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A Pseudociese, ou gravidez psicológica como é popularmente conhecida, é algo que pode ser desenvolvido em uma a cada 10 mil gestações no mundo. Mesmo sendo algo raro, o desenvolvimento dessa gravidez está muito ligado a dois extremos: quando a mulher quer muito ter um filho, por diversos aspectos e até pressões sociais, ou quando ela tem a gestação como um terror de sua vida.

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A medicina aponta que esse desejo de ter filhos, frequentemente aliado ao medo, pode provocar alterações psicossomáticas de intensidades variadas. De acordo com o psiquiatra e especialista em saúde mental da mulher, Amaury Cantilino, a somatização é quando a mulher produz no corpo alguns conflitos psicológicos, acontecendo assim uma simulação corporal do que seria a gravidez de fato.

“A barriga fica grande, tem alteração nas mamas, a menstruação para e a mulher acredita piamente que está grávida”, explica Amaury. O especialista aponta que, como os sinais clínicos de gravidez estão presentes, a mulher que está passando pela Pseudociese acaba procurando um obstetra que vai realizar o beta HCG, um exame de sangue que confirma ou não a gestação. Neste momento, o profissional tende a perceber que a gravidez “real” não existe, mas sim um fator psicológico que promoveu essas mudanças todas no corpo da mulher.

Muitas vezes a situação (de percepção da gravidez) fica tão intensa que o obstetra, mesmo com o exame (beta HCG) dando negativo, ele solicita uma ultrassom para ter 100% de certeza do que está afirmando”, confirma Cantilino.

A mestre em Saúde Materno Infantil, Eduarda Pontual, explica que não se sabe exatamente o que pode levar uma mulher a desenvolver uma gravidez psicológica. Mas reafirma que os desejos extremos de ter ou não um filho, além da pressão social de imposição do maternal para essas mulheres, realmente podem ser as principais características para o desenvolvimento da pseudociese.

“Nós podemos enquadrar a gestação psicológica como uma doença psicossomática (que tem seu princípio na mente), onde algo emocional desencadeia algo orgânico e esse emocional ativa uma parte do sistema nervoso central, como o hipotálamo, que tem ligação com a questão hormonal do útero e do ovário”, explana.

Mesmo desenvolvendo a pseudociese e sentindo enjoos frequentes, crescimento das mamas,  da barriga e até o desenvolvimento do leite, a mulher não tem alteração no útero.

Eduarda Pontual salienta que a não alteração desse órgão é uma das formas que o médico tem para a confirmação da não gestação, já que no momento em que o ginecologista realiza o “toque”, observa-se que o abdômen está dilatado, mas o útero não aumentou de tamanho.

Último caso de Pseudociese no Brasil

O último caso diagnosticado como pseudociese e amplamente divulgado pela mídia aconteceu no dia 13 de dezembro de 2013, no Hospital da Mulher em Cabo Frio, na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro. A paciente de 37 anos chegou a ser encaminhada para a sala de cirurgia e só quando os médicos abriram o ventre da mulher foi que descobriram que o útero estava vazio.

De acordo com reportagens da época, a paciente chegou ao hospital com um comprovante de pré-natal, dizendo que estava em trabalho de parto. O documento apresentado pela mulher mostrava que ela estaria com 41 semanas, ou seja, no limite para que o bebê nascesse. A paciente chegou a ser examinada com um estetoscópio, mas o médico não conseguiu ouvir os batimentos da criança - já que não se tratava de uma "gravidez real". Por isso no momento foi decidido pelo médico que a mulher deveria ser encaminhada para a sala de cirurgia. Só lá descobriu-se que se tratava de uma gravidez psicológica.

Amaury Cantilino ressalva que outros casos podem ter acontecido no Brasil nos últimos anos, mas muitas vezes não se é noticiado.

Em 2015, das 10,3 milhões de crianças brasileiras com menos de 4 anos, 25,6% (2,6 milhões) estavam matriculadas em creche ou escola. Entretanto, 74,4% (7,7 milhões) não frequentavam esse tipo de estabelecimento nem de manhã, nem à tarde.

Desse contingente de 7,7 milhões de crianças que ficavam em casa, 61,8% de seus responsáveis demonstravam interesse em matricular na creche, o que representa 4,7 milhões dos casos. O interesse do responsável em matricular a criança crescia com o aumento da idade, passando de 49,1% em crianças com menos de 1 ano e atingindo 78,6% entre as crianças de 3 anos.

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As informações constam do suplemento Aspectos dos cuidados das crianças de menos de 4 anos de idade, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2015, divulgado hoje (29) no Rio de Janeiropelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo a pesquisa, o percentual de crianças de menos de 4 anos cujos responsáveis tinham interesse em matriculá-las em creche ou escola diminuía nas classes de renda média domiciliar per capita mais altas.

“Nas classes sem rendimento a menos de ¼ do salário mínimo, essa proporção era de 61,5%, crescendo até a classe de ½ a menos de 1 salário mínimo (63,9%). A partir da classe de 1 a menos de 2 salários mínimos, verificava-se redução da proporção, com estimativa de 60,1%, chegando a 54,4% na classe de rendimento domiciliar per capita de 3 ou mais salários mínimos”, informa o documento.

Das 4,7 milhões de crianças de menos de 4 anos não matriculadas em creche ou escola, mas cujos responsáveis tinham interesse em fazê-lo, em 43,2% (2,1 milhões) dos casos os responsáveis tomaram alguma ação para conseguir uma vaga. Dentre as medidas adotadas, as mais recorrentes foram o contato com a creche, a prefeitura ou secretaria para informações sobre existência de vagas (58,7%) e a inscrição em fila de espera para vagas (37,3%).

A assistente administrativa Dayse Fernandes Bezerra Arruda, de 39 anos, busca uma vaga em creche municipal para seu filho de 6 meses desde o ano passado para poder voltar a trabalhar. Ela recorreu à Justiça para que a prefeitura do Rio de Janeiro matricule seu filho em uma creche.

“Estou com processo em andamento e até agora nada. Fiz a inscrição em cinco creches em bairros próximos de casa, mas ele não foi sorteado. Eu não tenho com quem deixá-lo. Meu marido trabalha. Uma creche particular é inviável, a mais barata está na faixa de R$ 1,5 mil. Vivemos de aluguel, é complicado pagar uma creche”, disse Dayse.

Plano Nacional de Educação

O Plano Nacional de Educação (PNE), sancionado em 2014, estabelece na sua primeira meta a universalização da educação infantil na pré-escola para crianças de 4 a 5 anos até 2016 e a ampliação da oferta de educação em creches de forma a atender, no mínimo, 50% das crianças de até 3 anos até 2024.

Segundo o IBGE, os dados de 2015 da Pnad mostram que a taxa de frequência de crianças de 4 a 5 anos na pré-escola está em 84,3%. No caso das crianças com menos de 4 anos, apenas 25,6% estavam em creches.

O PNE estabelece metas e estratégias para melhorar a qualidade da educação até 2024. As metas vão desde a educação infantil até a pós-graduação e incluem valorização dos professores e melhorias em infraestrutura.

Perfil das famílias

A Pnad 2015 estimou que os 10,3 milhões de crianças com menos de 4 anos no país correspondem a 5,1% da população brasileira. A presença de crianças desse grupo etário foi registrada em 13,7% dos domicílios.

Segundo a pesquisadora do IBGE Adriana Araújo Beringuy, o aspecto mais distintivo entre os domicílios foi o rendimento domiciliar per capita: a presença de crianças de menos de 4 anos é maior nas classes menos elevadas. “Quase 74% dos domicílios com crianças até 3 anos estavam nas faixas de rendimento domiciliar per capita até um salário mínimo. É perceptível que as crianças desse grupo etário estão em domicílios de renda mais baixa”, disse.

Escolher a primeira escola do filho nem sempre é uma tarefa fácil. Até porque, o colégio é o primeiro ambiente que a criança vai passar horas longe dos pais e do convívio familiar. São coleguinhas, professores, brinquedos e espaços totalmente novos. Devido a tantas descobertas, normalmente, o primeiro dia de aula da criança é marcado por choro - dos filhos - e insegurança dos responsáveis.

Os responsáveis precisam pesquisar, avaliar e elencar aspectos importantes para uma escolha mais assertiva. Durante esse desafio, vários fatores devem ser considerados pelos pais de ‘primeira viagem’, como a abordagem metodológica, estrutura física, socialização, tradição e a experiência vivida por eles.

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O casal Nathália e Fernando Vita, pais do pequeno Davi, de um ano e nove meses, está passando por esse processo. Para o engenheiro Fernando, o que foi levado em consideração foi a experiência vivida na escola em que estudou, porém, sua esposa foi bem além. “Quando pensei em colégio recorri ao que frequentei, mas Nathália observou nuances que nunca tinha imaginado”, contou.

De acordo com a advogada Nathália, a procura iniciou, praticamente, seis meses antes e para tomar a decisão, ela visitou quatro escolas diferentes. “É um momento delicado! Temos que começara a pesquisar o quanto antes porque há poucas vagas e a demanda é grande”, lembrou.

“Para começar, busquei, primeiramente, as indicações dos amigos e conhecidos. Afinal, a melhor orientação é de quem vive a experiência da escola. Então, sempre quando via uma criança coma a farda de algum colégio, perguntava a opinião dos responsáveis e foi com isso que escolhi as escolas”, disse.

Mesmo depois de ‘garimpar’ as indicações, a mãe de Davi se deparou com várias dúvidas e a indecisão, que resultaram em mais critérios para a seleção. “Quando visitei os espaços, observei a localização, a proposta pedagógica e, principalmente, se o meu filho iria se sentir à vontade, uma vez que este último ponto é muito importante para uma boa adaptação e a sua socialização. Por isso, sempre o levava comigo”, considerou.

Para Nathálaia, a escolha foi difícil porque a ideia era encontrar uma escola que fosse a extensão da educação do filho. “Quero que ele aprenda brincando, que seja uma experiência única e que ele goste de ir ao colégio, como eu gostava, Tive muito cuidado porque Davi também tem algumas restrições alimentares e o lanche coletivo não poderia ‘segregar’ por essa especificidade dele”, falou.

A analista de acomunicação Ericka Farias (foto à direita) está planejando colocar a filha Maitê na escola apenas em 2018, mas já começou a pesquisar. A antecipação da procura se deu devido à quantidade mínima de crianças por sala, no maternal. “As turmas de maternal costumam ser pequenas e em algumas escolas se esgotam muito rápido. Estou visitando algumas escolas e analisando o que cada uma oferece. Não quero ter a surpresa e acabar não tendo vaga para minha filha, por isso pretendo bater o martelo e reservar a vaga dela até o meio de 2017”, afirmou.

Para escolher a escola, Ericka falou que está analisando bastante a estrutura e o acolhimento de cada instituição. “A estrutura que a escola oferece é fundamental quando a criança é pequena. Fujo de ambientes improvisados. Tudo tem que ser muito seguro e voltado para crianças de dois anos. Além disso, são importantes o acolhimento das professoras e funcionários, e a relação deles com as crianças. O ambiente precisa ser amigável para que a criança sinta vontade de estar na escola. Dou preferência a metodologias que integrem e estimulem o trabalho em grupo”, opinou. Quanto à expectativa, Erika revelou que espera uma experiência agradável e que ela possa evoluir bastante e construir amizades.

Em entrevista ao Portal LeiaJá, a pedagoga Shirley Monteiro falou da expectativa dos pais nessa fase e deu algumas dicas para a escolha. “A procura pela primeira escola é um momento de muitas expectativas, às vezes, gera até ansiedade nos responsáveis, pois todos idealizam que será a decisão de uma vida”, disse a especialista. Entendendo a importância desse momento, a pedagoga indicou alguns pontos que precisam ser avaliados.

1 - Avalie os ambientes de aprendizagem, a estrutura humana e física da escola. Visitar a escola em pleno funcionamento pode oferecer uma visão geral da realidade desse cotidiano.

2 - Observe as concepções ideológicas da instituição, pois a criança se torna aluno, e os pais parceiros da escola. Essa relação alicerça o desenvolvimento da criança.

3 - Fique atento à organização de sala, relação dos profissionais e as crianças, além do quantitativo de alunos em sala de aula, a manutenção do ambiente físico, higiene e as adequações da estrutura a cada faixa.

4 - Avalie o material do mobiliário. Se muito pesado, facilmente gera acidente, lembrando que eles devem ser sem pontas, ou seja, boleada.

5 - Analise a abordagem metodológica de cada instituição e escolha a que você considera mais apropriada para o seu filho. Entre as existentes, os pais podem optar pela Construtivista, Montessori,  Sócio-interacionista, tradicional, entre outras. É imprescindível compreender que o resultado final é uma consequência da caminhada do processo de ensino aprendizagem.

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