Tópicos | Migração de legenda

A Rede Sustentabilidade ingressou, nesta quinta-feira (15), no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), questionando a recém-criada Lei 13.165/2015 – chamada minirreforma eleitoral. O processo pede a inconstitucionalidade de uma norma que estabeleceria o fim do prazo de 30 dias para os parlamentares poderem ingressar a novos partidos sem a perda do mandato. Além disso, a medida judicial também reivindica a reabertura imediata desse prazo para filiação às legendas novas registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) antes da entrada em vigor dessa legislação.

Na ação, a Rede questiona a aplicação dessa nova regra, que suprimiria como justa causa para desfiliação a criação de novas agremiações, retirando dos parlamentares essa proteção jurídica. Até a publicação da minirreforma política, prevalecia a decisão do TSE que permitia, no prazo de 30 dias após a criação de um novo partido político, a filiação sem perda de mandato. A Resolução do TSE baseia-se no princípio democrático da livre criação de partidos políticos, uma cláusula pétrea da Constituição Brasileira.

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O porta-voz da Rede Sustentabilidade em Pernambuco e integrante da Executiva Nacional, Roberto Leandro, está em Brasília acompanhando esse processo e trabalhando na articulação dos preparativos do II Congresso Nacional do partido, que será realizado em novembro, na capital federal. De acordo com ele, a legenda vai "promover todos os meios para impedir que leis casuísticas, que não aprimoram a democracia, continuem a ser editadas para favorecer determinados grupos em detrimento de toda a população, limitando o processo democrático".

A saída do deputado estadual André Campos, do Partido dos Trabalhadores (PT) anunciada nesta semana, foi vista de forma tranquila pelo ex-prefeito do Recife, João da Costa (PT), nesta sexta-feira (13). Durante lançamento oficial da candidatura da deputada estadual, Teresa Leitão ao Processo de Eleição Direta do PT em Pernambuco, o ex-gestor lamentou a migração do parlamentar para o PSB, mas sem demonstrar rancores, desejou sucessos para a nova trajetória política do ex-correligionário.

Opinando sobre a decisão de Campos, o petista disse não concordar com uma possível cassação de mandado do deputado, como foi comentado no cenário político. “Eu acho que não tem clima do PT para pedir a cassação de André Campos. Durante dez anos ele contribui com o partido, foi leal neste período, foi meu secretário na prefeitura e contribuiu para o PT”, defendeu Costa.

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Para o ex-chefe do executivo, o deputado mirou novos projetos e mesmo assim não perderá contato com ele. “Avaliou uma nova situação agora, e desejo boa sorte para ele. Nós ficamos no PT, mas temos diálogos com outros e queremos continuar um diálogo com André, ele agora no PSB, mas não vamos ser inimigos por causa disso” ressaltou.

Mesmo comentando com tranquilidade a saída de André Campos, João da Costa reconheceu ser uma perda para a legenda. “Eu acho que é uma perda para o PT e é preciso que o PT se fortaleça para não sofrer novas perdas. Então, a gente lamenta a saída dele, mas vamos continuar com o diálogo com André, um companheiro de 10 anos, porque estamos numa Frente e precisamos dialogar com todos. A gente lamenta, mas deseja boia sorte”, ratificou.

Já o vereador Osmar Ricardo (PT) também presente no evento, disse que o PT tem que seguir as diretrizes, mas demonstrou amizade pelo ex-petista. “Ele é meu amigo, mas deve ter seus motivos. Primeiro eu preciso saber por que ele saiu do PT, se é uma questão pessoal, se é partidária ou se é uma questão interna, até porque ele era ligado a Humberto Costa” opinou.

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