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A quantidade de meninas apreendidas na cidade do Rio de Janeiro por suspeita de cometimento de ato infracional em 2019 dobrou na comparação com 2017. Segundo pesquisa realizada pela Universidade Federal Fluminense (UFF), em parceria com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), o número passou de 155 em 2017 para 317 em 2019.

Ainda de acordo com a pesquisa, que será publicada em formato de livro neste ano, as jovens representavam 8% do total de adolescentes em conflito com a lei em 2017. Em 2019, esse percentual subiu para 14%.

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Para o coordenador da pesquisa, o professor da UFF Elionaldo Fernandes Julião, esse crescimento no número de apreensões de meninas apresenta um problema para o sistema socioeducativo fluminense.

“É algo importante para a gente poder pensar que muitas das unidades socioeducativas [onde infratores cumprem penas de internação], não só no Rio de Janeiro, como no Brasil todo, não são pensadas para poder atender a condição da mulher. São adolescentes e jovens mulheres em privação de liberdade”, explica Julião.

A pesquisa foi feita com base em entrevistas a cerca de 6,2 mil jovens, por membros do MPRJ em oitivas informais, ao longo de três anos. Além de constatar o aumento da apreensão de jovens do sexo feminino, também foram analisados os tipos de infrações que elas cometem.

Na soma dos três anos, a maioria das jovens foi detida por lesão corporal dolosa (26,5%), por furto (12,1%) e roubo (8,5%). Segundo Julião, a maioria das infrações cometidas por elas ocorreu em ambiente privado, enquanto entre os jovens do sexo masculino os atos infracionais ocorreram em vias públicas.

“Isso nos traz uma questão de que, muitas das vezes, o quanto dessas meninas estão sendo vítimas nos seus próprios ambientes familiares. É uma questão importante que a gente precisa olhar mais adiante para pensar em políticas públicas”, afirmou o pesquisador.

Outros dados

Além de perceber o aumento da apreensão de jovens do sexo feminino, a pesquisa da UFF também fez análises sobre o perfil dos suspeitos de infração de ambos os sexos, por temas como escolaridade, evasão escolar e tipo de infração cometida.

Em relação aos atos infracionais, o roubo foi o tipo mais comum entre adolescentes (somando-se homens e mulheres): 1.647 casos (ou 26,6% do total). Outras infrações comuns foram: tráfico, associação para o tráfico ou posse de drogas (1.034 casos ou 16,7%), furto (932 casos ou 15%) e lesão corporal dolosa (608 casos ou 9,8%).

Os homicídios representaram 55 casos, ou menos de 1%. Considerando todas as infrações, em 50,3% dos casos não houve uso de arma para o cometimento do ato, enquanto em 19% houve uso de arma. Em 30,6% deles não foi informado se houve uso de armamento.

Dentre o total de jovens entrevistados, 35,6% era reincidente, ou seja, já tinha praticado atos infracionais anteriormente, enquanto 62,8% deles nunca tinham sido apreendidos.  

“Está no imaginário social que os crimes são mais gravosos. E, na verdade, o que vemos é que a maioria é roubo, furto ou tráfico. Poucos são os homicídios. Essa é uma informação que a sociedade precisa ouvir. Nos últimos anos, vem se defendendo a redução da maioridade penal, sem entender uma série de questões como essa”, conta Julião.

A maioria dos detidos por atos infracionais tinha entre 15 e 17 anos (77,9%). Apesar de a escolaridade esperada para essa faixa etária ser o ensino médio, a maioria (55,7%) frequentava o segundo segmento do ensino fundamental (do 6º ao 9º ano), ou seja, abaixo da escolaridade esperada.

A pesquisa revelou ainda que 45,7% estavam fora da escola, 22,5% do total há mais de um ano afastados. Os motivos são vários, mas principalmente a distância da escola, por terem sido expulsos ou por estarem trabalhando.

 

Um tribunal egípcio condenou neste domingo, 15, à prisão perpétua 38 pessoas, incluindo um empresário autoexilado cujas postagens nas redes sociais ajudaram a desencadear protestos antigovernamentais.

Os protestos públicos são raros no Egito, onde o presidente Abdel Fattah el-Sissi supervisionou uma ampla repressão aos dissidentes. Mas uma série de vídeos e outras postagens de mídia social do empresário egípcio Mohamed Ali, que agora mora na Espanha, levou a manifestações de rua em setembro de 2019 sobre alegações de corrupção e outras questões.

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Vinte e três dos condenados à prisão perpétua foram julgados à revelia, incluindo Ali, de acordo com um tribunal criminal egípcio que lida com casos relacionados ao terrorismo.

O tribunal também condenou outras 44 pessoas, incluindo crianças, a penas que variam de cinco a 15 anos de prisão pelas mesmas acusações. Vinte e um foram absolvidos, segundo o advogado de defesa Ossama Badawi.

Os sentenciados foram condenados por um conjunto de acusações que incluíam incitar a violência contra as forças de segurança e instituições do Estado. O caso surgiu dos protestos de 2019 na cidade portuária de Suez, que fica na foz do Canal de Suez.

O príncipe britânico Harry conta em seu novo livro como foi fisicamente "atacado" por seu irmão mais velho, o príncipe William, durante uma discussão em 2019, informou o jornal The Guardian na quarta-feira.

De acordo com o jornal, a história do incidente aparece no novo livro de memórias de Harry, "Spare", que estará à venda ainda este mês, em meio aos conflitos na família real britânica.

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Harry, de 38 anos, escreve que durante um desentendimento na cozinha de sua casa em Londres, William chamou sua esposa Meghan Markle de "difícil", "grosseira" e "ríspida", antes de derrubá-lo no chão enquanto a discussão continuava, disse o Guardian.

"Ele me agarrou pela gola (da camisa), arrancou a gola e me jogou no chão. Caí na tigela do cachorro, que quebrou nas minhas costas, com pedaços me cortando", relatou o Guardian, citando o livro.

Harry então disse ao irmão mais velho para ir embora. William pareceu "arrependido e pediu desculpas", afirmou Harry, segundo o jornal.

O veículo continua a conversa entre os dois príncipes mencionada no livro: "William voltou e afirmou: 'Você não precisa contar à Meg'.

'Quer contar você que me atacou?'

'Eu não te ataquei, Harold', respondeu William, que parecia estar usando um apelido de Harry".

A mais recente revelação sobre o tumultuado relacionamento dos irmãos é divulgada quando seu pai, o rei Charles, se prepara para sua coroação em maio, após a morte em setembro de sua mãe, a rainha Elizabeth II, aos 96 anos.

Harry e Meghan, de 41 anos, revelaram suas experiências na família real britânica em uma série documental da Netflix sobre os motivos de sua surpreendente partida para a América do Norte em 2020.

Na série, o casal atribui grande parte de sua infelicidade às notícias racistas da mídia e ao assédio da imprensa sensacionalista.

A mudança para o estado natal de Meghan, a Califórnia, os tornou impopulares no Reino Unido, onde são frequentemente retratados pela imprensa como egoístas.

Em trechos de uma entrevista para as emissoras ITV no Reino Unido e CBS nos Estados Unidos, transmitidas esta semana antes do lançamento do livro, Harry afirmou que quer "uma família, não uma instituição".

"Gostaria de ter meu pai de volta. Gostaria de ter meu irmão de volta", disse Harry.

O óleo que voltou a ser visto nas praias de Pernambuco há cerca de 15 dias não possui relação com o material que afetou a costa brasileira em 2019. Em comunicado emitido nessa sexta-feira (9), o Governo Federal afastou a ligação entre os materiais após análise laboratorial dos fragmentos. 

A nota do Ministério da Ciência e Tecnologia assinada em conjunto com Marinha, Ibama e universidades informou que os novos vestígios de óleo recolhidos no litoral do Nordeste provavelmente se trata de petróleo cru, "proveniente do descarte de água com óleo lançada ao mar após a lavagem de tanques de navio petroleiro, em alto-mar". 

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Alguns desses fragmentos vieram acompanhados de cracas, uma espécie de crustáceo. Pelo tamanho dos animais, foi observado que o material ficou mais de duas semanas no oceano antes de ser levado às praias. 

"Os biomarcadores, ou indicadores de origem, sugerem tratar-se de petróleo produzido no Golfo do México. Tal origem foi estabelecida a partir da análise das amostras coletadas, especificamente, nas praias de Pernambuco (Boa Viagem, Paiva e Quartel) e Bahia (Ondina)”, acrescenta o informe. 

As análises foram feitas em três laboratórios, o de Compostos Orgânicos em Ecossistemas Costeiros e Marinhos (OrganoMAR), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); pelo Centro de Excelência em Geoquímica, Petróleo, Energia e Meio Ambiente (LEPETRO/IGEO), da Universidade Federal da Bahia (UFBA); e pelo Laboratório de Geoquímica Ambiental Forense (LGAF) do Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM), da Marinha. 

Os exames ainda indicaram que os vestígios que apareceram em Itacimirim e Itapuã, na Bahia, possuem relação com o óleo de 2019. Porém, um novo derramamento do mesmo material não foi confirmado. A explicação foi que esse óleo estava na areia das praias ou preso em rochas e recifes  e se desprenderam com a força dos ventos e das ressacas que ocorrem nessa época do ano.

Cerca de 320 mil trabalhadores que não sacaram o abono salarial de 2019 já podem pedir a retirada dos valores. O prazo começou na última quinta-feira (31). Originalmente, o prazo começaria em 8 de fevereiro, mas foi adiado pelo Ministério da Previdência e Trabalho.

O abono referente aos meses trabalhados em 2019 poderá ser pedido presencialmente, por telefone, por aplicativo ou por e-mail. Segundo o ministério, R$ 208,5 milhões foram esquecidos por 320.423 trabalhadores que deveriam ter feito o saque até 30 de junho de 2021.

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Quem optar pelo saque presencial deve ir a uma das unidades de atendimento do Ministério do Trabalho e Previdência para pedir a abertura de recurso administrativo para reenvio do valor à Caixa Econômica Federal, no caso do Programa de Integração Social (PIS), ou ao Banco do Brasil, no caso do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep).

O pedido também pode ser feito pela central Alô Trabalhador, no telefone 158. Também é possível fazer o procedimento, por e-mail, enviando o pedido de recurso administrativo para o endereço trabalho.uf@economia.gov.br. As letras “uf” devem ser trocadas pela sigla do estado onde o trabalhador habita.

Por fim, o pedido pode ser realizado pelo aplicativo Carteira de Trabalho Digital, disponível para os celulares dos sistemas Android e iOS. O ministério recomenda ao trabalhador atualizar o aplicativo para que possa verificar se tem direito ao benefício, o valor do abono, a data de saque e o banco para recebimento. O Portal Gov.br, também fornecerá essas informações.

Tem direito ao benefício o trabalhador inscrito no PIS/Pasep há, pelo menos, cinco anos, e que tenha trabalhado formalmente por, no mínimo, 30 dias no ano-base considerado para a apuração, com remuneração mensal média de até dois salários mínimos. Também é necessário que os dados tenham sido informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

O valor do abono é proporcional ao período em que o empregado trabalhou com carteira assinada em 2020. Cada mês trabalhado equivale a um benefício de R$ 101, com períodos iguais ou superiores a 15 dias contados como mês cheio. Quem trabalhou 12 meses com carteira assinada receberá o salário mínimo cheio, que atualmente é de R$ 1.212.

O benefício não é pago aos empregados domésticos. Isso porque o abono salarial exige vínculo empregatício com uma empresa, não com outra pessoa física. Jovens aprendizes também não têm direito.

A  Agência Brasil preparou um guia para facilitar a busca por recursos adicionais. Além do abono salarial, o cidadão pode ter outras fontes de dinheiro esquecido, como cotas de fundos públicos, revisão de benefícios da Previdência Social, restituições na malha fina do Imposto de Renda e até pequenos prêmios de loterias.

* Colaborou Marcelo Brandão

A riqueza permanecia concentrada no País no pré-pandemia. Em 2019, oito municípios detinham cerca de um quarto (24,8%) da economia brasileira, de acordo com o Produto Interno Bruto (PIB) dos Municípios, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os maiores geradores de riqueza naquele ano foram: São Paulo (com 10,3% do PIB brasileiro), Rio de Janeiro (4,8%), Brasília (3,7%), Belo Horizonte (1,3%), Curitiba (1,3%), Manaus (1,1%) Porto Alegre (1,1%) e Osasco/SP (1,1%). Juntos, esses municípios representavam 14,7% da população brasileira.

Quando somados os 70 municípios brasileiros mais ricos em 2019, chegava-se praticamente à metade (49,8%) do PIB nacional. Ou seja, pouco mais de 1% dos 5.570 municípios brasileiros gerava 50% da riqueza do País.

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Os 100 municípios mais ricos somavam 55,2% do PIB do Brasil em 2019. Por outro lado, os 1.345 municípios mais pobres responderam por apenas 1,0% do PIB nacional. Se consideradas as concentrações urbanas, regiões com mais de 100 mil habitantes que reúnem uma ou mais cidades com alto grau de integração, apenas duas delas detinham, juntas, um quarto do PIB brasileiro: São Paulo/SP (17,0%) e Rio de Janeiro/RJ (7,9%).

Na passagem de 2018 para 2019, os municípios que mais ganharam participação no PIB brasileiro foram São Paulo (SP), Maricá (RJ), Saquarema (RJ), Parauapebas (PA), Brasília (DF) e São José dos Pinhais (PR), com aumento de 0,1 ponto porcentual cada um.

Em São Paulo (SP), o ganho foi puxado pelas Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados. Em Maricá (RJ) e Saquarema (RJ), a maior participação foi impulsionada pela extração de petróleo, atividade beneficiada pelo aumento dos preços internacionais da commodity em 2019, enquanto Parauapebas (PA) foi alavancada pela extração de minério de ferro.

Em Brasília (DF) o ganho foi decorrente, principalmente, das atividades de Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas e Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados. Em São José dos Pinhais (PR), o destaque foi a fabricação de automóveis.

Na direção oposta, as maiores quedas de participação no PIB nacional ocorreram nos municípios do Rio de Janeiro (RJ), redução de 0,4 ponto porcentual, seguido de Vitória (ES), Campos dos Goytacazes (RJ) e Ouro Preto (MG), com decréscimo de 0,1 ponto porcentual cada um.

No Rio de Janeiro (RJ), a perda foi puxada pela indústria de transformação, especialmente a metalúrgica.

Em 2019, 31,4% do PIB nacional eram gerados pelas capitais, a menor participação da série histórica iniciada em 2002, quando essa fatia era de 36,1%.

Administração pública

De acordo com o IBGE, quase metade dos municípios brasileiros (48,9%, ou 2.726) tinha como principal atividade econômica a Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social no ano de 2019.

Nos Estados do Acre, Roraima, Amapá, Piauí e Paraíba, o porcentual de municípios dependentes da administração pública superou 90%. Por outro lado, o Estado de São Paulo teve apenas 9,9% dos municípios com a economia dependente da administração pública.

Dos 241 municípios que tinham a Indústria de Transformação como atividade principal em 2019, 197 estavam nas regiões Sudeste e Sul.

O Estado do Mato Grosso teve o maior porcentual de municípios dependentes da Agricultura (39,7%), seguido pelo Rio Grande do Sul (33,6%).

Em 2019, cerca de um quarto do valor adicionado bruto da Agropecuária teve origem em 149 municípios, sendo que 96 deles estavam no Sul e no Centro-Oeste, sustentados pela produção de soja e cana-de-açúcar.

Um em cada sete adolescentes brasileiros em idade escolar já sofreu algum tipo de abuso sexual ao longo da vida, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2019. Realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a sondagem, divulgada nesta sexta-feira (10), apontou também que quase 9% das meninas já foram obrigadas a manter relação sexual contra a vontade. Dois terços dos escolares informaram já ter ingerido algum tipo de bebida alcoólica. Desse total, um em cada três o fez antes de completar 14 anos.

Na coleta dos dados, o IBGE entrevistou quase 188 mil estudantes. Eles responderam às questões em 4.361 escolas de 1.288 municípios brasileiros. Segundo o instituto, o Brasil tinha, em 2019, 11,8 milhões de estudantes de 13 a 17 anos.

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Dentre os diversos temas abordados sobre saúde e comportamento, casos envolvendo algum tipo de abuso sexual chamaram a atenção.

Segundo os números apresentados, 14,6% dos entrevistados responderam que já foram tocados, manipulados, beijados ou passaram por situações de exposição de partes do corpo alguma vez contra a vontade. Entre as meninas, o porcentual de vítimas chegou a 20,1% dos entrevistados, e 9% dos meninos.

No conjunto de jovens que sofreram esses abusos, alguns relataram que, além dessas agressões, também foram obrigados a manter relação sexual. Esses adolescentes equivalem a 6,3% dos entrevistados. Também nesse caso, as meninas foram mais atacadas. A pesquisa mostrou que 8,8% das garotas foram vítimas dessas relações forçadas, contra 3,6% do total de garotos.

Especialistas têm apontado que o contexto da pandemia pode ter prejudicado a identificação e denúncias desses casos, uma vez que crianças e adolescentes ficaram afastados da escola, da comunidade e de redes de proteção. A redução do contato social torna mais difícil o combate a essas práticas criminosas, que podem ser enquadradas desde importunação sexual a estupro de vulnerável, com penas previstas no Código Penal.

Ao todo, 63,3% dos estudantes de 13 a 17 anos informaram ter ingerido pelo menos uma dose de bebida alcoólica. A pesquisa também apontou que 47% dos escolares afirmaram ter passado por algum episódio de embriaguez.

O uso de drogas ilícitas foi relatado por 13% dos estudantes entrevistados. Mais de um quinto (22,6%) deles afirmou já ter fumado pelo menos um cigarro. Nos dois casos, a prevalência foi maior nas escolas da rede pública.

Às vésperas da pandemia do novo coronavírus, quase quatro em cada dez brasileiros tinham alguma dificuldade de acesso à água, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano de 2019, aproximadamente 38% da população do País tinham alguma vulnerabilidade de acesso à água, quase 80 milhões de pessoas, "o que poderia dificultar a higienização das mãos e de objetos", apontou o órgão.

Em todo o Brasil, 22,4% dos habitantes moravam em lares sem abastecimento diário ou sem estrutura de armazenamento de água, enquanto que 11,9% eram abastecidos por outra forma que não a rede geral de distribuição de água.

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Outros 3,4% moravam em domicílios sem ligação à rede geral de água nem ao menos canalização, apontam os dados dos Indicadores Sociais de Moradia no Contexto Pré-Pandemia de Covid-19, baseados em informações coletadas pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).

Apenas 62,2% da população brasileira consumiam água oriunda de rede geral de distribuição, com abastecimento diário e estrutura de armazenamento, como caixa d'água, por exemplo. Esse porcentual subia a 81,4% na região Sudeste, mas descia a somente 29,6% no Norte e 41,1% no Nordeste.

"No contexto atual, no qual autoridades de saúde apontam a importância do distanciamento social e da lavagem das mãos com água e sabão para o combate à pandemia, o IBGE considera fundamental disponibilizar informações que auxiliem a superação da crise e a proteção da população frente ao grave quadro de saúde pública global", defendeu Bruno Mandelli Perez, analista do IBGE responsável pelo estudo, em nota oficial.

Em 2019, 2,6% da população moravam em domicílios sem banheiro, ou seja, cerca de 5,4 milhões de brasileiros nessa situação. Na região Norte, 11,0% dos moradores não tinham banheiro em casa para higiene pessoal.

O IBGE também divulgou informações sobre o número de pessoas por domicílio, o chamado adensamento domiciliar, que influencia a possibilidade de isolamento em casa quando há infecção de algum morador por Covid-19.

Em 2019, apenas 27,0% da população viviam em domicílios com três pessoas, enquanto 9,8% dos brasileiros moravam em casas com seis ou mais pessoas. "A proporção de pretos e pardos que viviam nessa situação era quase o dobro da população branca", ressaltou o IBGE.

A Marinha informou, nessa sexta-feira (7), que três navios são suspeitos pelo derramamento de óleo no litoral brasileiro em 2019. As informações foram divulgadas após a retirada do sigilo do relatório da investigação, que foi entregue à Polícia Federal (PF) e ao Ministério Público Federal (MPF) em agosto do ano passado. As conclusões são utilizadas pela PF em um inquérito criminal sobre o caso. 

“Com o apoio de instituições técnicas e científicas, públicas e privadas, brasileiras e estrangeiras, três navios foram apontados como principais suspeitos: Navio-Tanque (NT) BOUBOULINA; NT VL NICHIOH (em maio de 2020, o navio alterou seu nome para NT CITY OF TOKYO); e NT AMORE MIO (em março de 2020, o navio alterou seu nome para NT GODAM)”, informou a Marinha. 

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Na época dos fatos, as manchas iniciais de óleo apareceram a 700 km da costa brasileira (em águas internacionais) e atingiram mais de 250 praias do Nordeste. 

No comunicado, a Marinha também defendeu investimentos no monitoramento de navios. “Esse evento, inédito e sem precedentes na nossa história, traz ensinamentos, como a necessidade de se investir no aprimoramento do monitoramento dos navios que transitam nas águas jurisdicionais brasileiras e nas suas proximidades, destacando o Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz)”. 

As notas de corte do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) deverão voltar ao formato de cálculo anterior às edições de 2020. A informação foi anunciada neste domingo (11) pelo Ministério da Educação. Com a alteração, que passa a valer a partir da zero hora desta terça-feira (13), a nota do candidato parcialmente classificado na sua primeira opção de curso não influenciará mais no cálculo da nota de corte de sua segunda opção. Ou seja, a nota de uma opção não será mais computada para efeito de cálculo da outra. Com isso, a classificação parcial também será alterada.

O sistema de inscrição do Sisu passará a fazer esta atualização em dois diferentes momentos. Da zero hora até uma hora da terça-feira (13), o sistema fará o processamento e a apresentação do primeiro ranqueamento das inscrições neste formato.

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Já o segundo momento ocorrerá de zero hora até uma hora de quarta-feira (14). Assim, os candidatos terão terça-feira e quarta-feira durante todo o dia para fazerem suas opções com base na mesma sistemática que era utilizada nas edições do Sisu ocorridas até o segundo semestre de 2019.

O formato de geração das notas de corte escolhido em 2020 foi alterado durante o processo seletivo, ainda no primeiro semestre, mostrando as notas de todos os candidatos de forma integral, independente da situação de classificação da primeira opção de curso. O Sisu explica, porém, que a reversão do formato não significa erro ou desvirtuamento nas edições do ano passado, que estavam de acordo com a Portaria Normativa MEC nº 21/2012.  

No entanto, diante de apelos contrários à forma de divulgação da nota de corte, adotada a partir de 2020, a atual gestão do MEC determinou que a nota de corte volte a ser divulgada como era antes daquela alteração no seu formato, desde que em condições de indicar aos candidatos informações que permitam ampliar as chances de ingressar na educação superior e se graduar em uma das 109 instituições públicas de ensino superior com ofertas de vagas nesta edição do Sisu.

O total de vagas ofertadas nesta edição do Sisu chega a 206.609 mil para 5.571 cursos de graduação, distribuídos em todos os estados do Brasil e no Distrito Federal.

O BabyCenter Brasil finalizou o tradicional ranking de nomes de bebê, a partir de um levantamento dos nomes próprios que estão sendo mais usados atualmente, feito com base em cerca de 350 mil cadastros na plataforma digital gratuita de bebês nascidos ao longo de 2020. Há 10 anos, Miguel é o nome de menino preferido das famílias brasileiras. Para meninas, o nome mais escolhido em 2018, 2019 e 2020 foi Helena.

A plataforma BabyCenter inclui dados do próprio site, do aplicativo grátis Minha Gravidez e Meu Bebê Hoje, que acompanham a gravidez e o desenvolvimento do bebê até um ano. O ranking 2020 foi elaborado a partir do cadastro dos cerca de 350 mil bebês nascidos em 2020 na plataforma. No Brasil, nascem cerca de três milhões de bebês por ano.

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Totais de Nascimentos em 2020:

- Meninos: 170.112

- Meninas: 176.637

- Total: 346.749

Nomes que mais subiram:

- Meninos: Ravi, José, Matteo, Otto, Josué, Oliver, Theodoro, Levi e Gael

- Novos no top 100: Rael, Dante, Thales, José Miguel, Estevão e Ruan

- Meninas: Maria Liz, Aurora, Ayla, Ana, Luna, Louise e Melina

- Novos no top 100: Hadassa, Jade, Fernanda

Nomes que mais caíram:

- Meninos: Ícaro, Enzo, Luiz Felipe, Valentim, Enzo Gabriel, Arthur Miguel, Rodrigo e Martin

- Saíram do top 100: Davi Luiz, Vitor Hugo, Lucas Gabriel, Bruno, Pedro Miguel, Hugo

- Meninas: Pérola, Ana Júlia, Ana Clara, Ana Luísa, Maria Valentina, Isabelly, Ana Lívia, Gabrielly

- Saíram do top 100: Amanda, Isabel e Ana Sophia.

Dados atualizados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) mostram que ainda quase a metade da população brasileira vive sem acesso à rede de esgoto. Ferramenta do governo federal, o SNIS com dados de 2019 foi divulgado nesta terça-feira (15), pelo Ministério do Desenvolvimento Regional, e aponta que apenas 54,1% é atendida com rede de esgoto. Em 2018, o índice era de 53,2%. Além disso, somente 49,1% do esgoto é tratado.

O acesso à distribuição de água também revela pouco avanço. O dado mais atualizado indica que 83,7% da população é atendida com rede de água. Em 2018, o índice era 83,6%. Segundo o governo, cerca de 91% dos municípios responderam a pesquisa.

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Presente no lançamento dos dados, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, afirmou que a aplicação de recursos públicos no período de um ano no saneamento representa entre R$ 5 bilhões e R$ 6 bilhões por ano, muito distante da necessidade do setor, que precisaria de R$ 60 bilhões a R$ 70 bilhões anualmente. Por isso, o ministro destacou a importância do novo marco legal do saneamento, que abre espaço para a iniciativa privada atuar com mais força nesse segmento.

"É uma distância superlativa que precisa ser alcançada, só ocorrerá com a instrumentalização das ferramentas que temos em mãos, desde a performance das carteiras, como do BNDES e da Caixa, o estímulo aos consórcios que está no marco legal, mas também buscando novas alternativas de financiamento e estruturação de projetos", afirmou Marinho.

O ministro voltou a dizer que um dos desafios para a proliferação dos projetos para atração da iniciativa privada é a reestruturação dos fundos de desenvolvimento regional, para que eles também possam entrar nesse ramo das "fábricas de projeto".

Como já mostrou o Estadão/Broadcast, a ideia do MDR é transformar os fundos de desenvolvimento regional em fundos de natureza privada. "Ideia é que esses fundos passem a bancar a estruturação de projetos executivos para que eles fiquem à disposição da iniciativa privada", disse Marinho.

Pesquisadores da Universidade de Milão concluíram que o coronavírus já circulava na Itália em novembro de 2019, o que sugere que ele se espalhou antes do que foi registrado oficialmente. Em estudo publicado nesta quarta-feira (9), no site do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos EUA, eles confirmam que um garoto de 4 anos testou positivo.

O menino, que vive em uma cidade nos arredores de Milão, sentiu os primeiros sintomas no dia 21 de novembro. Com tosse, vômito e problemas respiratórios, ele deu entrada no hospital no dia 30. Em 5 de dezembro, os médicos diagnosticaram como sarampo e recolheram material biológico da garganta. Alguns dias depois, a criança se curou, mas o cotonete, como de costume, ficou guardado no freezer a -80ºC no laboratório da universidade.

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A ideia de examinar novamente material biológico da época, segundo os pesquisadores, surgiu depois que autoridades encontraram traços de coronavírus em amostras de água tratada de Milão, Turim e Bolonha, em dezembro e janeiro.

Os pesquisadores disseram que não foram capazes de determinar a origem do vírus, já que a amostra foi retirada da garganta, em vez do nariz. Mas o garoto não havia viajado para fora da Itália na época do diagnóstico, o que sugere que o vírus já estava circulando pela Europa no fim do outono, três meses antes do primeiro caso ser registrado oficialmente na Itália.

"A disseminação de longo prazo e não reconhecida do coronavírus no norte da Itália ajudaria a explicar, pelo menos em parte, o impacto devastador e o curso rápido da primeira onda de covid na Lombardia", escreveram.

A China vem tentado emplacar a teoria de que o contágio começou na Itália - e não em Wuhan. Autoridades chinesas apontam para outro estudo que sugere que o vírus pode ter se espalhado pelo sul da Europa em setembro. Os cientistas, no entanto, afirmam que, mesmo que o vírus tenha chegado à Itália antes do que se sabia, isso não exclui que o surto originário tenha sido na China. (Com agências internacionais)

A Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) divulgou, nesta quarta-feira (21), um estudo técnico para analisar os efeitos da redução do repasse do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) nas contas públicas devido efeitos da pandemia. Segundo a Amupe, o corpo técnico da entidade buscou as informações na base de dados da Secretaria do Tesouro Nacional (STR) e o estudo comparou repasses dos meses de janeiro a agosto de 2019 com os dados do mesmo período em 2020.

O Fundeb é composto de oito impostos ou transferências de Estados e Municípios, tendo alguns Estados a complementação também da União, como é o caso de Pernambuco. O estudo levou em consideração o modelo atual da distribuição de recursos, já que este ano o Congresso Nacional aprovou o novo Fundeb, que aumenta a participação da União na divisão dos recursos.

Segundo a análise da Amupe, em Pernambuco, os recursos do Fundeb no período de janeiro a agosto de 2020, confrontados com o mesmo período do ano passado, sofreram uma redução de R$ 101,9 milhões na arrecadação dos oito impostos e mais R$ 28,4 milhões na complementação da União. Ou seja, somente nos primeiros oito meses do ano, o conjunto dos municípios Pernambucanos tiveram uma redução de R$ 130,3 milhões.

De janeiro a agosto de 2019, os municípios receberam R$ 2,650 bilhões de Fundeb e mais R$ 350,4 milhões de complementação, agora em 2020 o valor foi de R$ 2,549 bilhões e mais R$ 322 milhões de complementação. As cidades que tiveram as maiores reduções de receitas no Fundeb, em Pernambuco, foram: Ibirajuba (-20,8%), Maraial (-17%), Belém de São Francisco (-14%), Catende (-14%), Carnaubeira da Penha (-14%), Bodocó (-13%), Jataúba (-12%), Orocó (-12%), Brejo da Madre de Deus (-11%) e Palmeirina (-11%).

O presidente da Amupe e prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota (PSB), comentou o estudo. Segundo ele, “as quedas são um reflexo da redução de arrecadação do ICMS do Estado, um dos mais afetados no Brasil em virtude da pandemia".

"A expectativa é que a partir de setembro esse imposto comece a se recuperar de forma lenta e traga um pouco mais de alívio aos municípios pernambucanos. No entanto, as outras receitas que compõem o Fundo ainda continuam menores que 2019, o FPM e o FPE por exemplo, estão em queda mês a mês desde março”, completou.

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*Da assessoria de imprensa

Eliane Giardini usou o Instagram, no último domingo (26), para fazer uma homenagem ao neto Antonio, que morreu em junho de 2019.

"Hoje é meu dia porque Antonio me fez avó. É isso é para sempre. Muito apressado meu menino, já está lá na frente. Olhando por nós, protegendo a gente", escreveu a atriz ao relembrar que dia 26 de julho é comemorado o Dia dos Avós.

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Antonio tinha apenas um ano e oito meses de vida quando morreu em decorrência de uma leucemia mieloide. Ele era o único neto da artista e de Paulo Betti, ex-marido dela. O menino era filho de Mariana, filha caçula do ex-caal, com o músico Quito Ribeiro.

Os internautas se sensibilizaram com a publicação da atriz e mandaram mensagens carinhosas. Mariana, inclusive, mandou um recado para a mãe: "Amo mais que tudo".

Embora venha aumentado a escolarização de crianças e adolescentes no País, uma parte significativa das crianças até 3 anos de idade estão fora da creche ou da pré-escola contra a vontade dos pais, mostram dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua: Educação 2019, 27,5% dos bebês até um ano de vida não estavam na creche porque não havia vaga ou porque a escola disponível ainda não aceitava a criança por causa da idade. Esse porcentual subia a 37,4% no Norte e a 33,9% no Nordeste.

Entre as crianças de 2 a 3 anos de idade, 39,9% não estudavam por falta de vaga ou de estabelecimento que aceitasse a criança nessa faixa etária. No Norte, essa fatia era de 46,1%, e no Nordeste, de 49,3%.

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A oferta de vagas em creches e pré-escola tem relação com a entrada de mulheres em idade reprodutiva no mercado de trabalho. O estudo mostra que 27,5% das mulheres jovens, de 15 a 29 anos de idade, não estudavam, nem trabalhavam nem faziam qualquer tipo de qualificação.

Segundo Marina Aguas, analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, essas mulheres muitas vezes estão ocupadas com afazeres domésticos e cuidado de pessoas, especialmente crianças. "As mulheres muitas vezes exercem atividades e afazeres de base. Dentro da Organização Internacional do Trabalho (OIT) já tem uma discussão enorme de que sejam as outras formas de trabalho, trabalho ampliado, que não só trabalho de mercado. O que a gente quer mostrar aqui é a questão do trabalho de mercado e do estudo, mas não significa que esse grupo não esteja fazendo nada", disse Marina.

Entre as mulheres de 14 a 29 anos que não frequentam a escola nem concluíram o ensino médio, quase um quarto delas (23,8%) deixaram os estudos porque ficaram grávidas. Mais 23,8% deixaram os estudos porque precisavam trabalhar, e 11,5% porque precisavam realizar afazeres domésticos ou cuidar de pessoas.

As estatais brasileiras apresentaram juntas um resultado líquido de R$ 109,1 bilhões em 2019. De acordo com balanço apresentado nesta quinta-feira pelo Ministério da Economia, isso representa um aumento de 53% em relação ao lucro de 2018 e é o maior valor desde 2008.

As empresas do setor financeiro puxaram o resultado, apresentando lucro líquido de R$ 59 bilhões no ano passado, ante R$ 31 bilhões no anterior. As estatais do setor produtivo tiveram lucro de R$ 51,9 bilhões em 2019, ante R$ 39,2 bilhões em 2018. Já as estatais dependentes do Tesouro Nacional apresentaram resultado negativo em R 1,8 bilhão, ante lucro de R$ 1,1 bilhão em 2018.

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Com a venda e liquidação de empresas, o número de estatais baixou de 209 no fim de 2018 para 200 em 2019. Dessas, 46 têm controle direto da União, sendo 18 dependentes do Tesouro Nacional.

O número de empregados foi reduzido em 3,7% em 2019, chegando a 476.644. "Da redução total do quantitativo de pessoal das estatais, cerca de 3.500 posições decorreram das desestatizações do período, e o restante foi, em grande parte, resultado da implementação de programas de desligamento voluntário de empregados (PDVs), cuja estimativa de economia na folha de pagamentos é da ordem de R$ 2,10 bilhões", detalha o boletim.

O PSOL pediu a convocação do ministro da Economia, Paulo Guedes, para que ele vá ao plenário da Câmara prestar explicações sobre "PIB Público" e "PIB Privado". Em nota informativa para comentar o resultado da atividade econômica de 2019, que teve crescimento de 1,1%, o Ministério da Economia destacou que a composição do PIB indica uma "melhora substancial", com "aumento consistente do crescimento do PIB privado e do investimento privado".

Para a pasta, isso mostra que a economia passa a ter dinamismo independentemente do setor público. O ministério também pontua ser "fundamental" a continuidade da agenda de reformas para a consolidação da retomada da economia.

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"Em uma busca na bibliografia para os cursos de contabilidade social, não há nenhum registro, em âmbito nacional ou internacional, da distinção do PIB dessa maneira", diz o partido no requerimento. O pedido do PSOL é assinado pela bancada do partido na Câmara, formada por 10 deputados. A convocação precisa ainda ser aprovada pelos deputados.

O Plenário da Câmara dos Deputados poderá votar, a partir de terça-feira (10), a medida provisória que torna permanente o pagamento de 13º salário para os beneficiários do Bolsa Família.

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Originalmente, a MP 898/19 previa o pagamento do abono natalino apenas em 2019, mas o projeto de lei de conversão de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) propõe o pagamento em todos os anos, assim como para os que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

A medida, entretanto, depende de adequação dos limites do teto de gastos e da aprovação de crédito suplementar pelo Congresso Nacional para contornar a regra de ouro.

Para compensar o aumento de despesa, o relator propõe mudar a forma de tributação dos chamados fundos de investimento fechados, antecipando o recolhimento de parte do imposto. Esse tema já foi tratado por meio da Medida Provisória 806/17, que foi aprovada em 2018 pela comissão mista e perdeu a vigência sem ser votada pela Câmara.

No mesmo ano, o então governo Michel Temer enviou projeto de lei sobre o assunto (10638/18), agora incorporado ao texto da MP em sua maior parte.

À estimativa do governo de R$ 2,5 bilhões para pagar o abono natalino do Bolsa Família, Rodrigues soma a necessidade de outros R$ 4,8 bilhões para custear o mesmo abono para o BPC, o que daria cerca de R$ 7,3 bilhões ao ano.

Esta e as outras medidas provisórias pautadas dependem da leitura do ofício de encaminhamento pela comissão mista.

Negociações com o Fisco

Em pauta consta ainda a Medida Provisória 899/19, que regulamenta a negociação de dívidas com a União em um procedimento conhecido como transação, com descontos de até 50% e parcelamento em 84 meses.

O projeto de lei de conversão do deputado Marco Bertaiolli (PSD-SP) prevê desconto maior (70%) para micro e pequenas empresas e Santas Casas, com parcelamento em até 120 meses. O texto também cria a transação para dívidas de pequeno valor (até 60 salários mínimos) e permite o uso do mecanismo para dívidas junto ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e ao Simples Nacional sob certas condições.

Serviços ambientais

A conversão de multa em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente é o tema da Medida Provisória 900/19, que regulamenta o assunto por meio da criação de um fundo para recolher multas ambientais federais destinadas a projetos com essas finalidades.

De acordo com o projeto de lei de conversão do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), a pessoa ou empresa multada poderá, por conta própria, tocar projetos ambientais relacionados a objetivos listados no texto. Se preferir, poderá contar com desconto de até 60% da multa aplicada e depositar o valor no fundo em até 24 prestações corrigidas pela taxa Selic.

Em ambos os casos, aquele que cometeu a infração deverá reparar o dano ambiental motivo da multa, o que não contará como serviço ambiental.

Para autos de infração ambiental emitidos até a data de publicação da futura lei, o desconto será de 60% e não dependerá da fase em que se encontre o julgamento, contanto que o pedido de conversão ocorra dentro de um ano.

Já a regra geral estabelece que o desconto será de até 60%, sendo reduzido gradualmente de acordo com a etapa do processo administrativo em que o autuado optar pela conversão, segundo regulamento. Entretanto, o valor depois do desconto não poderá ser menor que o valor mínimo legal aplicável à infração.

Terras da União

Por meio da Medida Provisória 901/19, o governo pretende facilitar a transferência de terras da União aos estados de Roraima e Amapá.

O projeto de lei de conversão aprovado na comissão mista, de autoria do deputado Edio Lopes (PL-RR), inclui outros assuntos na MP, como a diminuição da reserva legal mesmo sem o zoneamento ecológico-econômico (ZEE) e o uso de parte da faixa de fronteira para atividade rural sem necessidade de permissão do prévia do Conselho de Segurança Nacional.

Contratos temporários

A última MP pautada é a 903/19, que autoriza o Ministério da Agricultura a prorrogar, por dois anos, 269 contratos temporários de médicos veterinários que foram aprovados em processo seletivo público, em 2017.

O relator da proposta, deputado Domingos Sávio (PSDB-MG), recomendou a aprovação do texto original sem emendas.

Coronavírus

Na quarta-feira (11), às 13h55, o Plenário da Câmara fará uma comissão geral para debater as ações preventivas da vigilância sanitária e possíveis consequências para o Brasil no enfrentamento do coronavírus (Covid-19).

*Da Agência Câmara de Notícias

O presidente Jair Bolsonaro responsabilizou a imprensa pela repercussão da piada que ele mesmo fez ao comentar o resultado fraco do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019, que registrou crescimento de 1,1% no ano.

Nesta quarta-feira (4), Bolsonaro escalou um humorista para responder perguntas de jornalistas sobre o ritmo da atividade econômica. Nesta quinta-feira (5), de forma irônica, o mandatário indagou por que os profissionais da comunicação vão diariamente à residência oficial registrar suas declarações mesmo após sofrer ataques da autoridade máxima do País.

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"Parabéns à imprensa. Fiz piada com o PIB. Parabéns aí, valeu. Continuem agindo assim. Quando vocês aprenderem a fazer jornalismo, eu converso com vocês", disse o presidente nesta quinta, antes de embarcar para São Paulo, onde passará parte do dia. "Se vocês sofrem ataque todo dia, o que vocês estão fazendo aqui? O espaço é público, mas o que vocês estão fazendo aqui? O dia que vocês (se) conscientizarem que vocês são importantes fazendo matérias verdadeiras, o Brasil muda", afirmou Bolsonaro.

Na quarta, o presidente enfrentou reações negativas sobre sua postura em relação ao resultado do PIB. "PIB? O que é PIB? Pergunta para eles (jornalistas) o que é PIB", disse Bolsonaro ao humorista Márvio Lúcio, conhecido como Carioca, que estava vestido como o presidente. Antes, o humorista distribuiu bananas aos jornalistas. Carioca usou um carro oficial da Presidência e contou com o auxílio do secretarial especial de comunicação, Fabio Wajngarten.

Mais tarde, em outra conversa com jornalistas, Bolsonaro minimizou o resultado do PIB e disse que espera uma melhora este ano, apesar do coronavírus.

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