No brilho das lantejoulas dos figurinos elaborados artesanalmente, o cuidado em manter acesa a tradição secular. Longe dos principais holofotes, os maracatus rurais continuam a saga de sobrevivência sem apoio governamental. Para o Leão Formoso de Olinda, que se apresentou, nesta terça (4), no Polo Maracatu, o Carnaval de 2014 foi um desafio ainda maior.
Mestre Nazaré, criador do grupo, morreu em setembro de 2013 e os integrantes, órfãos do principal líder, precisaram se reeguer. O caboclo de lança Wellington Xavier diz que a perda do Mestre foi das mais difíceis. “Estamos todos muito tristes, era como um pai para nós. Sem ele, a vida ficou mais complicada”, afirmou. Apesar da perda, o grupo manteve o compromisso e o Carnaval foi, como sempre, de maratona.
##RECOMENDA##“Já nos apresentamos no Pátio de São Pedro, no Bongi e Águas Frias, entre outros. Então, apesar de tudo, está um Carnaval bom demais, muito bonito”, disse o bandeirista Roberto de França. Segundo um dos administradores do Leão Formoso, Edilson Saldanha, aos poucos o grupo vem se ajustado e são previstos shows todos os meses, após o período carnavalesco.