Tópicos | origem da vida

Está no ar o novo episódio do 'Sons da Aprovação', podcast do Vai Cair No Enem. Nesta edição, o professor de biologia André de Souza explica as teorias sobre a origem da vida, um dos primeiros assuntos estudados por quem vai prestar o Exame Nacional do Ensino Médio. Confira o episódio na íntegra:

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O ‘Sons da Aprovação’ é apresentado por Marcele Lima, com produção de Elaine Guimarães e edição de James William. Novos episódios são publicados todos os domingos, no Spotify e no Instagram @vaicairnoenem. Os conteúdos anteriores podem ser acompanhadas no YouTube.

A sonda espacial japonesa Hayabusa2 chegou nesta quarta-feira (27) às proximidades de um asteroide para obter informações sobre o nascimento do sistema solar e a origem da vida, após uma viagem de 3,2 bilhões de quilômetros.

Às 09H35 (21H35 Brasília de terça), a Hayabusa2 se estabilizou a 20 km do asteroide Ryugu, que se situa atualmente a cerca de 280 milhões de quilômetros da Terra, informou a agência espacial japonesa (Jaxa).

Após mais de três anos de viagem, a sonda manterá agora sua distância do asteroide para cumprir com seu objetivo científico, para o qual lançará um projétil em direção ao Ryugu visando provocar um impacto na superfície de recolher poeira do corpo celeste.

O objetivo da missão é melhorar o conhecimento sobre nosso entorno espacial "para entender melhor a formação do sistema solar e o surgimento da vida na Terra", explica a Jaxa.

Como no caso da primeira missão Hayabusa, realizada no asteroide Itokawa, o objetivo é analisar a poeira do corpo celeste rochoso - que apresenta carbono e água - para tentar entender que materiais orgânicos estavam presentes na origem do sistema solar.

O regresso da sonda à Terra está previsto para 2020.

Hayabusa2 deixará no Ryugu um robô denominado Minerva2 e um analisador autônomo denominado Mascot, concebido pelo centro francês de estudos espaciais (CNES) e seu homólogo alemão (DLR).

O impacto dos cometas que atingiram a Terra há 4 bilhões de anos pode ter tido um papel no surgimento da vida na Terra, afirma um grupo de cientistas japoneses, que tentou reproduzir esta "fórmula" em laboratório.

Os cientistas, que apresentam nesta quarta-feira os resultados de sua pesquisa na conferência de geoquímica Goldschmidt2015, em Praga, compilaram uma lista de substâncias para reproduzir a reação em laboratório.

Os cientistas misturaram aminoácidos, gelo e substâncias silicatadas a temperaturas de 196 Celsius negativos, uma mistura presente nos cometas, como constataram as últimas missões espaciais.

Depois, os cientistas adicionaram um gás propulsor para simular o efeito de uma colisão do cometa com a Terra, o que fez alguns aminoácidos se transformarem em peptídeos de cadeia curta, moléculas complexas frequentemente consideradas fundamentais para o desenvolvimento da vida.

"Nossas experiências mostram que o frio existente nos cometas teve um impacto chave nesta síntese", destacou, em um comunicado, Haruna Sugahara, da Agência Japonesa para a Ciência.

"A produção de peptídeos de cadeia curta é uma etapa chave na evolução química das moléculas. Uma vez iniciado o processo, se requer muito menos energia para formar as cadeias de peptídeos mais longas em um ambiente terrestre e aquático", acrescentou o comunicado.

O cientista destacou que os impactos dos cometas, que costumam estar associados a eventos de extinção em massa, provavelmente também deram um empurrãozinho na formação da vida.

Um processo similar pode ter sido produzido em outros locais do cosmos.

Os resultados da pesquisa de Haruna Sugahara e Koichi Mimura, da Universidade de Nagoia, ainda não foram publicados, mas segundo Mark Burchell, da Universidade de Kent, "constituem um aporte significativo ao estudo sobre a origem das moléculas complexas no universo".

A missão da sonda europeia Rosetta, que acompanhou o cometa 67P/Churiumov-Guerasimenko, confirmou que o corpo celeste era rico em matéria orgânica.

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