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A líder da oposição bielorrussa Maria Kolesnikova, que cumpre pena de 11 anos de prisão, deu entrada em uma unidade de terapia intensiva (UTI), informaram seus apoiadores nesta terça-feira (29).

"Maria foi internada em [uma unidade de] terapia intensiva em Gomel", no sudeste de Belarus, informou o serviço de imprensa de Viktor Babaryko, outro opositor bielorrusso, em um comunicado.

De acordo com o comunicado, Kolesnikova, de 40 anos, foi internada em uma unidade cirúrgica na segunda-feira e posteriormente transferida para uma UTI.

"Que notícia terrível! Nossa querida Masha [apelido de Maria], todos esperamos que você esteja bem", escreveu a líder da oposição bielorrussa no exílio, Svetlana Tijanovskaya, no Telegram.

Maria Kolesnikova foi condenada em setembro de 2021 a 11 anos de prisão após ser considerada culpada de "conspirar para tomar o poder", "convocar ações que minam a segurança nacional" e "criar um grupo extremista".

Ela foi uma das três mulheres que se tornaram líderes das grandes manifestações contra o regime bielorrusso em 2020, quando o presidente Alexander Lukashenko reivindicou a vitória em uma eleição que a comunidade internacional considerou fraudulenta.

Kolesnikova foi presa em setembro de 2020 após resistir a uma tentativa de expulsá-la do país.

Outro acusado, o advogado Maxime Znak, foi condenado a 10 anos de detenção em um presídio de segurança máxima.

Maria Kolesnikova e Maxime Znak trabalharam para Viktor Babaryko, adversário do presidente bielorrusso e condenado em 2021 a 14 anos de prisão por fraude, um caso que ele denunciou como político.

Ambos pertenciam ao Conselho de Coordenação de sete membros instalado pela oposição depois das eleições presidenciais de agosto de 2020, no intuito de organizar uma transição pacífica após 25 anos de regime de Alexandre Lukashenko.

Kolesnikova é uma das três mulheres impulsionadas à liderança do movimento de protesto, juntamente com Svetlana Tijanovskaya, que concorreu à Presidência no lugar de seu marido preso, e Veronika Tsepkalo.

Tijanovskaya e Tsepkalo fugiram do país sob pressão das autoridades.

Os ocidentais adotaram sanções contra o governo bielorrusso, que é apoiado pela Rússia.

Aliada de Moscou, Belarus serviu de base de apoio para as tropas russas em sua ofensiva contra a Ucrânia no final de fevereiro, mas não participou dos combates em solo ucraniano.

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