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A Moody's revisou nesta terça-feira o rating dos títulos soberanos do Egito de B2 para B3 devido ao impacto da intensificação dos conflitos na economia. Citando contínuas incertezas quanto à capacidade do governo egípcio para garantir suporte financeiro do Fundo Monetário Internacional (FMI), a agência de classificação de risco manteve a nota em revisão para um possível rebaixamento. As informações são da Dow Jones.

A agência de classificação de risco Moody's não prevê mudanças para o rating de crédito do Brasil em 2013. O cenário mais provável é que a nota continue em grau de investimento ("Baa2"), com perspectiva positiva, disse o vice-presidente da Moody's e analista sênior para a América Latina, Mauro Leos, à Agência Estado nesta quarta-feira.

O comitê da Moody's deve se reunir em outubro ou novembro do próximo ano para avaliar mudanças no rating brasileiro. Leos acha pouco provável alguma mudança e diz que talvez essa reunião fique para o começo de 2014. Para ele, o próprio crescimento baixo do Brasil é um limitador para uma elevação da nota.

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A Moody's prevê que o Brasil vai se recuperar um pouco e crescer em torno de 3,5% em 2013. Leos avalia que o número ainda é modesto e disse ser difícil prever quando a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro volta para a casa dos 4%.

Outro ponto que pesa contra um aumento do rating são os investimentos, também baixos quando comparados com países de classificação de risco semelhante. O Brasil tem uma taxa de cerca de 18% do PIB, ante 25% de mercados com o mesmo rating. A carga de juros correspondente a cerca de 15% das receitas, ante média bem menor de outros países (7%).

Em novembro, uma reunião dos analistas da Moody's reafirmou a perspectiva positiva do rating brasileiro. Leos diz que com isso, a nota pode ser elevada em um prazo de 12 a 18 meses a contar do mês passado. Mas o executivo da Moody's diz que é mais provável que mudanças ocorram apenas no início de 2014.

Se por um lado o Brasil não vai ter elevação da classificação de risco, por outro não corre, por enquanto, o risco de ter a nota rebaixada, como vem ocorrendo com grandes países da Europa.

O que mais assusta o mercado externo sobre o Brasil no momento, diz Leos, é a falta de previsão política. "Isso introduz um elemento de incerteza", disse ele. Como exemplo, Leos cita as mudanças com o IOF. "Uma hora tem IOF, depois o governo tira o imposto, depois volta, depois é retirado parcialmente. Ninguém entende", ressaltou.

Leos participou nesta quarta-feira de um disputado seminário em Nova York para discutir as particularidades e diferenças de Brasil e México, em um evento organizado pelas câmaras de comércio dos dois países. Os convites se esgotaram e muita gente ficou de pé.

A agência de classificação de risco de crédito Moody's considera improvável que a perspectiva negativa sobre o rating 'AAA' dos Estados Unidos seja mantida até 2014. A agência de classificação de risco alertou também que, no ano que vem, a direção do rating e da perspectiva vai depender das negociações orçamentárias no Congresso norte-americano.

Segundo a Moody's, a nota dos EUA provavelmente será mantida e a perspectiva voltará para estável se as negociações resultarem em políticas específicas que levem à estabilização e, posteriomente, à queda na relação entre a dívida federal e o Produto Interno Bruto (PIB) do país no médio prazo.

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No caso de as conversas entre os congressistas fracassarem, a Moody's acredita que revisará o rating dos EUA para baixo - provavelmente em um grau, para 'Aa1'.

A Moody's disse que é difícil prever o resultado das negociações e que, por esse motivo, deverá manter a perspectiva negativa até que o quadro fique mais claro.

Em julho, a Fitch manteve o rating 'AAA' dos EUA, mas reafirmou também a perspectiva negativa da nota, citando incertezas em relação à política fiscal norte-americana e a crise da dívida na Europa. As informações são da Dow Jones.

Bancos, emissores de títulos e investidores estão se preparando para os reflexos de uma série de rebaixamentos de bancos norte-americanos, que deve ter início já na próxima semana, de acordo com a edição de fim de semana do Wall Street Journal. A Moody's Investors Service informou que deve reduzir até o fim de junho a classificação de crédito de 17 grandes bancos, incluindo cinco das seis maiores empresas financeiras norte-americanas por ativos. Os rebaixamentos devem elevar o custo de empréstimos em bancos como J.P. Morgan Chase & Co., Bank of America Corp., Citigroup Inc., Goldman Sachs Group Inc. e Morgan Stanley.

Os ajustes na classificação também podem afetar o modo como os municípios norte-americanos obtêm dinheiro para construir escolas e prover serviços, a forma como os fundos investem o dinheiro de empresas e poupadores e a maneira como os bancos levantam capital para sustentar empréstimos e operações financeiras. Atualmente, fundos já estão restringindo seus empréstimos para bancos e cidades e Estados estão trocando de bancos.

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Os rebaixamentos serão mais um problema para bancos, investidores e emprestadores já afetados pela crise. Os mercados financeiros estão no limite, à medida que a crise da dívida da Europa se aprofunda e a possibilidade de a Grécia deixar a zona do euro cresce. As economias dos Estados Unidos e da China começam a mostrar sinais de desaceleração.

Muitos investidores estão correndo para ativos seguros como o Tesouro norte-americano e evitando qualquer investimento que possui um pouquinho de risco. A reclassificação tem sido preparada desde fevereiro, quando a Moody's informou que iria revisar a classificação de crédito de mais de 100 bancos em todo o mundo em função da pressão por lucro. Entre as ameaças para o resultado dos bancos estariam o crescimento econômico desequilibrado, os mercados financeiros voláteis e a regulação mais apertada. A Moody's não comentou as informações.

Enquanto bancos e investidores antecipam o rebaixamento esperado para a próxima semana, muitos bancos têm pressionado a Moody's para limitar o tamanho dos cortes. O mercado também teve meses de avisos, potencialmente limitando o impacto imediato de qualquer redução na classificação.

A indústria de fundos de cerca de US$ 2,6 trilhões deverá ser particularmente afetada. Estes fundos possuem restrições quanto ao que podem comprar e, tradicionalmente, precisam ter a maior parte de seus ativos aplicados no papel de curto prazo mais rentável, o que inclui desde títulos vendidos por grandes bancos até dívida de municípios.

A Moody's está considerando reduzir a classificação da dívida de curto prazo das principais unidades bancárias de empresas como Bank of America e Citigroup, de "Prime 1" para "Prime 2", o que tornaria suas dívidas menos atrativas e, em alguns casos, fora do limite de aplicação dos fundos.

"Toda vez que a Moody's faz um rebaixamento, ela reduz o universo do que podemos comprar", disse David Fishman, vice-diretor de administração do Goldman Sachs Asset Management. Os fundos também estão mais relutantes em emprestar para bancos nos Estados Unidos e da Europa. Muitos fundos estão apenas emprestando em operações "overnight" para os bancos que estão sendo revisados para rebaixamento, evitando bancos que sofreram grandes reclassificações para baixo.

"Nas últimas semanas, alguns investidores reduziram a tendência de emprestar para bancos tanto dentro como fora da zona do euro", informa Chris Conetta, diretor global de operações de títulos da Barclays PLC de Nova York. "Muitos que compraram títulos nos últimos seis meses estão focando seus empréstimos para o período de três meses para menos", disse.

À medida que os fundos reduzem seus investimentos em títulos, bancos perdem uma forma importante de levantar recursos. A perda pode ser equilibrada pelo fato de os bancos estarem recebendo depósitos e mudando suas fontes de capitalização em antecipação ao rebaixamento, de acordo com alguns participantes do mercado. Muitos bancos também reduziram seus empréstimos de curto prazo desde o início da crise financeira.

Por todo os Estados Unidos, cidades e Estados estão correndo para não se tornarem vítimas de um efeito colateral da crise. Bank of America, Citigroup e outros bancos são grandes depositários de dívida de municípios. Se estes bancos são rebaixados, os títulos da dívida serão também, elevando os juros e reduzindo o seu valor. Em Cleveland, o administrador da dívida do município, Betsy Hruby, correu para substituir o Bank of America como depositário de seus títulos do departamento de água, no valor de US$ 90 milhões. A dívida foi para o Bank of New York Mellon Corp, que não está sendo reavaliado pela Moody's. As informações são da Dow Jones.

A agência de classificação de risco Moody's informou nesta segunda-feira que está revisando dívidas de 87 bancos europeus para possível rebaixamento. A agência diz que, com a crise no bloco, os governos da região estão tendo dificuldades para dar suporte aos bancos em questão.

Em fevereiro passado, a Moody's já havia decidido retirar suporte sistêmico das dívidas subordinadas de sistemas bancários da Dinamarca, Reino Unido, Irlanda e Alemanha.

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A revisão vai afetar 87 bancos em 15 países europeus. Espanha, Itália, Áustria e França abrigam a maioria das instituições que provavelmente sofrerão rebaixamento. As informações dão da Dow Jones.

A agência de classificação de risco Moody's rebaixou a nota de 12 instituições financeiras britânicas e de seis bancos portugueses. No caso britânico, a agência justificou a medida apontando a redução da probabilidade de um apoio governamental aos bancos em dificuldades. Em relação aos bancos portugueses, a agência citou a deterioração da qualidade dos ativos, o risco ampliado de suas aplicações na dívida soberana portuguesa e as restrições de financiamento.

No Reino Unido, a Moody's cortou em duas notas o rating do Royal Bank of Scotland (RBS) e do Nationwide Building Society, de Aa3 para A2. O Lloyds TSB Bank e a unidade local do Santander tiveram seu rating cortado em uma nota, de Aa3 para A1. O Co-Operative Bank também foi rebaixado em uma nota, de A2 para A3. Sete sociedades de crédito imobiliário menores foram rebaixadas com com corte de uma a cinco notas.

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Os seis bancos portugueses afetados foram: Caixa Geral de Depósitos, Banco Comercial Português (BCP), Banco Espírito Santo (BES), Banco BPI, Banco Santander Totta e Caixa Econômica Montepio Geral. BCP, BES e BPI foram rebaixados em duas notas, respectivamente para B1, Ba3 e Ba2. Os demais foram rebaixados em uma nota. A Moody's afirmou que a perspectiva dos ratings permanece negativa.

Quanto às instituições financeiras britânicas, a Moody's disse em um comunicado que sua reavaliação segue a "atual diretriz das autoridades tripartite do Reino Unido (Banco da Inglaterra, Autoridade de Serviços Financeiros e o Tesouro) de que o governo mais provavelmente fará maior uso no futuro de seus instrumentos de decisão para possibilitar o compartilhamento do encargo com os principais detentores de bônus".

No caso de Portugal, a Moody's afirmou que os planos de recapitalização e desalavancagem impostos pelo órgão regulador em conjunção com a União Europeia, o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) devem ajudar a restabelecer a confiança no sistema bancário. "Entretanto, esses planos enfrentam significativos riscos de implementação", disse a agência. "Por exemplo: os planos de desalavancagem serão ameaçados se as condições de mercado continuarem frágeis e um crescimento material no depósitos no varejo vai depender em parte de uma recuperação no ambiente econômico." As informações são da Dow Jones.

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