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Michelle Yeoh fez história no domingo (12) ao se tornar a primeira mulher asiática a ganhar o Oscar de Melhor Atriz por seu papel no irreverente filme de ficção científica "Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo".

Yeoh conquistou o júri da Academia com sua interpretação de Evelyn Wang, uma dona de lavanderia que atravessa universos sem fim para enfrentar um poderoso inimigo enquanto repensa seu casamento, luta para se aproximar de sua filha e tenta resolver problemas fiscais.

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"Para todos os meninos e meninas que se parecem comigo e estão assistindo esta noite, este é um farol de esperança e possibilidades. Esta é a prova de que os sonhos se tornam realidade", disse Yeoh ao aceitar o Oscar.

"E, senhoras, não deixem ninguém dizer que vocês já passaram do seu auge. Nunca desistam", acrescentou ela, em meio aos aplausos.

Também competindo pela estatueta estavam a cubano-americana Ana de Armas ("Blonde"), Michelle Williams ("Os Fabelmans"), Cate Blanchett ("Tár") e Andrea Riseborough ("To Leslie").

Yeoh, nascida na Malásia há 60 anos, foi aclamada por sua interpretação de uma imigrante chinesa de classe média nos Estados Unidos, sobrecarregada com os problemas cotidianos, que de repente salta entre universos, explorando várias versões de sua vida.

Mas, apesar de absurdos como salsichas no lugar dos dedos, policiais transformados em confete, ou pedras com olhos pegajosos que debatem o propósito da vida, o filme aborda algo com o qual todos podem se identificar: a complexidade e a força dos laços familiares.

"Passamos por um período tão caótico e louco em nossas vidas. Todos precisamos de algo para nos dar esperança e nos assegurar de que, enquanto pudermos mostrar bondade, compaixão e amor aos outros, nunca abandonaremos a família", disse Yeoh em entrevista ao jornal The New York Times.

A conturbada relação mãe-filha é a espinha dorsal do filme dirigido por Daniel Kwan e Daniel Scheinert.

Yeoh, que ganhou notoriedade no início de sua carreira em filmes de ação, foi desafiada a intercalar lutas contra inimigos letais com uma dança emocional com sua filha Joy, e seu alter ego rebelde Jobu (Stephanie Hsu), a quem ela tenta desarmar com empatia e amor.

A atriz culminou no domingo uma temporada de premiações de sucesso com o Oscar, com prêmios nos Globos de Ouro, nos Spirit Awards de cinema independente e no Screen Actors Guild Awards (SAG).

A importância de ter uma representação asiática em Hollywood foi uma constante em suas entrevistas a caminho do Oscar.

"Espero que isso quebre esse maldito teto de vidro ao infinito, que isso continue e que possamos ver mais de nossos rostos lá em cima", disse ela ao The New York Times.

- Miss Malásia e filmes de ação -

De pais chineses, Yeoh nasceu em 6 de agosto de 1962 na cidade de Ipoh, 200 quilômetros ao norte da capital da Malásia, Kuala Lumpur. Ela abraçou a dança quando criança e se especializou em balé na Inglaterra.

Nas férias, quando visitava sua família, sua mãe a inscreveu no Miss Malásia sem consultá-la. "Eu aceitei ir para calá-la", contou Yeoh, que acidentalmente ganhou o concurso de beleza.

Uma lesão nas costas a fez desistir da carreira de dançarina e buscar outro caminho profissional na Ásia.

Em 1984, começou a atuar para o cinema, onde colecionou títulos, principalmente de filmes de ação, junto com figuras como Jackie Chan e Maggie Cheung.

Ela estourou na cena mundial com "O Amanhã Nunca Morre" (1997), da série James Bond, que foi seguido por sucessos como "O Tigre e o Dragão", dirigido por Ang Lee, e "Memórias de uma Gueixa" (2005), ao lado de Ziyi Zhang e Ken Watanabe.

Em um relacionamento de anos com Jean Todt, enviado especial do secretário-geral da ONU para Segurança Rodoviária, Yeoh não tem filhos.

"Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo", uma obra extravagante de ficção científica no multiverso, dominou os prêmios da Academia de Hollywood neste domingo (12), vencendo sete estatuetas, entre elas a de melhor filme.

"Eu tinha muita fé na nossa história", disse o diretor Daniel Kwan, ao receber o principal prêmio da noite ao lado do co-diretor Daniel Scheinert, do produtor Jonathan Wang e de um elenco majoritariamente asiático.

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O filme, que conta as aventuras de uma dona de lavanderia sino-americana que deve lutar contra uma supervilã do multiverso que acaba sendo uma versão de sua filha, também ganhou as estatuetas nas categorias Direção, Atriz, Roteiro Original, Edição e Ator e Atriz Coadjuvantes.

Michelle Yeoh, que nasceu na Malásia, fez história como a primeira asiática a ganhar o Oscar de melhor atriz.

"Esta é uma luz de esperança e possibilidades. Esta é a prova de que os sonhos se tornam realidade, e mulheres, nunca deixem ninguém dizer que vocês já passaram do seu auge", afirmou Yeoh, 60, em seu discurso.

Jamie Lee Curtis, que foi coroada melhor atriz coadjuvante ao superar Angela Bassett, outra veterana de Hollywood, comemorou homenageando seus pais, os famosos atores Janet Leigh ("Psicose") e Tony Curtis ("Acorrentados"), indicados, mas que nunca venceram um Oscar.

Com o Oscar de melhor ator coadjuvante, o vietnamita-americano Ke Huy Quan, que na década de 1980 estrelou filmes de sucesso como "Indiana Jones e o Templo da Perdição" e "Os Goonies", selou uma comovente volta por cima após anos afastado das telonas por não encontrar papéis.

"Minha jornada começou em um navio. Passei um ano em um campo de refugiados. E, de alguma forma, acabei aqui no maior palco de Hollywood (...) Para todos vocês, continuem sonhando", afirmou emocionado ao receber a estatueta.

Em outro emocionante retorno às telonas, Brendan Fraser ganhou o Oscar de melhor ator por sua atuação em "A Baleia".

"Comecei neste negócio há 30 anos e as coisas não foram fáceis para mim", disse ele à beira das lágrimas. "Obrigado por este reconhecimento."

O filme alemão "Nada de Novo no Front", uma nova adaptação cinematográfica do clássico romance homônimo sobre a Primeira Guerra Mundial, ganhou o Oscar de melhor filme internacional com sua mensagem antiguerra.

- "Momento inesquecível" -

A cerimônia começou com uma homenagem a um dos filmes de maior bilheteria do ano, "Top Gun: Maverick". Dois caças sobrevoaram Los Angeles enquanto as maiores estrelas da cidade encontravam seus assentos no Teatro Dolby.

O anfitrião da premiação, o comediante Jimmy Kimmel, não perdeu tempo dedicando boa parte de seu monólogo de abertura a brincar sobre a agressão de Will Smith a Chris Rock no palco após uma piada sobre o cabelo da esposa do ator.

Após 'o tapa', Smith voltou ao palco para receber a estatueta de melhor ator.

"Se alguém neste teatro cometer um ato de violência a qualquer momento durante o show, receberá um Oscar e poderá fazer um discurso de 19 minutos", brincou Kimmel.

A primeira estatueta da noite foi dada a "Pinóquio de Guillermo del Toro" como melhor filme de animação.

- "Naatu Naatu" e Lady Gaga -

Um dos momentos mais emocionantes dos primeiros 90 minutos da cerimônia foi a apresentação de "Naatu Naatu", hit do filme indiano "RRR", indicado ao prêmio de melhor canção original.

Com coreografias vibrantes e mais de 20 dançarinos, os cantores Rahul Sipligunj e Kaala Bhairava incendiaram o palco.

Lady Gaga, que chegou à gala apesar de inicialmente confirmar que não participaria, cantou "Hold my Hand" de "Top Gun: Maverick". E Rihanna encantou com "Lift me Up", de "Pantera Negra: Wakanda Para Sempre".

A cerimônia ocorreu sem incidentes e contou com uma "equipe de crise" nos bastidores para controlar qualquer acontecimento que fugisse do roteiro.

A atriz Michelle Yeoh foi confirmada na adaptação do musical Wicked (Broadway) e se junta a Ariana Grande, Cynthia Ervo e Jeff Goldnum no elenco de Wicked. Ela dará vida a personagem “Madame Morrible”, diretora da escola para mulheres Crage Hall da Universidade de Shiz na peça original.

O longa será dirigido por John M. Chu, com o qual Yeoh já trabalhou anteriormente em Podres de Ricos (2018). A previsão de estreia do filme é em dezembro de 2024.
Wicked se passa antes dos eventos de “O Mágico de Oz”, quando Glinda e Elphaba eram amigas e depois se tornaram rivais conhecidas respectivamente, como “A Bruxa Boa” e a “Bruxa Má”. O espetáculo é baseado no livro homônimo de Gregory Maguire (1995).
A primeira montagem na Broadway ocorreu em 2003 e no ano seguinte a peça ganhou três prêmios Tony, incluindo “Melhor Atriz” com Idina Menzel.

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Foram anunciados na tarde de ontem, (22), os indicados ao Independent Spirit Awards, considerado por muitos o Oscar do Cinema Independente. A A24 lidera as nomeações, principalmente com o longa “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” com oito indicações, seguido por “Tár” estrelado por Cate Blanchett, com sete.

Considerado um dos maiores sucessos do A24, que é conhecido por fazer filmes independentes, ‘Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” é protagonizado por Michelle Yeoh, que também recebeu indicação a Melhor Performance, categoria que agora é sem gênero, juntamente com o de Melhor Coadjuvante. Além de Michelle, Cate Blanchett por “Tár”, Mia Goth por “Pearl”, e Paul Mescal por ‘Aftersun’ estão indicados em Melhor Performance.

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Já para Melhor Diretor os indicados foram: Todd Field por “Tár’, Kogonada por “After Yang”, Daniel Kwan e Daniel Scheinert por “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”, Sarah Polley por “Women Talking’ e Halina Reijn por “Bodies Bodies Bodies”.

A surpresa nas indicações ficou por “The Whale", estrelado por Brendan Fraser, que não recebeu nenhuma indicação, mas segundo os críticos, está cotado para o Oscar. “The Whale” é dirigido por Darren Aronofsky, o mesmo diretor de “Mãe”, com Jennifer Lawrence e ‘Cisne Negro” com Natalie Portman.

Para conferir todas as indicações do Spirit Awards, é só conferir no site da Variety: https://variety.com/2022/film/news/2023-independent-spirit-awards-nominations-1235438877/

Por Emanuelly Lisboa

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