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O príncipe Harry comparecerá na terça-feira (6) a um tribunal de Londres em um processo contra um jornal sensacionalista contra o qual deve testemunhar, tornando-se o primeiro membro da família real britânica a depor na Justiça em mais de um século.

Os jornais britânicos esperavam que o filho caçula do rei Charles III, de 38 anos, comparecesse nesta segunda-feira (5) à audiência do julgamento contra o Mirror Group Newspapers (MGN), editor do jornal Mirror e da revista Sunday People, entre outras publicações. Jornalistas e fotógrafos aguardavam por ele desde o início da manhã na entrada da Alta Corte de Londres.

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Seu advogado, David Sherborne, informou, no entanto, que ele vai depor somente na terça, pois estava comemorando o segundo aniversário de sua filha, na Califórnia, e não chegaria ao Reino Unido antes da noite de domingo.

A última vez que o duque de Sussex esteve no país foi na cerimônia de coroação do pai, em 6 de maio. Ele compareceu ao evento sem a esposa, a atriz americana Meghan Markle, e depois voltou imediatamente para os Estados Unidos, onde o casal reside desde 2020.

Harry e outras celebridades acusam a MGN de coletar informações sobre eles de forma ilegal, incluindo invasão do telefone.

A terça-feira marcará a primeira declaração de um membro da realeza britânica em um tribunal desde Edward VII, por ocasião de um julgamento por difamação em 1890, antes de se tornar monarca.

Harry, que abalou a monarquia britânica quando ele e Meghan anunciaram, há mais de três anos, que estavam deixando a instituição, tem outros processos abertos contra a imprensa em seu país.

Entre os motivos para deixar o Reino Unido, o casal citou a pressão insuportável da mídia e ataques racistas à atriz.

- Relação tensa com a imprensa -

Harry já apareceu de surpresa em um tribunal de Londres em março, em outro processo por violação de privacidade movido por várias celebridades — como o cantor Elton John — contra o grupo Associated Newspapers Ltd, editor do jornal Daily Mail. Mas ele não falou no julgamento, apenas apresentou seu testemunho por escrito.

O príncipe, quinto na linha de sucessão ao trono, e sua esposa mantêm relações muito tensas com a imprensa.

Há algumas semanas, ambos relataram que sofreram uma perseguição de carro "quase catastrófica" por parte de paparazzi nas ruas de Nova York.

As autoridades locais minimizaram o episódio, que lembrou o acidente de trânsito de 1997, em Paris, que matou a mãe de Harry, a princesa Diana, enquanto era perseguido por fotógrafos.

Em sua série documental "Harry & Meghan" e em seu explosivo livro de memórias "O que sobra", o príncipe acusou outros membros da monarquia britânica de conivência com a imprensa.

E, em documentos apresentados aos tribunais em abril, afirmou que a família real havia chegado a um "acordo secreto" com um editor para evitar que qualquer um de seus membros tivesse que depor. Isso o impediu, alegou Harry, de entrar com uma ação enquanto fazia parte da realeza.

- "Indícios" de comportamento ilegal -

Harry e outros famosos, incluindo dois atores de televisão e a ex-esposa de um comediante, acusam algumas publicações do grupo MGN de coletar informações sobre eles usando métodos ilegais.

No início do julgamento, em 10 de maio, o MGN reconheceu "alguns indícios" de coleta ilícita de informações, pediu desculpas e garantiu que "esta conduta nunca mais se repetirá".

O advogado Andrew Green negou, no entanto, que as mensagens de correio de voz tenham sido hackeadas e argumentou que alguns processos foram apresentados tarde demais, décadas depois dos supostos eventos.

Sherborne denunciou, por sua vez, atividades ilegais "em escala industrial" por parte da MGN, com a aprovação de altos executivos.

Um biógrafo do príncipe, Omid Scobie, coautor de um livro sobre Harry e Meghan publicado em 2020, testemunhou que, enquanto estagiava no Sunday People, ele foi ensinado a hackear mensagens de voz. Também contou que, quando trabalhou no Mirror ouviu o então editor Piers Morgan dizer que uma informação sobre a cantora Kylie Minogue havia sido obtida com uma mensagem de voz.

Morgan, diretor do tabloide de 1995 a 2004, negou qualquer envolvimento na invasão dos telefones.

O príncipe Harry pode se reunir com o resto da família real britânica antes da coroação de seu pai, Charles III, em maio, para acalmar as tensões após a publicação de suas memórias explosivas, informou o jornal Sunday Times neste domingo (15).

"Todas as partes terão que ser flexíveis. Mas é possível, é reparável", estimou uma fonte próxima do rei e de Harry, citada pelo jornal dominical. O jornal menciona a possibilidade de um encontro entre o príncipe, seu pai Charles e seu irmão William antes da coroação marcada para 6 de maio.

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O livro de Harry, intitulado "Spare" ("O Que Sobra", em português), está fazendo um sucesso estrondoso nas livrarias. Nele, o filho mais novo de Charles III e neto da falecida Elizabeth II não poupa críticas, como ao irmão William, a quem chama de “arqui-inimigo”.

Oficialmente, o Palácio de Buckingham se mantém em silêncio desde o lançamento do livro.

A fonte citada pelo Sunday Times afirma que "devemos passar para outra coisa, e isso deve ser resolvido até abril".

Segundo outra fonte citada pelo jornal, Harry e sua esposa Meghan devem ser convidados para a coroação, para que o conflito familiar não represente uma "distração" que ofusque a cerimônia.

Harry e Meghan deixaram a família real em 2020 e moram nos Estados Unidos.

Segundo uma pesquisa recente do YouGov, eles são ainda mais impopulares do que o príncipe Andrew, irmão de Charles III afastado da monarquia após se envolver em um escândalo sexual.

O príncipe Harry vai se aprofundar em detalhes de sua autobiografia neste domingo (8) em duas entrevistas, após a polêmica causada por revelações sobre as desavenças com o irmão, sua vida sexual e uma confissão sobre o uso de drogas.

O lançamento mundial do livro "Spare" ("O que sobra", em português), está marcado para 10 de janeiro, mas grande parte do conteúdo vazou na quinta-feira, quando foi colocado à venda com antecedência na Espanha por engano.

Entre os detalhes vazados estão a acusação de que seu irmão William - herdeiro do trono - o agrediu durante uma discussão sobre sua esposa, a ex-atriz americana Meghan Markle, um relato de como perdeu a virgindade, uma confissão sobre o uso de drogas e a afirmação de que matou 25 pessoas em uma missão militar no Afeganistão.

O Palácio de Buckingham não comentou as polêmicas e o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak se limitou a destacar à BBC "sua enorme simpatia pela família real".

No domingo, o The Sunday Times citou fontes próximas ao príncipe William que dizem que ele está "triste" e "queimando por dentro", mas permanece em silêncio pelo bem de sua família e país.

Apesar de Harry concentrar seus ataques em William, o rei Charles III não se sente "menos magoado porque pessoalmente não foi o foco da maior parte da raiva e frustração do livro", disse um amigo próximo do rei.

- "Quero uma reconciliação" -

Vários dos canais que o entrevistaram já divulgaram trechos da entrevista que enfocam a disputa com seu irmão William e suas acusações de que sua família instalou uma narrativa negativa sobre ele e sua esposa.

A rede britânica ITV vai transmitir uma entrevista de pouco mais de uma hora e meia com o príncipe neste domingo, às 21h00 GMT (18h em Brasília).

Neste programa, Harry afirma que William tentou agredi-lo durante uma discussão sobre sua esposa.

"Quero uma reconciliação, mas antes precisamos fazer um acerto de contas", acrescenta.

Em seguida, a americana CBS transmitirá outra entrevista às 19h30 na costa leste dos Estados Unidos (21h30 em Brasília) em seu programa "60 minutos" e a estação ABC transmitirá um terceiro programa na segunda-feira.

Harry se refere a William como "seu querido irmão e arqui-inimigo", disse o apresentador da ABC, Michael Strahan.

"Estranhamente, sempre houve competição entre nós", disse Harry à rede americana.

As entrevistas foram gravadas antes do vazamento do livro de Harry na quinta-feira, provocando reação da imprensa, comentaristas, veteranos militares e até mesmo de talibãs.

O príncipe britânico Harry conta em seu novo livro como foi fisicamente "atacado" por seu irmão mais velho, o príncipe William, durante uma discussão em 2019, informou o jornal The Guardian na quarta-feira.

De acordo com o jornal, a história do incidente aparece no novo livro de memórias de Harry, "Spare", que estará à venda ainda este mês, em meio aos conflitos na família real britânica.

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Harry, de 38 anos, escreve que durante um desentendimento na cozinha de sua casa em Londres, William chamou sua esposa Meghan Markle de "difícil", "grosseira" e "ríspida", antes de derrubá-lo no chão enquanto a discussão continuava, disse o Guardian.

"Ele me agarrou pela gola (da camisa), arrancou a gola e me jogou no chão. Caí na tigela do cachorro, que quebrou nas minhas costas, com pedaços me cortando", relatou o Guardian, citando o livro.

Harry então disse ao irmão mais velho para ir embora. William pareceu "arrependido e pediu desculpas", afirmou Harry, segundo o jornal.

O veículo continua a conversa entre os dois príncipes mencionada no livro: "William voltou e afirmou: 'Você não precisa contar à Meg'.

'Quer contar você que me atacou?'

'Eu não te ataquei, Harold', respondeu William, que parecia estar usando um apelido de Harry".

A mais recente revelação sobre o tumultuado relacionamento dos irmãos é divulgada quando seu pai, o rei Charles, se prepara para sua coroação em maio, após a morte em setembro de sua mãe, a rainha Elizabeth II, aos 96 anos.

Harry e Meghan, de 41 anos, revelaram suas experiências na família real britânica em uma série documental da Netflix sobre os motivos de sua surpreendente partida para a América do Norte em 2020.

Na série, o casal atribui grande parte de sua infelicidade às notícias racistas da mídia e ao assédio da imprensa sensacionalista.

A mudança para o estado natal de Meghan, a Califórnia, os tornou impopulares no Reino Unido, onde são frequentemente retratados pela imprensa como egoístas.

Em trechos de uma entrevista para as emissoras ITV no Reino Unido e CBS nos Estados Unidos, transmitidas esta semana antes do lançamento do livro, Harry afirmou que quer "uma família, não uma instituição".

"Gostaria de ter meu pai de volta. Gostaria de ter meu irmão de volta", disse Harry.

Segundo uma nova reportagem do Valliant Renegade e do WDW Pro (via CBR), a Warner Bros. Discovery está considerando seriamente fazer um reboot da icônica e aclamada franquia cinematográfica ‘Harry Potter’. Os rumores indicam que a nova versão da saga iria reescalar todo o elenco protagonista e coadjuvante e funcionaria como adaptação de todos os romances assinados por J.K. Rowling.

“Você olha para o elenco original: Harry, Hermione, Ron. Novo elenco. Começando de novo”, apontam as notícias. Enquanto nada é confirmado, vale lembrar que a companhia também está planejando adaptar a peça ‘Harry Potter e a Criança Amaldiçoada‘ para o cinema, dividindo a trama em duas partes (via Puck News). Ao que parece, tudo depende da aprovação de Rowling.

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Isso porque a ideia já havia sido sugerida há alguns anos pelo roteirista e produtor Toby Emmerich, quando foi presidente do selo Warner Bros. Pictures Group, mas Rowling recusou a proposta. Anos mais tarde, quando Ann Sarnoff assumiu a presidência do estúdio, a ideia foi novamente levantada no formato de série de TV, mas não houve sucesso na negociação.

Agora, David Zaslav é quem está tentando convencer a autora a apostar na ideia, com dois filmes baseados no livro. Como os fãs já sabem, a peça, de cinco horas de duração, chegou aos palcos de Londres e da Broadway em 2016 e tornou-se um tremendo sucesso.

Na trama, Harry Potter já é adulto e trabalha para o Ministério da Magia, ao mesmo tempo que lida com suas responsabilidades como marido e pai de três crianças em idade escolar.

Enquanto seu passado se recusa a ficar para trás, seu filho mais novo, Alvo, tenta lutar contra o peso do legado da família. À medida que passado e presente se fundem de forma ameaçadora, ambos, pai e filho, aprendem uma incômoda verdade: às vezes, as trevas vêm de lugares inesperados.

Por enquanto, ainda não há nada confirmado e as negociações seguem em andamento, mas Zaslav já havia revelado que está disposto a trabalhar com Rowling para desenvolver mais filmes e projetos da saga para o cinema e para a HBO Max.

De acusá-los de mentir a denunciar uma "guerra contra Meghan", o príncipe Harry e sua esposa, Meghan, aumentaram o tom sobre a família real britânica na segunda e última parte de seu documentário na Netflix.

Após o sucesso dos três primeiros episódios, nos quais o duque e a duquesa de Sussex criticaram principalmente os tabloides britânicos pelo tratamento dado à ex-atriz, o casal agora parece ter como alvo o Palácio de Buckingham e o príncipe William — herdeiro do trono e irmão mais velho de Harry — para justificar sua surpreendente saída da monarquia em 2020.

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Em dois novos trailers divulgados nos últimos dias, Meghan diz: "Não só me jogaram aos lobos, me usaram para alimentar os lobos".

Sua advogada Jenny Afia insiste neste ponto, dizendo que "houve uma verdadeira guerra contra Meghan" e que viu "provas de que havia informações vindas do palácio contra Harry e Meghan para o benefício de outras pessoas".

"Parece normal para eles mentir para proteger meu irmão, mas não estavam dispostos a dizer a verdade para nos proteger", diz o príncipe, referindo-se a William, de 40 anos.

O duque de Sussex, de 38 anos, que deve publicar seu livro de memórias "Spare" em janeiro, também se filma com seu celular ao deixar o Reino Unido e denuncia o "roubo da liberdade".

Estes novos episódios podem ser explosivos para a realeza, três meses após a morte da rainha Elizabeth II e a ascensão de Charles III ao trono.

"Como esperávamos desde a semana passada, as luvas foram sacadas", escreveu a correspondente real do Daily Mail, Rebecca English.

Para seu colega da ITV, Chris Ship, "este trailer sugere que (Harry) vai culpar seu irmão, ou pelo menos aqueles ao seu redor, por algumas das histórias sobre os Sussex que saíram na imprensa. Esta é uma escalada considerável", acrescentou.

Resposta de Buckingham? 

Até o momento, o palácio não fez comentários sobre o conteúdo do documentário. Mas, se as acusações feitas na última parte forem sérias, Buckingham pode ser forçado a quebrar o silêncio desta vez.

Charles III, a rainha Camilla, William e sua esposa, Catherine, participam juntos do concerto real de Natal na Abadia de Westminster, nesta quinta-feira, que será exibido na televisão durante as festas de fim de ano.

E, na terça-feira (13), a assessoria de imprensa de Catherine e William publicou uma foto do casal queridinho dos tabloides britânicos, vestindo jeans, sorrindo e relaxados, enquanto caminhavam com seus filhos pela propriedade real de Sandringham.

Os três primeiros episódios da série produzida pela Netflix totalizaram 81,55 milhões de horas de exibição, o maior número de um documentário em sua primeira semana de lançamento, segundo a plataforma de streaming.

No Reino Unido, porém, a popularidade de Harry e Meghan voltou a cair pouco antes do lançamento do documentário, apesar de já serem os membros da realeza mais impopulares depois do príncipe Andrew, envolvido em um escândalo sexual nos últimos anos.

Após os primeiros episódios, a imprensa britânica acusou-os de "indecência" e de "atacar o legado da rainha" Elizabeth II, em particular ao criticar a Commonwealth, à qual ela demonstrou grande apego durante seus 70 anos de reinado.

Alguns jornais já consideram "um ponto sem volta" o afastamento de Harry de Charles III e William. Uma reconciliação agora parece improvável, seis meses antes da coroação oficial de seu pai.

Nesta segunda-feira (5), a Netflix divulgou o trailer de "Harry & Meghan", nova série documental da plataforma que conta a história do Duque e da Duquesa de Sussex. A parte um chega ao streaming em 8 de dezembro e a segunda no dia 15 de dezembro.

A produção terá seis episódios e acompanha a vida do casal, desde o início do relacionamento até os desafios que os levaram a se afastarem de seus cargos na realeza. Também conta com depoimentos exclusivos de amigos e familiares. 

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Além disso, haverá análises de historiadores sobre Commonwealth (originalmente, a Comunidade Britânica das Nações) e o relacionamento da família real com a imprensa. A direção é da vencedora do Emmy, Liz Garbus. 

O príncipe Harry e Markle se casaram em 2018 e atualmente possuem dois filhos, Archie e Lilibeth Diana. Em 2020, eles decidiram pelo afastamento dos deveres reais da família e se mudaram para os Estados Unidos. 

Assista ao trailer: https://youtu.be/raDHu9Gcq-c

O príncipe Harry, quinto na linha de sucessão ao trono britânico, publicará suas memórias em 10 de janeiro sob o título "Spare", anunciou a editora Penguin Random House nesta quinta-feira (27).

"Estamos muito animados em anunciar a história extraordinariamente pessoal e emocionalmente poderosa do príncipe Harry, o duque de Sussex", tuitou a editora.

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No site criado pela editora para divulgar a obra, ela é descrita como uma janela de como o príncipe reagiu à morte de sua mãe Diana, há 25 anos, e como sua vida foi afetada desde então.

"Com sua honestidade crua e inabalável, 'Spare' é um trabalho marcante cheio de percepções, revelações, introspecção e sabedoria duramente conquistada sobre o poder eterno do amor sobre a dor", disse a Penguin Random House.

Harry, o segundo filho do rei Charles III, e sua esposa Meghan, uma ex-atriz americana negra, surpreenderam ao abandonar seus deveres reais no início de 2020 e se mudar para os Estados Unidos.

Durante uma entrevista impactante televisionada em março de 2021, o casal acusou a família real de insensibilidade e racismo.

No ano passado, Harry, de 37 anos, anunciou que estava escrevendo suas memórias, nas quais afirmou que exporia os "erros" e as "lições aprendidas" ao longo de sua vida.

"Spare" estará à venda em janeiro no Reino Unido, Irlanda, Austrália, Nova Zelândia, Índia e África do Sul, disse o site da editora.

Harry usará os lucros do livro, que será publicado em 16 idiomas, para doar para instituições de caridade britânicas, acrescentou.

A morte da rainha Elizabeth II pode ajudar a iniciar uma reconciliação do príncipe Harry e sua esposa Meghan com o resto da família real, após um suposto afastamento e sua mudança para os Estados Unidos.

O casal, que estava no Reino Unido quando a rainha morreu na quinta-feira, se juntou ao irmão de Harry, William, e sua esposa, Catherine, no Castelo de Windsor, no sábado. Foi a primeira aparição pública dos quatro juntos desde 2020.

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Vestidos de preto, eles observaram as flores deixadas pela morte da rainha, e cumprimentaram o público, sem transparecer o estado da relação entre os casais.

Mas a decisão de aparecerem juntos diante das câmeras sugeriu um avanço na reconciliação.

Segundo a imprensa especializada em realeza britânica, William, o herdeiro do trono, procurou o irmão mais novo, que critica a família desde que abandonou os deveres reais.

Dois dias antes, a situação era bem diferente: Harry, 37 anos, chegou sozinho em um veículo a Balmoral, na Escócia, pouco depois da morte da rainha. William e outros familiares, exceto Catherine, chegaram antes em um único carro.

Richard Fitzwilliams, especialista em realeza, disse na quinta-feira que o fato de os irmãos chegarem separadamente mostra que eles estão "afastados".

Harry e Meghan são vistos como causa de "muitos danos à família real nos últimos meses" com seus comentários, acrescentou.

"Para o futuro, a bola está em campo e depende de como eles querem jogar", acrescentou.

- Caminhos diferentes -

Após a morte de Diana, a mãe dos príncipes, em um acidente de trânsito em Paris em 1997, os irmãos comoveram o mundo ao caminharem atrás de seu caixão no cortejo fúnebre. William tinha 15 anos e Harry apenas 12.

Como adultos, eles pareciam muito próximos e isso continuou depois que William se casou com sua namorada de longa data, Kate Middleton, em 2011. Mas após o casamento de Harry em 2018 com Meghan, uma atriz americana, o relacionamento começou a estremecer.

Harry disse em uma entrevista de 2019 que ele e seu irmão estavam seguindo “caminhos diferentes”. Um ano depois, ele e Meghan anunciaram sua mudança para os Estados Unidos.

Em uma entrevista explosiva do casal a Oprah Winfrey, em março de 2021, Meghan garantiu que Catherine a fez chorar. Eles também alegaram que um membro da realeza, que não identificaram, especulou sobre a cor da pele do futuro filho do casal, já que Meghan é afrodescendente.

William reagiu dizendo que a família real "não é nada" racista. As relações entre os irmãos estavam claramente distantes quando eles se encontraram novamente no ano passado para inaugurar uma estátua de sua mãe. Também não se encontraram para o Jubileu de Platina da Rainha em junho.

Recentemente, Meghan disse à revista The Cut que agora se sente "livre" para contar sua própria história, que alguns viram como uma ameaça disfarçada à monarquia.

A família real britânica se reuniu nesta sexta-feira (3) para uma missa de ação de graças pelos 70 anos de reinado de Elizabeth II, sem a presença da monarca, cansada após o primeiro dia de festejos, mas com Harry e Meghan, que concentraram todos os olhares.

A rainha de 96 anos, com crescentes problemas de mobilidade, sentiu um "certo mal-estar" depois de aparecer duas vezes de pé na quinta-feira na sacada do Palácio de Buckingham, quando começaram os quatro dias de celebrações do "jubileu de platina".

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Líder da Igreja da Inglaterra e muito religiosa, a monarca decidiu não comparecer ao evento devido ao longo a partir do Castelo de Windsor, onde mora, até a catedral de St. Paul em Londres e "a atividade necessária para participar na missa", explicou a Casa Real.

Entre os curiosos que esperavam desde o início da manhã diante da catedral, Stephanie Stitt, organizadora de eventos de 35 anos, se declarou "um pouco" decepcionada com a ausência da rainha.

"Mas é compreensível porque tem 96 anos", acrescentou, antes de afirmar que "é agradável celebrar algo e não lembrar da crise pelo custo de vida" que, com uma inflação histórica, impõe sacrifícios a muitos britânicos.

Harry e Meghan

Também não estava presente, por ter contraído Covid-19, o príncipe Andrew, de 62 anos, considerado por muitos "o filho predileto" da monarca, mas afastado da vida pública devido a acusações de agressão sexual contra uma menor de idade nos Estados Unidos.

Os que apareceram, pela primeira vez em público no Reino Unido em dois anos, foram o príncipe Harry e suas esposa Meghan.

Entre gritos de apoio e algumas vaias, o neto da monarca, de 37 anos, chegou vestido de fraque e gravata cinza, usando todas as suas condecorações, que ele mantém apesar de, desde que deixou a monarquia em 2020, não ser autorizado a usar o uniforme militar.

Sorridente, mas tensa, a ex-atriz americana, de 40 anos, estava a seu lado.

O casal abalou a monarquia há dois anos, quando decidiu abandonar o Reino Unido e morar na Califórnia, de onde criticaram a família real, chegando a acusar de racismo um de seus integrantes, que não foi identificado.

Desde então, eles encontraram a rainha poucas vezes e em particular. A filha mais nova do casal, Lilibet, que completa um ano no sábado, não conhecia a bisavó famosa até agora.

Os dois viajaram a Londres para as festividades do jubileu, mas na quinta-feira ficaram longe da imprensa - a pressão dos tabloides foi uma das razões alegadas para abandonar o Reino Unido.

Sucessão

Dentro da majestosa catedral anglicana, quase 2.000 pessoas acompanharam a cerimônia, incluindo 400 profissionais da saúde, convidados pelos serviços prestados durante a pandemia. Também estavam presentes familiares da rainha, o primeiro-ministro Boris Johnson e líderes políticos e sociais, além de representantes de outras religiões.

Entre os vários pronunciamentos, o arcebispo de York, Stephen Cottrell, falou diretamente para a rainha, assumindo que ela assistia a missa pela televisão. Ele brincou com o amor da soberana pelos cavalos e a agradeceu por "permanecer na sela".

A cerimônia, de quase uma hora, agradeceu pela vida e reinado do monarca mais longeva da história do Reino Unido.

Elizabeth II tinha 25 anos quando, em 1952, sucedeu o pai, o rei George VI. Setenta anos depois, ela é a única monarca conhecida pela maioria dos britânicos e a única na história a celebrar um "jubileu de platina".

Devido aos problemas de saúde, ela voltou a ser representada nesta sexta-feira por seu filho mais velho, Charles, o herdeiro do trono de 73 anos, que aos poucos assume funções em uma transição progressiva que preocupa dada sua baixa popularidade em um momento em que a realeza é questionada.

Um total de 62% dos britânicos afirmam que continuam favoráveis à monarquia, mas os mais jovens estão divididos: 33% a favor e 31% contra.

Uma pesquisa do instituto YouGov publicada esta semana mostra que apenas 39% dos entrevistados acreditam que o país ainda terá um monarca dentro de 100 anos.

Iniciadas na quinta-feira com um grande desfile militar, as celebrações do "jubileu de platina" prosseguirão até domingo, com um show de música pop, corridas de cavalos e dezenas de milhares de piqueniques e refeições ao ar livre.

Meghan Markle e seu marido, o príncipe Harry, associaram-se à empresa Ethic, a qual promove investimentos que respeitam critérios ambientais, sociais e de governança.

Além de investir recursos na empresa, o casal se torna um "sócio de impacto", informou a Ethic em seu site nesta terça-feira, sem dar detalhes sobre o papel do casal.

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O príncipe Harry e Meghan "compartilham diversos valores conosco e, suspeitamos, com muitos de vocês", apontou a empresa. "Ao trabalharmos juntos, esperamos informar, educar e inspirar uma ação generalizada em torno de alguns dos problemas mais importantes e determinantes da nossa era."

Em entrevista ao jornal "New York Times", o casal explicou que deseja democratizar a ideia de investir, e de fazê-lo em empresas responsáveis. “No mundo de onde venho, não se fala em investir, certo? Não temos o luxo de poder investir, parece algo tão elegante”, ressaltou Meghan. “Meu marido me diz há anos: 'Você não gostaria que existisse um lugar alinhado com nossos valores onde pudéssemos investir nosso dinheiro?'", comentou, explicando que amigos comentaram com o casal sobre a Ethic.

Reconciliação ou guerra fria? O príncipe Harry e seu irmão mais velho William, o segundo na sucessão ao trono britânico, vão inaugurar nesta quinta-feira (1º) uma estátua em homenagem a sua mãe Diana no Palácio de Kensington, uma reunião de família que colocará seu relacionamento à prova.

A princesa de Gales Diana Spencer, que morreu em um acidente de carro em Paris em 1997, faria 60 anos hoje.

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A estátua projetada por Ian Rank-Broadley será inaugurada nos jardins de Kensington, sua antiga residência e a atual de seu filho William, herdeiro da coroa após seu pai Charles, na presença de cerca de 30 pessoas, incluindo membros da família Spencer.

O príncipe Charles, com quem Diana se casou há 40 anos e de quem se divorciou em 1996, não deve participar da cerimônia, segundo um de seus parentes citado pelo jornal Sunday Times, para não "reabrir velhas feridas".

Mais de 24 anos após sua morte, o mito de Lady Di perdura.

Seu carro foi vendido em um leilão por cerca de US$ 70 mil para um museu sul-americano esta semana. E embora a casa de leilões não tenha revelado o comprador por questões de sigilo, segundo o jornal britânico The Times trata-se de uma instituição chilena, cujo Museu da Moda já adquiriu um dos vestidos da princesa em 2010.

Diana ainda é considerada um ícone da moda e seus vestidos são exibidos regularmente no Reino Unido.

Porém, mais do que uma homenagem à falecida princesa, o que está em jogo é se a reunião dos dois irmãos pode aliviar a crise causada pelo abandono de Harry de suas funções oficiais como membro da família real e da explosiva entrevista que deu em março com sua esposa, Meghan Markle, para a estrela da televisão americana Oprah Winfrey.

O duque e a duquesa de Sussex causaram especial comoção ao garantir que um membro da realeza se comportou de forma racista ao questionar a cor da pele que seus filhos teriam.

Os membros da família real "não são racistas de forma alguma", respondeu William, de 39 anos, quando questionado sobre isso durante uma cerimônia oficial.

Desde então, os dois irmãos se viram brevemente no castelo de Windsor, por ocasião do funeral de seu avô, o príncipe Philip, em abril, mas sem nenhum sinal aparente de que as tensões diminuíram.

Harry voltou ao Reino Unido na semana passada e fez uma aparição surpresa na quarta-feira em uma atividade de caridade para crianças doentes.

A rainha Elizabeth II respondeu nesta terça-feira (9) às explosivas alegações de racismo feitas por seu neto, o príncipe Harry, e a esposa dele, Meghan, expressando profunda preocupação e compadecendo-se de seus problemas com a vida na realeza.

"A família inteira está triste ao saber o quanto os últimos anos foram desafiadores para Harry e Meghan", afirmou a soberana em um comunicado.

"As questões levantadas, principalmente as que dizem respeito à raça, são preocupantes. Embora algumas lembranças possam variar, elas são levadas muito a sério e serão tratadas pela família em particular", acrescentou.

"Harry, Meghan e Archie sempre serão membros muito queridos da família", destacou a rainha na nota.

O Palácio de Buckingham está sob crescente pressão para responder às afirmações feitas em uma entrevista do casal a Oprah Winfrey, transmitida pela primeira vez no último domingo, e que gerou uma crise não vivenciada desde a época da mãe de Harry, Diana, na década de 1990.

As declarações desencadearam um turbilhão de especulações sobre a identidade do membro da família real que teria questionado o quão escura seria a pele do filho do casal antes dele nascer.

Meghan, filha de mãe negra e pai branco, também abordou o fato de que teve pensamentos suicidas, mas não recebeu qualquer apoio durante o período em que viveu com a família real.

Winfrey ficou boquiaberta com a alegação de racismo, que supostamente deixou o palácio em alvoroço e analisando a melhor maneira de lidar com a situação.

O príncipe Charles, pai de Harry e herdeiro do trono, antes ignorou uma pergunta sobre o que teria achado da entrevista, ao fazer sua primeira aparição pública desde o início da crise.

Em pesquisa realizada pelo YouGov com 4.656 pessoas depois da entrevista transmitida na televisão britânica na segunda-feira mostrou que quase um terço dos espectadores (32%) sentiu que o casal foi tratado injustamente, na mesma proporção daqueles que pensaram o contrário.

Mas as pessoas mais velhas foram mais propensas a ficar do lado da família real, sugeriu a pesquisa.

A polêmica arrastou outras figuras públicas conhecidas no Reino Unido, como o apresentador de televisão Piers Morgan, que teve que deixar seu programa matinal na ITV após criticar duramente Meghan Markle.

Morgan, que conhece a duquesa de Sussex desde o tempo em que ela era atriz, declarou ao vivo que não achou que Markle estava falando sério quando mencionou o suicídio em sua entrevista, o que gerou uma avalanche de protestos dos telespectadores.

- 'Bombardeando sua família' -

As afirmações de Harry e Meghan foram comparadas a uma bomba jogada sobre a família mais famosa do Reino Unido e uma das instituições mais reverenciadas do país.

Têm sido feitas tentativas para um comentário do primeiro-ministro Boris Johnson, tendo sido ele próprio acusado de racismo durante a sua época como colunista de jornal.

Porém ele se recusou a fazer comentários, mesmo em um momento em que os apelos políticos aumentavam para que houvesse uma investigação completa, e após a Casa Branca e a ex-secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, terem se manifestado.

No entanto, Zac Goldsmith, político aliado próximo de Johnson, afirmou que o ex-capitão do Exército Harry estava "bombardeando sua família".

O porta-voz de Johnson se recusou a dizer se Goldsmith estava falando em nome do governo.

Esse nível de crise sobre a realeza não é visto desde os anos 1990, durante o colapso público do casamento dos pais de Harry.

Sua mãe, a princesa Diana, colaborou com o autor Andrew Morton em uma biografia reveladora, de 1992, e deu uma entrevista bombástica para a BBC em 1995.

Nela, Diana contou que tanto ela quanto o príncipe Charles foram infiéis, sobre ele ser inadequado para ser rei e como ela se sentia isolada, lutando contra a automutilação e a bulimia.

Morton disse que as afirmações de Harry e Meghan "estremeceriam através das gerações da mesma forma que Diana".

Por sua vez, o pai de Meghan, Thomas Markle, defendeu a realeza, dizendo que esperava que o comentário sobre o tom de pele tivesse sido "apenas uma pergunta idiota".

"Pode ser simples assim, pode ser que alguém tenha feito uma pergunta estúpida, em vez de ser um racista total", argumentou ele à ITV britânica.

- Milhões de visualizações -

Pouco mais de 17 milhões de telespectadores assistiram à entrevista de duas horas de Oprah com Harry e Meghan na emissora americana CBS na noite do último domingo.

Mais de 11 milhões de pessoas sintonizaram para assisti-la na íntegra na ITV no Reino Unido, anunciou o canal.

O casal deixou a vida real para trás no ano passado e agora mora na Califórnia com seu filho, Archie, enquanto espera a chegada de uma filha.

Harry, de 36 anos, admitiu que a morte de sua mãe em Paris em 1997 - em um acidente de carro em alta velocidade enquanto tentava fugir de paparazzi - afetou sua saúde mental e alterou sua visão da mídia.

Ele e Meghan, de 39 anos, acusaram jornais de estereotipagem racial, criticando particularmente a cobertura sobre a cunhada de Harry, Kate, que é branca.

Mas seus comentários sobre as sufocantes obrigações da vida real e reivindicações por atitudes inabaláveis têm consequências mais amplas para a própria monarquia - e o que ela representa.

Os protestos do movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam) no ano passado geraram pedidos de uma reavaliação do legado do Império Britânico liderado pela rainha e seus ancestrais.

- Impacto global? -

Nem a rainha, agora com 94 anos, nem seu marido, o príncipe Philip, de 99, fizeram o comentário racista, informou Winfrey à CBS.

Mas ainda pode ser prejudicial para eles, já que a monarca é a chefe da Commonwealth, um grupo que compreende 54 ex-colônias britânicas, muitas delas na África, e 2,4 bilhões de pessoas.

A imigração em massa transformou o Reino Unido desde que a rainha subiu ao trono em 1952, com um número crescente de pessoas que se definem como britânicos-asiáticos, negros-britânicos ou mestiços.

O historiador David Olusoga escreveu no The Guardian que as afirmações de Harry e Meghan eram "não apenas uma crise para a família real - mas para o próprio Reino Unido".

O próprio Harry usou um insulto racista contra um ex-colega militar e uma vez foi fotografado vestindo um uniforme de soldado nazista em uma festa à fantasia.

No entanto, ele afirma que o encontro com Meghan o fez enfrentar a questão, e agora defende projetos para combater o racismo.

O casamento da americana divorciada e mestiça Meghan Markle com o príncipe Harry despertou em 2018 a esperança de uma modernização da monarquia britânica. Mas as acusações de racismo, que a rainha Elizabeth II prometeu levar a sério, enfureceram muitos membros da comunidade negra britânica.

Confira a seguir alguns depoimentos colhidos pela AFP em Brixton, bairro popular do sul de Londres onde muitos entrevistados preferiram não se identificar com o nome completo.

- David Perry -

"Disse ao meu filho: você sabe que a monarquia, os reis e rainhas desses países discriminaram durante séculos, saquearam outros países, colonizaram".

"Não disfarcemos o fato de que (o racismo) nunca poderá ser totalmente erradicado e quem pensar isso, tanto esta monarquia quanto na sociedade, é um bobo".

"O que faz é lançar luz ao que acontece no mundo. E este ano tem sido um ano traumático".

"Tudo veio à tona (...) Vejam Trump, vejam o Brexit, tudo o que as pessoas pensavam que estava sob a superfície, mas que na verdade continuava ali, agora está exposto".

- "Rroutes" -

"Continuo sendo eu mesma uma mestiça, tenho observado Meghan desde o começo, assim como a maioria dos membros da nossa comunidade: negros, brancos e indiferentes".

"Assim, não fiquei totalmente surpresa com a entrevista, fico feliz de que a verdade tenha vindo à tona e acho que demorou tempo demais".

- "Ras" -

"Esta acusação não vem de uma pessoa de fora. O que é muito interessante é que esta acusação, ao contrário, vem de um deles".

"Do meu ponto de vista, não estão me dizendo nada que já não saiba. Porque tenho visto estas coisas durante muito tempo. O colonialismo é racismo".

- Mercy -

"Nasci aqui e a Inglaterra é um país institucionalmente racista, queiram ou não aceitá-lo ou admiti-lo. Ou talvez seja preciso ser de uma determinada raça para ver o racismo, não sei".

"Mas acho que é muito triste que apareça assim. (Meghan) é mestiça, é uma mulher negra... Se não foi um problema para ele se casar com ela, por que sua descendência seria?".

Meghan Markle afirmou ter sido alvo de uma "campanha de desprestígio" de uma família real que a levou a pensar em suicídio, enquanto Harry declarou estar "realmente decepcionado" com a falta de apoio do pai, o príncipe Charles.

Meghan e Harry, que se casaram em 2018 e deixaram a Inglaterra há um ano, abandonando seus deveres como membros da família real, concederam uma entrevista de duas horas a Oprah Winfrey, que foi exibida no domingo pelo canal CBS dos Estados Unidos, onde o casal mora.

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Meghan, de 39 anos, afro-americana, disse que a família de seu marido estava "preocupada" com o "quão escura" seria a pele de seu filho, Archie, antes de seu nascimento em 6 de maio de 2019.

"Nos meses em que estava grávida (...) tivemos uma série de conversas sobre que 'ele não receberia segurança, ele não teria um título' e também preocupações e conversas sobre o quão escura seria sua pele quando nascesse", disse Meghan.

Ela acrescentou que o Palácio de Buckingham se negou a conceder proteção à criança, apesar da tradição, e revelou que teve pensamentos suicidas na época.

"Eu não queria mais estar viva", declarou, sem conter as lágrimas. E acrescentou que quando informou à família real que estava lutando e que precisava de ajuda profissional, recebeu como resposta que "não poderia, que não seria bom para a instituição".

- "Realmente decepcionado" -

Ao mesmo tempo, Harry, 36 anos, disse que ficou "realmente decepcionado" com a falta de apoio de seu pai diante de toda a situação, "porque ele passou por algo similar. Ele sabe como se sente a dor".

"Minha maior preocupação era que a história se repetisse", afirmou, em referência à separação de seus pais e ao trágico destino de sua mãe, a princesa Diana, que morreu em 1997 em um acidente de trânsito em Paris quando o motorista do carro em que ela estava com o namorado tentava escapar dos paparazzi.

A entrevista do casal para Oprah recorda a que Diana concedeu ao canal BBC em 1995, na qual admitiu que traiu Charles com o oficial do exército James Hewitt.

Harry disse que sempre amará o pai - herdeiro do trono - e o irmão, o príncipe William, que estão "presos" às convenções da monarquia. "Não podem sair. E tenho grande compaixão por isso".

Também disse que ele e Meghan fizeram "todo o possível" para permanecer na família real. "Fico triste com o que aconteceu, mas me sinto confortável sabendo que fizemos tudo o que podíamos para que funcionasse", destacou".

"Oh, meu Deus, fizemos todo o possível para protegê-los", comentou Meghan, que revelou ter se casado com Harry três dias antes da cerimônia oficial e que o segundo filho que o casal espera é uma menina.

- "Campanha de desprestígio" -

Meghan denunciou uma "verdadeira campanha de desprestígio" por parte da monarquia, mas não atacou pessoalmente os membros da coroa.

Ela disse que, ao contrário do que informou a imprensa britânica, não foi ela que fez Kate, duquesa da Cambridge, chorar, e sim o contrário durante um incidente antes de seu casamento e que Kate pediu desculpas pouco depois.

Meghan encerrou a entrevista com um olhar de esperança para o futuro. Ao ser questionada a se a sua história tem um final feliz, respondeu: "Tem, melhor que o de qualquer conto de fadas que vocês já leram".

O jornal britânico The Times publicou na semana passada depoimentos de ex-funcionários que acusam Meghan de assédio quando ainda morava com a família real.

O Palácio de Buckingham, "muito preocupado", anunciou a abertura de uma investigação, algo incomum para uma instituição pouco acostumada a resolver suas disputas em público.

A monarquia enfrentou a ameaça da entrevista com a divulgação, horas antes da exibição do programa com Oprah, da imagem de uma família unida durante as comemorações anuais da Commonwealth.

Em um discurso pré-gravado, a rainha destacou a importância da "dedicação desinteressada e o senso de dever" demonstrado pelos profissionais da saúde durante a pandemia, algo que muitos interpretaram como uma crítica ao casal Harry e Meghan.

De acordo com uma fonte próxima à monarca citada pelo Sunday Times, Elizaheth II não assistiria a entrevista e deve estar mais presente na imprensa na próxima semana para demonstrar que a monarquia "se concentra em temas importantes".

- Milhões por uma entrevista -

Depois de confirmar à rainha a saída definitiva da família real, os duques de Sussex perderam seus últimos títulos oficiais em fevereiro.

Após uma mudança para o Canadá e em seguida para Montecito, Califórnia, os dois se mostram como um casal moderno, voltado para questões humanitárias, em um país onde a opinião pública é muito mais favorável aos dois que na Grã-Bretanha.

Desde sua saída, Meghan e Harry criaram a fundação Archewell e assinaram contratos para a produção de programas para a Netflix por 100 milhões de dólares, segundo a imprensa americana, assim como podcasts para o Spotify.

Além disso, o casal tem uma parceria com a plataforma Apple TV + em colaboração com Oprah Winfrey, que segundo o The Wall Street Journal vendeu a entrevista por entre sete e nove milhões de dólares para a CBS, mantendo os direitos internacionais.

A relação entre o príncipe Harry e a Família Real não anda das melhores desde que ele e sua esposa Meghan Markle resolveram deixar de lado os compromissos reais para viverem uma vida mais reservada. Agora que eles estão esperando o segundo filho e ainda resolveram dar uma entrevista à Oprah Winfrey, então, a coisa piorou.

Mas isso não significa que ele não se preocupe com os seus. Prova disso é que, segundo o Daily Mail, Harry decidiu intensificar o isolamento social em meio à pandemia do novo coronavírus para poder viajar para Inglaterra caso piore a saúde de seu avô, Príncipe Philip, que está com 99 anos de idade e internado desde o dia 16 de fevereiro como medida protetiva pensada pelos médicos reais após o príncipe sentir um mal-estar. Aliás, o comunicado real informando sobre a internação diz que o marido da rainha passará alguns dias no hospital para observação e descanso.

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Diante disso, uma fonte do jornal britânico próxima a Harry disse que ele está muito preocupado com o avô e planeja fretar um avião particular caso a saúde do pai do Príncipe Charles piore.

Lembrando que membros da Família Real têm imunidade diplomática, o que dispensa Harry de qualquer protocolo médico relacionado à pandemia caso ele teste negativo para a Covid-19 antes de embarcar para o Reino Unido. Aliás, Harry esteve pela última vez em seu país natal em abril de 2020, quando ele e a esposa oficializaram o afastamento da Família Real e se mudaram para Los Angeles, nos Estados Unidos, com o filho Archie.

Após terem assinado um importante contrato com a Netflix recentemente, o príncipe Harry e sua esposa, Meghan, se associaram por vários anos com o Spotify para produzir um podcast denominado "Archewell Audio", anunciou a plataforma nesta terça-feira (15).

A primeira edição do podcast, um "especial de férias", previsto para as próximas semanas, promete "histórias de esperança e compaixão" com "convidados inspiradores para comemorar o Ano Novo", anunciou a gigante sueca de música online, que não informou o montante do contrato firmado com o casal britânico.

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Embora Harry e Meghan agora morem na Califórnia, "o poder de suas vozes reside em sua condição de cidadãos globais", disse a diretora de conteúdo, Dawn Ostroff, em um comunicado, explicando que vão tentar ouvir "as vozes menos representadas".

"O que gostamos dos podcasts é que nos lembram de tomarmos um momento para ouvir realmente, para nos conectarmos uns com os outros sem distrações", afirmaram os duques de Sussex.

"Com os desafios de 2020, isto nunca foi tão importante porque quando nos ouvimos e ouvimos as histórias dos demais, nos lembramos do quão interconectados estamos", acrescentaram.

Harry, de 36 anos, neto da rainha Elizabeth II, e Meghan, uma ex-atriz americana, de 39, deixaram oficialmente seus papéis como membros da realiza britânica em abril, após terem expressado seu desejo de independência.

O casal já tinha assinado em setembro um contrato multimilionário com a plataforma de audiovisual Netflix para produzir filmes, inclusive uma série documental sobre a natureza e uma série animada sobre mulheres com destinos notáveis.

Após seu rompimento com a família real, seus críticos os acusaram de tentar capitalizar sua fama. O casal insistiu no desejo de trabalhar em causas humanitárias, em particular através de sua nova fundação, Archewell, nome inspirado em seu filho, Archie.

A mulher do príncipe Harry, Meghan, considera ter sido deixada "indefesa" pela família Real, que a "proibiu de se defender", ao ser atacada pelos tabloides britânicos durante sua gravidez - apontam documentos legais citados pela imprensa local nesta quinta-feira (2).

Esses documentos foram apresentados à Alta Corte de Londres no âmbito do processo movido por Meghan Markle, de 38 anos, duquesa de Sussex, contra o MailOnline (site do jornal britânico "Daily Mail"), contra sua versão dominical "Mail on Sunday" e contra a empresa proprietária de ambos, a Associated Newspapers.

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Meghan acusa o jornal de violação de privacidade e reivindica direito de proteção de dados e de copyright, após a publicação de trechos de uma carta dirigida a seu pai, Thoms Markle, em agosto de 2018.

Ela acusa o veículo de "agir de forma desonesta", modificando a carta.

Parte da acusação da duquesa foi desconsiderada pela Justiça no início de maio.

O grupo de mídia rejeita as acusações e mantém que a publicação era de interesse público e se deu com base na liberdade de expressão.

Citados pela rede BBC e pela agência de notícias Press Association, os documentos fazem referência a uma entrevista, sob anonimato, dada por cinco amigos de Meghan Markle à revista americana especializada em celebridades "People", em fevereiro de 2019, na qual denunciavam os ataques contra ela.

Segundo os mesmos documentos judiciais, Meghan não estava envolvida na entrevista.

Meghan Markle "se transformou em objeto de um grande número de matérias falsas e prejudiciais nos tabloides britânicos, particularmente o acusado, que lhe causaram uma imensa angústia emocional e alteraram sua saúde mental", acrescentam os papéis.

"Seus amigos nunca a viram assim antes e se preocupavam, com razão, com seu bem-estar, particularmente por estar grávida", completa o texto.

A "instituição" da monarquia fracassou em protegê-la das acusações, e ela foi "proibida de se defender", ainda segundo a mesma fonte.

Os documentos indicam também que o casamento supermidiatizado, em maio de 2018, de Meghan com o príncipe Harry, de 35 anos, neto da rainha Elizabeth II, contribuiu para gerar mais de 1 bilhão de libras (em torno de US$ 1,3 bilhão) em receita de turismo.

Hoje instalado na Califórnia junto com a esposa e com seu filho, Archie, o príncipe denunciou várias vezes a pressão impiedosa da imprensa sobre o casal.

Esta foi, segundo ambos, a razão principal de sua decisão de abandonarem suas funções como membros da realeza britânica. O anúncio foi feito em janeiro passado e se tornou efetivo no início de abril.

O príncipe Harry, da Inglaterra, e sua mulher, Meghan Markle, puseram em uma lista negra quatro grandes tabloides do Reino Unido, os quais acusam de terem publicado histórias "tendenciosas, falsas e invasivas muito além do razoável".

Em uma dura carta dirigida aos editores do The Sun, Daily Mail, Mirror e Express, o casal anunciou que não haverá, da parte deles, "nenhuma colaboração" com estes veículos, informa o jornal The Guardian nesta segunda-feira (20).

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"Com esta política, não se trata de evitar as críticas, nem de calar o debate público, ou censurar informações fielmente contrastadas", afirmam, de acordo com a carta, compartilhada no Twitter pelo especialista em mídia do Financial Times, Mark Di Stefano.

O neto da rainha Elizabeth II e sua esposa disseram não querer serem usados como "uma moeda em uma economia de 'clickbait' e distorção".

"O duque e a duquesa de Sussex viram as vidas de pessoas próximas - assim como de completos estranhos - totalmente destruídas apenas para que fofocas obscenas aumentassem a receita publicitária", diz um trecho publicado pelo The Guardian.

O jornal descreve a carta como um "ataque sem precedentes a uma grande parte da imprensa".

O casal ressalta que sua decisão não se refere a todos os veículos e que continuará trabalhando com os jornalistas.

Harry, de 35 anos, sexto na ordem de sucessão ao trono, e Meghan, de 38, anunciaram em janeiro passado seu desejo de se afastarem dos deveres reais e serem financeiramente independentes.

Sua saída - apelida de "Megxit" pela imprensa britânica - foi precedida de informações, segundo as quais Meghan não era feliz com a vida na realeza, e ambos se queixaram da invasão dos jornais.

Após uma breve passagem pelo Canadá, Harry e Meghan se instalaram na Califórnia no mês passado.

O príncipe Harry, da Inglaterra, e sua esposa, Meghan, encerram oficialmente nesta terça-feira (31) seus deveres como membros da realeza britânica, apesar de já terem iniciado uma controversa nova vida nos Estados Unidos em meio à pandemia de coronavírus.

O presidente Donald Trump foi rápido em enfatizar que não pretende financiar sua proteção. E o jornal britânico The Times denunciou em um editorial a indiferença do casal à crise que os britânicos vivem pela COVID-19.

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Harry, de 35 anos, sexto na linha de sucessão, e Meghan, 38, deixarão de ser membros ativos da família real na quarta-feira, menos de três meses depois de abalarem os pilares da instituição, anunciando que desejavam abandonar suas obrigações.

A partir de agora, não poderão mais usar o título de alteza real, nem representar a rainha oficialmente.

Depois de um tempo no Canadá, o casal se mudou na semana passada para a Califórnia, onde a atriz americana mantém contatos e onde vive sua mãe, Doria.

Segundo o jornal The Sun, o casal correu para se refugiar em Los Angeles antes do fechamento das fronteiras entre o Canadá e os Estados Unidos.

Na segunda-feira, os duques de Sussex disseram no Instagram que estavam se esforçando para "contribuir da melhor maneira" para a luta contra a pandemia.

"Talvez vocês não nos vejam mais aqui, mas nossas atividades continuam", disseram eles, anunciando que parariam de usar a conta oficial @sussexroyal, seguida por 11 milhões de internautas.

O Times criticou essa pressa, afirmando que "escolheram esse momento para mostrar sua riqueza e a liberdade que esta pode comprar". Já a escritora especializada na família real britânica Penny Junor considerou que eles podem contribuir para o desapego dos britânicos.

Agora, caberá à rainha Elizabeth II, a seu filho Charles e a seu neto William liderar o país nesses tempos difíceis, diz Junor.

"É um grande estímulo ter uma mensagem da rainha, ou de William, e ver seus filhos aplaudindo os trabalhadores da saúde. É importante", afirma.

"É exatamente disso que se trata a família real, e aqueles membros que se colocam à margem serão bastante irrelevantes", acrescenta.

Penny Junor lembrou que o príncipe Charles, de 71, experimentou ele mesmo a crise, ao testar positivo para a COVID-19 e permanecer em quarentena, encerrada na segunda-feira de acordo com o Palácio.

"Hipocrisia"

O príncipe Harry denunciou em muitas ocasiões a pressão implacável da mídia sobre o casal, assim com sua mãe, a princesa Diana, que morreu em um acidente de carro em 1997 enquanto era perseguida por paparazzi.

Esse foi o principal argumento usado para justificar sua retirada, afirmando que ele e Meghan queriam uma vida tranquila com seu filho, Archie. O pequeno comemora seu primeiro aniversário em maio.

Seu casamento em 2018 despertou uma certa esperança de modernização da monarquia com a chegada de Meghan: divorciada, afro-americana e atriz.

Agora, sua mudança para Los Angeles, coração da indústria do cinema e do entretenimento, reforça as críticas. Longe de se afastarem da mídia, "escolheram se estabelecer em Hollywood e plantar as bases para suas novas carreiras lucrativas, não muito longe dos projetores, mas sim no meio deles", observou o Times.

Na semana passada, a Disney anunciou que a duquesa de Sussex emprestou sua voz para um documentário dedicado à vida de uma família de elefantes africanos, com lançamento previsto para 3 de abril.

Como não recebem mais dinheiro público, os dois são livres para assinarem contratos comerciais e tirar proveito de sua fama.

Embora Meghan tenha dado sua voz em troca de uma doação para uma associação para a proteção dos elefantes, a imprensa britânica não hesitou em criticar este primeiro trabalho e denunciou a "hipocrisia" do casal que, segundo o Times, "tira proveito do status real" sem assumir as obrigações que o acompanham.

Outra questão que causou polêmica foram suas despesas de segurança.

"Os Estados Unidos não pagarão por sua proteção", tuitou Trump, "eles devem pagar!". Um problema que já gerou desconforto durante sua estada no Canadá.

Desta vez, Harry e Meghan garantiram que "organizaram sistemas de segurança financiados por meios privados", segundo seu porta-voz.

E, se o sonho americano não corresponder às expectativas, talvez o casal possa voltar à sua vida anterior, pois o acordo alcançado com a família real será revisto em um ano.

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