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Apesar da queda nas vendas registrada no mês de setembro, a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) aumentou levemente sua expectativa de crescimento em 2012 de 3% para 3,5%. Segundo Cláudio Conz, presidente da associação, a estimativa é de que o faturamento do setor dê um grande salto no último trimestre do ano, beneficiado pela demanda reprimida nos últimos meses.

"Acreditamos que há um crescimento represado. O que não aconteceu na última semana de setembro deve acontecer em outubro", afirmou Conz, referindo-se à greve bancária ocorrida no fim do mês passado, que atrapalhou a concessão de crédito para compra de materiais de construção. Por causa da greve, as vendas de materiais no varejo caíram 2,5% em relação a agosto, além de acumular queda de 2,5% ao longo de 2012, segundo informou a Anamaco.

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"Temos de ir muito bem em outubro e novembro para poder chegar à projeção de 3,5%. Temos de crescer acima de 7% no trimestre para conseguir", disse. "Mas agora não é previsão, é torcida", afirmou.

Conz atribuiu a expectativa positiva à melhora na oferta de crédito nos últimos meses, por meio de linhas de financiamento com taxas e prazos mais atrativos ofertadas no mercado. "Esses fatores permitem a torcida por um resultado mais positivo até o fim do ano", disse.

Mesmo com boas expectativas, Conz pondera que o setor pode enfrentar um novo tropeço em outubro caso os consumidores de materiais de construção troquem a reforma ou a ampliação de suas casas pela compra de um carro novo, já que no fim deste mês acaba a prorrogação do IPI reduzido para veículos. "Muita gente depende do IPI reduzido para comprar carro. Então, pode ser que ocorra um desvio de consumo (para o setor de veículos)", avaliou.

Os dados da Abramat foram divulgados nesta terça-feira, e não na segunda-feira como divulgado na nota anterior. Segue a nota corrigida.

As vendas de materiais de construção no País ficaram praticamente estáveis em julho, com uma leve variação de 0,3% ante igual mês do ano passado. Na comparação com junho deste ano a alta foi de 1%, e nos últimos 12 meses houve expansão de 3,9%.

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Os dados foram divulgados nesta terça-feira pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) e se referem ao faturamento total deflacionado das vendas do setor. Em nota, a Abramat afirmou que as vendas de julho ficaram abaixo da expectativa.

O nível de emprego na indústria de materiais de construção em julho apresentou um crescimento de 1,7% em relação a julho do ano passado. Na comparação com junho deste ano ficou praticamente estável, com crescimento de apenas 0,4%.

Para 2012, a Abramat estima um crescimento de 3,4% da vendas. O número é menor que a projeção inicial do ano, de expansão de 4,5%. A associação disse que, para atingir as expectativas de vendas no ano, o setor depende de aquecimento do mercado nos próximos meses e de novas medidas de estímulo ao setor, como a desoneração completa do IPI dos materiais, e melhorias nas linhas de crédito no varejo, que vêm sendo pleiteadas, além de mais velocidade nas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Minha Casa, Minha Vida.

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