Tópicos | Instituto Trata Brasil

O prejuízo financeiro com as perdas de água em todo o País chega a R$ 8 bilhões ao ano, aponta estudo feito pelo Instituto Trata Brasil.

Segundo o levantamento, o volume de água produzido pelas empresas de saneamento brasileiras, mas que não foi faturado por causa de vazamentos ou fraudes na rede de distribuição, chegou a 6,5 trilhões de litros em 2013, mais de seis vezes a capacidade total do Sistema Cantareira.

##RECOMENDA##

O estudo feito em parceria com a empresa de consultoria GO Associados considerou os dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) de 2013, divulgados em janeiro deste ano pelo Ministério das Cidades. Segundo o relatório, 37% de toda a água produzida no País é perdida na rede de distribuição. Em relação ao volume de água que não é faturado pelas companhias, o índice chega a 39%. Segundo o presidente do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos, as perdas financeiras com água equivalem a 80% dos investimentos realizados em água e esgoto no País em 2013.

"É muito dinheiro para um setor que precisa investir muitos recursos para recuperar o atraso de pelo menos duas décadas, principalmente no que diz respeito ao tratamento de esgoto e à redução de perdas", afirma.

O estudo mostra que se houvesse uma queda de 15% nas perdas financeiras em cinco anos, ou seja, de 39% para 33%, a economia seria de R$ 3,8 bilhões. O Estado do Amapá, no Norte do País, é o que apresenta o pior índice: 76,5%. O melhor é o do Paraná, no Sul, com 22,5%. Em São Paulo, as perdas financeiras, em 2013, eram de 32,1%.

Do volume total de água perdida no Brasil, 3,5 trilhões de litros foram por vazamentos na rede, que deram um prejuízo de R$ 1 bilhão.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma nova pesquisa do Instituto Trata Brasil, baseada no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), foi divulgada nesta terça-feira (1º). A análise mostra a situação do saneamento básico nas 100 maiores cidades do país, e Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista, Caruaru e Recife estão entre as piores no ranking, deixando Pernambuco com o pior desempenho entre os estados do Nordeste. 

A situação mais alarmante é no munícipio de Jaboatão, que foi apontado como o 4° pior do Brasil, ficando com a 97° posição dos munícipios avaliados. Seguido por Olinda na 84°, Paulista na 74°, Caruaru com a 70° posição e Recife com 69°. O estudo afirma também que na capital pernambucana, 82,3% da população tem água tratada. Entretanto, quanto ao número de pessoas com acesso à coleta esgoto é de apenas 35,5%. Outro dado divulgado é em relação a perdas de água, a média no Recife ficou acima de 60%. 

##RECOMENDA##

O levantamento mostrou que o atendimento com água tratada atingia 92,2% da população das cidades brasileiras em 2011, avanço de apenas 0,9 ponto porcentual ante 2010. A coleta de esgoto chegou a 61,4%, crescimento de 2,3 pontos porcentuais no mesmo período. Já o volume de esgoto tratado totalizou apenas 38,5%, expansão de 2,3 pontos porcentuais.

O volume de água que não é cobrado pelas empresas em função de vazamentos, roubos (gatos) e falta de medidores passou de 40,5% em 2010 para 40,1% em 2011. O volume de investimentos nas cidades pesquisadas ficou estável em R$ 4,5 bilhões. Já os investimentos nacionais em saneamento caíram de R$ 8,9 bilhões em 2010 para R$ 8,4 bilhões no ano seguinte.

Pelas estimativas do Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), são necessários R$ 302 bilhões de desembolsos em 20 anos para universalização da rede de abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto no País. O montante equivale a R$ 15,1 bilhões por ano, em média.

*Com informações de agências

O excesso de vazamentos, desvios ilegais e problemas de medição de consumo de água no País reduzem em média 37,5% do faturamento das operadoras, aponta estudo divulgado na terça-feira (19) pelo Instituto Trata Brasil. As falhas na distribuição de água, ocasionadas pela falta de investimentos em infraestrutura, são especialmente graves nas Regiões Norte e Nordeste, onde quase 60% do sistema precisa ser ampliado.

A pesquisa Perdas de Água: Entraves ao Avanço do Saneamento Básico e Riscos de Agravamento à Escassez Hídrica no Brasil usou dados de 2010 para analisar as perdas de faturamento das empresas distribuidoras, estatais ou privadas. "Não se pode dizer que é só perda de água, pois muitas vezes chega ao consumidor de forma não autorizada", diz o presidente do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos. "Mas a maior parte é mesmo perda real de água, causada pelos vazamentos. Não se pode exigir busca de novos mananciais, por exemplo, se a rede (de distribuição) é uma peneira."

##RECOMENDA##

Além do desperdício causado pelos vazamentos, a falta de uma infraestrutura moderna prejudica a medição correta do consumo e facilita a existência de ligações clandestinas. A situação mais crítica é a do Amapá, onde o índice de perdas de faturamento é de quase 75% - no outro extremo, Mato Grosso do Sul, com melhor desempenho (pouco menos de 20%). São Paulo está no grupo intermediário, com 32,55%.

O total de perdas de faturamento das operadoras, lembram os especialistas, não chega a 10% nos países desenvolvidos. "A partir dos anos 1970, o País se preocupou em ampliar a cobertura de oferta de água, mas nos anos seguintes deu pouca atenção à manutenção e modernização do fornecimento", diz Rudinei Toneto Junior, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP, que coordenou o levantamento. "O investimento no controle de perdas tem de ser contínuo."

Segundo Édison Carlos, a tendência é de que distribuidoras controladas por empresas privadas sejam mais eficientes na redução de perdas. "A solução, no entanto, não passa pela privatização. Em Uberlândia (MG), por exemplo, a distribuidora estatal oferece baixas tarifas e combate às perdas", afirma ele.

Estimativa

Em uma simulação com um cenário de redução de 10% das perdas, a receita seria equivalente a 42% dos R$ 3 bilhões investidos em infraestrutura pelos prestadores de serviço do setor em 2010 - ou seja, ganho de R$ 1,3 bilhão na receita operacional.

Para os autores do estudo, o saneamento básico possui a estrutura mais atrasada do País. Segundo o Trata Brasil, 54% da população não possui coleta de esgoto e 84% das cidades precisam de investimentos para adequar seus sistemas de produção de água potável. Uma das consequências foi que, em 2011, quase 400 mil pessoas com diarreia no País tiveram de ser hospitalizadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando