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O ministro Miguel Rossetto, da Secretaria-Geral da Presidência, afirmou nesta quinta-feira (29), que não houve "ruptura" do modelo econômico defendido pela presidente Dilma Rousseff na campanha presidencial do ano passado e o colocado em prática no início do seu segundo mandato.

"Não há ruptura e não há mudança", reagiu Rossetto, ao ser perguntado por blogueiros, em café da manhã no Palácio do Planalto, sobre o discurso usado por Dilma quando disputou a reeleição e criticou seu adversário, o senador Aécio Neves (PSDB), por representar um ideário liberal.

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Segundo Rossetto, a prioridade do governo continua sendo o crescimento econômico com geração de emprego e distribuição de renda. O ajuste fiscal implementado pela equipe do ministro da Fazenda Joaquim Levy, conhecido por sua ortodoxia, visa manter uma rota iniciada na primeira eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo o ministro. Desde 2003, disse ele, o governo aumentou e abaixou juros e em diferentes ocasiões ampliou e diminui gastos.

Rossetto também disse que não há nenhuma alteração "política, ideológica ou estratégica" com a contenção de gastos deste ano. "Não é nenhum debate político ou estratégico. É claro que não. Nosso governo tem um limite fiscal", afirmou. "A capacidade de geração de renda equilibrando com as necessidade de estímulos econômicos", afirmou.

O ministro defendeu a política de desonerações que marcaram o primeiro governo Dilma. Ao mesmo tempo, também justificou a diminuição dos subsídios do BNDES. "Todas as políticas de juros preservam subsídios importantes. Os mesmos subsídios, não", afirmou. "Na mesma dimensão, não. Porque temos limites fiscais."

A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira (30) na cerimônia de assinatura da ordem de serviço para o início das obras de urbanização integrada da Bacia do Rio Camaçari (BA), que enquanto o mundo passa por uma grande crise, o Brasil continua crescendo porque adotou um modelo diferente, baseado na melhoria de vida de sua população.

"O mundo passa por uma crise, vemos países até então desenvolvidos serem países que lideram o campeonato de quem mais desemprega no mundo. No Brasil, nosso modelo é diferente, sabemos que o País vai crescer se as pessoas melhorarem de vida. Hoje, quem empurra o Brasil para a frente é o seu povo, são os consumidores, os trabalhadores e empresários, são aquelas pessoas que criam o ciclo bom, onde uma coisa puxa outra. Quem consome cria oportunidade. Assim, a roda vai girando e o Brasil vai crescendo", frisou Dilma.

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Segundo a presidente, por conta deste cenário, quem merece a distribuição das riquezas produzidas no País, são aqueles que fazem o Brasil crescer, ou seja, "os brasileiros e as brasileiras". E, como estava em cerimônia na Bahia, emendou: "Os baianos e as baianas", sob grande aplauso do público presente em Camaçari. Ainda no breve discurso, Dilma disse que uma das coisas que tem orgulho é o fato de que os brasileiros e as brasileiras estão melhorando de vida. "Sem garantia de habitação, não temos política de distribuição de renda". "E, melhorar de vida não é só melhor salário, melhor distribuição da renda que a gente recebe, mas é também melhor oportunidade. Tem de ter acesso à moradia, educação e cultura."

As obras de urbanização integrada da Bacia do Rio Camaçari, de acordo com a Caixa Econômica Federal, têm como objetivo a recuperação e a revitalização ambiental, buscando a melhoria da qualidade de vida da população local. Serão investidos R$ 163,04 milhões, sendo R$ 143,8 milhões do governo federal e R$ 19,1 milhões provenientes do próprio município, beneficiando cerca de 11,6 mil famílias de Camaçari.

Essas obras fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). E as ações previstas incluem obras de saneamento, abastecimento de água, macro e microdrenagem e reurbanização de margens nos rios que compõem a Bacia do Rio Camaçari - Eiú Branco, Pedreiras, Piaçaveiras, Prata, Mandú, Canal de Acajutiba e Camaçari. O objetivo é que essas modificações auxiliem ainda na recuperação e despoluição dos rios e seus afluentes, reduzindo assim os riscos de enchentes na região.

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