Tópicos | Mauro Vinícius da Silva

Mauro Vinícius da Silva, mais conhecido como Duda, conquistou neste sábado a medalha de bronze no salto em distância na etapa de Londres da Diamond League. No Estádio Olímpico, que recebia a abertura dos Jogos exatamente há um ano, o brasileiro saltou 8,00 metros e só ficou atrás do russo Aleksandr Menkov (8,31m) e do australiano Fabrice Lapierre (8,17m).

Assim como os demais atletas, Duda encarou a competição como última preparação para o Mundial de Moscou, entre os dias 10 e 18 agosto. "Ainda estou fazendo treinos fortes na preparação para o Mundial e não tive muito tempo de descanso, não parei para competir aqui", disse o saltador, ao justificar o resultado deste sábado, abaixo dos 8,01 registrados na Olimpíada.

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"Voltar aqui para tentar reescrever uma história foi maravilhoso. Fui terceiro e agora é daqui para melhor. O público também é fantástico, já pensei até em competir no Brasil com estádio lotado. Seria muito bom", disse o saltador, que foi o sétimo colocado em Londres há um ano.

O Brasil também contou com uma representante nos 200 metros. Ana Cláudia Lemos, contudo, não conseguiu brilhar na disputa. Chegou em oitavo lugar, com o tempo de 23s14, acima do sua melhor marca do ano, de 22s61.

"Foi uma prova bem forte e eu esperava fazer aqui o meu melhor tempo do ano. Não estou acertando a corrida. Tenho de ver o que está acontecendo e continuar pensando no Mundial", disse a velocista. "O planejamento foi feito para lá e ainda não saiu o resultado que eu estou esperando. É ter paciência, continuar focada e esperar o Mundial chegar". A prova foi vencida pela norte-americana Allyson Felix, que registrou 22s41.

O Brasil encerrou neste domingo a sua participação no Mundial Indoor de Atletismo, em Istambul, na Turquia, com a eliminação de Ana Cláudia Lemos nas semifinais dos 60 metros. A atleta brasileira ficou apenas em sexto lugar na segunda série classificatória para a final, com o tempo de 7s36.

Com a marca, Ana Cláudia melhorou em 4 centésimos de segundo o tempo registrado nas eliminatórias, mas não conseguiu atingir o objetivo de quebrar o recorde sul-americano da prova, que vigora desde 1981 e é de Esmeralda de Jesus Freitas, com 7s26. A jamaicana Allen Bailey e a búlgara Ivet Latova foram as últimas classificadas para a final, com 7s23.

"Não fiz o tempo que gostaria. Não sei o que deu errado. Este é o meu primeiro Mundial Indoor e vou ter dois anos para treinar e buscar uma classificação melhor no próximo. Neste, infelizmente, não dá mais", disse a brasileira, descontente com o seu desempenho, em entrevista ao SporTV.

A marfinense Murielle Ahoure venceu a série que contou com a participação de Ana Cláudia ao marcar 7s13. Ele foi apenas um centésimo de segundo mais lenta do que a jamaicana Veronica Campbell-Brown, que foi a atleta mais rápida das semifinais dos 60 metros.

Com a eliminação de Ana Cláudia, o Brasil encerrou a sua participação no Mundial Indoor de Atletismo com uma medalha, o ouro conquistado por Mauro Vinicius da Silva na prova do salto em distância. Neste domingo, ele participou da cerimônia de entrega de medalhas no Atakoy Athletics Arena e escutou o Hino Nacional do Brasil.

O brasileiro revelou que teve dificuldades para dormir na véspera da final, quando se classificou para a disputa de medalha em primeiro lugar e com a melhor marca do ano no salto em distância - 8,28 metros. "Não dormi nada de sexta para sábado, meu coração estava disparado e a adrenalina não baixou", disse, ao SporTV.

Ao lembrar os saltos que lhe deram o título mundial, Mauro Vinicius revelou ter cometido erros técnicos. "Comecei a corrida com passos mais curtos do que faço e acabei chegando atrasado na tábua. Mas acabei compensando isso com um bom salto", comentou o campeão mundial, que atingiu 8,23 metros em duas tentativas na final.

O Brasil foi representado nesta edição do Mundial Indoor por sete atletas. Apesar do ouro conquistado por Mauro Vinicius, o País teve desempenho pior em comparação com o Mundial de 2010. Em Doha, no Catar, Fabiana Murer foi campeã no salto com vara, enquanto Keila Costa faturou o bronze no salto em distância.

Depois de fazer história para o Brasil com a medalha de ouro do salto em distância no Mundial Indoor de Atletismo, neste sábado, em Istambul, Mauro Vinícius da Silva mostrou perplexidade com o seu próprio feito ainda na pista turca. Ele correu para comemorar e destacou que o seu esforço nos treinamentos nos últimos anos acabou sendo recompensado. O título veio após ele atingir duas vezes a marca de 8,23m na decisão da prova.

"O atletismo é assim, tem que treinar muito. Quando a gente começa a acertar, é difícil parar de ter bons resultados. Eu salto 8,20m desde 2008, mas eu oscilava muito. Agora estou conseguindo manter uma regularidade", afirmou o saltador, em entrevista ao SporTV.

O título no Mundial também tornará Mauro Vinícius da Silva naturalmente muito mais conhecido para o público do Brasil e do mundo, fato que também foi visto como importante para o saltador. Ele acredita que este ouro na Turquia o dará mais confiança e fará com que os adversários passem a respeitá-lo como um verdadeiro rival na Olimpíada deste ano.

"O objetivo principal é Londres, tenho que manter os pés no chão. O trabalho é duro, agora quero ser reconhecido", disse o atleta, para depois acrescentar que nos Jogos Olímpicos de 2008 era tido apenas como mais um competidor na China. "Em Pequim eu fui (para a Olimpíada) bem desconhecido, espero que em Londres eu chegue conhecido e conquiste um bom resultado", projetou.

Porém, ao ser questionado se terá chances de ganhar uma medalha nos Jogos de Londres, o brasileiro mostrou humildade e disse que precisa manter os pés no chão. "Vamos com calma, é Olimpíada. Eu não senti a pressão, estava até tranquilo demais. Até pegar no tranco demorou alguns saltos. Isso não pode acontecer, por exemplo, em uma final olímpica", admitiu, depois de revelar como colocou a cabeça no lugar para conquistar o seu ouro.

"Fiquei muito nervoso, mas meu técnico entende muito. Chegou na beirada e disse 'calma, você está na briga'. No quinto salto, senti que não peguei a tábua (não queimou o salto), mas fiz de tudo pra tentar ir mais longe. E fui", comemorou.

Antes deste final de semana, poucas pessoas comentavam sobre as chances de Mauro Vinícius da Silva no Mundial Indoor de Atletismo, que está sendo realizado em Istambul, na Turquia. Depois de se classificar para a final do salto em distância com a melhor marca do ano em uma prova indoor, ao saltar 8,28 metros na sexta-feira, o brasileiro voltou a surpreender e, neste sábado, conquistou a medalha de ouro, com 8,23 metros. Henry Frayne, da Austrália, levou a prata e Aleksandr Menkov, da Rússia, completou o pódio.

Talvez nervoso pela responsabilidade de ter se classificado com o melhor salto para a final, Mauro não começou bem neste sábado. Após conseguir a marca de 7,73 metros na primeira tentativa, que o colocava na sétima e penúltima colocação naquele momento, o brasileiro queimou os dois saltos seguintes.

Depois de nova marca ruim na quarta tentativa, com 7,77 metros, Mauro mostrou porque havia ido tão bem na sexta-feira. Em seu quinto salto, conseguiu a marca de 8,23 metros, que o deixava na liderança, e voltou a saltar a mesma distância na sexta e última tentativa.

Quando parecia que o ouro estava garantido, o australiano Henry Frayne conseguiu um grande salto e empatou a marca de Mauro. No entanto, o brasileiro continuou na frente por ter conseguido duas vezes a distância de 8,23 metros, enquanto a segunda melhor marca de Frayne havia sido 8,17. Aleksandr Menkov, em sua última tentativa, também ameaçou o título do brasileiro, conseguiu uma distância maior, mas queimou o salto.

Apesar de ter surpreendido a todos, Mauro já vinha de uma boa temporada em 2011, quando saltou 8,27 metros em São Paulo, em estádio aberto, se colocando entre as dez melhores marcas do mundo no ano. Por isso, foi pré-convocado pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) para a Olimpíada.

Com o título, o saltador torna-se uma real esperança de medalha para o país nos Jogos de Londres, do qual só não participará se outro brasileiro fizer um salto melhor que o dele até a data limite de classificação. Com os 8,28 metros conseguidos em Istambul, no entanto, esta tarefa ficou ainda mais difícil. Desta forma, Mauro deve participar de sua segunda Olimpíada, já que esteve em Pequim, em 2008, quando saltou 7,75 metros e terminou na 14.ª colocação. Na ocasião, um salto de 8,28 metros lhe garantiria a prata.

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