Na manhã desta segunda (15), a Polícia Civil de Pernambuco revelou detalhes do inquérito que apurou o furto praticado no Parque das Esculturas de Brennand, em dezembro de 2020. Ao todo, 10 pessoas foram indiciadas: oito por furto e associação criminosa e duas por receptação. Entre os envolvidos há três menores.
LeiaJá também
##RECOMENDA##--> Parque das Esculturas: o abandono das obras de Brennand
O responsável pela Operação Serpente Marinha, conduzida pela 3ª Delegacia Seccional e 7ª Circunscrição Policial – Boa Viagem, delegado Felipe Monteiro, deu os detalhes do caso em coletiva de imprensa realizada na sede da Polícia Civil. Segundo Monteiro, oito pessoas participaram do crime, entre eles, três adolescentes. Os maiores foram encaminhados ao Cotel e responderão por furto e associação criminosa, podendo receber penas de dois a oito anos, pelo primeiro crime, e de um a três, pelo segundo. Já os menores de idade foram indiciados por ato infracional análogo ao crime de furto qualificado.
O delegado Felipe Monteiro deu detalhes sobre o inquérito, na sede da Polícia Civil de Pernambuco, nesta segunda (15). Foto Júlio Gomes/LeiaJáImagens
Também foram indiciados dois comerciantes da Região Metropolitana do Recife por receptação qualificada. Os pedaços das peças em bronze foram vendidos em um estabelecimento do bairro de Afogados e em outro localizado na cidade de Paulista. “Fizemos novas diligências no sentido de tentar recuperar essa mercadoria mas não foi possível recuperá-las. Fizemos todo o caminho pelos estabelecimentos aqui do Estado por onde elas circularam. Esse material também foi vendido como sucata no estado de Alagoas”, disse o delegado. O valor obtido com a venda do material não foi informado. Já os comerciantes responderão em liberdade.
Ainda de acordo com o delegado, o furto ocorreu durante a madrugada, no mês de dezembro de 2020, e os criminosos contaram com a ajuda de betoneiras para fazer o transporte dos pedaços das peças. ”Várias esculturas foram danificadas, e a serpente marinha e um pelicano foram subtraídos em sua totalidade”. Os envolvidos eram moradores dos bairros do Pina e Brasília Teimosa e um deles já havia sido indiciado por depredação no Parque das Esculturas, em 2017, além de roubo de fios de cobre.
