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A Polícia Civil de Pernambuco divulgou, nesta terça-feira (12), que o assassinato do vereador de Igarassu, na Região Metropolitana do Recife (RMR), Luiz dos Passos (PTN) foi um crime de encomenda. O parlamentar foi morto no dia 16 de maio de 2018 e, de acordo com os detalhes apresentados pela equipe responsável pela apuração do caso, foram identificados três níveis diferentes de "hierarquia" para a ação criminosa. Segundo o delegado Abraão Didier, titular da investigação, o fato envolveu um mandante, um agenciador e dois executores, estes presos em flagrante.

O delegado informou, durante a coletiva de imprensa na sede da Polícia Civil, no Centro do Recife, que o intermediário do crime foi identificado como Cleydson Henrique Morais Monteiro, conhecido como Playboy, que está foragido. Já os executores são Abraão Francisco da Silva, 34 anos, e Edvaldo Alves da Silva, 24 anos. Edvaldo foi contratado por Abraão para atirar na vítima. Dias antes do crime, de acordo com a investigação, Edvaldo rompeu a tornozeleira eletrônica de monitoramento e deixou Caruaru, no Agreste de Pernambuco, para encontrar Abraão no Recife.

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A pessoa responsável por estudar a rotina do vereador e contratar Abraão foi Cleydson Henrique. Ele também forneceu a arma do crime e o carro com a placa clonada. 

"O que falta delinear é quem contratou, quem pagou e qual o motivo do crime", afirmou o delegado Abraão Didier, dizendo que já tinham descartado duas linhas de investigação - uma referente ao passado do vereador e outra quanto ao resultado de um processo de licitação - e que a atual não poderia ser divulgada. "Não podemos mencionar nada ainda, mas já finalizamos o inquérito referente aos três homens já identificados e remetemos à Justiça e ao Ministério Público", disse.

Didier explicou também que, conforme os depoimentos coletados, os dois homens presos receberiam R$ 15 mil pela execução do vereador. Além disso, quando Luiz dos Passos descobriu que não se tratava de apenas de sequestro, tentou dobrar a oferta de pagamento. “A investigação apurou que foi simulado um sequestro e no percurso para o local em que foi executado o vereador tentou pagar mais, porém as pessoas não tinham poder de barganha, foram apenas para executar. Segundo os depoimentos, ele disse que dobraria o valor", contou o delegado. 

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