante, Edson Gouveia, que iria desfilar na plataforma atingida pelo fogo. Recomposto, ele foi reintegrado ao carro alegórico.

Resolvido esse problema, a Beija-Flor falou sobre os 200 anos da expulsão das tropas portuguesas da Bahia, que ocorreu em 1823 e consolidou a independência brasileira - a escola defendeu a ideia de que essa foi a verdadeira independência do Brasil. Com carros alegóricos e fantasias muito luxuosas e a habitual disposição dos desfilantes, que não pararam de cantar o samba interpretado por Neguinho da Beija-Flor em parceria com Ludmilla.

Coube à Unidos do Viradouro, de Niterói (região metropolitana do Rio), encerrar a segunda noite de desfiles das escolas de samba do Rio. A agremiação homenageou Rosa Maria Egipcíaca (1719-1771), africana que aos 6 anos de idade foi escravizada e trazida ao Brasil. Inicialmente obrigada a fazer serviços domésticos, depois ela foi vendida a donos de minas de ouro, que passaram a explorá-la sexualmente.

Como tinha sonhos e visões que se concretizavam, passou a ser considerada bruxa pela Igreja Católica, embora cultuada pelo povo. Foi presa em um convento no Rio, onde aprendeu a ler e escreveu um livro autobiográfico - o primeiro livro escrito por uma mulher negra no Brasil. Com alegorias muito bem trabalhadas, fantasias luxuosas e desfilantes muito animados, a escola encerrou sua exibição já sob os primeiros raios de sol, aos gritos de campeã.

O Sambódromo do Rio de Janeiro, na Avenida Marquês de Sapucaí, recebe hoje (17) e amanhã os desfiles da Série Ouro, da Liga das Escolas de Samba. Pela Série Ouro - responsável pela abertura oficial do carnaval na Marquês de Sapucaí e principal grupo de acesso ao desfile principal -, se apresentarão escolas tradicionais como União da Ilha, São Clemente, Estácio de Sá e Império da Tijuca. A disputa pelo título promete ser acirrada: 15 escolas vão disputar a taça e somente uma vai garantir o acesso, em 2024, ao grupo de elite, junto com as agremiações do Grupo Especial.

Ingressos

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Os ingressos de arquibancada para os desfiles da Série Ouro estão à venda desde o dia 9, no estande de atendimento montado na Avenida Salvador de Sá, atrás do Setor 11 do Sambódromo, de segunda à sexta-feira, das 10h às 16h. O valor é de R$ 25, à exceção do Setor 9, que custa R$ 50.

Público

 A  Liga-RJ estima um público médio de 120 mil pessoas por dia, entre espectadores nas arquibancadas e camarotes, integrantes dos desfiles, profissionais do carnaval e de outras áreas. A Série Ouro era conhecida como Grupo de Acesso. A nova nomenclatura passou a valer em 2021, após mudança promovida pela Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Lierj).

Ordem dos desfiles

Sexta (17) 

Arranco do Engenho de Dentro 

Enredo: Espinguela, chão do meu terreiro

Na figura do líder religioso, compositor, jornalista, arengueiro e um dos fundadores da Mangueira, Zé Espinguela, a agremiação que festeja 50 anos de fundação, vai mostrar o nascimento dos desfiles das escolas de samba. Evento que começou em seu terreiro, no Engenho de Dentro, onde hoje está a quadra da escola. O enredo é de autoria do carnavalesco Antônio Gonzaga.

Lins Imperial

Enredo: Madame Satã, resistir para existir

A agremiação vai levar para a Sapucaí a história de João Francisco dos Santos, o Madame Satã, carioca icônico da primeira metade do século 20, em forma de manifesto. Nordestino, preto e homossexual, o “bicha malandro” fez da Lapa, no centro do Rio, o seu mundo. Na visão dos carnavalescos Edu Gonçalves e Ray Menezes, ele é símbolo de "reexistência" e vai ao encontro de enredos que celebram personalidades negras.

Acadêmicos de Vigário Geral

Enredo: A fantástica fábrica da alegria

O enredo dos carnavalescos Alexandre Costa, Lino Sales e Marcus do Val conta a vida do menino Samir, cria da comunidade, que sempre sonhou em encontrar o bilhete premiado e realizar todas as suas fantasias. A ideia é conduzir o público numa viagem a momentos de alegria, pelo simples prazer de ser feliz, despreocupado como uma criança.

Estácio de Sá

Enredo: São João, São Luís, Maranhão! Acende a fogueira do meu coração

Em uma fábula, o carnavalesco Mauro Leite vai mesclar o pagão e o religioso no encontro entre São João e São Luiz, por meio de uma fábula. Eles se encontram no céu e decidem vir à Terra na companhia de outros santos, com a missão de abençoar o festejo junino do Maranhão.

Unidos de Padre Miguel

Enredo: Baião de mouros

A escola fará um paralelo entre o deserto e o sertão, a música, o chapéu do cangaceiro, leques e guarda-sóis, o uso de tapetes e as janelas quadriculadas e os azulejos, do comércio do mascate ao gibão que cobre um cabra, fazendo um passeio pela Península Ibérica conquistada por árabes do Norte da África e o domínio mouro no Nordeste. Os carnavalescos Edson Pereira e Wagner Gonçalves pretendem retratar a influência/interferência árabe, moura e muçulmana na região.

Acadêmicos de Niterói

Enredo: Carnaval da vitória

A agremiação vai apresentar o enredo desenvolvido pelo carnavalesco André Rodrigues, usando como fio condutor a comemoração dos 450 anos da cidade de Niterói. Assim como o Carnaval da vitória, de 1946, que marcou o retorno dos festejos após o fim da II Guerra Mundial e foi um momento de revolução e de estabelecimento de paradigmas para o carnaval niteroiense, o enredo também tem a força de ser uma pedra base, sobre a qual irá se edificar a fundação da escola.

São Clemente

Enredo: O achamento do velho mundo

De retorno à São Clemente, o carnavalesco Jorge Silveira propõe uma viagem no tempo, de um jeito divertido e irreverente. Na visão da escola, os povos originários do país vão fazer o caminho inverso dos descobridores, da Praia de Botafogo, na zona sul do Rio, direto para a Europa.

Sábado (18) 

União de Jacarepaguá

Enredo: Manuel Congo, Mariana Crioula, os heróis da liberdade no Vale do Café

Os carnavalescos Lucas Lopes e Rodrigo Meiners vão contar a história de Manuel Congo, que liderou a maior rebelião de escravizados no Vale do Paraíba, em Paty do Alferes, e Mariana Crioula, que participou do mesmo movimento, sendo aclamada a rainha do quilombo formado pelos negros fugitivos “pertencentes” ao capitão-mor de ordenanças Manuel Francisco Xavier.

Unidos da Ponte

Enredo: Liberte nosso sagrado: o legado ancestral de Mãe Meninazinha de Oxum

Os carnavalescos Rodrigo Marques e Guilherme Diniz vão abordar a saga contra o racismo religioso de uma das mais importantes yalorixás do Brasil: Mãe Meninazinha de Oxum. O enredo celebra também a ligação da mãe de santo com a cidade de São João do Meriti, sede da agremiação.

Unidos de Bangu

Enredo: Aganjú, a visão do fogo, a voz do trovão no Reino de Oyo

O carnavalesco Robson Goulart vai contar a história do quinto alafim (rei) no Império de Oyó, filho de Ajacá, neto de Oraniã e sobrinho de Xangô. Representação máxima do poder de Olorum. No Brasil, o orixá carrega algumas características de Xangô e representa tudo que é explosivo, que não tem controle, sendo a personificação dos vulcões.

Em Cima da Hora

Enredo: Esperança, presente!

O enredo desenvolvido pelos carnavalescos Marco Antonio Falleiros e Carlos Eduardo vai contar a história de Esperança Garcia, mulher negra escravizada que, no século 18, no Piauí colonizado, ergueu-se como voz da resistência e lutou contra os terrores da escravização. Esperança aprendeu a ler e a escrever, e usou o saber como arma de enfrentamento: redigiu uma carta denunciando os horrores do Piauí escravocrata e as violências que sofria, documento hoje considerado uma das primeiras cartas de Direito.

Unidos Porto da Pedra

Enredo: A invenção da Amazônia, um delírio do imaginário de Júlio Verne

Baseado no livro A Jangada: 800 léguas pelo Amazonas, o carnavalesco Mauro Quintaes vai promover uma aventura delirante do escritor francês Júlio Verne - pai da ficção científica e de fantasia. O escritor, que jamais pisou em solo brasileiro, vai, pelas mãos da Unidos do Porto da Pedra, fazer uma fascinante viagem pela Amazônia.

União da Ilha do Governador

Enredo: O encontro das águias no templo de Momo

O carnavalesco Cahê Rodrigues vai prestar uma homenagem à madrinha da escola insulana, a Portela, que completa 100 anos de fundação em 2023. Juntas, as águias - símbolo da Portela e da União da Ilha do Governador - voarão juntas para resgatar a magia e a alegria do carnaval na Sapucaí.

Império da Tijuca

Enredo: Cores do axé

Os carnavalescos Júnior Pernambucano e Ricardo Hessez desenvolveram um enredo sobre o universo religioso afro-brasileiro, baseado nas obras do pintor e escultor Carybé. Para a tradição nagô-iorubá, o axé é a energia vital que está presente no universo desde sua criação. E com maestria, entre ritos e celebrações do terreiro, festas e aglomerações das ruas, vários momentos repletos de energia (axé) ganharam contorno nas obras do artista.

Inocentes de Belford Roxo

Enredo: Mulheres de barro

O carnavalesco Lucas Milato vai contar na Sapucaí a história das paneleiras capixabas, da região de Goiabeiras Velha, região de Vitória, no Espírito Santo. Donas de um saber que existe há mais de 400 anos, elas receberam das mãos das mulheres indígenas o poder ancestral da arte e as técnicas utilizadas na confecção de panelas de barro vindas dos povos Tupi-Guarani e foram passadas de geração em geração entre as tribos. Defendendo a importância dessa arte, o grupo de mulheres lutou por espaço na sociedade e na cultura capixaba. Hoje, o saber das paneleiras é reconhecido como patrimônio cultural imaterial.

Como chegar ao Sambódromo

Para acessar o Sambódromo é recomendada a utilização de transporte público coletivo regulamentado:

Metrô: o público destinado aos setores pares deve utilizar as estações Cidade Nova, Estácio e Praça Onze. Para os setores ímpares, deve ser utilizada a estação Central do Brasil.

Trem: para ambos os lados da Sapucaí, utilizar a estação Central do Brasil.

Ônibus de linhas regulares: mais de 50 linhas passam pela área do evento, procedentes de diversas regiões da cidade.

A prefeitura também recomenda que seja evitada a circulação de carro no centro da cidade e que se busque rotas alternativas, devido ao grande número de interdições na região, com especial atenção nesta sexta-feira (17) e sábado (18), dias em que ocorrerão os deslocamentos de carros alegóricos para os desfiles na Sapucaí. O Poder Público alerta para os locais de proibição de estacionamento e atenção aos horários de restrições, pois os carros estacionados em locais irregulares estarão sujeitos a reboque.

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A UNAMA – Universidade da Amazônia abriu as portas para a 17ª edição do Amazônia Fashion Week (AFW), o evento de moda mais importante da região Norte do país, na última quinta-feira (10), no auditório David Mufarrej, em Belém. A programação segue até o sábado (11), no Sesc Ver-o-Peso e Espaço São José Liberto, com o tema “Modernismos da Moda”, em alusão aos 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922.

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A abertura também marcou a volta dos desfiles presenciais após dois anos de transmissão on-line do evento em decorrência da pandemia de covid-19. Um deles apresentou 15 looks que marcaram a trajetória do Amazônia Fashion Week, sendo também uma homenagem às criadoras e pioneiras da Associação de Costureiras e Artesãs da Amazônia (Costamazônia), organização que promove o evento.

Ao falar sobre a programação, Felicia Assmar Maia, coordenadora do Amazônia Fashion Week e do curso de Moda da UNAMA, destacou que esse é um momento de esperança e que as pessoas estão confiantes em um futuro melhor. A respeito do tema, ela afirmou que o modernismo, mais do que uma simples tendência, é um espírito de vida e a busca pelo novo.

A ideia é compartilhar os mesmos valores trazidos pela Semana de Arte Moderna há um século. “Buscar coisas novas, uma moda avante, que seja algo que represente esse espírito de liberdade que o momento está nos dando a oportunidade de viver”, complementou.

Felicia também enfatizou que eventos como esse significam um momento de vivência profissional, em que os estudantes têm a oportunidade de entender como os processos funcionam nos bastidores, para além do glamour das passarelas. “Quando eles chegam no mercado, eles já tiveram essa vivência. É um momento ímpar na formação acadêmica dos alunos”, afirmou.

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O segundo desfile da noite, chamado “Impressões Caleidoscópicas”, apresentou looks resultantes de um processo criativo da equipe de produção do AFW e pintados à mão por diversos artistas plásticos. Rose Maiorana, empresária e artista plástica envolvida no projeto, contou que recebeu com muita honra o convite para participar do evento e falou sobre o seu processo de criação.

“A minha pintura é colorida porque, graças a Deus, eu vejo o mundo colorido. Não vejo o mundo em preto e branco, depois de tantas coisas que nós passamos, e mudou a minha cabeça. A pandemia mudou muita gente, como a minha, como a de vocês, jovens. Eu comecei a me inspirar e todo dia eu pintava um pedacinho”, relembrou.

Em um discurso durante a abertura, a professora e reitora da UNAMA, Betânia Fidalgo, afirmou que a arte é uma expressão que utiliza a ciência para entender o seu contexto e faz isso de uma forma que usa, além do sentimento, a cultura na qual está inserida. A educadora refletiu sobre a moda como uma forma de entendermos quem somos, sendo este um grande desafio para todos nós.

Betânia Fidalgo falou sobre as lições que as diversas expressões da arte, inclusive a moda, vão deixar para as futuras gerações. “Eu tenho certeza que devem ser pautadas no mundo de respeito, de solidariedade, de construção junto com a diversidade. Um mundo onde a gente possa olhar para cada um de nós e nos enxergarmos como pessoas humanas”, acrescentou.

O professor e pró-reitor de ensino da UNAMA, Éden Ferreira, destacou a importância do envolvimento dos estudantes e disse que a universidade contribui e favorece esse espaço por meio do curso de Moda. “Dentro desse evento, o nosso aluno consegue interagir, participar e envolver na prática tudo o que ele vê dentro de sala de aula, integrando, experienciando e conhecendo cada vez mais, aprofundando cada vez mais a ciência por trás da moda”, concluiu.

Por Isabella Cordeiro, com apoio de Ana Luísa Cintra e Even Oliveira (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

O Amazônia Fashion Week (AFW), a mais importante semana de moda do Norte do país, chega à sua 17ª edição com o retorno dos desfiles presenciais, depois de dois anos com a programação transmitida pelo YouTube. O evento será entre os dias 10 e 12 de novembro, em espaços da UNAMA - Universidade da Amazônia, Sesc Ver-o-Peso e Espaço São José Liberto, com o tema "Modernismos na Moda".

A abertura será nesta quinta-feira (10/11), às 18h30, no auditório David Mufarrej, na UNAMA (avenida Alcindo Cacela, 287), em Belém, com um desfile formado por 15 looks icônicos que marcaram a trajetória do AFW. Essa será também uma oportunidade para homenagear as criadoras e pioneiras da Associação de Costureiras e Artesãs da Amazônia (Costamazônia), organização que promove o evento.

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Um desfile intitulado “Impressões Caleidoscópicas” apresentará looks resultantes de um processo criativo conjunto de toda a equipe de produção do AFW e pintados à mão pelos artistas plásticos Elieni Tenório, Emanuel Franco, Lara Dahas, Nin Matos, Rose Maiorana, Ruma de Albuquerque e Yuri Dahas. Exposição com o mesmo nome ficará em cartaz no Espaço Multiuso da Galeria Graça Landeira, também na UNAMA, até o dia 14 de novembro.

Na sexta-feira (11/11), oito marcas já consolidadas no mercado autoral da moda paraense apresentam suas coleções a partir das 18h30, no Sesc Ver-o-Peso. As marcas são: Amazônia Zen, Ludimila Heringer; Jalunalé; Lilia Lima, Madame Floresta, HB Design, Honni Gomes, Daniely Albuquerque e Costamazônia by Rosely Coelho. E, ainda, a artista plástica Elieni Tenório apresentará uma coleção de vestidos em crochê que foram tecidos durante o período de isolamento na pandemia.

No sábado (12/11), desfiles de 10 marcas de novos criadores encerram a programação, a partir das 17 horas, no Espaço São José Liberto. A noite contará também com a participação especial da Associação Educativa Rural e Artesanal da Vila de Joanes (AERAJ), no Marajó, que apresentará a coleção fruto do projeto "Nossa história cultural na aquarela da natureza", contemplado no edital Prêmio Preamar de Cultura em 2022, da Secretaria de Cultura do Estado do Pará (Secult).

O tema desta edição, “Modernismos na Moda”, foi escolhido em alusão aos 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922, comemorados este ano. O modernismo foi um movimento que transitou da arquitetura à literatura, da pintura à filosofia, chegando à moda. A ideia fundamental foi a de criar algo novo, esquecer velhos conceitos e visões ultrapassadas, ir em busca de liberdade.

Impulsionados por um contexto histórico conturbado, no qual grandes transformações estavam em curso, os artistas e intelectuais modernistas passaram a repensar a maneira de produzir arte e literatura, passando a valorizar o pensamento crítico. O modernismo também ocorre em um cenário de conquistas tecnológicas, progresso da indústria, aprofundamento do sistema capitalista e das desigualdades.

“Na moda, mais do que a busca pelo novo, o modernismo resgata a origem e a essência da roupa, busca formas simples, materiais especiais, bem trabalhados e acabados. Mais do que uma tendência qualquer, o modernismo busca a função e real justificativa de cada roupa. No AFW, isso resultou em coleções que refletem uma moda nova, avante, fresh, que se faz na região amazônica”, explica Felicia Assmar Maia, coordenadora geral do AFW.

Felícia explica, ainda, que, neste momento, em que a economia se recupera dos drásticos efeitos da pandemia da covid-19, o AFW deve reforçar sua função de divulgar a moda na região amazônica, contribuindo para o fortalecimento do mercado para os produtos provenientes da indústria de moda local. Para Felicia, “esse cenário se torna propício para a geração de empregos por causa de iniciativas locais de novos investimentos na área de confecção, concorrendo para o desenvolvimento econômico da região”.

O evento também proporciona estágio para alunos dos cursos de Moda e Estética e Cosmética da UNAMA, que têm a oportunidade de adquirir vivência profissional na área de produção de moda.

Os resultados positivos das 16 edições do AFW, de 2007 a 2021 (três edições digitais, a última em novembro de 2021), e o crescimento da produção local através de micro e pequenos empreendedores impulsionam esse trabalho de divulgação da produção de moda local, para que esta, passando a ter credibilidade no setor econômico, possa conduzir à criação de um polo de moda na região, tendo como ponto de referência a cidade de Belém, no Estado do Pará.

A 17ª edição do AFW tem o patrocínio do SEBRAE e da UNAMA - Universidade da Amazônia, com e apoio do Espaço São José Liberto, KB Criando, Revelle Models e Sunshine Cabeleireiro.

Da Agecom UNAMA.

 

 

A noite deste sábado (30) será de festa na Marques de Sapucaí com a apresentação das seis escolas de samba do Grupo Especial mais bem colocadas no desfile deste ano. A programação começa às 21h30. O Salgueiro, sexta colocada, será a primeira a se apresentar.

A vermelho e branco da Tijuca, que somou 268.3 pontos, desfilou com 3 mil integrantes, que defenderam o enredo Resistência, mostrando que a palavra define a história da população negra no Rio de Janeiro. Com a condição de ter sido a primeira escola a introduzir a temática africana nos desfiles, o Salgueiro levará novamente para a avenida a cultura religiosa, as tradições de comemorações, das rodas de capoeira e de danças como o jongo, sem esquecer de criticar o racismo que ainda existe em pleno ano de 2022.

A segunda a entrar na passarela será a Portela, mais uma escola que neste ano levou para o Sambódromo temas da cultura negra para os desfiles. Com o enredo IGI OSÈ BAOBÁ a escola mostrou que a árvore sagrada testemunha do tempo simboliza a conexão com a ancestralidade do povo africano, o pilar que une o céu e a terra, o elo entre vivos e mortos. O samba enredo empolgou os integrantes, e o baobá marcou presença em diversos setores da azul e branco de Oswaldo Cruz e Madureira.

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Na sequência entrará na avenida, a Escola de Samba Unidos de Vila Isabel, que, neste ano, homenageou um dos mais importantes símbolos da azul e branco da zona norte, o cantor e compositor Martinho da Vila, que, logo no início do desfile, animava o público quando saía de dentro do carro da comissão de frente coroado pelo orixá Omolu. O enredo Canta, Canta, Minha Gente! A Vila é de Martinho!, ajudou a escola a fazer uma apresentação alegre que promete se repetir neste sábado, no Desfile das Campeãs.

Campeã de 2020, a Viradouro ficou em terceiro lugar este ano, com 269.5 pontos. Depois de desfiles suspensos por causa da pandemia da covid-19, a vermelho e branco de Niterói escolheu o enredo Não Há Tristeza que Possa Suportar Tanta Alegria para Reviver o Carnaval de 1919, que ocorreu depois de outra pandemia, a da gripe espanhola. Fantasias irreverentes e alegorias luxuosas relembraram o carnaval daquele tempo. Não faltou nem o bonde que era usado nos desfiles da época. A agremiação de Niterói vai repetir a irreverência.

Com o enredo Empretecer o Pensamento É Ouvir a Voz da Beija-Flor, a vice-campeã do carnaval deste ano no Rio de Janeiro prestou homenagens a escritores negros de reconhecimento no Brasil e em nível internacional. A azul e branco de Nilópolis destacou ainda a religiosidade, a cultura e a luta de negros na história do país e da própria escola.

A conquista do primeiro título no Grupo Especial, depois de bater na trave por quatro anos, foi motivo de muita comemoração para a Grande Rio. Com o enredo Fala, Majeté! Sete Chaves de Exu, a escola criticou a intolerância religiosa com a homenagem ao orixá de religiões de matriz africana. A escola quis derrubar uma visão errada sobre a divindade, vista por alguns como promotor do mal, para mostrar que, na verdade, Exu abre caminhos e é guardião de outros orixás. A avenida verá  de novo hoje várias representações da divindade que ajudou a desemperrar o rumo da escola na busca pelo campeonato.

O Carnaval de 2022 foi oficialmente adiado pela prefeitura do Rio para abril, por causa do avanço da variante Ômicron da Covid-19, com retomada de casos e, em ritmo menor, de mortes. Os cariocas, porém, não esqueceram a festa. O fim de semana carnavalesco na cidade foi marcado por bailes fechados, festas em quadras de agremiações e blocos clandestinos. Houve até um minidesfile das escolas de samba do Grupo Especial, embora longe da Marquês de Sapucaí.

Em evento organizado pela Liga das Escolas de Samba (Liesa) na Cidade do Samba, seis escolas se apresentaram na noite de sábado. Foi uma prévia do que será o desfile oficial deste ano, transferido para o feriado de Tiradentes. Imperatriz Leopoldinense, São Clemente, Vila Isabel, Salgueiro e Beija-Flor fizeram apresentações no palco, com cerca de 150 integrantes cada. Eram passistas, ritmistas, baianas, mestre-sala e porta-bandeiras e Velhas Guardas. Cantaram seu antigos sucessos, mas também apresentaram os sambas compostos para este ano.

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Além das apresentações no palco da Cidade do Samba, as agremiações fizeram pequenos desfiles na pista que circunda a praça central do espaço, voltado à produção de alegorias e fantasias. A pista ganhou um tratamento similar ao recebido pelo sambódromo, com pintura e iluminação cênicas. Houve até queima de fogos abrindo apresentações, como na Marquês de Sapucaí. Segundo os organizadores, o evento reuniu 5 mil pessoas.

Na noite deste domingo (27), estava prevista a apresentação de Paraíso do Tuiuti, Unidos da Tijuca, Mangueira, Mocidade Independente, Grande Rio e Viradouro - campeã do carnaval de 2020, o último antes do agravamento da pandemia. A apresentação do evento ficou a cargo do carnavalesco e comentarista Milton Cunha.

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Blocos

As quadras das escolas de samba também realizaram eventos fechados - mediante apresentação do passaporte vacinal - neste fim de semana. O CarnaPortela vai até amanhã, com atrações como a cantora Alcione. No Salgueiro, vários blocos se apresentam no CarnaSal. Anteontem, a Mangueira fez um evento no Palácio do Samba, acompanhado do bloco Céu na Terra.

Os bailes fechados, que também estão autorizados mediante apresentação do passaporte vacinal, foram outra alternativa para os blocos que não puderam se apresentar nas ruas. Só o Cordão da Bola Preta, um dos mais tradicionais blocos do Carnaval do Rio, tem 13 apresentações previstas. Neste domingo foram duas: no Baile de Carnaval do Clube do Samba, no Vivo Rio, e no CarnaPortela, na quadra da Portela, em Madureira.

Clandestinos

A Secretaria de Ordem Pública (Seop) e a Guarda Municipal desmobilizaram oito blocos de carnaval na cidade do Rio neste fim de semana. Foram três dispersões no sábado e cinco, no domingo. A área de maior concentração desses grupos foi o Centro. Antes da pandemia, as ruas da região costumavam ser tomadas pelos foliões durante a festa. Mas neste ano os blocos foram proibidos, em uma tentativa da prefeitura de conter a proliferação da variante Ômicron do coronavírus.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Seop informou que monitora, por meio do setor de inteligência, eventos irregulares. A Guarda Municipal atua na desmobilização desses eventos. Os órgãos pedem "a conscientização e a colaboração da população para evitar participar de eventos do tipo". Ao todo, 1.260 agentes participam das operações. Oficialmente, a informação é de que a dispersão tem sido feita de forma rápida, à base do diálogo.

Perseguido historicamente, o carnaval vive mais um momento de ataques, segundo o pesquisador Milton Cunha, do Observatório do Carnaval do Museu Nacional/UFRJ. Para ele, a liberação de grandes eventos e festas privadas enquanto os desfiles das escolas de samba estão suspensos é uma postura elitista. "Entendo quando a autoridade bloqueia tudo. Liberar uns e não liberar outros mostra dois pesos, duas medidas", disse ao Estadão.

"Você, artista popular, não vamos cantar a sua música, mas o bloco da cantora ‘tal’ está preservado e poderá ir à arena com milhares de pessoas, são os que podem pagar os R$ 100 de entrada, mais as bebidas. Que janela é essa que fecha para a exibição do artista popular, de comunidade, de escola de samba? É muito sintomático você ver que a branquitude pode e a negritude não pode", comparou Cunha, que estudou o carnaval no mestrado, doutorado e pós-doutorado e popularmente é conhecido por ser comentarista de desfiles na televisão.

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"Qual seria o contágio seletivo do carnaval da Sapucaí que não acontece na arquibancada na Fórmula 1, no show gospel? Qual critério científico para poder aglomerar e cantar para Jesus e você não poder cantar e dançar pra sua escola de samba? Que vírus é esse que reage de diferentes formas para quem canta gospel e samba? É conversa para boi dormir."

CONSERVADORISMO

Cunha considera que as frequentes associações do carnaval de 2020 ao espalhamento da covid-19 são reforçadas pelo conservadorismo. "Prove que as mortes vieram do sambódromo em 2020", desafia. Os primeiros casos da doença no País foram de pessoas que contraíram a doença do exterior ou de pessoas que vieram de fora. "O samba apanha desde que ele nasceu, é coisa de preto, de pobre, de comunidade."

TIRADENTES

Indagado pelo Estadão sobre a mudança no desfiles do Rio e de São Paulo para o feriado de Tiradentes, Cunha avalia que o evento terá uma atmosfera distinta de outros anos. Será mais um grande espetáculo, uma grande apresentação, mas sem estar dentro de um contexto festivo nacional, com outro simbolismo. "Na quinta de carnaval, quando o prefeito entrega a chave da cidade para o Rei momo, o Rio entra em transe, o ar da cidade muda, é uma energia doida, um torpor carnavalesco que não vai existir em abril", compara. "Os desfiles das escolas de samba vão ser um produto cultural que em nada vai estar circunscrito nesse torpor. Vai ser uma outra coisa, fora do contexto comum."

Foram aprovados 696 desfiles para o Carnaval de rua de São Paulo em 2022. As informações foram divulgadas pela prefeitura em publicação no Diário Oficial de quinta-feira (30). Esse é o maior número de blocos já confirmados na capital paulista. 

O governo municipal informou que esta é mais uma etapa do planejamento para o evento, mas que a realização dele depende das autorizações dos órgãos de Saúde, conforme o cenário epidemiológico da pandemia da Covid-19.

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Ainda de acordo com a prefeitura, 64 desfiles não foram autorizados, dos quais 23 foram por não retornarem o contato para o envio das informações solicitadas. Os motivos dos demais cancelamentos não foram informados. 

O Carnaval 2022 está previsto para os dias 26 de fevereiro a 1º de março, sendo o dia 2 de março a quarta-feira de cinzas.

Conhecido tradicionalmente como mês da folia no calendário brasileiro, fevereiro de 2021 será diferente. A pandemia de Covid-19 afetou a comemoração em praticamente todo o território nacional, já que estados e municípios suspenderam as principais festas e desfiles em virtude da possível escalada no número de infecções pelo novo coronavírus em meio às aglomerações de carnaval.

A decisão afeta até mesmo aqueles que não participam da folia, já que o carnaval não é considerado feriado nacional. A decisão de eximir os dias de trabalho do carnaval cabe a estados e municípios, que devem regulamentar o recesso por meio de leis ou decretos.

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Certas localidades do Brasil - como a capital, Brasília, - deixaram a decisão a cargo dos patrões, configurando assim o ponto facultativo, enquanto outras suspenderam totalmente a possibilidade de abono. Em grande parte do país, os dias em que normalmente se comemora o carnaval serão dias comuns, sem dispensa ou redução da jornada de trabalho.

Rio de Janeiro

No estado do Rio de Janeiro o ponto facultativo está mantido pelo governador em exercício, Cláudio Castro. Já na capital, o prefeito Eduardo Paes voltou atrás após decretar medida semelhante e suspendeu o ponto facultativo tanto na segunda (15), como na quarta-feira (17). O feriado será mantido na terça-feira (16) no estado e no município.

A prefeitura justificou a suspensão do ponto facultativo como uma das medidas para evitar aglomerações na cidade, que obedece ao planejamento conjunto de diversos órgãos para o período de carnaval.

Desfiles de blocos de rua e de escolas de samba estão proibidos na capital. Antes mesmo do decreto da prefeitura do Rio, representantes dessas manifestações culturais já tinham indicado que, diante dos efeitos da pandemia da Covid-19, não fariam os desfiles. Para Jorge Castanheira, presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), que reúne as agremiações do grupo especial, não seria possível manter os cuidados sanitários com os níveis de contaminação elevados que têm sido registrados, ainda mais após a evolução dos casos.

“É muito difícil para a gente ficar um ano inteiro na expectativa de preparar um espetáculo e não poder consumá-lo. A mesma coisa a questão de julho [quando estava previsto o carnaval fora de época]. A gente estava na expectativa de fazer o carnaval em julho. Não é possível pensar [nisso] com a pandemia no patamar em que se encontra. É lamentável para a gente, mas é uma questão mundial”, completou.

Com a suspensão dos desfiles, profissionais que pertencem à cadeia produtiva do carnaval ficaram sem trabalho justamente em um período em que costumam reforçar os rendimentos. A prefeitura do Rio lançou um edital de apoio ao setor que vai distribuir R$ 3 milhões a 125 propostas. A presidente da Associação Independente dos Blocos de Carnaval de Rua da Zona Sul, Santa Teresa e Centro da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro (Sebastiana), Rita Fernandes, afirmou que o edital seria recebido "com muita felicidade", já que o cancelamento da folia deixou muita gente sem trabalho.

“São artistas, artesãos, compositores, músicos e ritmistas, muitos profissionais que não vão trabalhar e precisavam de alguma ajudar para suprir essa ausência. Foi um passo de suma importância e abre caminho para editais de fomento à cultura no Rio", destacou. 

Bloco da Preta

Com os desfiles cancelados, a saída encontrada pelo Bloco da Preta, da cantora Preta Gil, é fazer uma live. O bloco, que é um dos mais esperados do carnaval carioca e no ano passado concentrou quase 400 mil pessoas no centro do Rio, em 2021 reunirá o público de forma virtual neste domingo (14) às 16h. Segundo a cantora, parte da arrecadação com patrocínios vai ser destinada aos catadores de lixo e ambulantes que trabalham no carnaval e este ano ficaram sem rendimentos.

Aglomerações

A prefeitura do Rio promete ser rígida para evitar multidões espalhadas pela cidade. As medidas estão no plano logístico das ações de combate às aglomerações, anunciado na quinta-feira (11), que prevê desde fiscalizações intensas a punições às pessoas que desrespeitarem as regras, como quem insistir em promover festas e desfiles irregulares.

A Polícia Militar do Rio de Janeiro vai coibir grandes aglomerações de público para evitar a propagação de Covid-19. O planejamento é empregar no período entre sábado (13) e terça (16) 13.828 policiais militares nas ações, e 2 mil viaturas devem circular diariamente em todo o estado.

As ações de fiscalização terão o reforço do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro (CBMERJ), incluindo vistorias noturnas. Os militares de todos os quartéis estarão de sobreaviso para atender aos chamados recebidos por canais de denúncia.

Na capital, policiais militares atuarão com guardas municipais e agentes do Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (Detro).

Distrito Federal

Em novembro de 2020, o governo do Distrito Federal (DF) decidiu pelo cancelamento das festas de réveillon e de carnaval. Na ocasião, decidiu-se que eventos públicos comemorativos referentes a essas datas não ocorreriam.

Também ficou proibido o funcionamento de boates e casas noturnas, além de realização de eventos que exigissem licença do Poder Público, com exceção de eventos corporativos como congressos, convenções, seminários, simpósios, feiras e palestras.

Na quinta-feira (11), o governo do DF publicou decreto proibindo a realização de festas, eventos e blocos de carnaval em Brasília. Quem desrespeitar a determinação está sujeito à multa de, no mínimo, R$ 20 mil.

Apesar de ter cancelado os eventos públicos, o governador Ibaneis Rocha decidiu manter o ponto facultativo de carnaval no Distrito Federal, na segunda (15), na terça (16) e até as 14h da Quarta-Feira de Cinzas (17).

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF) informou que as óticas, papelarias, livrarias, açougues e floriculturas não abrirão as portas na segunda e terça-feira. Já na Quarta-Feira de Cinzas, os empresários desses segmentos estão autorizados a abrir normalmente, assim como neste domingo.

Já o Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista) informou que as lojas de entrequadras e de shoppings ficarão abertas neste domingo e segunda-feira. Na terça-feira, o comércio ficará fechado em razão do Dia do Comerciário. Na Quarta-Feira de Cinzas será retomado o funcionamento normal.

Os shoppings e lojas de rua do DF poderão funcionar neste domingo, na segunda e na Quarta-Feira de Cinzas. Os shoppings, por sua vez, devem seguir decreto governamental, que restringe o horário das 10h às 22h, por conta da pandemia.

No domingo, a maioria dos centros comerciais começam suas operações a partir das 13h;  lojas de rua não contam com restrições de funcionamento. Na terça-feira, está proibida a abertura. As medidas preocupam comerciantes de rua, que temem ficar sem renda em um dos principais feriados do ano.

Pernambuco

O cancelamento do carnaval também foi adotado pelo governo de Pernambuco. Em dezembro, um decreto cancelou a realização de festas e shows públicos e privados. Também foi cancelado o ponto facultativo na segunda-feira e terça-feira de folia.

As duas maiores representantes do carnaval pernambucano, Olinda e Recife, também decidiram cancelar o ponto facultativo. Com a suspensão do carnaval, a prefeitura de Olinda publicou um decreto suspendendo o ponto facultativo noa segunda e na terça.

A prefeitura de Recife decidiu na última terça-feira (9) suspender o ponto facultativo. Com a decisão, haverá expediente normal na segunda, na terça e na Quarta-Feira de Cinzas.

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Pernambuco (Fecomércio-PE) se posicionou favoravelmente à suspensão do ponto facultativo. A entidade disse que as unidades do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac também irão funcionar normalmente no período de carnaval. A organização afirmou que a medida deve "evitar aglomerações em praças e locais públicos e a disseminação da Covid-19, cujo número de novos casos tem aumentado em todo o estado de Pernambuco."

Mesmo com o cancelamento do carnaval, o governo estadual adotou outras medidas para evitar a aglomeração de pessoas. Na última quarta-feira (10), o governo estadual publicou um decreto proibindo o funcionamento de bares, restaurantes e do comércio ambulante no bairro do Recife e no sítio histórico de Olinda. A proibição de funcionamento está sendo aplicada desde 20h da sexta-feira (12) até as 6h de segunda.

Ainda de acordo com o governo, haverá um reforço de 1.928 postos de trabalho de policiamento para fiscalizar e reprimir aglomerações durante o período carnavalesco.

São Paulo

No estado de São Paulo e na capital paulista, os pontos facultativos de segunda, terça e quarta foram cancelados, tanto pela prefeitura da cidade quanto pelo governo estadual, em razão da pandemia de Covid-19.

Todas as repartições e serviços públicos estaduais e do poder público municipal da capital paulista terão expediente normal nos três dias. Nas demais localidades do estado, cada município tem autonomia para manter ou cancelar os pontos facultativos.

No setor privado, a decisão fica a critério do empregador, que pode exigir trabalho normal nos três dias, sem necessidade de pagamento de horas extras ou qualquer remuneração adicional ou conceder folga aos empregados, mediante compensação posterior das horas não trabalhadas; ou ainda conceder abono nos três dias - situação em que os empregados não precisam compensar as horas de trabalho das folgas recebidas.

Como o objetivo é impedir aglomerações de pessoas festejos de carnaval, a prefeitura de São Paulo decidiu adiar o desfile das escolas de samba no Sambódromo do Anhembi, assim como o carnaval de rua na cidade. A administração municipal ainda não decidiu quando ocorrerão as festividades.

“A prefeitura de São Paulo informa que em função da pandemia não há data definida para o carnaval. Desde o anúncio do adiamento, a prefeitura vem articulando com as principais instituições carnavalescas da capital, que concordaram com a necessidade de mudança da data”, disse a administração municipal em nota enviada à reportagem.

Em razão do adiamento dos festejos do carnaval, a prefeitura de São Paulo organizou um festival online com a participação de blocos e outras entidades carnavalescas, que ocorre desde a última sexta-feira e vai até o dia 28 de fevereiro.

O evento, chamado Festival Tô Me Guardando, com participação de blocos e agentes culturais do carnaval da cidade, terá 122 apresentações, com transmissão nas redes sociais.

Em um ano em que não haverá Carnaval no Brasil, em virtude do agravamento da pandemia do novo coronavírus, a TV Globo aposta no ‘revival’ para compensar a falta que a festa fará nos brasileiros. Neste sábado (13) e domingo (14), a emissora vai reprisar os 28 desfiles mais marcantes de escolas de samba do Rio de Janeiro e São Paulo em um especial. Também haverá um concurso simbólico para que o público escolha o desfile mais icônico entre esses.

O ‘vale a pena ver de novo’ do Carnaval será exibido em dois dias, com apresentação do pesquisador Milton Cunha e do ator Ailton Graça. Segundo o colunista Ancelmo Gois, os desfiles escolhidos foram selecionados  por curadores especializados com apoio das ligas de escolas de samba do Rio e de São Paulo e também pelas próprias agremiações. No sábado (13), a programação começa após o Altas Horas, já no domingo (14), após o BBB 21.

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Além de rever as quase 30 apresentações de carnavais passados, o público também poderá eleger qual deles foi o desfile mais marcante de todos. A competição simbólica elegerá um campeão de São Paulo e um do Rio de Janeiro como forma de homenagear as agremiações e o samba. 

Os desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro de 2021 foram adiados, devido à pandemia de coronavírus no Brasil, um dos países mais afetados pela Covid-19, que também provoca novas medidas de restrição em vários países da Europa.

"Chegamos à conclusão de que o processo tem que ser adiado. Não temos como fazer em fevereiro. As escolas já não vão ter tempo nem condições financeiras de organização de viabilizar até fevereiro", afirmou Jorge Castanheira, presidente da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), que organiza os desfiles do grupo especial do Rio de Janeiro.

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O Brasil registra um balanço de 4,7 milhões de casos e quase 140.000 mortes por Covid-19, um número de vítimas fatais superado apenas pelos Estados Unidos.

De acordo com os dados do Ministério da Saúde, nas últimas duas semanas o país teve uma média de 735 mortes e quase 30.000 novos contágios por dia.

O estado do Rio de Janeiro é um dos mais afetados, com 18.000 mortes provocadas pela Covid-19.

A pandemia evidenciou as divergências entre o presidente Jair Bolsonaro e os governos estaduais e municipais, que adotaram medidas de confinamento, criticadas pelo governo federal por seu impacto econômico.

Perto de um milhão de mortos

Em todo mundo, a pandemia provocou quase um milhão de mortes desde que foi detectado na China no final de 2019. Ao menos 32 milhões de pessoas contraíram a doença. Os números oficiais estão subnotificados, pois apenas uma parte dos casos foi diagnosticada.

Na Europa, com mais de 227.000 vítimas fatais, os sinais de alerta são cada vez mais intensos com a explosão de contágios, o aumento do número de mortos e a situação crítica de alguns hospitais. A situação coincide com o início do outono, período mais propício para todos os vírus.

Na quinta-feira, a União Europeia (UE) considerou urgente a adoção de novas medidas de restrição e proteção.

"Talvez seja a última oportunidade para evitar que se repita a situação da primavera" (hemisfério norte), afirmou a comissária da Saúde, Stella Kyriakides, que chamou a situação de "realmente preocupante".

Espanha, França e Reino Unido intensificaram as restrições.

Os pubs da Inglaterra e de Gales passaram a fechar as portas às 22h, para cumprir o toque de recolher imposto pelo governo com o objetivo de frear a pandemia. São quase 6.000 novos contágios por dia no Reino Unido, país mais afetado da Europa com 42.000 mortes.

A França registrou mais de 16.000 novas infecções nas últimas 24 horas, e os hospitais começam a enfrentar um cenário crítico.

"Se não atuarmos, nós podemos enfrentar uma situação parecida com a da primavera. Isto poderia significar um novo confinamento", advertiu o primeiro-ministro Jean Castex.

Na Espanha, o aumento vertiginoso de casos na região de Madri resultou na adoção do confinamento para alguns bairros e municípios. Novas restrições de movimento devem ser anunciadas nas próximas horas para outras áreas da capital.

O governo deseja evitar o confinamento total de Madri, uma região que concentra um terço das vítimas fatais e dos contágios do país. A Espanha tem um balanço de 31.000 mortos e quase 700.000 contágios.

A cidade de Moscou, que enfrenta um novo aumento de casos, recomendou que as pessoas idosas permaneçam em confinamento e que as empresas privilegiem o teletrabalho.

Onze vacinas na fase final

Os Estados Unidos permanecem como o país mais enlutado pela doença, com 201.910 mortes e quase sete milhões de contágios. O Peru, nação com a maior taxa de mortalidade por Covid-19 no planeta (98,68 óbitos para cada 100.000 habitantes), segundo a Universidade Johns Hopkins, registrou na quinta-feira 68 falecimentos por coronavírus, o menor número em quase cinco meses.

Diversos laboratórios do mundo estão envolvidos na produção de uma vacina. Na quinta-feira, o grupo biotecnológico americano Novavax anunciou o início no Reino Unido de um teste clínico de fase final para a potencial imunização.

Esta é a 11ª vacina experimental do mundo que entra na fase final dos testes clínicos.

Os projetos ocidentais mais avançados são os desenvolvidos pela britânica AstraZeneca em parceria coma a Universidade de Oxford, além dos projetos das americanas Pfizer e Moderna. Projetos chineses e russos também entraram na última fase de testes.

Devido a pandemia do novo coronavírus, a Prefeitura de São Paulo decidiu adiar o Carnaval de 2021. A mudança afetará as agremiações e também o carnaval de rua. A nova data para os festejos ainda não foi definida, no entanto, a proposta das Escolas de Samba é que os desfiles aconteçam no final de maio.

Em 2020, o Carnaval de São Paulo teve um investimento de R$ 2,3 milhões por parte da Prefeitura e bateu o recorde de público com 15 milhões de foliões nas ruas e 600 blocos. Em entrevista para o G1, o presidente da Liga, Sidnei Carriuolo, falou que a decisão precisou ser tomada agora para que as escolas possam se preparar e garantir o desfile, que será diferente dos anos anteriores.

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"Carnaval nos mesmos moldes de costume é impossível, já pensamos em adaptações. O que toma muito tempo e suporte financeiro é o preparo de fantasia e alegoria", informou Carriuolo.

Outras cidades do país também estudam a possibilidade de adiamento da festa carnavalesca. Em Salvador, o prefeito estuda a possibilidade de adiar para julho, já no Rio de Janeiro, às agremiações pretendem tomar uma decisão em setembro.

A pandemia de coronavírus (Covid-19) tem afetado o mercado da moda e modificado as expectativas para o futuro do setor. Com desfiles cancelados, lojas fechadas e coleções inteiras adiadas, algumas tendências seram impactadas por causa das medidas adotadas para evitar que o vírus se espalhe, como o isolamento e o home office. Até os famosos editoriais de moda repensam suas publicações com ensaios remotos.

Com a quarentena, inúmeros artistas passaram a fazer shows e espetáculos online. Museus e galerias oferecem um tour virtual pelos espaços, hoje fechados para evitar aglomeração, e o ambiente virtual deve ser a nova passarela em que acontecerão as temporadas de moda, dessa vez, sem plateia.

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Além dos eventos no ambiente virtual, o minimalismo virá à tona no vestuário pós-pandemia. "A ideia de menos é mais vai guiar os consumidores daqui para frente", comenta Fernanda Faustino, 23 anos, estilista, especialista em pesquisa, planejamento e desenvolvimento de coleção. O estilo também vale para o campo do design.

As pessoas se preocuparão mais em mostrar quem são por meio da individualidade estética consciente do que pela última tendência da passarela. Especialistas apontam que a preocupação com a sustentabilidade fará com que o consumo desenfreado diminua. Com isso, é a vez do aluguel de roupas e das compras em brechós cravarem seu espaço.

Essa tendência do bom, bonito e barato já foi sugerida em 2010, no filme "Sex and The City". Reaproveitar roupas virou febre entre as celebridades e profissionais da moda no último ano. Assim, roupas vintages e poucas peças dentro do armário serão a nova tendência pós-pandemia.

 

Promovido para debater as histórias de pessoas gordas e a aceitação destes corpos na sociedade, o Festival Bahia Plus, apoiado pela Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ), é o primeiro do gênero na capital baiana. A programação, que acontece até o próximo sábado (28), sempre das 9h às 19h, contempla a realização de desfiles, oficinas, workshops e bate-papos. Além disso, uma área gastronômica e a apresentação de atrações musicais integram o evento. As atividades são no Porto Salvador Eventos, na Avenida da França, no Comércio.

Além de ser um espaço de divulgação e debates, o festival também é uma oportunidade para a concretização de negócios. No hall do terminal marítimo fica a exposição e a venda de produtos voltados para o segmento plus size.

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Josiane Barreto é uma das expositoras. Carioca, ela trouxe para Salvador diversas peças de moda praia em tamanhos que vão do 44 ao 60. "A gente vê que as pessoas se sentem empoderadas. Elas encontram o tamanhos que elas precisam e numa diversidade de cores e estampas", disse. O empreendimento de Josiane surgiu por conta de uma escassez que percebeu no mercado.

A empresária Cristiane Costa vende lingeries. Para ela, o mercado tem reconhecido que as pessoas gordas, especialmente as mulheres, estão se aceitado mais, por isso ele tem crescido. "Não há mais aquela coisa de que ela não pode, da mulher se limitar", disse.

Espaço de conversa - Dentre os bate-papos que devem acontecer até o sábado, estão temáticas como a inserção de políticas públicas para mulheres; a prevenção do suicídio entre a população LGBTQ+; a relação entre gordofobia, autoestima e suas intersecções jurídicas; e assuntos relacionados ao feminismo interseccional.

Na manhã desta quarta-feira (24), a secretária da SPMJ, Rogéria Santos, participou de um dos debates. O encontro, que teve como tema "Violência contra a mulher e as inovações da Lei Maria da Penha", pautou o avanço de políticas de combate e prevenção da violência contra o público feminino, em especial no aspecto doméstico.

"Participar de um espaço como este, de um evento como este, que tem uma diversidade muito grande de pessoas de e de mulheres, é de grande valia para nós. Isso porque um dos maiores objetivos da secretaria é formar mulheres que sejam multiplicadoras do enfrentamento contra a violência", salientou Rogéria Santos.

*Da assessoria de imprensa

O famoso berço do renascimento italiano, Florença, se transformou na capital da moda masculina graças ao espetacular salão Pitti Uomo, que acontece nesta semana na cidade toscana.

Organizado poucos dias antes dos desfiles de Milão, que começam nesta sexta-feira, o evento é ponto de encontro entre compradores e vendedores, mas também vitrine para as grandes marcas, através de desfiles impressionantes.

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"Pitti Uomo é o salão que marca o ritmo da moda masculina, aqui acontece tudo", diz Stéphane Gaffino, fundadora da sofisticada marca The egoist, presente pelo quarto ano consecutivo.

"Nós desfilamos na Inglaterra, nos Estados Unidos... mas se há um salão onde você tem que estar presente, é o Pitti, porque tem muito impacto. (...) Todo o mundo da moda masculina está presente, há compradores dos Estados Unidos, Japão, Coreia... nos reunimos com grandes grupos que não conseguimos ver em outros lugares", diz Gaffino.

A maioria dos desfiles acontece na Fortezza da Basso, uma fortaleza do século XVI que recebe por quatro dias mais de 30.000 visitantes, incluindo 19.000 compradores. Quase metade deles são estrangeiros ou expositores.

Roupas, jaquetas, acessórios. O salão oferece tudo o que é necessário para vestir o homem da cabeça aos pés, seja com um estilo clássico ou esportivo.

O ambiente, apesar de ser de negócios, é festivo, com pequenos bares e restaurantes.

Elegantes homens esperam ser fotografados. Muitos são estilistas, criadores de marcas pequenas e influenciadores que cobrem o evento.

- "Inovação" -

Desde sua criação, o salão Pitti Uomo, que foi relançado com a nova marca Pitti Immagine e uma nova estratégia 30 anos depois, tem um crescimento constante.

"Em 1989 eram 400 expositores, hoje chegamos a 1.220", diz o diretor, Raffaello Napoleone.

Para participar há uma lista de espera de 350 a 500 nomes, segundo o diretor.

Em paralelo com os desfiles, o Pitti "trabalha muito com a parte cultural da moda, a pesquisa, a inovação: para ser realmente forte e possível, sempre tem que se renovar", diz.

O evento acontece nos locais mais bonitos de Florença e arredores. Em meio a ciprestes e limoeiros, em uma típica vila, aconteceu na noite dessa quarta-feira o desfile da marca francesa Givenchy, primeiro desfile masculino da estilista Clare Waight Keller, diretora artística da marca desde março de 2017.

Florença é hoje a grande capital internacional da moda masculina, uma tradição, já que no passado foi também a capital de toda a moda italiana, a cidade onde foram organizados os primeiros desfiles em 1951, graças à ideia visionária do empresário Giovanni Battista Giorgini.

Armani, Ferragamo, Prada, Karl Lagerfeld, Carine Roitfeld, Marco de Vincenzo, MSGM e Dirk Bikkembergs, além de outras figuras da moda e do luxo, além do artista americano Sterling Ruby, estão entre os protagonistas do evento, com instalações e desfiles.

Um dos momentos mais importantes será sem dúvida o espetáculo marcado para quinta-feira à noite pela rainha da moda Carine Roitfeld, que promete ser o maior desfile multimarcas que já aconteceu em todo o mundo.

"Karl Lagerfeld dizia sempre que devemos fazer o que nunca foi feito", disse Roitfeld, ex-editora da Vogue Paris e amiga do estilista, que faleceu em fevereiro.

O espetáculo, que vai terminar com um show de Lenny Kravitz, vai prestar homenagem à década de 1990 com "supermodelos" da época desfilando ao entardecer diante de 5.000 pessoas em uma praça com vista para o rio Arno.

Telas gigantes vão transmitir o evento em vários pontos da cidade.

A partir de sexta-feira à noite, Milão será a protagonista ao abrir os desfiles com a passarela da marca italiana Ermenegildo Zegna.

Até segunda-feira à noite, a capital da Lombardia programou mais de 25 desfiles para a primavera-verão de 2020, incluindo marcas como Dolce & Gabbana, Versace, Fendi e Armani.

Após uma breve polêmica instaurada nas rede sociais, entre integrantes de agremiações e até turistas, a Prefeitura da Cidade do Recife (PCR) decidiu manter os concursos de Carnaval dentro da grade da festa oficial. Pelo segundo ano consecutivo, a proposta de promovê-los na semana pré-carnavalesca assustou parte dos foliões e dos próprios brincantes.Segundo integrantes de algumas agremiações, que falaram ao LeiaJá, a PCR chegou a marcar reuniões com os representantes de cada modalidade para informar que os desfiles aconteceriam na semana que antecede o Carnaval e em diferente endereço, na avenida Cais do Apolo. Um calendário com as novas datas chegou a circular pelos grupos de WhatsApp, porém, através de nota oficial, a Prefeitura não confirmou tal alteração.Todavia, a resposta às mudanças nas redes sociais não foi favorável. Na página oficial da PCR, no Facebook, até turistas reclamaram da medida: \"Abuso de poder sobre as pobres agremiações que se vêem constrangidas a fazer o que a Prefeitura impôs, com medo de terem o único subsídio cortado\"; \"Acho um completo absurdo o desrespeito da Prefeitura com os turistas\"; \"O que teremos durante os quatro dias da Festa de Momo? Artistas de fora que não representam nossa cultura\".Na última quinta (15), uma última reunião entre agremiações e a Secretaria de Cultura, com presença da secretária Leda Alves, definiu o calendário oficial do concurso para os dias de Carnaval. Os desfiles acontecerão em três, quatro e cinco de março, na avenida Nossa Senhora do Carmo e na avenida do Forte. \"A Prefeitura respeita e reverencia a dedicação e paixão dos brincantes que fazem a cultura pernambucana. Nosso compromisso é servir a cada brinquedo e a cada carnavalesco, por isso manteremos o desfile durante o Carnaval e vamos assegurar uma grande passarela, com infraestrutura, iluminação e segurança para agremiações e jurados”, disse Leda.LeiaJá também--> Tradicional concurso de agremiações é transferido para a semana pré-Carnaval--> Tumaraca chega ao ano dois com homenagem a Chico Science e presença do Cordel do Fogo Encantado*com informações da assessoria 

A Prefeitura de São anunciou que recebeu a inscrição de 645 blocos de rua que promoverão 737 desfiles no carnaval em 2019. São esperados 5 milhões de foliões entre 23 de fevereiro e 10 de março, período que inclui também os finais de semana pré e pós carnaval.

A região da Sé, no centro da capital, é a que deve ter mais blocos, com 198 inscrições. Em seguida está Pinheiros, na Zona Sul, que inclui a avenida Faria Lima e a Vila Madalena, com 143. No total, 29 das 32 subprefeituras da cidade terão desfiles.

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A administração municipal também abriu para consulta pública o edital de contratação da empresa que vai patrocinar os dias de festa. A prefeitura quer que a companhia escolhida invista ao menos R$ 19,5 milhões no evento.

Os interessados devem enviar sugestões, opiniões ou críticas sobre o edital para a Secretaria Municipal das Subprefeituras até o dia 14 de dezembro, por meio do e-mail cogelsmsp@prefeitura.sp.gov.br.

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