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Dados atualizados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) mostram que ainda quase a metade da população brasileira vive sem acesso à rede de esgoto. Ferramenta do governo federal, o SNIS com dados de 2019 foi divulgado nesta terça-feira (15), pelo Ministério do Desenvolvimento Regional, e aponta que apenas 54,1% é atendida com rede de esgoto. Em 2018, o índice era de 53,2%. Além disso, somente 49,1% do esgoto é tratado.

O acesso à distribuição de água também revela pouco avanço. O dado mais atualizado indica que 83,7% da população é atendida com rede de água. Em 2018, o índice era 83,6%. Segundo o governo, cerca de 91% dos municípios responderam a pesquisa.

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Presente no lançamento dos dados, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, afirmou que a aplicação de recursos públicos no período de um ano no saneamento representa entre R$ 5 bilhões e R$ 6 bilhões por ano, muito distante da necessidade do setor, que precisaria de R$ 60 bilhões a R$ 70 bilhões anualmente. Por isso, o ministro destacou a importância do novo marco legal do saneamento, que abre espaço para a iniciativa privada atuar com mais força nesse segmento.

"É uma distância superlativa que precisa ser alcançada, só ocorrerá com a instrumentalização das ferramentas que temos em mãos, desde a performance das carteiras, como do BNDES e da Caixa, o estímulo aos consórcios que está no marco legal, mas também buscando novas alternativas de financiamento e estruturação de projetos", afirmou Marinho.

O ministro voltou a dizer que um dos desafios para a proliferação dos projetos para atração da iniciativa privada é a reestruturação dos fundos de desenvolvimento regional, para que eles também possam entrar nesse ramo das "fábricas de projeto".

Como já mostrou o Estadão/Broadcast, a ideia do MDR é transformar os fundos de desenvolvimento regional em fundos de natureza privada. "Ideia é que esses fundos passem a bancar a estruturação de projetos executivos para que eles fiquem à disposição da iniciativa privada", disse Marinho.

Uma nova pesquisa do Instituto Trata Brasil, baseada no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), foi divulgada nesta terça-feira (1º). A análise mostra a situação do saneamento básico nas 100 maiores cidades do país, e Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista, Caruaru e Recife estão entre as piores no ranking, deixando Pernambuco com o pior desempenho entre os estados do Nordeste. 

A situação mais alarmante é no munícipio de Jaboatão, que foi apontado como o 4° pior do Brasil, ficando com a 97° posição dos munícipios avaliados. Seguido por Olinda na 84°, Paulista na 74°, Caruaru com a 70° posição e Recife com 69°. O estudo afirma também que na capital pernambucana, 82,3% da população tem água tratada. Entretanto, quanto ao número de pessoas com acesso à coleta esgoto é de apenas 35,5%. Outro dado divulgado é em relação a perdas de água, a média no Recife ficou acima de 60%. 

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O levantamento mostrou que o atendimento com água tratada atingia 92,2% da população das cidades brasileiras em 2011, avanço de apenas 0,9 ponto porcentual ante 2010. A coleta de esgoto chegou a 61,4%, crescimento de 2,3 pontos porcentuais no mesmo período. Já o volume de esgoto tratado totalizou apenas 38,5%, expansão de 2,3 pontos porcentuais.

O volume de água que não é cobrado pelas empresas em função de vazamentos, roubos (gatos) e falta de medidores passou de 40,5% em 2010 para 40,1% em 2011. O volume de investimentos nas cidades pesquisadas ficou estável em R$ 4,5 bilhões. Já os investimentos nacionais em saneamento caíram de R$ 8,9 bilhões em 2010 para R$ 8,4 bilhões no ano seguinte.

Pelas estimativas do Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), são necessários R$ 302 bilhões de desembolsos em 20 anos para universalização da rede de abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto no País. O montante equivale a R$ 15,1 bilhões por ano, em média.

*Com informações de agências

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