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A Organização Mundial da Saúde (OMS) obrigou a Guiné Equatorial, localizada da África Central, a declarar alerta sanitário após confirmar o surto do vírus Marbug. Da mesma família do Ebola, a média de mortalidade da doença é de 50% dos contaminados. A depender da variante, o índice pode disparar para 88% dos casos. 

O ministro da Saúde do país, Ondo'o Ayekaba, classificou o surto como uma "situação epidemiológica atípica", confirmada em amostras enviadas para laboratórios no Senegal. Ele também informou que nove mortes foram contabilizadas entre 7 de janeiro e 7 de fevereiro, a princípio nos distritos Nsok Nsomo. Outros 16 casos estão sob suspeita e 21 pessoas foram isoladas após contato com os mortos. Segundo a DW, 4.325 pessoas estão em quarentena domiciliar. 

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"O vírus de Marburg é altamente contagioso. Graças à ação rápida e decisiva das autoridades da Guiné Equatorial na confirmação da doença, a resposta de emergência pode chegar rapidamente para salvar vidas e parar o vírus o mais rapidamente possível", avaliou a diretora regional da OMS para África, Matshidiso Moeti. 

Entres os sintomas estão: febre, fraqueza, vômitos e diarreia com sangue. O vírus é transmitido entre morcegos e primatas e, em seguida, para humanos. O contágio entre humanos no contato de fluídos corporais ou com superfícies e materiais usados por pessoas infectadas. Ainda não há vacinas e medicamentos para o Marburg. Assim como foi com a Covid-19, o tratamento inicial consiste em aliviar os sintomas. 

Origem europeia

Apesar da relação com a África, o vírus foi descoberto na Alemanha, em 1967, na cidade que deu seu nome. Ele causou surtos em laboratórios de Marbug e Belgrado, na atual Sérvia.  

 Na época, sete pessoas morreram durante as pesquisas. Em 2004, a doença resultou na morte de 90% dos 252 infectados em Angola. No ano passado, ela foi responsável por dois óbitos em Gana. Outros países do continente como Guiné-Conacri, República Democrática do Congo, Quênia, África do Sul e Uganda também tiveram histórico com a Marbug. 

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