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O presidente do Santos, Modesto Roma Junior, revelou as bases da proposta de renovação feita ao meia Lucas Lima: R$ 45 milhões em três anos de contrato. Isso significa um salário mensal da ordem de R$ 1,25 milhão para continuar na Vila Belmiro. A informação foi dada pelo presidente santista ao programa Fox Sports Rádio na tarde desta terça-feira após o sorteio dos grupos do Campeonato Paulista de 2018.

Antes de revelar os valores, Modesto declarou que não faria loucuras pela permanência do principal jogador santista. "Nós queremos que o Lucas permaneça dentro dos padrões do Santos. Temos responsabilidade na gestão e não vamos fazer loucura. Se ele quiser ficar, estamos de portas abertas. Se ele quiser sair, ele pode ir ser feliz em qualquer clube, mas a gente quer que o Lucas Lima permaneça", disse o mandatário.

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O jogador interessa ao Palmeiras. "Acredito que não só o Palmeiras (tem interesse). Pergunta ao presidente do São Paulo se o Lucas Lima não interessa a eles. Pergunta ao presidente do Corinthians, do Cruzeiro, do Inter... É um jogador que, livre, vai interessar a várias equipes, inclusive ao Palmeiras. Mas, para ele estar livre, precisa não renovar o contrato dele, não sei como está o andamento dele com a renovação com o Santos, e também tem a opção de permanecer no Brasil", afirmou o diretor de futebol Alexandre Mattos.

O presidente santista disse ainda que não se preocupa com o assédio do Palmeiras. "Ele fica no Santos até 31 de dezembro, depois é decisão dele. É uma negociação entre duas partes, vai se encaminhar para o que é melhor para as duas partes. A proposta está feita. Eu e o Mauricio (Galiotte, presidente do Palmeiras) conversamos todos os dias e temos um profundo respeito. Ele quer o melhor para o Palmeiras e eu, para o Santos."

Principal jogador do Santos nas últimas temporadas, o meia está em má fase. O jogador alternou bons e maus momentos ao longo do ano e marcou apenas um gol no Campeonato Brasileiro (contra o Corinthians, na Vila Belmiro). Por outro lado, o meia soma dez cartões amarelos. Lucas Lima foi o mais vaiado no empate do Santos por 2 a 2 diante do Vitória nesta segunda-feira, no Pacaembu.

O Santos corre o risco de sofrer importantes baixas na sequência do Brasileirão, justamente quando se aproxima da briga pelo título. Nesta sexta-feira, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) denunciou o meia Lucas Lima e o zagueiro Gustavo Henrique, o técnico Dorival Júnior e até o presidente Modesto Roma Júnior, por conta da confusão na partida contra o Internacional, no início do mês.

Disputado no dia 8, aquele jogo ficou marcado pela expulsão de Lucas Lima nos instantes finais do primeiro tempo. Ele levou o segundo cartão amarelo por supostamente retardar uma cobrança de escanteio e foi expulso de campo. O lance gerou revolta no time do Santos e declarações fortes do treinador e do presidente após a partida, vencida pelo time gaúcho por 2 a 1, no beira-rio.

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Principal jogador do elenco santista, Lucas Lima foi denunciado no artigo 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) e responderá por conduta contrária à disciplina ou ética. Ele corre o risco de ser suspenso por um a seis jogos.

Já Gustavo Henrique e Dorival Júnior foram denunciados por causa das declarações feitas ao fim da partida. Eles foram enquadrados por desrespeitar a equipe de arbitragem e também podem levar gancho de um a seis jogos.

O zagueiro levantou suspeita sobre o árbitro Rodrigo Raposo ao afirmar que "ele veio mal- intencionado e isso não pode acontecer. Não pode fazer isso porque aqui tem trabalhadores", dissera o jogador santista.

Dorival foi mais incisivo em sua crítica à arbitragem. "Um crime aquele tipo de atitude. Não tem nem o que falar, por que eu nunca vi isso no futebol", afirmara o treinador, que alegara que se tratou de uma jogada ensaiada na cobrança de escanteio.

"Quantas e quantas acontecem [esses lances] em todos os jogos com a aproximação de um elemento? Ele apenas refuga num primeiro momento para que a gente possa ter o momento ali da jogada em velocidade, do trabalho de bola, por que nós vimos uma possibilidade em razão da marcação do Internacional", declarara Dorival.

O caso mais grave a ser julgado pelo STJD é o do presidente Modesto Roma. Ele foi denunciado por dupla ofensa e responderá duas vezes ao artigo 243-F do CBJD. Pode, assim, receber multa entre R$ 100 e R$ 100 mil e suspensão de até 90 dias.

O presidente santista questionou a qualidade da arbitragem e a escolha dele para apitar a partida. "Peguem os últimos jogos deste cidadão. Sempre o mandante venceu. Quem falou que esse cidadão sabe apitar? O que ele fez não foi severidade. Ele foi com a intenção de fazer o que fez. Quem é o amigo desse cidadão? Quem é o padrinho? Ele é de Brasília, né? Tem um mercadinho lá", afirmou o dirigente.

As denúncias contra o Santos serão julgadas na próxima quarta-feira. A sessão está marcada para as 16 horas.

Mais um candidato confirmou que vai concorrer à presidência do Santos nas eleições de 6 de dezembro. É Modesto Roma Júnior, que conta com o apoio do ex-presidente Marcelo Teixeira, e que tem como programa de gestão a recuperação financeiramente e a revitalização do clube. A cerimônia de lançamento da candidatura do ex-supervisor administrativo e ex-responsável pelo departamento de futebol feminino, entre 2004 e 2009, reuniu mais de 400 pessoas, entre conselheiros e sócios santistas, na noite de segunda-feira (20).

"Eleito, a minha providência será a criação do Gabinete da Crise", disse Modestinho, que é como é conhecido entre os santistas o filho de Modesto Roma, que presidiu o Santos de 1975 a 1978. "Minha administração será baseada em cinco eixos: 1. Administração da crise, com renegociação das dívidas; 2. Reestruturar o clube como um todo; 3. Modernizar a administração do clube, com atenção especial para a transparência e com o compromisso de não gastar mais do que o clube arrecada; 4. Criar uma estrutura forte para o Departamento de Marketing; 5. E o futebol com a alma do torcedor".

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Para Modesto, após sanar as finanças, o Santos vai partir para o processo de desenvolvimento, reunindo santistas históricos, dentre os quais ex-presidentes, dispostos a ajudar na reconstrução do clube. "Pelas informações públicas, que estão no balanço, a dívida do Santos está em R$ 400 milhões. Pelo desequilíbrio entre o passivo circulante e o ativo, para cada R$ 100 que deve, o Santos tem apenas de R$ 17 para pagar", disse.

Marcelo Teixeira compareceu ao lançamento da candidatura de Modesto e disse que se seu candidato for eleito, não terá cargo na administração. "Serei consultor, sempre disposto a ajudar. O nosso papel é de total apoio ao Santos, de esperança de recuperação do tempo perdido e representa a renovação", afirmou o ex-dirigente.

As chapas terão de ser registradas 20 dias antes das eleições, mas como 16 de novembro é um domingo, o prazo deve ser antecipado para o dia 14. Além de Modesto Roma Júnior, Nabil Khaznadar, pela situação, Fernando Silva, José Carlos Peres e Orlando Rollo devem disputar nas urnas a presidência do Santos.

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