Tópicos | Milésimo gol

Cristiano Ronaldo atingiu a marca de 857 gols na carreira ao balançar a rede duas vezes na vitória por 3 a 2 sobre a Eslováquia, pelas Eliminatórias da Eurocopa, no Estádio do Dragão. Aos 38 anos e atuando no Al-Nassr, da Arábia Saudita, o craque mantém a aspiração de quebrar recordes no futebol e não nega um desafio, como o feito por Pinto da Costa, presidente do Porto, que o estimulou a buscar o milésimo gol, em conversa antes da partida disputada na sexta-feira. Ronaldo considera difícil atingir tal marca e a condiciona a uma série de fatores, mas acredita ser possível. De qualquer forma, prefere pensar em pequenas metas, por isso o foco é chegar aos 900 gols para então concretizar o plano de perseguir o milésimo.

"O presidente do Porto fez um desafio de que eu tenho que chegar aos mil gols, foi uma frase engraçada. Acho que vai ser bastante difícil, mas, como disse, ver como estou mentalmente, minha motivação, e fisicamente, obviamente. Vamos ver, as etapas que me motivam, mas antes de chegar aos mil, tenho que chegar aos 900 primeiro. Ainda falta bastante, acredito que vou chegar, agora é passo a passo. Os objetivos têm de ser definidos a curto prazo. Eu olho confiante para este objetivo de chegar aos 900, para chegar aos mil é muita pedra que tem de ser partida, mas tudo é possível. Quando vai com muita sede ao pote é pior", disse em entrevista na zona mista do Estádio do Dragão.

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Na vitória sobre a Eslováquia, Cristiano Ronaldo foi homenageado com um bandeirão na arquibancada e um troféu entregue pela Federação Portuguesa de Futebol por mais um recorde, o de 200 jogos com a camisa de Portugal, batido em junho, durante o triunfo por 1 a 0 sobre a Islândia. Ele é o jogador que mais vezes esteve em campo por uma seleção em toda a história. Agora, soma 202 partidas e 125 gols marcados defendendo as cores da nação lusitana.

Com o resultado conquistado no Estádio do Dragão, o atacante veterano ajudou sua equipe a garantir vaga na Eurocopa, que será disputada entre junho e julho de 2024, na Alemanha. A seleção portuguesa está na liderança isolada do Grupo J, com 21 pontos, oito a mais que a vice-líder Eslováquia, a três rodadas do fim da etapa de classificação para o torneio europeu. Na segunda-feira, volta a campo para enfrentar a Bósnia e Herzegovina, às 15h45, horário de Brasília.

No dia 16 de novembro de 1969, Bahia e Santos se enfrentaram em Salvador, pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa. Com a Fonte Nova lotada, a expectativa era que o estádio fosse palco do milésimo gol de Pelé.

Mas a marca não foi batida naquele dia. O Rei quase balançou as redes, quando passou pelo goleiro e tocou para o gol vazio. Porém, o zagueiro Nildon Birro-Doido salvou em cima da linha. Sem a festa de Pelé, o jogo acabou empatado em 1 x 1, com gols de Jair Bala (S) e Baiaco (B). 

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Nesta quarta-feira (16), o Bahia relembrou o lance em suas redes sociais, desmentindo o fato de que Nildon tivesse sido vaiado pela torcida dos donos da casa.

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Há meio século, no dia 19 de novembro de 1969, uma quarta-feira de rodada do extinto Torneio Roberto Gomes Pedrosa, saiu o gol mais esperado de Pelé, o milésimo. A partida entre Vasco e Santos, realizada no Maracanã naquela noite, entrou para a história do futebol. Ainda hoje, o lance é lembrado em detalhes. Aos 34 minutos do segundo tempo, Pelé correu para receber passe em profundidade de Clodoaldo e foi derrubado dentro da área. O árbitro Manoel Amaro de Lima marcou pênalti. Não havia VAR nem tantas câmeras no campo.

A expectativa pelo milésimo gol de Pelé atravessou fronteiras e se tornou um fenômeno internacional. Jornalistas estrangeiros vieram ao Brasil para acompanhar o milésimo gol. "É um acontecimento que interessa a todos", justificavam. A expectativa era tanta que emissoras de TV fizeram a transmissão da partida mesmo diante de uma proibição imposta pela CBD (Confederação Brasileira de Desportos), atual CBF. Explica-se o motivo pelo qual o milésimo gol de Pelé era tão aguardado pelos torcedores: ele quase foi marcado no Recife, em João Pessoa saiu o 999.º e em Salvador um chute no penúltimo minuto de jogo bateu na trave. Goleiros tentavam impedi-lo.

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Depois de muita reclamação dos jogadores do Vasco, principalmente do goleiro Andrada, o Rei do Futebol, enfim, pôde partir para a cobrança. "O Maracanã lotado estava gritando meu nome. Fiquei nervoso. Quando ajeitei a bola, os jogadores do Santos foram todos para o meio de campo. Pedi ajuda a Deus, a Nossa Senhora...", contou ao Estado o Rei do Futebol, com detalhes de uma história única de meio século.

Vários fotógrafos estavam atrás do gol. Pelé esperou com os braços na cintura pelo momento decisivo. Ele ajustou os meiões e partiu para a cobrança. Da entrada da área, ele andou devagar, exatos cinco passos com direito a uma "paradinha", até chutar a bola com o pé direito, rente à trave esquerda de Andrada. O goleiro acertou o lado e quase defendeu, mas a bola cruzou a linha às 23h17. "A bola branca atravessou a linha de gol aos 34 minutos, 12 segundos e 9 décimos, para estabelecer uma ponte entre a realidade e a fantasia: o milésimo gol de Pelé", publicou o Estado no dia 20 de novembro de 1969.

A reação de Pelé foi instintiva. Assim que estufou a rede, o Rei foi direto ao gol para pegar a bola e beijá-la e acabou cercado por fotógrafos, cinegrafistas e repórteres, enquanto seus companheiros de Santos, liderados pelo capitão Carlos Alberto Torres, o esperavam no meio do gramado. Depois de simplesmente "sumir", ele apareceu no ombro da multidão, levantou a bola para o céu do Rio de Janeiro e dedicou o gol às crianças mais desfavorecidas do Brasil.

"Pensem no Natal. Pensem nas criancinhas... Volto a lembrança para as criancinhas pobres, necessitadas de uma roupa usada e de um prato de comida. Ajudem as crianças desafortunadas, que necessitam do pouco de quem tem muito... Pelo amor de Deus, o povo brasileiro não pode perder mais crianças", desabafou Pelé.

À época, Pelé chegou a ser chamado de demagogo. Agora, 50 anos depois, ele vê a situação das crianças brasileiras ainda pior. "Não era tão grave como é agora. As crianças eram mais bem tratadas lá atrás. Agora estão matando e abusando delas. Então, eu estava certo".

O jogo parou, assim como o Brasil. Não havia regras para aquele momento especial. Nos ombros de Agnaldo e Carlos Alberto, o Rei do Futebol deu a primeira volta olímpica no Maracanã. Quando o locutor anunciou a sua substituição por Jair Bala, ouviu-se vaias. Na sequência Pelé surgiu vestindo uma camisa do Vasco, branca com uma faixa preta na diagonal. O Maracanã veio abaixo.

As vaias, então, foram abafadas por aplausos. O Rei deu nova volta olímpica. Quando terminou, ainda restavam dez minutos de jogo, mas o público, satisfeito, já começava a deixar o estádio.

O GOLEIRO DO MILÉSIMO - O argentino Andrada, goleiro do Vasco, não conseguiu defender aquele histórico pênalti em 19 de novembro de 1969. Apelidado de "Gato", ele foi um dos pilares do Rosario Central na década de 1960 antes de se transferir para o clube carioca, onde jogou de 1969 a 1975. Depois de passar um ano no Vitória (1976), ele voltou à Argentina para defender o Colón (1977-1979) e o Renarto Cesarini (1982). Também vestiu a camisa da seleção argentina na Copa América da Bolívia de 1963. Andrada morreu em 3 de setembro de 2019, aos 80 anos.

GOL DE PLACA - O jogo foi uma festa do começo ao fim. Antes do apito inicial, um dos vestiários do Maracanã recebeu uma placa e o nome de Pelé, em homenagem ao golaço marcado pelo Rei contra o Fluminense em 1961 - o lance, inclusive, deu origem à expressão "gol de placa". Uma das cabines de transmissão também passou a ter o nome de Pelé.

HOMENAGENS - Meio século depois do seu milésimo gol, o Rei do Futebol recebeu no Museu Pelé o presidente do Santos, José Carlos Peres, e craques do passado que atuaram com ele no Santos, como Dorval, Mengálvio, Pepe e Clodoaldo. Todos queriam abraçá-lo. Ele admitiu ao Estado ter chorado de emoção. "Vê-los me fez chorar escondido. Todos jogaram comigo no Santos. Foi uma surpresa maravilhosa. O mais importante na vida é ter alguém dizendo que te ama, que te respeita, que agradece sua companhia. Isso é o maior prêmio".

Pelé recebeu uma placa comemorativa pelos 50 anos do milésimo gol. O texto diz: Um lance que mudou a história do futebol. Um homem, um goleiro e uma bola. Por um milésimo, o mundo vestia um manto branco. Há 50 anos, o maior de todos os tempos marcava o gol e dedicava ao futuro.

FICHA TÉCNICA - Pouco se fala sobre o placar do jogo do milésimo gol de Pelé. Santos e Vasco já estavam eliminados do Torneio Roberto Gomes Pedrosa e o resultado não tinha mais influência na campanha dos dois clubes. O time paulista venceu por 2 a 1.

VASCO - Andrada; Fidélis, Moacir, Renê e Eberval; Fernando, Buglê, Benetti e Acelino (Raimundinho); Adílson e Danilo Menezes (Silvinho). Técnico: Célio De Souza.

SANTOS - Agnaldo; Carlos Alberto, Ramos Delgado, Djalma Dias (Joel Camargo) e Rildo; Clodoaldo e Lima; Manoel Maria, Edu, Pelé (Jair Bala) e Abel. Técnico: Antoninho.

GOLS - Renê (contra), Pelé e Benetti.

ÁRBITRO - Manoel Amaro de Lima.

PÚBLICO - 65.157 torcedores.

LOCAL - Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ).

O ex-goleiro argentino Andrada, que sofreu o gol que foi o milésimo da carreira de Pelé, morreu nesta quarta-feira, aos 80 anos de idade. Ídolo do Rosario Central e com importante passagem pelo Vasco, clube que defendeu entre 1969 e 1975, ele não teve as causas de sua morte divulgadas.

Andrada ganhou grande notoriedade ao levar o milésimo gol da trajetória de Pelé em sua gloriosa carreira profissional, no dia 19 de novembro de 1969, quando o Rei do Futebol superou o argentino em um cobrança de pênalti durante um duelo entre Santos e Vasco no Maracanã.

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Conhecido como "El Gato", o goleiro foi campeão brasileiro pelo time vascaíno em 1974 e antes disso ajudou a equipe a faturar o Campeonato Carioca de 1970. Ele também é o jogador de sua posição com mais partidas pelo Rosario Central, com 284 ao total, sendo que defendeu a Argentina durante a Copa América de 1963.

Após encerrar a sua passagem pelo Vasco em 1975, ano em que esteve presente na primeira participação do clube na Copa Libertadores, Andrada atuou pelo Vitória, da Bahia, em 1976, mas em novembro daquele mesmo ano optou por voltar à Argentina, onde jogou pelo Colón a partir de 1977. E ele só encerrou a sua carreira aos 43 anos, em 1982, então pelo desconhecido clube Renato Cesarini, também do seu país.

LIGAÇÃO COM A DITADURA - Pouco depois de se aposentar, Andrada viu a sua importante biografia como jogador ser manchada pelo seu envolvimento com a ditadura militar argentina. Em 1983, ele chegou a cooperar com o PCI (Pessoal Civil de Inteligência), órgão que reunia civis que agia em práticas de espionagem e repressão para o governo autoritário da época.

O ex-goleiro ainda chegou a ser acusado de ter participado da execução de dois militantes políticos contrários ao regime vigente, mas negou envolvimento nos assassinatos de Osvaldo Agustín Cambiaso e Eduardo Pereyra Rossi.

Muitos anos depois disso, em 2007, Andrada voltou a fazer parte do mundo do futebol profissional ao trabalhar como preparador de goleiro do Rosario Central. E em fevereiro de 2012, o juiz federal Carlos Villafuerte Ruzo considerou o ex-jogador inimputável, em decisão justificada por falta de provas contra ele.

Túlio maravilha é um daqueles jogadores folclóricos. Como atleta, é considerado um dos melhores atacantes dos anos 90, artilheiro nato e um dos heróis do Botafogo na campanha campeã do Campeonato Brasileiro de 1995.

Fora das quatro linhas, ele também faz sucesso. Seja pelas peripécias, como posar nu para uma revista e soltar frases engraçadas, além de conseguir se eleger vereador na cidade de Goiânia em 2008.

Como se não bastasse tudo isso, ele ainda persegue uma marca pessoal e que já deu muito o que falar: se igualar a Pelé e a Romário marcando seu milésimo gol. Esse desejo é antigo e ele nunca escondeu de ninguém.

Túlio também sempre revelou que era um objetivo alcançar esse feito defendendo o Botafogo, clube que o projetou mundialmente. É justo.

Para isso, sempre veio à público reforçando essa vontade. Com a intenção de que isso acontecesse, apoiou a reeleição da atual presidência do Fogão, liderada por Maurício Assumpção. A nova gestão teria prometido ao atacante que o contrataria para o Cariocão de 2012, segundo o jogador.

Até agora, nada feito.

O clube já iniciou as suas contratações para o plantel do ano que vem e nada de Túlio Maravilha. Como ele não tem papas na língua, ou nos dedos, disparou no seu twitter (@tmaravilha1000) a indignação com a situação.

Atualmente, o jogador tem mais de 9.250 seguidores. Com o desabafo, Túlio continua na espera para acertar com um time para concluir seu objetivo. Ah, antes que esqueçamos, Maravilha tem 42 anos e de acordo com suas contas, já balançou as redes em 975 oportunidades

Vamos aguardar os próximos capítulos dessa novela engraçada e dramática. Enquanto isso, você  confere abaixo o que o atacante fez de melhor durante toda a vida: gols.

 

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